Questões de Concurso Sobre acentuação gráfica: proparoxítonas, paroxítonas, oxítonas e hiatos em português

Foram encontradas 5.464 questões

Q978985 Português

O LOBO MORAVA EM CASA

            Rosângela Sales Cohen, 56 anos, de Belém do Pará. A história que tenho para contar é semelhante à de Chapeuzinho Vermelho. Só que o lobo morava em minha casa. Era o meu pai. Fui abusada por ele durante a infância e a adolescência. 

            Sou a 13ª de uma família de catorze irmãos de Belém do Pará. Por alguma razão, meu pai me escolheu quando eu era tão novinha que nem lembro a idade que tinha. Na calada da noite, ele ia à minha cama, fazia o que queria comigo e depois ia embora. Eu era muito pequena, não tinha noção do que era certo ou errado. Tudo foi piorando à medida que não queria mais satisfazer seus desejos, ele começou a me ameaçar, dizendo que deixaria a família passar fome. Toda a minha pureza virou indiferença. Desenvolvi um mecanismo de autodefesa que consistia em anular todos os meus sentimentos bons ou ruins. Tornei-me um ser não vivo. E tenho lembranças fragmentadas daquela época.

            Por volta dos 5 anos, tive uma de minhas experiências mais traumáticas. Ouvi de um familiar que eu gostava daquilo. Era como se eu houvesse seduzido meu pai. Aquelas palavras foram como uma faca cortando minha alma. Passei a ser acometida por uma febre psicológica, que me fazia delirar a mais de 40 graus. Estavam me acusando de algo do qual era vítima, e o fato de todos saberem o que acontecia e ninguém fazer nada me revoltava ainda mais. Passei a me sentir, de fato, culpada. Tinha nojo de mim mesma, além de muita vergonha. Acima de tudo, havia o medo.

            Então, um dia, quando eu já tinha 15 anos, meu pai acabou sendo expulso de casa pelos meus irmãos por causa das maldades que fazia comigo. Acreditei que meus problemas haviam acabado. Aos 16 anos, tive o meu primeiro namorado. Ficamos três anos juntos, e ele sempre foi muito respeitoso comigo. Quando tinha 20 anos, comecei a namorar um rapaz que conheci na saída da faculdade. Na época, tinha planos de me casar, constituir uma família, ir para bem longe da minha casa. E, por isso, eu o via como uma espécie de "salvador”. Em uma ocasião, saímos para ir a uma festa. A noite estava ótima, até a hora de ir embora... Na volta para casa, ele parou no motel. Em dado momento, começou a me olhar de maneira estranha, de uma forma que eu já conhecia. Fingi que estava passando mal e me tranquei no banheiro, chorando desesperadamente. Ele, então, começou a ficar agressivo e a dar murros na porta, dizendo que iria arrombá-la. Abri a porta e aconteceu o que eu previra. 

            A sensação de impotência era o que mais me afligia. No fim, a violência emocional é muito maior do que a física. Na manhã seguinte, ele me deixou em casa, como se nada tivesse acontecido, e ainda acenou para minha mãe com um sorriso. Disse a ele que, se voltasse a se aproximar de mim, iria denunciá-lo por estupro. Ele nunca mais apareceu.

            Os abusos me fizeram desenvolver fobias e síndromes, doenças psicossomáticas que passei a estudar para procurar respostas quando ingressei no curso de psicologia. Eu havia me tornado uma pessoa amarga e egoísta, que magoava os outros. A simples aproximação de alguém me causava pânico. Curei-me física, emocional e espiritualmente em um retiro religioso em Curitiba, onde fiquei por um mês. Deus me deu condições de lutar contra o ódio e o medo que me congelavam. Descobri que era capaz de amar e me deixar ser amada. O mais difícil foi perdoar, mas consegui. 

            Hoje sou mãe de três filhas e avó de duas netas, além de ser dona de uma corretora de imóveis. Faço esse relato com um sorriso no rosto porque consegui criar três mulheres fortes e independentes. Pretendo publicar um livro com a história da minha vida para conscientizar as pessoas sobre a realidade do estupro. O nome do livro será Superação.

(Fonte: Depoimento colhido por Eduardo Gonçalves. Revista Veja, n° 2483)

Recebe acento pela mesma regra de “egoísta” o vocábulo:
Alternativas
Q978868 Português
Leia o texto com atenção e responda a questão de acordo com os comandos.

A MÁGICA DA EDUCAÇÃO
Educar-se é a precondição para que o trabalho seja uma escola 

Quase todos entendem: Os mais educados ganham mais. Por que será? O que a escola terá enfiado na cabeça do aluno, mudando sua forma de trabalhar - ou de se comportar como cidadão? Os números mostram claramente: quanto mais anos de escolaridade, maior o nível de renda. Que outras dúvidas haveria para demonstrar o poder da educação?
Isso é fácil de entender, pois aprendem-se na escola coisas que podemos usar no primeiro dia de trabalho. De fato, aprendem-se habilidades que o mercado valoriza e pelas quais está disposto a pagar, como ler, escrever, receber instruções por escrito e muito mais. A escolaridade permite decifrar um orçamento e entender um manual de instruções. Quem sabe fazer essas coisas ganha mais, pois é mais produtivo para a empresa. E, como os economistas demonstram de forma persuasiva, se alguém recebe salários maiores é porque produz mais. Mas os números contêm uma charada. Com o passar do tempo, vamos esquecendo o que aprendemos na escola. Alguns conhecimentos mal duram até o dia da prova.
Ao começarmos a trabalhar, usamos o que nos ensinou a escola. No ano seguinte, já teremos esquecido muito do que nos foi ensinado. Sendo assim, diria a lógica, se ganhamos pelo que aprendemos na escola, ao irmos esquecendo, nosso salário deveria diminuir. Mas é exatamente o oposto. Os analfabetos se aposentam praticamente com o mesmo salário inicial. Para quem estudou, em vez de caírem, os salários sobem ao longo da vida profissional. E não é só isso: sobem mais quanto mais escolaridade se consegue acumular. Mas não voltamos à escola, não nos ensinaram nada de novo que pudesse ser remunerado. Ainda assim, sobem os salários.
Por que será? Diante de uma situação de trabalho, o analfabeto não consegue encontrar uma maneira melhor de lidar com ela. Portanto, continua fazendo sempre o mesmo. Já quem passou pela escola adquiriu formas de pensar e agir que permitem decifrar as situações de trabalho e lidar criativamente com os desafios que aparecem. Amadurece seu julgamento, toma melhores decisões e aprende formas mais eficazes de trabalhar. Além disso, alcança uma compreensão mais ampla do mundo. Enfim, adquire um equipamento intelectual que lhe permite transformar a experiência de trabalho em produtividade. Usando uma expressão comum aprender a aprender.
Portanto, quanto mais aprendemos na escola, mais somos capazes dessa conversão de experiência em aprendizado. O equipamento para lidar criativamente e aprender com o mundo do trabalho torna-se mais poderoso. Com um diploma superior, ao chegar à maturidade, um indivíduo ganha três vezes seu salário inicial. Os números são claros: a capacidade de aprender a aprender dos mais escolarizados vale mais que os conhecimentos úteis que possuíam no primeiro dia de trabalho. A educação consiste em equipar as pessoas para aprender a fazer coisas que não foram ensinadas na escola. O trabalho é uma grande escola, mas somente para quem estudou. No fundo, os conhecimentos incluídos nos currículos valem menos por sua utilidade intrínseca e mais pela oportunidade de exercitar nosso raciocínio, ao lidarmos com eles.

(CASTRO, Cláudio de Moura. Revista Veja, 6 de AGOSTO, 2018. p. 73)



Sobre o excerto "Mas os números contêm uma charada”, é correto afirmar:
Alternativas
Q978730 Português
De acordo com o novo acordo ortográfico, assinale a alternativa que não possui erro de acentuação.
Alternativas
Q978487 Português
Considerando as regras de pontuação e de acentuação gráfica vigentes, assinale a alternativa correta.
Alternativas
Q978396 Português
Assinale a alternativa em que as duas palavras são acentuadas de acordo com a mesma regra.
Alternativas
Q977809 Português

Considerando aspectos linguísticos do texto, julgue o próximo item.


Os vocábulos “mídia”, “intermediários” e “contemporânea” são acentuados de acordo com a mesma regra de acentuação gráfica.
Alternativas
Q977632 Português

No que diz respeito aos aspectos linguísticos e semânticos do texto, julgue o item. 


O emprego do acento nos vocábulos “havíamos”  (linha 14) e “conteúdo” (linha 33) justifica-se pela mesma regra de acentuação gráfica. 

Alternativas
Q977560 Português
COLUNA DE JUAN ARIAS (24/04/2018)

Qual é a única coisa que une os brasileiros e que o poder prefere esconder?




Assinale a opção em que uma das três palavras apresentadas tem acentuação explicada por uma regra diferente da que é comum às outras duas.
Alternativas
Q976179 Português

Texto: É brincando que se aprende


      O professor Pardal gostava muito do Huguinho, do Zezinho e do Luizinho e queria fazê-los felizes. Inventou, então, brinquedos que os fariam felizes para sempre, brinquedos que davam certo sempre: uma pipa que voava sempre, um peão que rodava sempre e um taco de beisebol que acertava sempre na bola. Os três patinhos ficaram felicíssimos ao receber os presentes e se puseram logo a brincar com seus brinquedos que funcionavam sempre.

      Mas a alegria durou pouco. Veio logo o enfado. Porque não existe nada mais sem graça que um brinquedo que dá certo sempre. Brinquedo, para ser brinquedo, tem de ser um desafio. Um brinquedo é um objeto que, olhando para mim, me diz: “Veja se você pode comigo!”. O brinquedo me põe à prova. Testa as minhas habilidades. Qual é a graça de armar um quebra-cabeça de 24 peças? Pode ser desafio para uma criança de 3 anos, mas não para mim. Já um quebra-cabeça de 500 peças é um desafio. Eu quero juntar as suas peças! Para isso, sou capaz de gastar meus olhos, meu tempo, minha inteligência, meu sono.

      Qualquer coisa pode ser um brinquedo. Não é preciso que seja comprado em lojas. Na verdade, muitos dos brinquedos que se vendem em lojas não são brinquedos precisamente por não oferecerem desafio algum.

      Que desafio existe numa boneca que fala quando se aperta a sua barriga? Que desafio existe num carrinho que anda ao se apertar um botão? Como os brinquedos do professor Pardal, eles logo perdem a graça. Mas um cabo de vassoura vira um brinquedo se ele faz um desafio: “Vamos, equilibre-me em sua testa!”. Quando era menino, eu e meus amigos fazíamos competições para saber quem era capaz de equilibrar um cabo de vassoura na testa por mais tempo. O mesmo acontece com uma corda no momento em que ela deixa de ser coisa para se amarrar e passa a ser coisa de se pular.

      Laranjas podem ser brinquedos? Meu pai era um mestre em descascar laranjas sem arrebentar a casca e sem ferir a fruta. Para o meu pai, a laranja e o canivete eram brinquedos. Eu olhava para ele e tinha inveja. Assim, tratei de aprender. E ainda hoje, quando vou descascar uma laranja, ela vira brinquedo nas minhas mãos ao me desafiar: “Vamos ver se você é capaz de tirar a minha casca sem me ferir e sem deixar que ela arrebente”.

       Para um alpinista, o Aconcágua é um brinquedo: é um desafio a ser vencido. Mas um morrinho baixo não é brinquedo porque é muito fácil – não é desafio. Ao escalar o Aconcágua, ele está medindo forças com a montanha ameaçadora! Pelo desafio dos picos, os alpinistas arriscam as suas vidas, e muitos morrem. Parodiando o Riobaldo: “Brincar é muito perigoso...”.

      Há brinquedos que são desafios ao seu corpo, à sua força, à sua habilidade, à sua paciência. E há brinquedos que são desafios à inteligência. A inteligência gosta de brincar. Brincando, ela salta e fica mais inteligente ainda. Brinquedo é tônico para a inteligência. Mas se ela tem de fazer coisas que não são desafio, ela fica preguiçosa e emburrecida.

      Todo conhecimento científico começa com um desafio: um enigma a ser decifrado! A natureza desafia: “Veja se você me decifra!”. E aí os olhos e a inteligência do cientista se põem a trabalhar para decifrar o enigma. Assim aconteceu com Johannes Kepler (15711630), cuja inteligência brincava com o movimento dos planetas. Assim aconteceu com Galileu Galilei (1564-1642), que, ao observar a natureza, tinha a suspeita de que ela falava uma linguagem que ele não entendia. Pôs-se, então, a observar e a pensar (ciência se faz com essas duas coisas, olho e cérebro!) até que decifrou o enigma: a natureza fala a linguagem da matemática! E até hoje os cientistas continuam a brincar o mesmo brinquedo descoberto por Galileu.

      Aconteceu assim também com um monge chamado Gregor Johann Mendel (1882-1962). No seu mosteiro havia uma horta onde cresciam ervilhas. Os outros monges, vendo as ervilhas, pensavam em sopa. Mas Mendel percebeu que elas escondiam um segredo. E ele tanto fez que acabou por descobrir o segredo que nos revelou o incrível mundo da genética. E não é esse mesmo jogo que faz a criança que está começando a aprender a ler? Ela olha para as letras-ervilhas e tenta decifrar a palavra que elas formam. Tudo é brinquedo!

Rubem Alves
https://institutorubemalves.org.br/wp-content/uploads/2018/08/2002.12.17.pdf

Justifica-se pela mesma regra a acentuação dos seguintes vocábulos:
Alternativas
Q976069 Português

 Texto III



Em relação à classe de palavras, assinale a alternativa em que a ausência do acento no vocábulo faça com que ocorra uma mudança de classe de palavra nos dois termos.
Alternativas
Q975795 Português
Para responder a questão, leia o texto a seguir.

Por que a justiça é representada de olhos vendados, com balança e espada nas mãos?
Em sua versão romana, batizada Justitia, a mesma deusa passa a trazer também a espada e a venda nos olhos.
A venda é um símbolo de imparcialidade: significa que ela não faz distinção entre aqueles que estão sendo julgados. A balança indica equilíbrio e ponderação na hora de pesar, lado a lado, os argumentos [contra os acusados e a favor deles]. A espada é um sinal de força. “A arma implica que a Justiça não pede aos que estão brigando que aceitem sua decisão. Ela tem de ser imposta, mesmo porque inevitavelmente descontentará um dos dois lados em conflito”, diz o advogado Carlos Ari Sundfeld, professor de Direito Público da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). A Justiça é associada a figuras femininas desde a antiguidade. A deusa egípcia Maat (cujo nome deu origem à palavra “magistrado”) muitas vezes era retratada com uma espada na mão. Na Grécia, o papel cabia a Têmis, que já trazia uma balança na mão direita. Em sua versão romana, batizada Justitia, a mesma deusa passa a trazer também a espada e a venda nos olhos.
Para completar, a balança e a espada também são instrumentos de São Miguel, o arcanjo justiceiro, que, apesar de já fazer parte da tradição judaica, passou a ser retratado assim nos primeiros séculos do cristianismo.
(Adaptado de https://super.abril.com.br/)
As palavras “Pontifícia” e “Católica” aparecem corretamente acentuadas no texto. Sobre o que elas demonstram, enquanto exemplos, a respeito das regras de acentuação gráfica do português brasileiro, assinale a análise correta.
Alternativas
Q975785 Português
Para responder a questão, leia o texto abaixo.

Senado argentino aprova orçamento de 2019 com medidas de austeridade exigidas pelo FMI

Orçamento aprovado prevê corte de gastos de cerca de US$ 10 bilhões para tentar reequilibrar as contas públicas. 

O Senado da Argentina aprovou o orçamento para 2019 com uma série de cortes de gastos e medidas de austeridade exigidas pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) para assegurar a liberação de empréstimos no valor de US$ 56 bilhões.
A votação terminou com 45 votos a favor, 24 contra e uma abstenção, e terminou na madrugada depois de mais de 12 horas de debate.
A aprovação representa uma vitória para o governo do presidente Mauricio Macri, que visa a reeleição em 2019, e negociou a ampliação do socorro financeiro do FMI, se comprometendo a cortar seu déficit fiscal primário. 
O orçamento que vai valer em 2019 inclui cortes de gastos de cerca de 400 bilhões de pesos (cerca de US$ 10 bilhões) em relação ao ano anterior para reduzir o déficit fiscal primário a zero. Esse índice foi de 3,9% do PIB em 2017 e é projetado em 2,7% em 2018.
Essa meta de equilíbrio fiscal primário seria alcançada com uma redução nas despesas equivalente a 1,5% do PIB e um aumento na receita de cerca de 1,2% do PIB. Com os cortes, haverá redução de verbas para gastos [com] saúde, educação, pesquisa, transportes, obras públicas e cultura, entre outros.
[...]
"Embora o FMI e as autoridades confiem no início de uma reativação gradual a partir do segundo trimestre de 2019, no melhor dos casos haverá sinais de uma recuperação significativa na atividade e no emprego no segundo semestre. Mas, no curto prazo, o programa fiscal tem um efeito inegável de contração sobre a demanda agregada, a atividade econômica e o emprego", disse à agência AFP o economista Héctor Rubini, da Universidade do Salvador, em Buenos Aires.
[...]
Entenda a crise
A crise monetária que atinge o país acelerou o aumento dos preços e, desde janeiro, o peso registrou desvalorização de 50% em relação ao dólar, estimulando a inflação.
O país conseguiu um empréstimo de US$ 50 bilhões do FMI em junho, dos quais já recebeu US$ 15 bilhões, mas Buenos Aires precisou voltar ao organismo para obter apoio adicional com desembolsos mais rápido, se comprometendo a cortar seu déficit fiscal primário de uma previsão de 2,7% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2018.
No final de outubro, a direção do FMI aprovou um pacote total de US$ 56,3 bilhões para a Argentina com o objetivo de ajudar a estabilizar a economia do país.
(Adaptado de g1.globo.com)


A palavra “austeridade”, que aparece no título do texto, é um substantivo ligado ao adjetivo “austero”. Esta palavra trissílaba, por sua vez, tem uma tonicidade que a leva a:
Alternativas
Q975759 Português

Texto VI


                       ELOGIOS E BAJULAÇÕES


Elogios sinceros resistem a vendavais

Bajulações não resistem a uma brisa.

Quem tem paz sobrevive aos chacais.

O amor alimenta o poeta, a poetisa.


Elogio sincero é como sal em alimento,

Bajulação é como sujeira em ferida aberta

Ou não ter bálsamo após ferimento,

Ou como enfrentar o frio sem coberta.


Bajulações não resistem a uma brisa

Mesmo que se ouça a mais linda poetisa

Ou que se apoie em forte viga.


Elogios sinceros resistem aos vendavais

Por todos os lados a verdade impera

A falsidade não se pendura em varais.

DUARTE, Valdeci. Disponível em: <https://pagina20.net/ elogios- e-bajulacoes/>. Acesso em: 13 dez. 2018 (adaptado).

Assinale a alternativa cujas palavras se diferenciam semanticamente a partir da tonicidade.
Alternativas
Q975757 Português

Texto VI


                       ELOGIOS E BAJULAÇÕES


Elogios sinceros resistem a vendavais

Bajulações não resistem a uma brisa.

Quem tem paz sobrevive aos chacais.

O amor alimenta o poeta, a poetisa.


Elogio sincero é como sal em alimento,

Bajulação é como sujeira em ferida aberta

Ou não ter bálsamo após ferimento,

Ou como enfrentar o frio sem coberta.


Bajulações não resistem a uma brisa

Mesmo que se ouça a mais linda poetisa

Ou que se apoie em forte viga.


Elogios sinceros resistem aos vendavais

Por todos os lados a verdade impera

A falsidade não se pendura em varais.

DUARTE, Valdeci. Disponível em: <https://pagina20.net/ elogios- e-bajulacoes/>. Acesso em: 13 dez. 2018 (adaptado).

Leia e analise as afirmações.


I. As palavras "vintém" e “ninguém” são acentuadas por serem oxítonas terminadas em " -em" .

II. Assim como “cajá” e “Irajá”, as palavras “cajú" e “Iguaçu” também devem receber acento, por serem oxítonas terminadas em “-a”, “-e”, “-o” ou “-u”.

III. As palavras "glória”, “série" e “empório" são recebem acento agudo em obediência à regra de que paroxítonas terminadas em ditongo crescente devem ser acentuadas.

IV. As palavras “ideia”, “jiboia”, "geleia” e “paranoia” passaram a receber acento agudo a partir do Novo Acordo Ortográfico.

V. Todas as proparoxítonas são acentuadas.


Está correto apenas o que se afirma em:

Alternativas
Q975738 Português

Texto III


Infeliz iniciativa do senador Cyro Miranda (PSDB- GO), presidente da Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado, ao criar um grupo de trabalho com Ernani Pimentel e Pasquale Cipro Neto, propondo uma simplificação do sistema ortográfico brasileiro. [...] O mais importante é que a grande motivação alegada por seus autores - a facilitação da alfabetização e do domínio da escrita - revela uma concepção bem equivocada da questão, pois a ortografia é um problema de somenos na formação de leitores e produtores de bons textos. Por exemplo, a norma gramatical brasileira, desatualizada e adventícia, coloca problemas muito mais sérios para quem quer escrever hoje um texto na norma-padrão do que o atual sistema ortográfico.”

LUCCHESI, Dante. Um erro crasso de ortografia. Disponível em: <www1 .folha.uol.com.br/opiniao/2014/09/1512848-dante- lucchesi-um-erro-crasso-de-ortografia.shtml>. Acesso em: 11 dez. 2018

Assinale a alternativa em que todas as palavras são acentuadas em conformidade com a mesma regra de acentuação:
Alternativas
Q975737 Português

Texto III


Infeliz iniciativa do senador Cyro Miranda (PSDB- GO), presidente da Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado, ao criar um grupo de trabalho com Ernani Pimentel e Pasquale Cipro Neto, propondo uma simplificação do sistema ortográfico brasileiro. [...] O mais importante é que a grande motivação alegada por seus autores - a facilitação da alfabetização e do domínio da escrita - revela uma concepção bem equivocada da questão, pois a ortografia é um problema de somenos na formação de leitores e produtores de bons textos. Por exemplo, a norma gramatical brasileira, desatualizada e adventícia, coloca problemas muito mais sérios para quem quer escrever hoje um texto na norma-padrão do que o atual sistema ortográfico.”

LUCCHESI, Dante. Um erro crasso de ortografia. Disponível em: <www1 .folha.uol.com.br/opiniao/2014/09/1512848-dante- lucchesi-um-erro-crasso-de-ortografia.shtml>. Acesso em: 11 dez. 2018

O Texto III aborda a “simplificação do sistema ortográfico brasileiro". Entre as alternativas abaixo, assinale aquela cujas palavras NÃO tiveram sua escrita modificada pelo Novo Acordo Ortográfico:
Alternativas
Q975250 Português

Instrução: As questões de números 01 a 10 referem-se ao texto abaixo. Os destaques ao longo do texto estão citados nas questões.







Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas da linha 5 do texto.
Alternativas
Q975202 Português

             Adultos estacionados na infância - Dênis Athanázio

   “Quando meu filho nascer, eu terei que tomar vergonha na cara e mudar o rumo da minha vida. Não serei mais infiel, vou ser mais tolerante com meus familiares, protestarei incansavelmente por um país melhor onde meu herdeiro será o mais novo morador”.

  Muitas dessas promessas “éticas” permanecem no discurso e não se realizam na prática e partem do pressuposto de que a Terra toda gira em torno do meu umbigo (e agora do umbigo do meu filho também), com o único objetivo de nos satisfazer o tempo todo.

   Freud se preocupou com essa questão. Ele desenvolveu um conceito chamado narcisismo primário para explicar aquela fase da criança onde ela investe toda a sua energia libidinal para si mesma, isto é, só pensa nela e em sua satisfação imediata, como instinto de preservação, proteção. E mesmo sem ter total consciência desse complexo processo, o outro é para ela apenas um meio para se chegar a um fim que, no caso, é servi-la e cuidá-la de todas as formas que contribua para sua satisfação e gozo próprio. Se essa fase for “superada”, a criança vai, aos poucos, percebendo que nem todos os seus desejos serão atendidos e nem no exato momento que elas desejarem.

  O problema é que encontramos algumas pessoas no decorrer dos anos que ficaram estacionadas no narcisismo primário e dali nunca mais saíram. São “adultos-crianças” birrentos, de difícil convivência, pois não aguentam nem eles mesmos e não conseguem enxergar o outro.

  Freud escreveu que a chegada do filho traz toda aquela carga psíquica do que já fomos um dia na infância, mas a deslocamos para nosso filho, pois não podemos voltar a ser criança. Talvez seja por isso que muitos pais idolatram seus filhos nas redes sociais. Na verdade, sem perceber, os pais estão falando do amor por eles mesmos e não do amor pelos filhos.

  Se quisermos ter filhos éticos, talvez devamos praticar a ética antes mesmo de eles existirem. Só quem tenta ser ético sabe a dificuldade e investimento diário que é para sê-lo. Se colocarmos a nossa transformação toda como ser humano nas costas da criança que virá, ela já nascerá com dor nas costas e na alma. É como dar uma feijoada para um recém-nascido digerir. As crianças não deveriam vir com a missão de consertar casamento, de suprir carências ou de juntar pessoas que não querem estar próximas. Elas podem vir para somar e dividir e não para consertar os problemas que cabem aos adultos.

Retirado e adaptado de:<http://obviousmag.org/denis_athanazio/2018/adultos-estacionados-na-infancia.html>.

Em relação à acentuação gráfica das palavras na Língua Portuguesa, considere as alternativas a seguir e assinale aquela que está conforme as normas adequadas.
Alternativas
Q974364 Português


Humanos provocarão a extinção dos primatas em 50 anos, alertam cientistas.


A ameaça de extinção dos primatas levou pesquisadores de diversas instituições a se unirem para pedir mudanças sociais antes que as espécies mais próximas do ser humano desapareçam.

Trinta e um cientistas assinaram um artigo publicado pela revista Science Advances em que afirmam que o contínuo desmatamento colocou em risco a maioria das espécies de primatas em todo o mundo.

Atualmente, são conhecidas 504 espécies de primatas, que incluem macacos, orangotangos e gorilas. Cerca de 60% dessas espécies estão ameaçadas de extinção e 75% tem populações em declínio. 

Para avaliar o papel das ameaças humanas à sobrevivência dos primatas, os pesquisadores combinaram dados da Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) com dados da base de dados das Nações Unidas. Com isso, eles estabeleceram previsões e tendências de desenvolvimento para os próximos 50 anos.

De acordo com os pesquisadores, a principal ameaça global para os habitats de primatas é a expansão da agricultura, seguida pela exploração madeireira e de pecuária. A caça também é considerada um perigo direto. 

O estudo concluiu que restam apenas alguns milhares de indivíduos em várias espécies de lêmures e macacos.

Os pesquisadores apontam também que restam menos de 30 exemplares do gibão de Hainan, espécie originária da China, enquanto o orangotango de Sumatra está em risco extremo de extinção após ter perdido 60% de seu habitat entre 1985 e 2007.

O artigo também ressalta que ameaças emergentes, como a poluição e as mudanças climáticas, podem acelerar a taxa de extinção. De acordo com o estudo, estas ameaças devem resultar na extinção global de cerca de 75% das espécies de primatas nos próximos 25 e 50 anos.

Os cientistas pedem que medidas globais sejam tomadas com urgência para proteger os primatas em risco e ressalta o risco especial em países como Brasil, Indonésia, República Democrática do Congo e Madagascar, que abrigam a maior parte das espécies de primatas.

O artigo, assinado por pesquisadores dos Estados Unidos, Europa, Ásia, América Latina e África, convida governantes, ONGS e a sociedade a promover iniciativas sustentáveis que garantam a continuação da espécie. A pesquisa também enfatiza a necessidade de melhorar a condição humana nas regiões mais pobres. 

Para os cientistas, a extinção dos irmãos primatas é um sinal de alerta de que a condição de vida humana deve se deteriorar dramaticamente.

Disponível em: https://noticias.uol.com.br/ciencia/ultimas-noticias/redacao/2017/01/19/humanos-provocarao-a-extincao-dos-primatas-em-50-anos.htm? (Adaptado)



A respeito das regras de acentuação gráfica, a partir da leitura do trecho “Os cientistas pedem que medidas globais sejam tomadas com urgência para proteger os primatas em risco e ressalta o risco especial em países como Brasil, Indonésia, República Democrática do Congo e Madagascar, que abrigam a maior parte das espécies de primatas”, pode-se afirmar que é correto o que se diz em: 
Alternativas
Q974332 Português
Leia o trecho abaixo:

“eles se constituem o que pode ser chamado de extraordinário construído pela e para a sociedade, (...) (L.8/9).

Sobre os elementos linguísticos que compõem a frase acima, pode-se afirmar
Alternativas
Respostas
3801: C
3802: A
3803: A
3804: B
3805: D
3806: C
3807: E
3808: C
3809: B
3810: E
3811: B
3812: D
3813: E
3814: E
3815: B
3816: B
3817: D
3818: E
3819: B
3820: A