Questões de Concurso Sobre adjetivos em português

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Q3086698 Português

Eu estou − apesar de tudo oh apesar de tudo − estou sendo alegre neste instante já que passa se eu não o fixar com palavras. Estou sendo alegre neste mesmo instante porque me recuso a ser vencida: então eu amo. Como resposta. Amor impessoal, amor it, é alegria: mesmo o amor que não dá certo, mesmo o amor que termina. E a minha própria morte e a dos que amamos tem que ser alegre, não sei ainda como, mas tem que ser. Viver é isto: a alegria do it. Viver é sentir sempre aquele friozinho na barriga. E conformar-se não como vencida, mas num allegro com brio.


Texto Adaptado


 LISPECTOR, Clarice. Água viva. 1. ed. Rio de Janeiro: Rocco, 1973, p.         

Em "Viver é sentir sempre aquele friozinho na barriga", o diminutivo serve para expressar uma sensação de delicadeza, intensidade emocional ou até um carinho na descrição da experiência. Portanto, os diminutivos podem ampliar ou alterar o significado para transmitir emoções, sutilezas ou afetos, e não se restringem apenas à ideia de diminuição de tamanho.
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Q3086679 Português

Sou composta por urgências: minhas alegrias são intensas, minhas tristezas, absolutas. Me entupo de ausências, me esvazio de excessos. Eu não caibo no estreito, eu só vivo nos extremos. Eu caminho, desequilibrada, em cima de uma linha tênue entre a lucidez e a loucura. De ter amigos eu gosto porque preciso de ajuda para sentir, embora quem se relacione comigo saiba que é por conta própria e alto-risco. O que tenho de mais obscuro, é o que me ilumina. E a minha lucidez é que é perigosa (como dizia Clarice Lispector). Se eu pudesse me resumir, diria que sou irremediável!


Marla de Queiroz


https://www.pensador.com/frase/NjA3NDgy/

A palavra "irremediável" em "Se eu pudesse me resumir, diria que sou irremediável!" possui a seguinte estrutura morfológica: Prefixo: "ir-", Radical: "remedi-", e o Sufixo: "-ável" O sufixo é um elemento que forma adjetivos e indica a capacidade ou possibilidade de algo ser feito. A junção desses elementos forma um adjetivo que descreve algo que não pode ser remediado.
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Q3085817 Português
Assinale a opção que relaciona de modo incorreto o adjetivo à locução adjetiva destacada.
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Q3084804 Português
Relembre as trajetórias dos medalhistas brasileiros nas Olimpíadas de Paris

Os atletas brasileiros subiram em 20 pódios na competição, entre disputas individuais e por equipes, garantindo medalhas de ouro, prata e bronze.

    Há pouco mais de uma semana, no dia 11 de agosto de 2024, o mundo se despedia das Olimpíadas de Paris. Ao longo da competição, o Brasil foi representado em 20 pódios, somou três medalhas de ouro, sete de prata, dez bronzes e momentos que entraram para a história. Relembre as trajetórias dos medalhistas brasileiros.
    Ginástica Artística – O Brasil conquistou sua primeira medalha da história em Olimpíadas na disputa por equipes na ginástica artística com Rebeca Andrade, Flávia Saraiva, Jade Barbosa, Júlia Soares e Lorrane Oliveira, que garantiram o bronze na categoria. Além do bronze por equipes, a ginasta Rebeca Andrade ganhou outras três medalhas.
    Vôlei de Praia – A dupla Ana Patrícia e Duda protagonizou uma campanha invicta para chegar ao lugar mais alto do pódio. Da fase de grupos à final, as campeãs olímpicas perderam apenas dois sets.
   Judô – Beatriz Souza foi vencedora na categoria acima de 78 kg. A medalha de ouro veio na disputa contra a israelense Raz Hershko. Para conquistar a prata na categoria até 66 kg, Willian Lima venceu três disputas no tatame e chegou à final para enfrentar o japonês Hifumi Abe. O caminho de Larissa Pimenta até o bronze do judô na categoria até 52 kg contou com cinco lutas, entre a eliminatória, repescagem e disputa da medalha.
   Skate – Para chegar ao pódio do skate street, Rayssa Leal passou pela fase classificatória entre as oito melhores. A medalha de bronze chegou na última manobra, quando a Fadinha conquistou 88.83 e garantiu a vaga no pódio. Augusto Akio também terminou a fase eliminatória entre os oito melhores no ranking geral e avançou à final do torneio. Na decisão, sem conseguir boas notas nas duas voltas iniciais, Akio apostou tudo na última tentativa e levou o bronze.
   Surfe – Gabriel Medina conquistou o bronze no surfe após passar pelas classificatórias, o mata-mata e a disputa do terceiro lugar. Para garantir a primeira medalha olímpica do surfe na categoria feminina, Tatiana Weston-Webb superou três baterias classificatórias, seguiu as eliminatórias até a decisão e conquistou a prata.
   Canoagem – Para ganhar a prata, Isaquias Queiroz largou atrás dos adversários, ganhou ritmo ao longo da disputa e recuperou posições na última parte da prova.
   Taekwondo – Edival Pontes, o Netinho, levou o bronze ao superar o espanhol Javier Perez Polo por 2 rounds a 1.
   Boxe – Na disputa da semifinal, Bia Ferreira enfrentou a irlandesa Kellie Harrington. A luta foi intensa e equilibrada até o último round, que definiu a finalista da categoria de 60 kg. Com a decisão da arbitragem, a brasileira foi superada por 4 a 1.
  Atletismo – Caio Bonfim, na marcha atlética, investiu na velocidade, finalizou a prova em 1h19min09s e levou a prata. Para chegar ao pódio dos 400 metros com barreiras, Alison dos Santos, o Piu, ultrapassou as barreiras com tranquilidade e deixou os adversários para trás, para conquistar o bronze.
   Futebol – Na final, o Brasil enfrentou os Estados Unidos, mesmo adversário das outras duas finais olímpicas que disputou. Repetindo os pódios de 2004 e 2008, as brasileiras sofreram o revés e conquistaram a prata.
  Vôlei – Na disputa do terceiro lugar, as brasileiras garantiram 3 sets a 1 contra a Turquia e levaram o bronze.

(Disponível em: https://www.terra.com.br/esportes/jogos-olimpicos/ Acesso em: agosto de 2024. Adaptado.)
Sabe-se que os adjetivos atribuem características aos substantivos. A única frase, a seguir, que possui adjetivo é:
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Q3084369 Português

Nova tecnologia ajuda a identificar autismo com 95% de precisão


Uma criação inovadora pode mudar muito a vida de adultos e crianças pelo mundo. Pesquisadores da Universidade de Virgínia, nos Estados Unidos, desenvolveram uma nova tecnologia que promete identificar o autismo com muito mais precisão.


Usando uma combinação inovadora de análise de imagens cerebrais e modelagem matemática, o sistema pode detectar marcadores genéticos que indicam a presença da condição, trazendo esperança para um diagnóstico mais rápido e preciso.


A grande novidade desse sistema está na capacidade de analisar variações genéticas específicas, conhecidas como "variações do número de cópias". Essas variações, que envolvem a deleção ou duplicação de segmentos do código genético, estão fortemente ligadas ao autismo. Segundo os pesquisadores, a precisão do sistema é impressionante, chegando a alcançar até 95% de acerto.


O novo sistema funciona de maneira bastante sofisticada, mas a base da operação é relativamente simples: identificar variações genéticas específicas no cérebro.


 A equipe de pesquisadores utiliza equações matemáticas para transformar as imagens cerebrais em mapas visuais, permitindo uma análise detalhada.


Essas equações ajudam a distinguir as variações normais na estrutura cerebral das anomalias ligadas ao autismo. Após a criação dessas imagens, outro conjunto de métodos matemáticos é aplicado para analisar as informações associadas às variações genéticas.


Essa análise detalhada é o que permite aos cientistas identificar, com alta precisão, a presença ou ausência dos marcadores genéticos do autismo.


Uma das grandes vantagens desse sistema é a precisão. Com uma taxa de acerto que pode chegar a 95%, a tecnologia oferece uma confiabilidade que muitas vezes falta nos métodos tradicionais de diagnóstico.


Isso significa que mais famílias poderão obter diagnósticos precisos e em menos tempo, reduzindo a incerteza e o estresse envolvidos na busca por respostas.


O impacto dessa tecnologia é grande, especialmente para as famílias que buscam respostas mais claras e rápidas sobre o diagnóstico de autismo.


Ao combinar ciência de ponta com uma necessidade real e urgente, os pesquisadores abrem uma nova era no diagnóstico e tratamento do autismo, trazendo esperança para um futuro onde diagnósticos sejam mais rápidos, precisos e acessíveis para todos.


https://www.sonoticiaboa.com.br/2024/09/03/nova-tecnologia-ajuda-a-id entificar-autismo-com-95-de-precisao




"Essa análise detalhada é o que permite aos cientistas identificar, com alta precisão, a presença ou ausência dos marcadores genéticos do autismo."
Pode-se afirmar que no trecho do texto lido acima há a presença de exatamente dois adjetivos.
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Q3075848 Português

TEXTO PARA A QUESTÃO.



Fonte: https://www.tumblr.com/tirasarmandinho/115708976239/tirinhaoriginal

Na frase "Comida orgânica e saudável?", a palavra "orgânica" funciona como:
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Q3075361 Português
Bomba americana da Segunda Guerra Mundial explode em pista de aeroporto no Japão

     Um aeroporto regional no sudoeste do Japão foi fechado nesta quarta-feira (2) depois que uma bomba dos EUA, provavelmente lançada durante a Segunda Guerra Mundial para conter ataques “kamikazes”, explodiu na pista, causando quase 90 cancelamentos de voos. O Aeroporto de Miyazaki fechou sua pista depois que a explosão deixou uma cratera de sete metros de largura e um metro de profundidade em uma pista de táxi, de acordo com uma autoridade do Ministério dos Transportes do Japão.
      Uma equipe de desarmamento de bombas da Força de Autodefesa Terrestre do Japão descobriu mais tarde que a causa da explosão foi uma bomba americana que havia sido enterrada sob a superfície da terra, provavelmente datada de um ataque aéreo de guerra, disse a autoridade.
     Não houve relatos de feridos, mas imagens ao vivo de câmeras do Colégio de Aviação Civil mostraram que uma aeronave de passageiros com destino a Tóquio havia taxiado pelo local apenas dois minutos antes da explosão. Várias bombas não detonadas foram encontradas anteriormente no aeroporto de Miyazaki, disse a autoridade do Ministério dos Transportes.

Fonte: Vídeo: bomba americana da Segunda Guerra Mundial explode em pista de aeroporto no Japão | CNN Brasil
Assinale a alternativa que apresente a classe morfológica do termo em destaque no período: “Um aeroporto regional no sudoeste do Japão foi fechado nesta quarta-feira (2) depois que uma bomba dos EUA, provavelmente lançada durante a Segunda Guerra Mundial para conter ataques “kamikazes”, explodiu na pista, causando quase 90 cancelamentos de voos”.
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Q3075334 Português
INSTRUÇÃO: Leia, com atenção, o texto e, a seguir, responda à questão que a ele se refere.


Captura_de tela 2024-11-16 121646.png (541×80)

Disponível em: https://br.pinterest.com/pin/157766793178776005/. Acesso em: 22 maio 2024.
O adjetivo “mió”, em relação ao adjetivo “bão”, quanto ao grau, estabelece uma relação de
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Q3074544 Português
Considere a crônica a seguir, escrita por Rubem Braga, para responder à questão.



Boa educação

        Um jornal está fazendo uma campanha a favor das boas maneiras. Eu não sou propriamente o que se convencionou chamar “uma dama”, e até hoje um amigo meu ri muito quando lembra que fui fazer uma reportagem perigosa e difícil confiando em minha simpatia pessoal, quando, em seu entender, o meu tipo é mais daqueles que inspiram a outras pessoas a frase “não sei, mas não vou com a cara daquele sujeito”. No fundo, está visto, sou uma flor. Mas a questão que se levanta não é de fundo, é exatamente de forma.
        O jornal tem razão, o carioca, outrora alegre e gentil, virou grosseiro e irritadiço. Sai de casa pela manhã como se não vivesse entre um povo cristão em uma cidade bonita, sai disposto a enfrentar sua batalha do Rio de Janeiro de todo o dia. Mantém para com o colega de bonde, ônibus ou lotação uma atitude de “neutralidade antipática” e para com o motorista ou cobrador de “beligerância em potencial”. Não cede o lugar a nenhuma senhora e defende a tese de que todas as senhoras e senhoritas vão à cidade apenas comprar um carretel de linha: e quando cede o lugar a uma bonita acha que adquiriu com isso o direito de ser louca e imediatamente amado pela mesma.
        O chofer considera a todo colega um “barbeiro” e todo pedestre um débil mental com propensão ao suicídio. O garçom irrita-se porque o freguês tem a ousadia de lhe pedir alguma coisa e cada freguês acredita ter o privilégio de ser servido em primeiro lugar. Em resumo: o próximo, a quem outrora chamávamos de “cavalheiro”, é hoje “um palhaço”.
        Há muitas explicações para isso; a crise é a principal. Mas essa crise é também uma crise de confiança. Um homem que se disponha a ser delicado acaba suspeito. E um sujeito que “não se impõe”, isto é, não tem importância, podemos tranquilamente tratá-lo com desaforo. Quanto às damas, elas se habituaram a ver em qualquer gesto de cortesia uma tentativa de abordagem.
        Qual é o remédio? Eu proporia uma série de exemplos vindos do alto, isto é, do governo. Não digo que o funcionário atrás do guichê fosse obrigado a nos receber com um sorriso encantador, nem que os rapazes do Socorro Urgente saltassem do carro com saquinhos de jujuba na mão para distribuir pelos transeuntes – mas também não precisavam rosnar nem dar pancadas antes de saber o que há. Esses são os exemplos que nos dá, diariamente, o Poder Executivo; quanto ao Legislativo… Mas sejamos delicados; não falemos dessas coisas.

(“Boa educação”, de Rubem Braga, com adaptações).
No trecho “o carioca, outrora alegre e gentil, virou grosseiro e irritadiço”, os dois primeiros adjetivos empregados para descrever “o carioca” estabelecem com os dois últimos adjetivos uma relação: 
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Q3073883 Português



Disponível em:

https://tirasarmandinho.tumblr.com/acesso

em: 04 de junho de 2024.

No segundo quadrinho da tira, a personagem é descrita como "inteligente e otimista". Como essas palavras são classificados gramaticalmente? 
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Ano: 2024 Banca: Gama Consult Órgão: Prefeitura de Conceição dos Ouros - MG Provas: Gama Consult - 2024 - Prefeitura de Conceição dos Ouros - MG - Assistente Social | Gama Consult - 2024 - Prefeitura de Conceição dos Ouros - MG - Enfermeiro | Gama Consult - 2024 - Prefeitura de Conceição dos Ouros - MG - Engenheiro Civil | Gama Consult - 2024 - Prefeitura de Conceição dos Ouros - MG - Farmacêutico Bioquímico | Gama Consult - 2024 - Prefeitura de Conceição dos Ouros - MG - Farmacêutico | Gama Consult - 2024 - Prefeitura de Conceição dos Ouros - MG - Fisioterapeuta | Gama Consult - 2024 - Prefeitura de Conceição dos Ouros - MG - Fonoaudiólogo | Gama Consult - 2024 - Prefeitura de Conceição dos Ouros - MG - Médico Cardiologista | Gama Consult - 2024 - Prefeitura de Conceição dos Ouros - MG - Médico Clínico Geral | Gama Consult - 2024 - Prefeitura de Conceição dos Ouros - MG - Médico Ginecologista | Gama Consult - 2024 - Prefeitura de Conceição dos Ouros - MG - Médico Pediatra | Gama Consult - 2024 - Prefeitura de Conceição dos Ouros - MG - Médico Veterinário | Gama Consult - 2024 - Prefeitura de Conceição dos Ouros - MG - Monitor Especial Escolar | Gama Consult - 2024 - Prefeitura de Conceição dos Ouros - MG - Museólogo | Gama Consult - 2024 - Prefeitura de Conceição dos Ouros - MG - Nutricionista | Gama Consult - 2024 - Prefeitura de Conceição dos Ouros - MG - Psicólogo | Gama Consult - 2024 - Prefeitura de Conceição dos Ouros - MG - Psicomotricista | Gama Consult - 2024 - Prefeitura de Conceição dos Ouros - MG - Psicopedagogo | Gama Consult - 2024 - Prefeitura de Conceição dos Ouros - MG - Neuropsicopedagogo | Gama Consult - 2024 - Prefeitura de Conceição dos Ouros - MG - Supervisor Pedagógico | Gama Consult - 2024 - Prefeitura de Conceição dos Ouros - MG - Terapeuta Ocupacional | Gama Consult - 2024 - Prefeitura de Conceição dos Ouros - MG - Professor de Educação Básica - PEB I | Gama Consult - 2024 - Prefeitura de Conceição dos Ouros - MG - Professor de Educação Básica - PEB II - Artes | Gama Consult - 2024 - Prefeitura de Conceição dos Ouros - MG - Professor de Educação Básica - PEB II - Informática | Gama Consult - 2024 - Prefeitura de Conceição dos Ouros - MG - Professor de Educação Básica - PEB II - Inglês | Gama Consult - 2024 - Prefeitura de Conceição dos Ouros - MG - Professor de Educação Básica - PEB II - Matemática | Gama Consult - 2024 - Prefeitura de Conceição dos Ouros - MG - Professor de Educação Básica - PEB II - Educação Física | Gama Consult - 2024 - Prefeitura de Conceição dos Ouros - MG - Técnico Desportivo e Recreativo |
Q3073716 Português

Classifique morfologicamente as palavras destacadas no período:


“Exagerado

jogado aos teus pés

eu sou mesmo exagerado

Adoro um amor inventado”.

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Q3069753 Português
A luta e a lição


    Um brasileiro de 38 anos, Vítor Negrete, morreu no Tibete após escalar pela segunda vez o ponto culminante do planeta, o monte Everest. Da primeira, usou o reforço de um cilindro de oxigênio para suportar a altura. Na segunda (e última), dispensou o cilindro, devido ao seu estado geral, que era considerado ótimo.

    As façanhas dele me emocionaram, a bem-sucedida e a malograda. Aqui do meu canto, temendo e tremendo toda a vez que viajo no bondinho do Pão de Açúcar, fico meditando sobre os motivos que levam alguns heróis a se superarem. Vítor já havia vencido o cume mais alto do mundo. Quis provar mais, fazendo a escalada sem a ajuda do oxigênio suplementar. O que leva um ser humano bem-sucedido a vencer desafios assim?

    Ora, dirão os entendidos, é assim que caminha a humanidade. Se cada um repetisse meu exemplo, ficando solidamente instalado no chão, sem tentar a aventura, ainda estaríamos nas cavernas, lascando o fogo com pedras, comendo animais crus e puxando nossas mulheres pelos cabelos, como os trogloditas – se é que os trogloditas faziam isso. Somos o que somos hoje devido a heróis que trocam a vida pelo risco. Bem verdade que escalar montanhas, em si, não traz nada de prático ao resto da humanidade que prefere ficar na cômoda planície da segurança.

    Mas o que há de louvável (e lamentável) na aventura de Vítor Negrete é a aspiração de ir mais longe, de superar marcas, de ir mais alto, desafiando os riscos. Não sei até que ponto ele foi temerário ao recusar o oxigênio suplementar. Mas seu exemplo – e seu sacrifício – é uma lição de luta, mesmo sendo uma luta perdida.


(Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/folha/pensata/. Acesso em: julho de 2024.)
O emprego correto das classes de palavras, como substantivos, adjetivos, verbos, advérbios, pronomes, entre outras, é essencial para a construção de um texto claro e coeso. Sobre o emprego das classes de palavras no texto apresentado, assinale a afirmativa correta.
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Q3067886 Português
Leia o texto adiante e, em seguida, responda:

Um quadro
(Sérgio Porto)

Até bem pouco caminhava de um lado para o outro. Depois sentou-se algum tempo e deixou-se ficar, respirando fundo a cada instante, em pleno estado de expectativa. Mas já agora levantase, vai ao bar e começa a preparar uma bebida. Mede a dose (forte) e atravessa a sala em direção à cozinha, em busca de gelo e água.

Faz tudo isso automaticamente, sem pensar. E volta a sentar-se no sofá da sala; desta vez de pernas cruzadas e copo na mão. Sorve um gole grande e desce-lhe pelo corpo uma dormência boa, uma quase carícia.

Nervoso? Não, não está nervoso. Apenas – é claro – este não é um momento qualquer.

Ao segundo copo está, por assim dizer, ouvindo o silêncio. Há barulhos que aumentam a quietude da noite: piano bem longe, assovio de alguém que passa, buzina numa esquina distante, latido de cachorro no morro, pio de ave, o mar. As luzes estão apagadas e a claridade que vem de fora projeta-se contra a parede e ilumina o quadro.

É um velho quadro a óleo, representando um homem de meiaidade, com barbas grisalhas e basto bigode. Está há tanto tempo pendurado na parede que raramente repara nele. Um dia – faz muitos anos – perguntou quem era. Disseram-lhe que era o fundador da família, um antepassado perdido no tempo, que um pintor da época retratara sabe lá Deus por quantos patacos.

“Ele é o pai do pai do pai do pai do pai de meu pai”, pensou.

Por que, na partilha dos bens, sobrara-lhe o quadro é coisa que não sabe explicar. Quando os irmãos se separaram e deixaram a casa que seria demolida, talvez tivesse apanhado o “velho dos bigodes” (que é como o chamavam os meninos) e metido em um dos caixotes.

Agora estava ali a fazer-lhe companhia, espiando-o com seus olhos mansos em nada diferentes dos de seus semelhantes, outros avós, de outras famílias, em outras molduras.

Seu olhar calmo, de uma meiguice que os homens de hoje esqueceram de conservar, quanta coisa já contemplou? Quantos dramas, comédias, gestos, atitudes, festas, velórios? Quantas famílias de sua família?

Por certo viu moças que feneceram, homens que já não são mais. Assistiu impávido a batizados e casamentos, beijos furtivos, formaturas. Na sua longa experiência de emoldurado provavelmente pouco se comoveu com as comemorações e os lamentos, fracassos ou júbilos dos que transitaram, através dos tempos, frente às muitas paredes em que o colocaram.

Em 1850 morava numa fazenda, casa do bisavô. Depois, ao findar o século, noutra fazenda, de terras menos pródigas, foi testemunha muda e permanente de um lento caso de morte.

“Meu avô”, pensou o que esperava, dando mais um gole na bebida. Será que pressentira a chegada da morte? A saúde do velho esvaindo-se, apagando-se lentamente, como um chio. As intermináveis noites de apreensão, a tosse quebrando o silêncio, angustiando os que esperavam. Depois não foi preciso esperar mais. Depois mais nada.

Mais nada ou tudo outra vez, que um dos filhos levou consigo o “velho dos bigodes” para novas contemplações; de outras paredes para outros descendentes. 

O telefone toca violentamente. O que aguarda a notícia salta para ele e com voz rouca atende:

- Seu filho já nasceu – informa a voz do outro lado. E acrescenta:

- Tudo vai bem.

O homem volta sereno para o bar. Enche novamente o copo, agora a título de comemoração. Levanta-o à altura do peito, mas na hora de beber lembra-se do velho do quadro e saúda-o sem dizer qualquer palavra. Não fosse o nervosismo de há pouco e também os uísques que tomara, seria capaz de jurar que o “velho dos bigodes” sorrira. Manchete, 23/01/1957.

PORTO, Sérgio. O homem ao lado: crônicas / Sérgio Porto 1ª edição. – São Paulo: Companhia das Letras, 2014.
Releia e responda: “Assistiu impávido a batizados e casamentos, beijos furtivos, formaturas.” Dê a classe gramatical da palavra grifada:
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Q3067447 Português
Leia o texto a seguir:



Por que a geração Z e os millennials não atendem mais o telefone


"Olá, esta é a caixa postal de Yasmin Rufo. Por favor, não deixe mensagem, pois não vou ouvir, nem ligar de volta."

Infelizmente, esta não é a mensagem da minha caixa postal. Mas eu certamente gostaria que fosse, bem como a maior parte dos jovens da geração Z (nascidos entre 1995 e 2010) e dos millennials (nascidos entre 1981 e 1995).

Uma pesquisa recente concluiu que 25% das pessoas com 18 a 34 anos de idade nunca atendem o telefone. Os participantes responderam que ignoram o toque, respondem por mensagens de texto ou pesquisam o número online se for desconhecido.

A pesquisa do site Uswitch envolveu 2 mil pessoas. Ela também concluiu que cerca de 70% das pessoas com 18 a 34 anos preferem mensagens de texto a chamadas telefônicas.

Para as gerações mais velhas, falar ao telefone é normal. Meus pais passaram a adolescência brigando com seus irmãos pelo telefone fixo no corredor, o que só fazia com que toda a família ouvisse as suas conversas.

Já a minha adolescência foi passada em mensagens de texto. Fiquei obcecada por elas desde o momento em que ganhei meu Nokia cor-de-rosa de presente de aniversário, com 13 anos de idade.

Eu passava todas as noites depois da escola redigindo textos de 160 caracteres para os meus amigos.

Eu retirava todas as vogais e espaços desnecessários, até que a mensagem parecesse um grupo de consoantes aleatórias que os próprios serviços de inteligência teriam dificuldade de decifrar. Afinal, eu nunca iria pagar a mais para escrever 161 caracteres.

E, em 2009, as ligações telefônicas do meu celular custavam uma fortuna. "Nós não demos este telefone para você fofocar com suas amigas a noite inteira", relembravam meus pais sempre que recebiam minha conta telefônica, todos os meses.

Foi assim que surgiu uma geração de pessoas que só se comunicam por texto. As ligações por telefone celular eram para emergências e o telefone fixo era usado raramente para falar com os avós.


Fonte: https://www.bbc.com/portuguese/articles/cwyw96x064eo. Acesso em: 31 ago. 2024.

“Meus pais passaram a adolescência brigando com seus irmãos pelo telefone fixo no corredor, o que só fazia com que toda a família ouvisse as suas conversas” (5º parágrafo). Nesse trecho, as palavras destacadas são classificadas, respectivamente, como:
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Q3066713 Português
Leia o texto adiante e, em seguida, responda:

Solidariedade
(Ferreira Gullar)

Décio, poeta e filósofo radical, vive desde menino as contradições da condição humana. No quintal de sua casa, no Andaraí, observou uma turma de saúvas devastando uma planta. Com pena da planta, tratou de espantar as saúvas, mas com cuidado, para também não machucá-las. Pegava-as uma por uma e ia arrancando-as da pobre planta já bastante mutilada. Só que as saúvas eram muitas e não estavam dispostas a desistir de sua tarefa: enquanto tirava esta, aquela subia pelo caule, outra decepava um talo, outra fugia carregando um pedaço de folha, e a que ele tirara antes já voltava à planta. Nervoso e já perdendo a paciência, Décio compreendeu que a única maneira de salvar a planta era matar as saúvas. Diante dessa constatação, desistiu: por que haveria de salvar uma vida e eliminar muitas outras? Abandonou a planta à sanha das saúvas que, com mais rapidez ainda, a devastaram. É, pensou Décio, não tenho que intervir nesse processo natural, as saúvas também precisam de comer e, se não comerem plantas, morrerão de fome. Esse incidente contribuiu para mostrar-lhe a dura realidade da vida: um comendo o outro.

Mas isso não o tornou menos solidário com as pessoas e os seres que necessitam de ajuda. Ou seja, em lugar de fugir das contradições, Décio mergulha nelas, enfrenta-as como um Quixote, e sofre-lhes as consequências. Assim é que, numa viagem de ônibus do Rio para São Paulo, sentado no último banco, suportou sem reclamar a companhia de um bêbado que ora roncava, ora jogava-se sobre seu ombro, ora caía em seu colo e terminou por vomitá-lo todo. Finda a viagem, Décio, preocupado com seu incômodo companheiro de viagem, desceu com ele do ônibus, perguntou-lhe o endereço e o pôs atenciosamente num táxi.

Certa tarde, a mãe lhe pediu que fosse à rua fazer algumas compras para o jantar. Na esquina adiante, Décio vê caído na calçada um homem que ele, dias atrás, levara até o pronto-socorro do hospital Moncorvo Filho, ali perto: bêbado, ele sangrava com a testa quebrada. Agora, estava ali outra vez, de porre, o esparadrapo na testa. Décio aproximou-se, ajudou-o a se erguer e o aconselhou a ir para casa. O homem, que mal se mantinha em pé, apoiou-se no ombro de Décio. – Onde mora? – perguntou ele ao bêbado. – Ali. – Vou levar você lá – disse Décio, agarrando o homem de modo a poder conduzi-lo. Mal atravessaram a rua, o homem quis entrar no boteco em frente. Décio cedeu, ele pediu duas cachaças, sendo que uma era para o Décio, que não bebe nem chope. – Vai beber, compadre, ou não é meu amigo! Que remédio! Décio deu uma bicada na cachaça ordinária, cuspiu, esperou que o outro engolisse a sua dose e o arrastou para fora do botequim, depois de pagar a bebida com o dinheiro das compras, que, de seu, não tinha um tostão no bolso.

Para encurtar a conversa, chegaram na casa assobradada e velha onde morava o bêbado. Subiu com ele por uma escada íngreme como o Monte Santo, num esforço sobre-humano para evitar que seu protegido rolasse escada abaixo. Ao final da subida, deparou com um cômodo todo dividido por tabiques, lençóis estendidos e folhas de jornal, constituindo os diversos “quartos” onde moravam os hóspedes. Mas, no momento, quase todos em cuecas ou nus da cintura pra cima, formavam rodas de jogo: baralho, dama ou dominó. E o bêbado entendeu de apresentar o Décio a todos os presentes, interrompendo-lhes a jogatina. Era repelido com palavrões. Décio, constrangido, pedia desculpas pelo outro. Até que, não se sabe ao certo por quê, a casa foi invadida por policiais armados que levaram todo mundo em cana, inclusive Décio, que não pôde explicar o que fazia naquele antro de marginais.


GULLAR, Ferreira. Crônicas para jovens / seleção, prefácio e notas bibliográficas Antonieta Cunha. – 1ª ed. – São Paulo: Global, 2011. (Coleção Crônicas para jovens).
Releia e responda: “Subiu com ele por uma escada íngreme como o Monte Santo, num esforço sobrehumano para evitar que seu protegido rolasse escada abaixo.” Dê a classe gramatical da palavra em destaque:
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Q3066420 Português
Leia, com atenção, o texto e, a seguir, responda à questão.


De gramática e de linguagem
Mário Quintana

E havia uma gramática que dizia assim:
“Substantivo (concreto) é tudo quanto indica
Pessoa, animal ou cousa: João, sabiá, caneta”.
Eu gosto das cousas. As cousas sim!...
As pessoas atrapalham. Estão em toda parte. Multiplicam-se em excesso.
As cousas são quietas. Bastam-se. Não se metem com ninguém.
Uma pedra. Um armário. Um ovo. (ovo, nem sempre,
Ovo pode estar choco: é inquietante...)
As cousas vivem metidas com as suas cousas.
E não exigem nada.
Apenas que não as tirem do lugar onde estão.
E João pode neste mesmo instante vir bater à nossa porta.
Para quê? Não importa: João vem!
E há de estar triste ou alegre, reticente ou falastrão,
Amigo ou adverso... João só será definitivo
Quando esticar a canela. Morre, João...
Mas o bom mesmo, são os adjetivos,
Os puros adjetivos isentos de qualquer objeto.
Verde. Macio. Áspero. Rente. Escuro. Luminoso.
Sonoro. Lento. Eu sonho
Com uma linguagem composta unicamente de adjetivos
Como decerto é a linguagem das plantas e dos animais.
Ainda mais:
Eu sonho com um poema
Cujas palavras sumarentas escorram
Como a polpa de um fruto maduro em tua boca,
Um poema que te mate de amor
Antes mesmo que tu saibas o misterioso sentido:
Basta provares o seu gosto...

Disponível em: http://www.pensador.com/frase/. Acesso em: 21 jan. 2024.
Analise o seguinte trecho do texto:

“Os puros adjetivos isentos de qualquer objeto.
Verde. Macio. Áspero. Rente. Escuro. Luminoso.”

Em relação a “macio” e “escuro”, as palavras “áspero” e “luminoso” são, respectivamente, 
Alternativas
Q3065797 Português
Leia o texto a seguir:



"Temos que democratizar o acesso ao judiciário"



Os 25 anos de profissão do advogado Marcello Oliveira foram marcados por vitórias e reconhecimento dos seus pares. Ele atuou continuamente na Ordem dos Advogados nos últimos 17 anos, tendo iniciado sua trajetória como presidente da Comissão de Exame de Ordem. Depois, foi diretor-tesoureiro da OABRJ e presidente por dois mandatos da CAARJ, retornando à posição de diretor-tesoureiro da Seccional em 2019. Equilibrado, sensato, Oliveira já foi convocado incontáveis vezes para solucionar problemas em benefício de sua categoria. Sobre o acesso à Justiça pela população, por exemplo, Marcello reconhece que há dificuldades. "A questão mais crônica é a grande morosidade. O TJRJ é o quarto mais congestionado do país", disse. [...]


Muita gente ainda considera difícil o acesso à Justiça. Qual a sua avaliação quanto ao funcionamento do poder judiciário?


Nunca esteve tão difícil. Houve uma queda enorme do número de servidores nos cartórios do TJRJ. Alguns milhares deixaram o serviço público, mas o presidente não renovou o último concurso. Acredita que resolverá todo o problema com inteligência artificial, o que vai apenas desumanizar o serviço público e afastá-lo ainda mais da população. Além disso, há uma clara política não escrita em vigor de reduzir as indenizações concedidas em matéria de direito do consumidor para também desestimular novas demandas, como se isso fizesse os problemas de consumo desaparecerem. A questão mais crônica é a grande morosidade. O TJRJ é o quarto mais congestionado do país. E apesar das autoridades falarem em litigância predatória para se escusarem da responsabilidade, o maior litigante no RJ é o próprio Estado: 49% do acervo do TJRJ de primeiro grau é de execuções fiscais.



Fonte: https://odia.ig.com.br/colunas/informe-do-dia/2024/09/6908346-temos-quedemocratizar-o-acesso-ao-judiciario.html. Excertos. Acesso em: 02 set. 2024.
No trecho “Além disso, há uma clara política não escrita em vigor de reduzir as indenizações concedidas em matéria de direito do consumidor para também desestimular novas demandas, como se isso fizesse os problemas de consumo desaparecerem”, as palavras destacadas são classificadas, respectivamente, como:
Alternativas
Q3065510 Português
1ª PARTE – HINO NACIONAL BRASILEIRO


(1º§) Ouviram do Ipiranga as margens plácidas De um povo heroico o brado retumbante, E o sol da Liberdade, em raios fúlgidos, Brilhou no céu da Pátria nesse instante.

(2º§) Se o penhor dessa igualdade Conseguimos conquistar com braço forte, Em teu seio, ó Liberdade, Desafia o nosso peito a própria morte!

(3º§) Ó Pátria amada, Idolatrada, Salve! Salve! Brasil, um sonho intenso, um raio vívido De amor e de esperança à terra desce, Se em teu formoso céu, risonho e límpido,

(4º§) A imagem do Cruzeiro resplandece. Gigante pela própria natureza, És belo, és forte, impávido colosso, E o teu futuro espelha essa grandeza

(5º§) Terra adorada, Entre outras mil, És tu, Brasil, Ó Pátria amada! Dos filhos deste solo és mãe gentil, Pátria amada, Brasil!


(Compositores: Francisco Manuel Da Silva / Leonardo Garcia Matsumoto / Joaquim Osorio Duque-estrada Letra de Hino Nacional Brasileiro © Juice Music (uk) Ltd
Na oração “Pátria amada, Idolatrada, Salve! Salve!”, as palavras “amada” e “salve” são classificadas, respectivamente, como: 
Alternativas
Q3065208 Português
A passagem abaixo servirá de base para a próxima questão:

A língua não para, mas seus movimentos nunca são claramente visíveis, assim como jamais conseguimos ver a grama crescer – súbito parece que ela já foi trocada por outra.” 
Dê a classe gramatical de visíveis:
Alternativas
Q3062291 Português
Na frase:
Meu vizinho é paraibano.
O termo em destaque se classifica morfologicamente como sendo:
Alternativas
Respostas
101: C
102: C
103: D
104: D
105: E
106: B
107: A
108: B
109: B
110: D
111: D
112: B
113: E
114: B
115: A
116: E
117: B
118: E
119: D
120: D