Questões de Concurso Sobre acentuação gráfica: acento diferencial em português

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Q855045 Português

“Os corais que mantêm a vida e o oxigênio nas águas estão fenecendo.” (linhas 29)


A acentuação colocada na palavra acima sublinhada tem como justificativa

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Q847518 Português
Considerando o emprego do verbo ‘ter’, assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas pontilhadas das linhas 14, 17, 21 e 23.
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Ano: 2017 Banca: FAURGS Órgão: TJ-RS Prova: FAURGS - 2017 - TJ-RS - Técnico Judiciário |
Q840324 Português
Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas das linhas 22, 23 e 50 do texto, respectivamente.
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Q837471 Português

                         Qualidade na educação: o DNA das escolas

               Segredo de uma rede de qualidade não é padronizar, mas

               atender fatores distintos – pois algumas escolas têm mais

                             problemas e desafios do que outras

                                                                                 João Batista Araujo e Oliveira


      [...] A exemplo do que ocorre no Brasil, na maioria dos países desenvolvidos os pais matriculam seus filhos na escola púbica mais próxima de sua casa. A grande diferença é que, na maior parte das nações, as escolas de diferentes bairros são semelhantes: elas se parecem muito entre si, no que fazem e nos resultados. No Brasil as escolas se parecem mais com os bairros onde estão localizadas. Elas têm, portanto, a cara do bairro.

      Sabemos como fazer uma escola de qualidade, uma escola boa. Há inclusive escolas públicas assim no Brasil, algumas centenas delas, ou talvez poucos milhares. São escolas de prestígio, de alto padrão, onde o ensino é de qualidade, os alunos estudam e aprendem e os resultados são elevados. São escolas militares, colégios de aplicação e unidades estaduais ou municipais aqui e ali que possuem as mesmas características. Mas essas escolas são poucas – uma pequena fração entre as mais de 120.000 unidades urbanas de ensino fundamental.

      Nunca aprendemos a fazer aquilo que os países desenvolvidos sempre fizeram: manter um padrão. E quando o nível cai, há mecanismos para trazer a escola de volta. Resultado: embora sejam obrigados a matricular seus filhos na escola do bairro, os pais sabem que o ensino oferecido ali é semelhante ao proporcionado por unidades de outros bairros. E sabem que se seus filhos se esforçarem também obterão bons resultados.

      As estatísticas produzidas pela OCDE ilustram esse fenômeno de maneira muito clara. Nos países desenvolvidos, a diferença da média das notas das escolas é relativamente pequena – raramente ultrapassa os 30%. Essa diferença é enorme no Brasil.

      Manter uma rede de escolas de padrão não significa que todas as unidades são idênticas, que recebem os mesmos recursos, que são 100% padronizadas. Ao contrário, para ter resultados semelhantes, as escolas precisam de recursos distintos – pois algumas têm mais problemas e desafios do que outras. Para promover a igualdade é necessário tratar desigualmente os desiguais. Escolas que caem no desempenho recebem ajuda extra; escolas com maior número de alunos com dificuldade de aprendizado recebem mais e melhores recursos, e assim por diante.

      A exemplo do fator que nos faz semelhantes como seres humanos, há uma DNA a tornar parecido o desempenho das escolas. O segredo de uma rede de qualidade está na maneira como se forma o DNA da escola, os fatores que asseguram que todas as unidades da rede possam funcionar e atingir níveis de desempenho semelhantes.

      O que torna uma rede de escolas boa não é muito diferente do que torna uma escola boa. Mas criar uma rede boa é muito diferente de criar uma escola boa.

Adaptado de http://veja.abril.com.br/noticia/educacao/qualidade-na-educacao-o-dna-das-escolas 

Considerando a norma padrão da língua portuguesa, assinale a alternativa correta quanto ao que se afirma.
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Q826210 Português

                  LEI Nº 8.069, DE 13 DE JULHO DE 1990.

                          Das Disposições Preliminares

[...]

Art. 3º A criança e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-se-lhes, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, a fim de lhes facultar o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e de dignidade.

Parágrafo único. Os direitos enunciados nesta Lei aplicam-se a todas as crianças e adolescentes, sem discriminação de nascimento, situação familiar, idade, sexo, raça, etnia ou cor, religião ou crença, deficiência, condição pessoal de desenvolvimento e aprendizagem, condição econômica, ambiente social, região e local de moradia ou outra condição que diferencie as pessoas, as famílias ou a comunidade em que vivem. (incluído pela Lei nº 13.257, de 2016).

Art. 4º É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária.

Parágrafo único. A garantia de prioridade compreende:

A) primazia de receber proteção e socorro em quaisquer circunstâncias;

B) precedência de atendimento nos serviços públicos ou de relevância pública;

C) preferência na formulação e na execução das políticas sociais públicas;

D) destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas relacionadas com a proteção à infância e à juventude.

Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8069.htm Acesso em 20/04/2017.  

Em relação às normas ortográficas da língua portuguesa em vigor, é CORRETO afirmar:
Alternativas
Q825801 Português

Considerando as ideias e os aspectos linguísticos desse texto, julgue o item a seguir.

Os vocábulos “têm” e “também” são acentuados de acordo com a mesma regra de acentuação gráfica.

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Q824456 Português
Descoberto povo pré-colombiano governado por mulheres Técnica moderna de análise de DNA mitocondrial revela que os Chaco, povo próspero que habitava o Novo México em 1000 a.C., eram comandados por mulheres.

Três mil adornos feitos de conchas do Pacífico e 13 mil miçangas e pingentes de turquesa. Era essa a decoração de apenas um dos 14 mortos encontrados em uma cripta funerária que data de 1000 a.C. em um cânion no Novo México, no sul dos EUA. Pertencente à cultura pré-colombiana dos Chaco, o mausoléu, repouso eterno das maiores autoridades políticas e sociais do povo do deserto, _________ gerações de uma só família – que, agora se sabe, passou o poder de mãe para filha, e não de pai para filho, por aproximadamente 330 anos. O segredo para revelar essa dinastia matriarcal centenária só pode ser detectado no microscópio: no ser humano, o DNA principal, que fica no núcleo celular, é uma mistura do código genético dos pais da criança, mas o DNA de nossas mitocôndrias (organela responsável pela respiração da célula) _______ só da mãe. Ou seja: em governos hereditários patriarcais, cada rei ou imperador carrega em suas mitocôndrias o DNA das mulheres de uma família diferente. Já nos matriarcais, as organelas se __________ idênticas geração após geração. Segundo a revista NewScientist, os Chaco eram sofisticados do ponto de vista tecnológico: adaptaram-se ao clima quente e seco do deserto construindo reservatórios e sistemas de irrigação, conectaram seus vilarejos com uma rede de estradas e construíram prédios com centenas de “apartamentos”. Apesar disso, não desenvolveram o próprio método de escrita – motivo pelo qual não se conhecia, até hoje, sua organização política. A cripta em questão, cuja investigação foi liderada por Douglas J. Kennett, da Universidade Estadual da Pensilvânia, era parte de um conjunto habitacional de 650 cômodos chamado Pueblo Bonito, uma construção monumental para os padrões da época. Além desse conjunto, havia outros 12, mas nenhum tão grande – é provável que cada “condomínio” desses fosse dominado por uma família diferente, mas que todos mantivessem relações sociais e comerciais. No artigo, os pesquisadores afirmam que uma seca duradoura pode ter posto fim ao próspero reino indígena. O desmatamento decorrente da ocupação da área, por exemplo, teria aumentado a erosão do solo e criado problemas para a agricultura. Sem registros escritos, porém, é impossível ter certeza.

http://super.abril.com.br/historia/descoberto-povo-... - adaptado.
Assinalar a alternativa que preenche as lacunas do texto CORRETAMENTE:
Alternativas
Q823289 Português

Atenção: Nesta prova, considera-se uso correto da Língua Portuguesa o que está de acordo com a norma padrão escrita.

Leia o texto a seguir para responder a questão sobre seu conteúdo.

             COMO A ABSTENÇÃO PODE MUDAR O RESULTADO

                               DAS ELEIÇÕES NA FRANÇA

Por Julia Braun. 07 maio 2017. Disponível em: http://veja.abril.com.br/mundo/como-a-abstencao-pode-mudar-o-resultado-das-eleicoes-na-franca/ Acesso em 07 mai 2017

      Os franceses vão às urnas neste domingo, 7, para decidir sobre o futuro político de sua nação. As estações de voto começaram a receber os quase 47 milhões de eleitores inscritos às 8 horas da manhã do horário local e devem ficar abertas até as 19h nas cidades menores e até as 20h nos grandes centros urbanos, como Paris. Após quatro meses de campanha, o mundo todo aguarda ansioso pelo resultado destas presidenciais.

      Uma pesquisa divulgada pelo Instituto Odoxa na última sexta-feira apontou que um quarto do eleitorado da França deve se abster neste segundo turno. Os números são extremamente altos para a história do país e se forem provados verdadeiros podem ter um impacto potente no resultado da votação.

      Baixas taxas de comparecimento normalmente significam resultados mais distantes daquilo que era previsto pelas pesquisas de boca de urna. E, neste caso, a abstenção tem tudo para beneficiar a candidata de extrema-direita Marine Le Pen. “Altas taxas de abstenção sempre beneficiam os partidos e os candidatos menores”, diz o especialista inglês em política francesa da Universidade de Warwick, David Lee.

      Os eleitores de Le Pen são mais fiéis, tem menos chances de mudar seu voto na última hora, e não devem deixar de comparecer às urnas. São os eleitores de centro, que costumavam votar nos grandes partidos e que estão descrentes na política francesa, que tem mais chances de desistir de votar. Nesta equação, o independente Emmanuel Macron tem tudo a perder, já que os cidadãos mais moderados são essenciais para sua vitória. “É muito mais provável que os eleitores de Le Pen saiam de casa para dar seu voto para ela do que os de Macron”, diz o americano David A. Bell, historiador especialista em França e professor da Universidade de Princeton.

Avalie as propostas de adequação contidas nas assertivas e, em seguida, assinale a alternativa que contenha análise correta sobre as mesmas.

I. No trecho: “As estações de voto [...] devem ficar abertas até as 19h nas cidades menores e até as 20h nos grandes centros”, deveria haver crase nas duas ocorrências de “até as” para que a correção estivesse assegurada.

II. Em: “Os números são extremamente altos para a história do país e se forem provados verdadeiros podem ter um impacto potente no resultado da votação”, deveria haver vírgulas isolando a oração “se forem provados verdadeiros”, pois se trata de uma subordinada antecipada à oração principal, que assume posição intercalada.

III. “Os eleitores de Le Pen são mais fiéis, tem menos chances de mudar seu voto na última hora”. Nesse trecho, o verbo ter deveria ser acentuado para que a correção do período fosse assegurada.

IV. “Os números são extremamente altos para a história do país e se forem provados verdadeiros podem ter um impacto potente no resultado da votação”. Nesse trecho, a simples substituição de “os números são extremamente altos”, por “a quantidade de eleitores é extremamente alta”, NÃO prejudicaria a correção do período.

A análise correta é:

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Q813833 Português
Os celulares _________ aplicativos que permitem __________ pessoas agir com independência em algumas situações, __________ uma consequência negativa pode ser o isolamento social, a ausência de contato humano. Para que a frase esteja correta, de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, as lacunas devem ser preenchidas, respectivamente, por:
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Q811224 Português

 

Disponível em: <http://www.cartacapital.com.br/cultura>. Acesso em: 23 jan. 2017. [Adaptado] 

GLOSSÁRIO:

Adamastor: figura mitológica grega citada na Odisseia, de Homero, na Eneida, de Virgílio, e em Os Lusíadas, de Camões.

Camões: poeta português do século XVI.

Tétis: deusa grega das águas, amada por Adamastor. 

Considere as palavras em destaque no trecho:

Dar o lugar a uma pessoa idosa em ônibus (1ª), a uma mulher grávida... Meu Deus do céu (2ª), é tão fácil (3ª) perceber que não se precisa de lei para que o sofrimento humano comova pessoas bem-educadas! Podem ser raras, mas ainda se encontram pessoas que mantêm (4ª) tal comportamento.

O acento gráfico é utilizado não apenas para sinalizar a tonicidade na

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Q791799 Português
A forma verbal “têm”, empregada três vezes entre as linhas 25 e 27, está graficamente acentuada, porque
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Q788640 Português
CRAVO-DA-ÍNDIA CONTRA DENGUE E MALÁRIA
Adaptado de: http://www.canalciencia.ibict.br/pesquisa/0266-Cravo-da-india-contra-dengue-e-malaria.html Acesso em: 25 fev 2017. 
   Mosquitos são responsáveis por transmitir diversas doenças como malária, encefalite, dengue, febre amarela e filariose. Nos países tropicais, devido ao calor e à umidade, é comum a proliferação de mosquitos das espécies Aedes aegypti e Anopheles darlingi. No Brasil e em outros países, o Aedes aegypti é o maior causador da dengue. [...] De acordo com a Organização Mundial de Saúde, um quinto (1/5) da população mundial tem risco de contrair dengue. Já o mosquito Anopheles darlingi é o maior transmissor da Malária no Brasil, principalmente na região Amazônica [...]. 
   Até então não foi encontrada uma vacina que tenha resultados significativos na imunização da dengue ou malária. Assim, o controle da população dos mosquitos transmissores torna-se uma arma importante no combate a essas doenças. Diversas substâncias têm sido estudadas como inseticidas, uma vez que os mais usados atualmente vêm perdendo sua eficiência à medida que os mosquitos aumentam as suas resistências.
   A flor do cravo-da-índia, ou simplesmente cravo, é usada como especiaria desde a antiguidade. Na culinária brasileira está bastante presente, devido ao aroma e sabor característicos. Na medicina, o cravo é conhecido por ter propriedades bactericida, fungicida e mesmo antiviral. Pelas suas diversas particularidades, pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) e da Universidade do Estado do Amazonas (UEA) estudaram o efeito larvicida do cravo-da-índia.
   Para teste de larvicida, foi utilizado o cravo-da-índia em três formas: solução aquosa, extrato com metanol e o eugenol. A criação de Aedes aegypti foi realizada em um insetário no Inpa, [...] foram mantidos em gaiolas teladas onde eram alimentados com uma bola de algodão embebida em uma solução de açúcar. As fêmeas recebiam também refeições de sangue de hamsters duas vezes por semana e depositavam seus ovos em copos de plástico. Nesses copos, continham 20 ml de água e eram cobertos com tiras de papel filtro. As tiras de papel com ovos eram desidratadas e armazenadas no próprio insetário. Para obter larvas, as tiras de papel foram transferidas para recipientes esmaltados contendo água, onde os ovos alcançavam o estágio de larva em quatro dias.
    Após os ovos passarem para o estágio de larva, eram testadas as soluções de cravo como larvicida. Em diferentes recipientes contendo as larvas foram colocadas diferentes concentrações da solução aquosa cravo, extrato de cravo com metanol ou o eugenol. Em seguida, foi contado o número de larvas mortas em cada recipiente após 24, 48 e 72 h de exposição. Esse procedimento foi realizado cinco vezes para confirmar os resultados [...]. Os resultados dos testes com as soluções de cravo mostraram que a solução aquosa tem maior poder larvicida, matando quase todas as larvas de mosquitos de A. darlingi e de A. aegypti após 24 h de exposição. O extrato metanólico de cravo levou 72 h para matar aproximadamente a mesma quantidade de larvas de A. darlingi e eugenol levou 48 h para matar as larvas de A. aegypti.  
Nas alternativas a seguir foram selecionadas algumas palavras do texto e apresentadas justificativas para a presença do acento. Assinale a única correta.
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Q787645 Português

Imagem associada para resolução da questão


Dadas as afirmativas quanto à estrutura textual dos quadrinhos,


I. A última fala está marcada pela norma culta da linguagem.

II. Na última fala predomina a função conativa da linguagem.

III. O termo “pôr” preserva o acento diferencial, para não ser confundido com a preposição “por”.

IV. A ambiguidade do termo “vendo” deve-se à semelhança na forma dos verbos “ver” e “vender”.


verifica-se que estão corretas apenas  

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Q778597 Português
Qual o sabor da sua infância?
Os pratos que marcaram nossas vidas podem nos
revelar
FLÁVIA YURI OSHIMA

   Sou louca por sopas. Experimento qualquer sabor que apareça na minha frente. Meu paladar acolhe sopas quentes e frias, cremosas e ralas, salgadas, amargas, apimentadas e doces (no meu critério, canjica é sopa). Se tiver sopa no cardápio, to dentro. Já vi muitos dos meus amigos tremerem de gastura por ver aquele caldo fumegante na minha colher num almoço de verão. Durante muito tempo, quando me importava mais com a opinião dos outros, tentei disfarçar. Mas a atração que sinto por uma tigela cheia de caldo bem temperado sempre foi maior que eu. Tomei consciência da sopa em minha vida quando li A morte do gourmet, da filósofa francesa Muriel Barbery, em 2000. Não faço ideia se ela gosta de sopa. Também não é o tipo de alimento favorito do gourmet. Ocorre que, na história criada por Muriel, Pierre Arthens é um crítico gastronômico à beira da morte, que passa seus últimos dias recordando os sabores de sua vida. Cada um deles é relacionado a um momento ou a alguém. O livro é fino: 124 páginas. Mas toma tempo. É impossível ler A morte.... sem pensar nos sabores da própria vida. Muitas vezes, as lembranças vêm acompanhadas de uma pausa para comer uma coisinha.
   A brincadeira vai longe de acordo com as relações que criamos. Dá para usar os namorados como referências. Qual o sabor que mais me dava prazer quando namorava sicrano? Dá para usar estilos também. Qual o prato de que mais gostava quando era gótica? E quando era metida a bicho grilo de butique? Pode ser divertido, ridículo e emocionante ao mesmo tempo. 
   A ordem cronológica funciona. Tentei lembrar o primeiro sabor que me deu prazer. Cheguei à canja de galinha rala que a sogra da minha madrinha cozinhava todos os dias no jantar. Com uma avó japonesa e outra italiana, ambas exímias cozinheiras, pensar na canja rala da avó de outra pessoa soa como desvio de caráter. Por minhas avós e por vaidade, tentei enganar a memória. Quem sabe me lembraria de algo mais sofisticado ou charmoso, ligado às minhas raízes, como um missoshiro com peixe seco e shiitake, ou um capeletti in brodo recheado. Não rolou. Não consigo me esquecer da tal canja rala, feita com arroz, cenoura, pouco frango, sal e só.
  Resolvi apurar as primeiras memórias de outros. Caldo verde era o gosto da infância do poeta português Fernando Pessoa (fonte: À mesa com Fernando Pessoa, de Luís Machado). A Nena, babá dos meus filhos, se lembra do bife que a avó fritava às seis da manhã para a marmita do tio. Quando sobrava um para ela, a pequena Nena se lambuzava. O quindim feito pelo avô português era o sabor mais saudoso do poeta Vinícius de Moraes (fonte: Pois sou um bom cozinheiro, de Vinícius de Moraes). Guimarães Rosa gostava de biscoito de nata e de biscoito de polvilho (fonte: ensaio sobre o livro Relembramentos, de Vilma Guimarães Rosa).
  Meu marido se lembrou de um prato de feijão com arroz que a mãe fez para ele, igualzinho ao que Zilka Salaberry fez para Tarcísio Meira na novela Irmãos Coragem. Minha filha de seis anos se lembrou do mamão. Meu filho de nove anos, da laranja lima (nenhum dos dois se lembrou das papinhas orgânicas que eu fazia logo cedo antes de ir para o trabalho). 
   Me dei por satisfeita. A canja não é menos nobre que o bife da Nena ou o quindim do Vinícius.
   O escritor francês Marcel Proust também me ajudou a encampar em público, aqui na internet, minha história de amor por uma canja rala. Se um bolinho madeleine foi capaz de inspirar uma obra da envergadura de Em busca do tempo perdido, como afirmou Proust, porque eu não poderia me reconfortar, em paz, com a sopa rala feita por uma avó que nem era minha?
   As comidas têm um efeito real sobre nós. Podem nos relaxar, nos excitar, nos levar a um estado de criatividade. Fazer essa viagem até a mais longínqua infância em busca de um sabor que a represente também é uma forma de nos (re)conhecer. E você, qual o sabor da sua infância?

Adaptado de http://epoca.globo.com/colunas-e-blogs/Flavia-Yuri-Oshima/noticia/2014/06/bqual-o-saborb-da-sua-infancia.html
Nas duas orações a seguir, pertencentes a períodos diferentes: “... as lembranças vêm acompanhadas...” e “As comidas têm um efeito real sobre nós.”, os dois termos destacados estão acentuados 
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Q768502 Português

Leia o TEXTO 04 e responda à questão a seguir.


TEXTO 04

O GIGOLÔ DAS PALAVRAS


    Quatro ou cinco grupos diferentes de alunos do Farroupilha estiveram lá em casa numa mesma missão, designada por seu professor de Português: saber se eu considerava o estudo da Gramática indispensável para aprender e usar a nossa ou qualquer outra língua. Cada grupo portava seu gravador cassete, certamente o instrumento vital da pedagogia moderna, e andava arrecadando opiniões. Suspeitei de saída que o tal professor lia esta coluna, se descabelava diariamente com as suas afrontas às leis da língua, e aproveitava aquela oportunidade para me desmascarar. Já estava até preparando, às pressas, minha defesa (“Culpa da revisão! Culpa da revisão!”). Mas os alunos desfizeram o equívoco antes que ele se criasse. Eles mesmos tinham escolhido os nomes a serem entrevistados. Vocês têm certeza que não pegaram o Veríssimo errado? Não. Então vamos em frente.

    Respondi que a linguagem, qualquer linguagem, é um meio de comunicação e que deve ser julgada exclusivamente como tal. Respeitadas algumas regras básicas da Gramática, para evitar os vexames mais gritantes, as outras são dispensáveis. A sintaxe é uma questão de uso, não de princípios. Escrever bem é escrever claro, não necessariamente certo. Por exemplo: dizer “escrever claro” não é certo, mas é claro, certo? O importante é comunicar. (E quando possível surpreender, iluminar, divertir, mover... Mas aí entramos na área do talento, que também não tem nada a ver com Gramática.) A Gramática é o esqueleto da língua. Só predomina nas línguas mortas, e aí é de interesse restrito a necrólogos e professores de Latim, gente em geral pouco comunicativa. Aquela sombria gravidade que a gente nota nas fotografias em grupo dos membros da Academia Brasileira de Letras é de reprovação pelo Português ainda estar vivo. Eles só estão esperando, fardados, que o Português morra para poderem carregar o caixão e escrever sua autópsia definitiva. É o esqueleto que nos traz de pé, certo, mas ele não informa nada, como a Gramática é a estrutura da língua, mas sozinha não diz nada, não tem futuro. As múmias conversam entre si em Gramática pura.

    Claro que eu não disse tudo isso para meus entrevistadores. E adverti que minha implicância com a Gramática na certa se devia à minha pouca intimidade com ela. Sempre fui péssimo em Português. Mas – isso eu disse – vejam vocês, a intimidade com a Gramática é tão indispensável que eu ganho a vida escrevendo, apesar da minha total inocência na matéria. Sou um gigolô das palavras. Vivo às suas custas.[...]

VERRÍSSIMO, Luis Fernando. O gigolô das palavras. In:____ . Para gostar de ler: Luis Fernando Verissímo: o nariz e outras crônicas. 10 . ed. V. 14. São Paulo: Ática, 2002. P. 77-78.

“Vocês têm certeza que não pegaram o Veríssimo errado?”(1º parágrafo). Se observado à luz do novo acordo ortográfico, o termo em destaque autoriza a seguinte leitura:
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Ano: 2016 Banca: FUNRIO Órgão: IF-PA Prova: FUNRIO - 2016 - IF-PA - Revisor de Texto |
Q758313 Português
Assinale a única alternativa que mostra uma frase escrita inteiramente de acordo com as regras de acentuação gráfica vigentes.
Alternativas
Q753079 Português

Leia o texto a seguir, a fim de resolver a questão:


DIGA NÃO AOS LIVROS

   Tenho saudades do tempo em que ainda não havia aprendido a ler. A vida era tão mais leve, entre brincadeiras à sombra dos laranjais. Não precisava ficar debruçado sobre cartilhas e cadernos, horas sem conta, espremendo o cérebro (é verdade que ainda bem pequeno) para descobrir o que aquela professora meio megera, meio bruxa, queria que eu fizesse com letras e números.

  Mal sabia eu o quanto ainda era um paraíso aquele conjunto de palavras meio desordenado e sem sentido! O Ivo que via a uva, o macaco matuto comendo mamão e o papai que passava pomada na panela eram companheiros numa amizade sem conflitos nas páginas coloridas da cartilha, com uma graça forçada, igual ao sorriso amarelo que damos após uma gafe monumental. Mas o Ivo, o macaco e o papai se davam muito bem, porque não precisavam ter coesão nem coerência, palavrinhas infernais que aprendi a pronunciar mais tarde nas aulas de redação. E que nunca soube muito bem para que serviam...

  Hoje, após muita reflexão e experiência, concluo que as atividades de ler e escrever deveriam ser banidas do currículo das escolas. Afinal, se as estatísticas sobre o assunto e todas as provas de leitura e língua a que se submetem os alunos brasileiros sempre acabam em números mínimos e vergonhosos, por que insistir nisso? Veja bem: os governantes não ignoram as pesquisas sobre os problemas da cidade ou sobre o valor do salário mínimo quando elas dão resultados irrisórios? Então... Vamos fazer o mesmo com a leitura e a escrita. Ah, e também com a matemática (por sinal, dispensável depois que inventaram a calculadora!)

  Acho que os estudantes ficariam muito mais contentes se não precisassem ler. Principalmente se fosse para adquirir o tal de conhecimento sobre o mundo. Acho desnecessário saber sobre o mundo. Acho que nunca vou sair da minha cidade: para que me serviria o mundo? Se for para saber sobre a história, também dispenso a leitura. Nada tenho a ver com gente antiga e com acontecimentos já terminados. A vida começa hoje, e toda a história começa e termina comigo.

  Se for para aprender sobre mim mesmo, como os professores insistem em dizer quando falam da leitura da literatura, continua dispensando. Já me conheço o suficiente: todos os meus gostos e preferências eu já conheço. Se tenho alguma dúvida, ela é resolvida no meu grupo. Porque o que meus amigos e eu decidimos, todos adotamos. Não tenho nada a esconder. Afinal, querer um carrão, uma casa bonita, férias na praia e um carrinho cheio no supermercado todos querem. E não precisam de estudo para isso. Podem conseguir com um pouco de sorte na loteria. Claro que fica mais fácil se o sujeito dá a sorte de virar cantor, ou se aprender a jogar futebol com alguma qualidade. Aí, então, analfabetismo vira charme, diferencial, pitoresco.

  Dizem que devo ler para, ao menos, saber do que se passa na cidade, pertinho de mim. Para que me serve saber das notícias? Elas acontecem sem minha participação. E vão continuar acontecendo. Só me interessa o resultado do futebol. O resto é preocupação que não preciso ter.

  Nem sei por que continuo indo à escola. Meus pais dizem que é para que eu tenha uma vida melhor que a deles. De que adianta? Eles estudaram mais que eu e, no entanto, dão um duro danado para sustentar a família. Se estudar é tão importante, por quê é que os outros desvalorizam o trabalho dos que passaram vários anos estudando e lendo um monte de textos?

  Outro dia fiquei sabendo que um ex-colega de escola conseguiu emprego numa livraria. É esquisito como tem gente que põe dinheiro nesse tipo de comércio. Passei lá nessa loja por acaso e entrei para falar com o cara. É verdade que tinha uns livros bonitos nas prateleiras... Parecia coisa de muito luxo e importância. Abri um deles e li um pedaço de uma página. Não entendi nada: algumas palavras eu conhecia, mas as frases não faziam sentido para mim. Achei um desperdício de papel e tinta: de que serve um livro se as pessoas não conseguem entender o que lêem? O colega falou que isso era porque eu não sabia ler. “Como não?”, respondi. “Tenho até diploma que diz que fui alfabetizado!” Aí ele me disse uma coisa que me deixou muito impressionado. “Pior analfabeto é o que aprendeu a ler e não lê!” Me senti ofendido. Mas, dentro de mim, reconheci que ele estava certo. Mas eu não estava ali para dar a ele o gostinho do acerto. Saí da livraria de cabeça erguida, dizendo que livro que não se entende é coisa mais que inútil. E livraria é lugar de gente que não tem, ou que não sabe, o que fazer na vida. Melhor que livro são os games. Melhor que os games, só o rock. Melhor que eles é a azaração. Ler para quê?

  A experiência acumulada sobre os malefícios da leitura em meus anos de vida me deram a idéia de criar um movimento de alerta para meus amigos, e até para os inimigos. Eles estão indo na conversa dos mais velhos. Ficam na dúvida e começam a pensar que a leitura e o estudo podem lhes trazer benefícios futuros. Vou criar uma associação dos inimigos da leitura que terá como palavra de ordem “Abaixo os livros!” Tenho certeza de que muitos virão se unir a mim. Penso que só assim acabaremos com essa farsa de civilização, história e cultura.

  O que vale mesmo é a azaração. O resto é silêncio. Palha.


(COSTA, Marta Morais da. Mapa do mundo: crônicas sobre leitura. Belo Horizonte: Leitura, 2006.)

De acordo com o Novo Acordo Ortográfico em vigor no Brasil, identifique a opção que destaca e explica a regra adequadamente:
Alternativas
Q743488 Português
Texto III

Comprovado: memória da mulher é superior à do homem

A explicação está nos hormônios 
  
   O novo estudo realizado com pessoas de meia-idade comprovou que as mulheres têm uma memória mais precisa do que homens da mesma faixa etária. No entanto, algumas habilidades, como aprendizagem inicial e recuperação de informações, são enfraquecidas depois da menopausa.            
   Homens se esquecendo de aniversários, compromissos e datas comemorativas é um motivo de briga comum em quase todo relacionamento. Um novo estudo, publicado nesta quarta-feira no periódico científico Menopause veio para comprovar que as mulheres têm razão e sua memória realmente é melhor que a dos homens.
   No estudo, pesquisadores da Sociedade Norte-americana de Menopausa (NAMS, na sigla em inglês), realizaram testes cognitivos com 212 homens e mulheres com idades entre 45 e 55 anos para avaliar aspectos como memória episódica, função executiva, processamento semântico e inteligência verbal. A memória associativa e a verbal episódica foram avaliadas por meio de um exame de associação entre nome e rosto e um teste de lembrança seletiva.
   Os resultados comprovaram que as mulheres de meia-idade têm uma memória mais precisa do que homens da mesma faixa etária. No entanto, sua memória passa a enfraquecer depois da menopausa. Embora a perda de memória seja uma consequência já conhecida do processo de envelhecimento, no caso das mulheres, isso também está relacionado com o declínio do nível do hormônio estradiol no organismo.
   
   Fonte: Veja, 09/11/2016
No trecho: “Os resultados comprovaram que as mulheres de meia-idade têm uma memória mais precisa...”, o termo em destaque está acentuado pelo mesmo motivo do uso do acento na palavra destacada em:
Alternativas
Q730220 Português
INSTRUÇÃO -Leia atentamente todo o texto antes de responder a questão.

    A vida é difícil para todos nós. Saber disso nos ajuda porque nos poupa da autopiedade. Ter pena de si mesmo é uma viagem que não leva a lugar nenhum. A autopiedade, para ser justificada, nos toma um tempo enorme na construção de argumentos e motivos para nos entristecermos com uma coisa absolutamente natural: nossas dificuldades.
    Não vale a pena perder tempo se queixando dos obstáculos que têm de ser superados para sobreviver e para crescer. É melhor ter pena dos outros e tentar ajudar os que estão perto de você e precisam de uma mão amiga, de um sorriso de encorajamento, de um abraço de conforto. Use sempre suas melhores qualidades para resolver problemas, que são: capacidade de amar, de tolerar e de rir.
    Muitas pessoas vivem a se queixar de suas condições desfavoráveis, culpando as circunstâncias por suas dificuldades ou fracassos. As pessoas que se dão bem no mundo são aquelas que saem em busca de condições favoráveis e, se não as encontram se esforçam por criá-las. Enquanto você acreditar que a vida é um jogo de sorte vai perder sempre. A questão não é receber boas cartas, mas usar bem as que lhe foram dadas.
(Dr.Luiz Alberto Py, O Dia)
Leia o trecho: “Não vale a pena perder tempo se queixando dos obstáculos que têm de ser superados para sobreviver e para crescer”.
O acento colocado na palavra acima sublinhada tem como justificativa
Alternativas
Ano: 2013 Banca: FGV Órgão: MPE-MS Prova: FGV - 2013 - MPE-MS - Motorista Auxiliar |
Q723465 Português

                                        Problemas de trânsito

    O trânsito sempre foi sinônimo de confusão, e tragédias. Agora, infelizmente, às vésperas do final do ano, o número de acidentes e mortes tende a aumentar ainda mais. A má conservação das estradas e a irresponsabilidade de alguns motoristas contribuem para que esse quadro se agrave ainda mais.

     Além disso, a cada dia que passa, o número de carros cresce, tornando o trânsito nas grandes cidades ainda mais caótico.

     Será preciso muito trabalho e investimento para acabar com os problemas do trânsito brasileiro. Construção de estradas mais seguras, adoção de leis mais enérgicas, investimento em transporte público, ampliação do número de agentes de trânsito e, é claro, a conscientização de motoristas trarão menos dor de cabeça a muita gente.

(Adaptado. www.blogmail.com.br)

Trânsito” é uma palavra que muda de sentido conforme a sílaba tônica, pois “transito” pertence ao verbo “transitar”. A palavra do texto que está nesse mesmo caso é:
Alternativas
Respostas
561: D
562: A
563: B
564: C
565: C
566: E
567: D
568: D
569: D
570: A
571: D
572: B
573: E
574: E
575: A
576: E
577: E
578: D
579: A
580: C