Questões de Concurso
Sobre análise sintática em português
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“Seja como for, se os Estados Unidos decidissem retornar ao ‘fogo e fúria’, a rápida deterioração de suas relações com Pequim e Moscou praticamente impediria que a Rússia e a China os acompanhassem mais uma vez.” (linhas 41 a 45)
Em relação ao período acima, analise as afirmativas a seguir:
I. No trecho, o verbo decidissem admite que seja flexionado também no singular.
II. Ocorre relação de atinência entre as cidades indicadas e os países elencados, respectivamente.
III. O como do período se classifica como conjunção subordinativa comparativa.
Assinale
Texto 1
Instrução: As questões de números 01 a 10 referem-se ao texto abaixo. Os destaques ao longo do texto estão citados nas questões.
Palavras e Ideias
01---------Há alguns anos, o Dr. Johnson Oconor, do Laboratório de Engenharia Humana, de Boston,
02---e do Instituto de Tecnologia, de Hoboken, Nova Jersey, submeteu ____ um teste de vocabulário
03---100 alunos de um curso de formação de dirigentes de empresas industriais. Cinco anos mais
04---tarde, verificou que os 10% que haviam revelado maior conhecimento ocupavam cargos de
05---direção, ao passo que dos 25% mais “fracos” nenhum alcançara igual posição.
06---------Isso não prova, entretanto, que, para vencer na vida, basta ter um bom vocabulário;
07---outras qualidades se fazem, evidentemente, necessárias.
08---------Mas parece não haver dúvidas de que, dispondo ____ palavras suficientes e adequadas
09---___ expressão do pensamento de maneira clara, fiel e precisa, estamos em melhores condições
10---de assimilar conceitos, de refletir, de escolher, de julgar, do que outros cujo acervo léxico seja
11---insuficiente ou medíocre para a tarefa vital da comunicação.
12---------Pensamento e expressão são interdependentes, tanto é certo que as palavras são o
13---revestimento das ideias e que, sem elas, é praticamente impossível pensar. Como pensar que
14---“amanhã tenho uma aula ____ 8 horas”, se não figuro mentalmente essa atividade por meio
15---dessas ou de outras palavras equivalentes? Do mesmo modo que um vocabulário escasso e
16---inadequado, incapaz de veicular impressões e concepções, mina o próprio desenvolvimento
17---mental, tolhe a imaginação e o poder criador, limitando a capacidade de observar, compreender
18---e até mesmo de sentir.
19---------Portanto, quanto mais variado e ativo é o vocabulário disponível, tanto mais claro, tanto
20---mais profundo e acurado é o processo mental da reflexão. Reciprocamente, quanto mais escasso
21---e impreciso, tanto mais dependentes estamos do grunido, do grito ou do gesto, formas
22---rudimentares de comunicação capazes de traduzir apenas as expansões instintivas dos primitivos,
23---dos infantes e dos irracionais.
(Texto adaptado: Garcia, Othon Moacir. Comunicação em Prosa Moderna. 27ª edição, FGV editora, 2011)
Sobre as vírgulas empregadas nas linhas 04, 05 e 14, analise as assertivas que seguem:
I. Ocorre vírgula devido a um adjunto adverbial de modo deslocado (l.04).
II. Ocorre vírgula por introduzir uma oração adverbial subordinada proporcional (l.05).
III. Ocorre vírgula devido a um adjunto adverbial de tempo deslocado (l.04).
IV. Ocorre vírgula por introduzir uma oração subordinada substantiva objetiva direta (l.14).
V. Ocorre vírgula por introduzir uma oração subordinada adverbial condicional (l.14).
Quais estão corretas?
Instrução: As questões de números 01 a 10 referem-se ao texto abaixo. Os destaques ao longo do texto estão citados nas questões.
Palavras e Ideias
01---------Há alguns anos, o Dr. Johnson Oconor, do Laboratório de Engenharia Humana, de Boston,
02---e do Instituto de Tecnologia, de Hoboken, Nova Jersey, submeteu ____ um teste de vocabulário
03---100 alunos de um curso de formação de dirigentes de empresas industriais. Cinco anos mais
04---tarde, verificou que os 10% que haviam revelado maior conhecimento ocupavam cargos de
05---direção, ao passo que dos 25% mais “fracos” nenhum alcançara igual posição.
06---------Isso não prova, entretanto, que, para vencer na vida, basta ter um bom vocabulário;
07---outras qualidades se fazem, evidentemente, necessárias.
08---------Mas parece não haver dúvidas de que, dispondo ____ palavras suficientes e adequadas
09---___ expressão do pensamento de maneira clara, fiel e precisa, estamos em melhores condições
10---de assimilar conceitos, de refletir, de escolher, de julgar, do que outros cujo acervo léxico seja
11---insuficiente ou medíocre para a tarefa vital da comunicação.
12---------Pensamento e expressão são interdependentes, tanto é certo que as palavras são o
13---revestimento das ideias e que, sem elas, é praticamente impossível pensar. Como pensar que
14---“amanhã tenho uma aula ____ 8 horas”, se não figuro mentalmente essa atividade por meio
15---dessas ou de outras palavras equivalentes? Do mesmo modo que um vocabulário escasso e
16---inadequado, incapaz de veicular impressões e concepções, mina o próprio desenvolvimento
17---mental, tolhe a imaginação e o poder criador, limitando a capacidade de observar, compreender
18---e até mesmo de sentir.
19---------Portanto, quanto mais variado e ativo é o vocabulário disponível, tanto mais claro, tanto
20---mais profundo e acurado é o processo mental da reflexão. Reciprocamente, quanto mais escasso
21---e impreciso, tanto mais dependentes estamos do grunido, do grito ou do gesto, formas
22---rudimentares de comunicação capazes de traduzir apenas as expansões instintivas dos primitivos,
23---dos infantes e dos irracionais.
(Texto adaptado: Garcia, Othon Moacir. Comunicação em Prosa Moderna. 27ª edição, FGV editora, 2011)
Considerando a regência verbal e nominal, preencha, correta e respectivamente, as lacunas das linhas 02, 08, 09 e 14.
Leia o texto a seguir para responder às questões 6 e 7.
Sempre se falou mal de funcionários, inclusive dos que passam a hora do expediente escrevinhando literatura. Não sei se esse tipo de burocrata-escritor existe ainda. A racionalização do serviço público, ou o esforço por essa racionalização, trouxe modificações sensíveis ao ambiente de nossas repartições, e é de crer que as vocações literárias manifestadas à sombra de processos se hajam ressentido desses novos métodos de trabalho. Sem embargo, não se terão estiolado de todo, tão forte é, no escritor, a necessidade de exprimir-se, dentro da rotina que lhe é imposta. Se não escrever no espaço de tempo destinado à produção de ofícios, escreverá na hora do sono ou da comida, escreverá debaixo do chuveiro, na fila, ao sol, escreverá até sem papel – no interior do próprio cérebro, como os poetas prisioneiros da última guerra, que voltaram ao soneto como uma forma que por si mesma se grava na memória.
Fonte: ANDRADE, Carlos Drummond de. Passeios na ilha. In: Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro: José Aguilar, 1973, p. 841.
Sobre a estrutura sintática de regência, de concordância e de colocação dos trechos repetidos a seguir, assinale a alternativa que faz uma afirmação CORRETA.
TEXTO PARA AS QUESTÕES 01 A 05
Por que não falar sobre suicídio?
Um fantasma ronda a imprensa desde os seus primórdios: o temor de reportar casos de suicídio.
As razões desse receio são perfeitamente compreensíveis. O tema é envolto por um véu de sofrimento e perplexidade. Para familiares de suicidas, o sentimento de culpa é inescapável. Como em todo luto, há negação, raiva e tristeza. E há mais: no suicídio é preciso tentar entender e aceitar as razões de quem decidiu abreviar a vida, contrariando o instinto de sobrevivência comum a todas as espécies. Falar sobre quem morreu é sempre uma tarefa delicada para a mídia, mas mesmo nas maiores tragédias humanas o sentimento que prevalece é o da consternação com a morte.
Morrer é uma certeza sobre a qual as dúvidas prevalecem: exceto alguns pacientes desenganados, quase ninguém sabe como, quando, onde ou de quê irá morrer. Matar a si próprio é impor uma certeza sobre todas as dúvidas, exceto uma: como seria o restante da vida se a escolha de morrer não triunfasse.
O suicídio, em muitos casos, pode ser um ato extremo de comunicação: uma busca sem volta de expor sentimentos antes represados. Segundo o alerta “Prevenir suicídio – um imperativo global” (2014), da Organização Mundial de Saúde, uma prevenção eficaz depende de inúmeros fatores – entre eles, informação de qualidade. Negligenciar as ocorrências pode aumentar o risco de novas tentativas.
A mídia tem o dever de dar à sociedade a melhor informação para evitar que as pessoas se desencantem com a vida.
E talvez estejamos falhando em ajudar quem sofre com a perda de um ente querido a lidar com essa angústia.
“Os Sofrimentos do Jovem Werther”, obra do poeta alemão Goethe lançada em 1774, narra como uma desilusão amorosa levou o personagem do título ao suicídio. A publicação do romance, embora ficcional, provocou uma onda de suicídios pelo mesmo motivo, no que ficou conhecido como “Efeito Werther” — uma das razões pelas quais criou-se o tabu de que a divulgação de um suicídio pode estimular novos casos. Tal crença poderia ser válida no século 18 de Goethe, mas não sobrevive aos tempos atuais de comunicação instantânea, em que tais atos são cometidos ao vivo diante de câmeras de tevê ou transmitidos em tempo real por redes sociais. Negar a existência dessas ocorrências é um equívoco tão grande quanto acreditar que torná-las públicas são decisivas para que outros escolham o mesmo destino. Um dos princípios do jornalismo é buscar a verdade.
Disponível em: https://istoe.com.br/por-que-nao-falar-sobre-suicidio/. Acesso em: 03/05/2018.
Sintaticamente, observa-se que no trecho “Negligenciar as ocorrências pode aumentar o risco de novas tentativas”, os termos destacados exercem função sintática de:
O estudo da gramática nos diz que, assim como uma grande orquestra precisa de todos os instrumentos em harmonia, as palavras também precisam estabelecer essa ordem. Um dos fatores promotores deste arranjo é a regência verbal. A opção em que aparece desacordo no que se refere à regência dos verbos é:
Marque a alternativa que aparece erros de regência nominal:
TEXTO 02
Violência disfarçada
Mas, o que é bullying? É o ato covarde de molestar, ameaçar e humilhar colegas, como a colocação de apelidos, na escola ou em qualquer outro lugar onde há relações interpessoais.
Nesse sentido, entendemos que, para caracterizar o bullying, essas atitudes têm de ser intencionais e repetitivas, com o objetivo de deixar a vítima emocionalmente abalada, “para baixo”. Como é um fenômeno que ocorre em quase todos os lugares onde há convívio entre as pessoas, suas consequências afetam a todos. A vítima é a mais prejudicada, pois pode sentir os efeitos do seu sofrimento, quase nunca compartilhado, desenvolvendo algumas atitudes como isolamento social, insegurança, e mostrando-se indefesa diante dos ataques.
Quanto ao agressor, impõe-se por “sua superioridade”, podendo chegar a atos de violência física contra suas vítimas. Age sozinho ou em grupo e, geralmente, sente necessidade de ser aceito e visto pelos colegas de classe. Há um terceiro elemento envolvido nesse tipo de relação, que é o expectador, alunos que testemunham tudo, mas não saem em defesa da vítima por medo de serem o próximo alvo no ataque. Algumas dessas pessoas podem vir a apoiar o agressor.
As consequências do bullying na escola são imprevisíveis e podem ter até um desfecho com morte [...].
CLEMENTE, Antonio. Revista Construindo Notícias. Recife: MultiMarcas, maio/junho, 2008, p. 19
Pode-se afirmar que nos enunciados: “Algumas dessas pessoas podem vir” e “pode sentir os efeitos”, as construções verbais negritadas
TEXTO 02
Violência disfarçada
Mas, o que é bullying? É o ato covarde de molestar, ameaçar e humilhar colegas, como a colocação de apelidos, na escola ou em qualquer outro lugar onde há relações interpessoais.
Nesse sentido, entendemos que, para caracterizar o bullying, essas atitudes têm de ser intencionais e repetitivas, com o objetivo de deixar a vítima emocionalmente abalada, “para baixo”. Como é um fenômeno que ocorre em quase todos os lugares onde há convívio entre as pessoas, suas consequências afetam a todos. A vítima é a mais prejudicada, pois pode sentir os efeitos do seu sofrimento, quase nunca compartilhado, desenvolvendo algumas atitudes como isolamento social, insegurança, e mostrando-se indefesa diante dos ataques.
Quanto ao agressor, impõe-se por “sua superioridade”, podendo chegar a atos de violência física contra suas vítimas. Age sozinho ou em grupo e, geralmente, sente necessidade de ser aceito e visto pelos colegas de classe. Há um terceiro elemento envolvido nesse tipo de relação, que é o expectador, alunos que testemunham tudo, mas não saem em defesa da vítima por medo de serem o próximo alvo no ataque. Algumas dessas pessoas podem vir a apoiar o agressor.
As consequências do bullying na escola são imprevisíveis e podem ter até um desfecho com morte [...].
CLEMENTE, Antonio. Revista Construindo Notícias. Recife: MultiMarcas, maio/junho, 2008, p. 19
Do enunciado “Há um terceiro elemento envolvido nesse tipo de relação, que é o expectador, alunos que testemunham tudo, mas não saem em defesa da vítima” pode-se afirmar:
I - O termo “Há” pode ser substituído por “Existe”, sem alterar o sentido da oração.
II - “Um terceiro elemento” exerce a função sintática de sujeito.
III - “Alunos que testemunham tudo” exerce a função sintática de objeto indireto.
Está(ão) CORRETA(s), apenas:
TEXTO 01
As palavras difíceis
As palavras difíceis e as palavras fáceis são dois grandes testes para quem escreve. Podemos chamá-las também de palavras complicadas e palavras simples, ou então, de palavras raras e palavras comuns. Tudo isso significa a mesma coisa. Acho que hoje em dia, a grande maioria dos manuais ou das oficinas literárias aconselha as pessoas a usarem palavras simples. Houve um tempo em que não era assim. Palavrório rebuscado (ou mais simplesmente: vocabulário difícil) era um sinal de talento, de erudição, de poder social. Principalmente, no Brasil do século XIX, um Brasil agrário com milhões de analfabetos, pouquíssimas universidades, e uma elite que sempre utilizou a cultura livresca e o diploma como filtros obrigatórios para a ascensão social. O povo podia ter a cultura que tivesse, mas só era considerado culto quem fosse capaz de usar provérbios em latim, de citar Sófocles ou Platão, de recitar em francês ou utilizar com propriedade termos obscuros. Diz-se de muita literatura dessa época que costumavam folhear o dicionário de caderno em punho, anotando palavras difíceis e depois procurando um pretexto para enfiá-las nos seus artigos ou contos [...].
TAVARES, Bráulio. Revista Língua Portuguesa. São Paulo: Ed. Segmento. Fev. / 2011, p. 18.
Em “mas só era considerado culto quem fosse capaz de usar provérbios em latim”, o termo em negrito funciona como
UM PADRÃO IDEAL DA LÍNGUA
(1º§) Existem, na língua, padrões reais e padrões ideais de linguagem.
(2º§) Padrão ideal é o que se espera que o falante diga numa situação de formalidade.
(3º§) Padrão real é o que o falante diz em situações informais ou em situações em que o falante recusa ou ignora a formalidade. O que se ensina na escola, nas aulas de português, são padrões ideais [...].
(4º§) Quando alguém, com exagero, afirma que determinado orador “assassina” o português, o que ele está dizendo é que esse orador não aprendeu ou não respeita os padrões ideais de um registro adequado à situação de formalidade em que o discurso se realiza.
(5º§) Embora uma pessoa entre na escola respirando, ouvindo ou enxergando, não é exagero dizer que ela ainda não sabe respirar, ouvir ou enxergar adequadamente em certas situações. O mesmo ocorre com a língua.
(6º§) Entra-se na escola falando-se o português. Mas é aprendendo a falar a própria língua que um falante consegue mudar os registros linguísticos de acordo com a situação da fala.
(7º§) A língua não tem apenas uma função social. [...]
(Por: Dr. José Augusto Carvalho. Doutor em Letras. Língua Portuguesa, ano 8, dez. 2012.)
Marque os parágrafos que iniciam, respectivamente, com as características estruturais: palavra adverbial; conjunção subordinativa concessiva; uso de ênclise.
UM PADRÃO IDEAL DA LÍNGUA
(1º§) Existem, na língua, padrões reais e padrões ideais de linguagem.
(2º§) Padrão ideal é o que se espera que o falante diga numa situação de formalidade.
(3º§) Padrão real é o que o falante diz em situações informais ou em situações em que o falante recusa ou ignora a formalidade. O que se ensina na escola, nas aulas de português, são padrões ideais [...].
(4º§) Quando alguém, com exagero, afirma que determinado orador “assassina” o português, o que ele está dizendo é que esse orador não aprendeu ou não respeita os padrões ideais de um registro adequado à situação de formalidade em que o discurso se realiza.
(5º§) Embora uma pessoa entre na escola respirando, ouvindo ou enxergando, não é exagero dizer que ela ainda não sabe respirar, ouvir ou enxergar adequadamente em certas situações. O mesmo ocorre com a língua.
(6º§) Entra-se na escola falando-se o português. Mas é aprendendo a falar a própria língua que um falante consegue mudar os registros linguísticos de acordo com a situação da fala.
(7º§) A língua não tem apenas uma função social. [...]
(Por: Dr. José Augusto Carvalho. Doutor em Letras. Língua Portuguesa, ano 8, dez. 2012.)
Sobre os componentes linguísticos do texto, analise as proposições com V (Verdadeiro) ou F (Falso). Em seguida, marque a sequência correta.
( ) No (1º§), as palavras: “reais” e “ideais” exemplificam uso de paradoxo ou oximoro.
( ) No (2º§) e no (3º§), há explicação do sentido semântico de termos usados no parágrafo que inicia o texto.
( ) Em: “um registro adequado à situação” — a crase é imposta pela regência nominal.
( ) No segmento: “espera que o falante diga numa situação de formalidade” — destacamos conjunção subordinativa integrante que introduz oração subordinada substantiva objetiva direta.
UM PADRÃO IDEAL DA LÍNGUA
(1º§) Existem, na língua, padrões reais e padrões ideais de linguagem.
(2º§) Padrão ideal é o que se espera que o falante diga numa situação de formalidade.
(3º§) Padrão real é o que o falante diz em situações informais ou em situações em que o falante recusa ou ignora a formalidade. O que se ensina na escola, nas aulas de português, são padrões ideais [...].
(4º§) Quando alguém, com exagero, afirma que determinado orador “assassina” o português, o que ele está dizendo é que esse orador não aprendeu ou não respeita os padrões ideais de um registro adequado à situação de formalidade em que o discurso se realiza.
(5º§) Embora uma pessoa entre na escola respirando, ouvindo ou enxergando, não é exagero dizer que ela ainda não sabe respirar, ouvir ou enxergar adequadamente em certas situações. O mesmo ocorre com a língua.
(6º§) Entra-se na escola falando-se o português. Mas é aprendendo a falar a própria língua que um falante consegue mudar os registros linguísticos de acordo com a situação da fala.
(7º§) A língua não tem apenas uma função social. [...]
(Por: Dr. José Augusto Carvalho. Doutor em Letras. Língua Portuguesa, ano 8, dez. 2012.)
Sobre a estrutura do (3º§), marque a alternativa incorreta.
UM PADRÃO IDEAL DA LÍNGUA
(1º§) Existem, na língua, padrões reais e padrões ideais de linguagem.
(2º§) Padrão ideal é o que se espera que o falante diga numa situação de formalidade.
(3º§) Padrão real é o que o falante diz em situações informais ou em situações em que o falante recusa ou ignora a formalidade. O que se ensina na escola, nas aulas de português, são padrões ideais [...].
(4º§) Quando alguém, com exagero, afirma que determinado orador “assassina” o português, o que ele está dizendo é que esse orador não aprendeu ou não respeita os padrões ideais de um registro adequado à situação de formalidade em que o discurso se realiza.
(5º§) Embora uma pessoa entre na escola respirando, ouvindo ou enxergando, não é exagero dizer que ela ainda não sabe respirar, ouvir ou enxergar adequadamente em certas situações. O mesmo ocorre com a língua.
(6º§) Entra-se na escola falando-se o português. Mas é aprendendo a falar a própria língua que um falante consegue mudar os registros linguísticos de acordo com a situação da fala.
(7º§) A língua não tem apenas uma função social. [...]
(Por: Dr. José Augusto Carvalho. Doutor em Letras. Língua Portuguesa, ano 8, dez. 2012.)
Sobre o trecho: “Mas é aprendendo a1 falar a2 própria língua que3 um falante consegue mudar os registros linguísticos de acordo com a situação da fala”. - Marque a alternativa com afirmação incorreta.
Instrução: As questões de números 01 a 10 referem-se ao texto abaixo. Os destaques ao longo do texto estão citados nas questões.
Largar as redes sociais?
- Apesar das críticas ___ redes sociais e inclusive das campanhas midiáticas para abrir mão
- delas, poucos usuários tomam a decisão de apagar suas contas. O Twitter continua com seus
- 300 milhões de perfis, o Facebook tem mais de dois bilhões, e o Instagram segue crescendo e
- já passa dos 500 milhões. Jaron Lanier, pioneiro da internet e da realidade virtual, considera
- que os benefícios dessas redes não compensam os inconvenientes. Em seu último livro, dá
- motivos para largar o Twitter, o Facebook e inclusive o WhatsApp e os serviços do Google. Se
- pudermos. E mesmo que seja só por uma temporada. Estes são alguns dos motivos que ele
- propõe nesse texto escrito a modo de manifesto:
- 1. Você está perdendo sua liberdade. As redes sociais, em especial o Facebook,
- pretendem guardar registro de todas as nossas ações: o que compartilhamos, o que
- comentamos, o que curtimos, aonde vamos. “Agora todos somos animais de laboratório”,
- escreve Lanier, e participamos de uma experiência constante para que os anunciantes nos
- enviem suas mensagens quando estivermos mais ..................... a elas.
- Isso também teve consequências políticas: os grupos que distribuem notícias falsas
- encontraram uma “.............. desenhada para ajudar os anunciantes ___ alcançarem seu público
- objetivo com mensagens testadas para conseguir sua atenção”. Para o Facebook tanto faz se
- estes “anunciantes” são empresas que querem vender produtos, partidos políticos ou difusores
- de notícias falsas. O sistema é o mesmo para todos e melhora “quando as pessoas estão
- irritadas, obcecadas e divididas”.
- 2. Estão lhe deixando infeliz. Lanier cita estudos que mostram que, apesar das
- possibilidades de conexão que as redes sociais oferecem, na verdade sofremos “uma sensação
- cada vez maior de isolamento” por motivos tão díspares como “os padrões irracionais de beleza
- e status, por exemplo”. Os algoritmos, escreve ele, nos colocam em categorias e nos ordenam
- segundo nossos amigos, seguidores, o número de curtidas ou retuítes, o muito ou pouco que
- publicamos… São critérios que nos parecem pouco significativos, mas que acabam tendo efeitos
- na vida real: “Nas notícias que vemos, em quem nos aparece como possível relacionamento
- amoroso, em que produtos nos oferecem”. Também podem acabar influenciando em futuros
- trabalhos: muitos dos responsáveis por recursos humanos procuram seus candidatos no
- Facebook e no Google.
- 3. Estão enfraquecendo a verdade. Lanier lembra que as teorias da conspiração mais
- loucas (ele dá o exemplo dos antivacinas) frequentemente começam nas redes sociais, onde seu
- eco se amplifica, “antes de aparecerem em veículos de comunicação extremamente partidários”.
- 4. Estão destruindo sua capacidade de empatia. Com esse argumento, Lanier se refere
- principalmente ___ bolha, termo criado por Eli Pariser. No Facebook, por exemplo, as notícias
- aparecem na tela de acordo com as pessoas e os veículos de comunicação que seguimos e,
- também, dependendo dos conteúdos de que gostamos. A consequência é que nas redes
- frequentemente acessamos somente nossa própria bolha, ou seja, tudo aquilo que conhecemos,
- com o que estamos de acordo e que nos faz sentir confortáveis. Ou seja, não vemos outras
- ideias, recebemos somente suas caricaturas. E, consequentemente, em vez de tentar entender
- as razões por ....... de outros pontos de vista, nossas ideias se reforçam e o diálogo é cada vez
- mais difícil.
- 5. Não querem que você tenha dignidade econômica. Lanier explica que o modelo de
- negócio que predomina na Internet é consequência do “dogma” de acreditar que “se o software
- não era grátis, não podia ser aberto”. A publicidade foi vista como uma forma de solucionar esse
- problema.
- Essas são somente algumas das razões expostas por Lanier em um livro que, como o próprio
- autor admite, nem mesmo chega a tocar alguns temas que não o afetam tão diretamente, como
- “as pressões insustentáveis em pessoas jovens, especialmente mulheres” e como “os algoritmos
- podem discriminá-lo por racismo e outras razões horríveis”. Lanier não quer acabar com a
- Internet. Pelo contrário: deixar as redes, ainda que somente por um tempo, pode ser uma forma
- de saber como estão nos prejudicando e, principalmente, percebermos o que poderiam nos
- oferecer.
Adaptado de: https://brasil.elpais.com/brasil/2018/08/28/tecnologia/1535463505_331615.html
A primeira palavra do texto, ‘Apesar’ (l.01), introduz uma ideia de _________, classifica-se como ____________________ e tem o mesmo sentido de ____________.
Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas do trecho acima.