Questões de Português - Análise sintática para Concurso

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Q2720042 Português

TEXTO 01


01 As prisões


02 Diariamente, nossos lares (e mentes) são invadidos por imagens – às vezes – grotescas, do cenário

03 de muitas prisões espalhadas pelo Brasil. Nelas, vidas são trancafiadas; a liberdade parece pequena

04 demais. Mas, onde estão as verdadeiras prisões? Não raro, elas se encontram dentro de nós mesmos.

05 É no interior de cada um que as grades carcerárias da liberdade vão sendo erguidas, em formas de

06 sentimentos negativos, atitudes autodepreciativas e vícios acorrentadores. Portanto, somos

07 responsáveis tanto pela nossa liberdade como por sua privação.

08 Quem armazena ódio no coração e permite-se, ao longo dos anos, a companhia do ressentimento,

09 da amargura, da vingança, e da inveja, apenas está construindo muros dentro de si mesmo; na

10 verdade, muralhas. Não existe sistema penitenciário mais complexo e hermético do que o coração

11 humano, alimentado pelo veneno dos sentimentos mesquinhos, que aprisionam a liberdade e

12 oprimem a existência.

13 Existem pessoas que vivem se autodepreciando. Elas não se amam, deixam-se dominar pelos

14 outros, não se valorizam e têm uma péssima imagem de si mesmas. Alguns chegam até a mendigar

15 amor e atenção. Negociam a dignidade e, o que é pior, tornam-se reféns de quem procuram. Viver

16 assim é fechar-se atrás das grades opressoras da inferioridade, do aniquilamento e da autoflagelação

17 [...].


FERNANDES, Estevam. Quando vem a brisa... Rio de Janeiro: Editora Central, 2008, p. 183

A respeito de “Existem pessoas que vivem se autodepreciando” (linha 13), pode-se afirmar:


I- Aflexão verbal “Existem” pode ser substituída por “Há” sem sofrer nenhuma alteração na função sintática dos termos da oração.

II- O termo “que” introduz uma oração subordinada, ampliando a significação de seu referente.

III- Em “se autodepreciando” temos um caso de pronome enclítico, tendo em vista que a oração foi iniciada por verbo.


Analise as proposições e marque a alternativa adequada. Está(ão) CORRETA(s), apenas

Alternativas
Q2720041 Português

TEXTO 01


01 As prisões


02 Diariamente, nossos lares (e mentes) são invadidos por imagens – às vezes – grotescas, do cenário

03 de muitas prisões espalhadas pelo Brasil. Nelas, vidas são trancafiadas; a liberdade parece pequena

04 demais. Mas, onde estão as verdadeiras prisões? Não raro, elas se encontram dentro de nós mesmos.

05 É no interior de cada um que as grades carcerárias da liberdade vão sendo erguidas, em formas de

06 sentimentos negativos, atitudes autodepreciativas e vícios acorrentadores. Portanto, somos

07 responsáveis tanto pela nossa liberdade como por sua privação.

08 Quem armazena ódio no coração e permite-se, ao longo dos anos, a companhia do ressentimento,

09 da amargura, da vingança, e da inveja, apenas está construindo muros dentro de si mesmo; na

10 verdade, muralhas. Não existe sistema penitenciário mais complexo e hermético do que o coração

11 humano, alimentado pelo veneno dos sentimentos mesquinhos, que aprisionam a liberdade e

12 oprimem a existência.

13 Existem pessoas que vivem se autodepreciando. Elas não se amam, deixam-se dominar pelos

14 outros, não se valorizam e têm uma péssima imagem de si mesmas. Alguns chegam até a mendigar

15 amor e atenção. Negociam a dignidade e, o que é pior, tornam-se reféns de quem procuram. Viver

16 assim é fechar-se atrás das grades opressoras da inferioridade, do aniquilamento e da autoflagelação

17 [...].


FERNANDES, Estevam. Quando vem a brisa... Rio de Janeiro: Editora Central, 2008, p. 183

Em “Quem armazena ódio no coração e permite-se, ao longo dos anos, a companhia do ressentimento, da amargura, da vingança, e da inveja, apenas está construindo muros dentro de si mesmo” (linhas 08 e 09), Pode-se afirmar que


I- o termo “Quem” exerce a função sintática de sujeito, equivalendo a “aquele que”.

II- a expressão “a companhia do ressentimento, da amargura, da vingança, e da inveja” configura um caso de pleonasmo.

III- o enunciado “está construindo muros dentro de si mesmo” foi construído numa linguagem figurada.


Analise as proposições e marque a alternativa adequada. Está(ão) CORRETA(s)

Alternativas
Q2720040 Português

TEXTO 01


01 As prisões


02 Diariamente, nossos lares (e mentes) são invadidos por imagens – às vezes – grotescas, do cenário

03 de muitas prisões espalhadas pelo Brasil. Nelas, vidas são trancafiadas; a liberdade parece pequena

04 demais. Mas, onde estão as verdadeiras prisões? Não raro, elas se encontram dentro de nós mesmos.

05 É no interior de cada um que as grades carcerárias da liberdade vão sendo erguidas, em formas de

06 sentimentos negativos, atitudes autodepreciativas e vícios acorrentadores. Portanto, somos

07 responsáveis tanto pela nossa liberdade como por sua privação.

08 Quem armazena ódio no coração e permite-se, ao longo dos anos, a companhia do ressentimento,

09 da amargura, da vingança, e da inveja, apenas está construindo muros dentro de si mesmo; na

10 verdade, muralhas. Não existe sistema penitenciário mais complexo e hermético do que o coração

11 humano, alimentado pelo veneno dos sentimentos mesquinhos, que aprisionam a liberdade e

12 oprimem a existência.

13 Existem pessoas que vivem se autodepreciando. Elas não se amam, deixam-se dominar pelos

14 outros, não se valorizam e têm uma péssima imagem de si mesmas. Alguns chegam até a mendigar

15 amor e atenção. Negociam a dignidade e, o que é pior, tornam-se reféns de quem procuram. Viver

16 assim é fechar-se atrás das grades opressoras da inferioridade, do aniquilamento e da autoflagelação

17 [...].


FERNANDES, Estevam. Quando vem a brisa... Rio de Janeiro: Editora Central, 2008, p. 183

Em “Portanto, somos responsáveis tanto pela nossa liberdade como por sua privação” (linhas 06 e 07), pode-se afirmar que


( ) a termo “Portanto” expressa conclusão e pode ser substituído por “por conseguinte” sem alterar o seu sentido.

( ) a expressão “tanto pela nossa liberdade como pela nossa privação” indica uma concessão que permite a realização de um fato expresso.

( ) a expressão “somos responsáveis” apresenta um caso de locução verbal.


Analise as proposições e coloque V para Verdadeira e F para Falsa. Está CORRETA a sequência

Alternativas
Q2719741 Português

Leia o texto abaixo e responda às questões propostas.


Ninguém se banha duas vezes no mesmo rio


asdEstou deitado na margem. Dois barcos, presos a um tronco de salgueiro cortado em remotos tempos, oscilam ao jeito do vento, não da corrente, que é macia, vagarosa, quase invisível. A paisagem em frente, conheço-a. Por uma aberta entre as árvores, vejo as terras lisas da lezíria, ao fundo uma franja de vegetação verde-escura, e depois, inevitavelmente, o céu onde boiam nuvens que só não são brancas porque a tarde chega ao fim e há o tom de pérola que é o dia que se extingue. Entretanto, o rio corre. Mais propriamente se diria: anda, arrasta-se – mas não é costume.

asdTrês metros acima da minha cabeça estão presos nos ramos rolos de palha, canalhas de milho, aglomerados de lodo seco. São os vestígios da cheia. À esquerda, na outra margem, alinham-se os freixos que, a esta distância, por obra do vento que Ihes estremece as folhas numa vibração interminável, me fazem lembrar o interior de uma colmeia. É o mesmo fervilhar, numa espécie de zumbido vegetal, uma palpitação (é o que penso agora), como se dez mil aves tivessem brotado dos ramos numa ansiedade de asas que não podem erguer voo.

asdEntretanto, enquanto vou pensando, o rio continua a passar, em silêncio. Vem agora no vento, da aldeia que não está longe, um lamentoso toque de sinos: alguém morreu, sei quem foi, mas de que serve dizê-Io? Muito alto, duas garças brancas (ou talvez não sejam garças, não importa) desenham um bailado sem princípio nem fim: vieram inscrever-se no meu tempo, irão depois continuar o seu, sem mim.

asdOlho agora o rio que conheço tão bem. A cor das águas, a maneira como escorregam ao longo das margens, as espadanas verdes, as plataformas de limos onde encontram chão as rãs, onde as libélulas (também chamadas tira-olhos) pousam a extremidade das pequenas garras – este rio é qualquer coisa que me corre no sangue, a que estou preso desde sempre e para sempre. Naveguei nele, aprendi nele a nadar, conheço-lhe os fundões e as locas onde os barbos pairam imóveis. É mais do que um rio, é talvez um segredo.

asdE, contudo, estas águas já não são as minhas águas. O tempo flui nelas, arrasta-as e vai arrastando na corrente líquida, devagar, à velocidade (aqui, na terra) de sessenta segundos por minuto. Quantos minutos passaram já desde que me deitei na margem, sobre o feno seco e doirado? Quantos metros andou aquele tronco apodrecido que flutua? O sino ainda toca, a tarde teve agora um arrepio, as garças onde estão? Devagar, levanto-me, sacudo as palhas agarradas à roupa, calço-me. Apanho uma pedra, um seixo redondo e denso, lanço-o pelo ar, num gesto do passado. Cai no meio do rio, mergulha (não vejo, mas sei), atravessa as águas opacas, assenta no lodo do fundo, enterra-se um pouco. […]

asdDesço até a água, mergulho nela as mãos, e não as reconheço. Vêm-me da memória outras mãos mergulhadas noutro rio. As minhas mãos de há trinta anos, o rio antigo de águas que já se perderam no mar. Vejo passar o tempo. Tem a cor da água e vai carregado de detritos, de pétalas arrancadas de flores, de um toque vagaroso de sinos. Então uma ave cor de fogo passa como um relâmpago. O sino cala-se. E eu sacudo as mãos molhadas de tempo, levando-as até aos olhos – as minhas mãos de hoje, com que prendo a vida e a verdade desta hora.

(SARAMAGO, José. Deste mundo e do outro. Lisboa: Editorial Caminho, 1985. p. 35-37)


Vocabulário:


lezíria – zona agrícola muito fértil, situada na região do Ribatejo, em Portugal.


freixo – árvore das florestas dos climas temperados, de madeira clara, macia e resistente.


espadana – planta herbácea, aquática ou palustre, com folhas agudas.


loca – toca; furna; gruta pequena; esconderijo do peixe, debaixo da água, sob uma laje ou tronco submersos.


barbo – peixe vulgar de água doce.

“E eu sacudo as mãos molhadas de tempo, levando-as até aos olhos – as minhas mãos de hoje, com que prendo a vida e a verdade desta hora.” (§ 6)


A respeito do trecho acima, quanto aos aspectos gramatical, sintático e semântico, analise as afirmativas a seguir.


I. A primeira oração tem valor aditivo.

II. O sujeito da última oração é indeterminado.

III. Sem prejuízo algum, poder-se-ia suprimir a preposição A de AOS OLHOS.


Está(ão) correta(s) apenas a(s) afirmativa(s):

Alternativas
Q2719739 Português

Leia o texto abaixo e responda às questões propostas.


Ninguém se banha duas vezes no mesmo rio


asdEstou deitado na margem. Dois barcos, presos a um tronco de salgueiro cortado em remotos tempos, oscilam ao jeito do vento, não da corrente, que é macia, vagarosa, quase invisível. A paisagem em frente, conheço-a. Por uma aberta entre as árvores, vejo as terras lisas da lezíria, ao fundo uma franja de vegetação verde-escura, e depois, inevitavelmente, o céu onde boiam nuvens que só não são brancas porque a tarde chega ao fim e há o tom de pérola que é o dia que se extingue. Entretanto, o rio corre. Mais propriamente se diria: anda, arrasta-se – mas não é costume.

asdTrês metros acima da minha cabeça estão presos nos ramos rolos de palha, canalhas de milho, aglomerados de lodo seco. São os vestígios da cheia. À esquerda, na outra margem, alinham-se os freixos que, a esta distância, por obra do vento que Ihes estremece as folhas numa vibração interminável, me fazem lembrar o interior de uma colmeia. É o mesmo fervilhar, numa espécie de zumbido vegetal, uma palpitação (é o que penso agora), como se dez mil aves tivessem brotado dos ramos numa ansiedade de asas que não podem erguer voo.

asdEntretanto, enquanto vou pensando, o rio continua a passar, em silêncio. Vem agora no vento, da aldeia que não está longe, um lamentoso toque de sinos: alguém morreu, sei quem foi, mas de que serve dizê-Io? Muito alto, duas garças brancas (ou talvez não sejam garças, não importa) desenham um bailado sem princípio nem fim: vieram inscrever-se no meu tempo, irão depois continuar o seu, sem mim.

asdOlho agora o rio que conheço tão bem. A cor das águas, a maneira como escorregam ao longo das margens, as espadanas verdes, as plataformas de limos onde encontram chão as rãs, onde as libélulas (também chamadas tira-olhos) pousam a extremidade das pequenas garras – este rio é qualquer coisa que me corre no sangue, a que estou preso desde sempre e para sempre. Naveguei nele, aprendi nele a nadar, conheço-lhe os fundões e as locas onde os barbos pairam imóveis. É mais do que um rio, é talvez um segredo.

asdE, contudo, estas águas já não são as minhas águas. O tempo flui nelas, arrasta-as e vai arrastando na corrente líquida, devagar, à velocidade (aqui, na terra) de sessenta segundos por minuto. Quantos minutos passaram já desde que me deitei na margem, sobre o feno seco e doirado? Quantos metros andou aquele tronco apodrecido que flutua? O sino ainda toca, a tarde teve agora um arrepio, as garças onde estão? Devagar, levanto-me, sacudo as palhas agarradas à roupa, calço-me. Apanho uma pedra, um seixo redondo e denso, lanço-o pelo ar, num gesto do passado. Cai no meio do rio, mergulha (não vejo, mas sei), atravessa as águas opacas, assenta no lodo do fundo, enterra-se um pouco. […]

asdDesço até a água, mergulho nela as mãos, e não as reconheço. Vêm-me da memória outras mãos mergulhadas noutro rio. As minhas mãos de há trinta anos, o rio antigo de águas que já se perderam no mar. Vejo passar o tempo. Tem a cor da água e vai carregado de detritos, de pétalas arrancadas de flores, de um toque vagaroso de sinos. Então uma ave cor de fogo passa como um relâmpago. O sino cala-se. E eu sacudo as mãos molhadas de tempo, levando-as até aos olhos – as minhas mãos de hoje, com que prendo a vida e a verdade desta hora.

(SARAMAGO, José. Deste mundo e do outro. Lisboa: Editorial Caminho, 1985. p. 35-37)


Vocabulário:


lezíria – zona agrícola muito fértil, situada na região do Ribatejo, em Portugal.


freixo – árvore das florestas dos climas temperados, de madeira clara, macia e resistente.


espadana – planta herbácea, aquática ou palustre, com folhas agudas.


loca – toca; furna; gruta pequena; esconderijo do peixe, debaixo da água, sob uma laje ou tronco submersos.


barbo – peixe vulgar de água doce.

“Mais propriamente se diria: anda, arrasta-se – mas não é costume.” (§ 1)


Com relação aos componentes destacados do trecho, é correto afirmar que:

Alternativas
Respostas
901: C
902: D
903: A
904: D
905: D