Questões de Português - Análise sintática para Concurso
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INSTRUÇÃO: Leia o texto 3 para responder à questão 7
TEXTO 3
Leia o texto a seguir:
- O trabalho infantil é ilegal e priva crianças e adolescentes de uma infância normal, impedindo-os não só
- de frequentar a escola e estudar normalmente, mas também de desenvolver de maneira saudável todas as suas
- capacidades e habilidades. Antes de tudo, o trabalho infantil é uma grave violação dos direitos humanos e dos
- direitos e princípios fundamentais no trabalho, representando uma das principais antíteses do trabalho decente.
- O trabalho infantil é causa e efeito da pobreza e da ausência de oportunidades para desenvolver
- capacidades. Ele impacta o nível de desenvolvimento das nações e, muitas vezes, leva ao trabalho forçado na vida
- adulta. Por todas essas razões, a eliminação do trabalho infantil é uma das prioridades da OIT (Organização
- Internacional do Trabalho).
Disponível em: <https://www.ilo.org/brasilia/temas/trabalho-infantil/lang--pt/index.htm>
Acesso em: 24/6/2019. (Adaptado).
Analise o trecho a seguir:
“O trabalho infantil é ilegal e priva crianças e adolescentes de uma infância normal, impedindo-os não só de frequentar a escola e estudar normalmente, mas também de desenvolver de maneira saudável todas as suas capacidades e habilidades.” (linhas 1 a 3).
Em relação à organização morfossintática do trecho, analise as proposições a seguir:
I – Em “O trabalho infantil é ilegal e priva crianças e adolescentes de uma infância normal” as duas orações sintaticamente coordenadas entre si possuem a mesma estrutura sintática, próprio de orações dessa natureza.
II – O trecho “mas também de desenvolver de maneira saudável todas as suas capacidades e habilidades” evidencia uma oração coordenada que exprime ideia de contradição.
III – O uso das formas “frequentar”, “estudar” e “desenvolver” contribuem para a progressão textual.
IV – No fragmento “todas as suas capacidades e habilidades” o pronome “suas” encontra-se no plural para concordar com a expressão “capacidades e habilidades”.
Assinale a alternativa CORRETA:
Leia com atenção o texto e responda o que se pede no comando das questões.
O ninho não mais vazio
Há dias, escrevi sobre uma amiga cujos filhos tinham acabado de sair de casa e que estava experimentando o que os psicólogos chamam de “síndrome do ninho vazio”. Aproveitei para contar que eu próprio entre o Natal e o Réveillon, vivera algo parecido, só que ao pé da letra. Uma rolinha — Lola, a rola — fizeram seu ninho no meu terraço e passara uma semana sentada sobre um ovo, do qual saiu Lolita, a Rolita. E, antes que eu tivesse o prazer de ver mãe e filha em ação, voando para lá e para cá, foram embora sem se despedir. Ali entendi a síndrome do ninho vazio.
Outro amigo, cujo conhecimento sobre os pássaros aprendi a admirar, me garantiu que Lola, a Rola não podia estar muito longe. "Ela gostou daqui”, ele disse. "Vai voltar para fazer outro ninho”. E, para que eu não me jactasse de minhas virtudes como anfitrião, explicou-me que isso é instintivo nos pássaros. Se se sentem seguros em algum lugar, elegem-no para se aninhar. Com isso, retomei meu posto de observação — e não é que meu amigo tinha razão?
Lola, a Rola reapareceu e logo começou os trabalhos. Reconheci-a pelo estilo de gravetos que recolhe — secos, fininhos e compridos. Em poucos dias o novo ninho ficou pronto, não muito distante do ninho original, este já em escombros. Só que, agora, com uma importante colaboração: a de seu marido Rollo, o Rola, talvez como mestre de obras. O fato é que, ao contrário da primeira vez, tive várias oportunidades de ver o casal empenhado na construção.
E assim, com duas semanas de intervalo, eis-me avô de mais um ovo. Que, pela lei das probabilidades, deverá produzir um macho. E, sendo filho de Lola, a Rola e Rollo, o Rola, só poderá se chamar — claro — Rolezinho.
Não vou dizer o nome de meu amigo amador de ornitologia. Só as iniciais: Janio de Freitas.
(CASTRO, Ruy. A arte de querer bem. 1, ed. Rio de Janeiro: Sextante, 2018. p. 21/ 22)
Há falha no emprego do cujo em:
A SEREIA DOS PENSADORES
O fascínio pelo poder é uma armadilha para os intelectuais.
Platão, na República, imaginou como seria um Estado governado exclusivamente pelos sábios: somente os iluminados pela Razão poderiam adentrar os círculos do poder, e o resto da sociedade deveria obedecer à aristocracia intelectual. Nessa obra exuberante, a utopia da intelligentsia conduz o gênero humano à prosperidade eterna: o mundo real, no entanto, foi menos gentil com o platonismo.
No século V a.C., Dionísio I, governante de Siracusa, convidou o filósofo ateniense a tornar-se seu conselheiro Déspota refinado, Dionísio apreciava cercar-se de poetas e pensadores (não foi o primeiro nem o último tirano a cultivar mascotes eruditas). Platão, contudo, insistiu em aplicar suas ideias ao governo da cidade-Estado. Segundo o historiador Diogénes Laércio, Dionísio acabou se irritando com suas censuras e ordenou que Platão fosse vendido como escravo. O grande pensador foi parar em um mercado na Ilha de Egina, é entre prisioneiros de guerra. Por sorte, um benfeitor o reconheceu, comprou-o e o mandou de volta a Atenas. Diógenes Laércio calcula que o preço da transação tenha sido uns 200 dracmas.
Embora Platão tivesse inclinações autoritárias (como bem demonstra a leitura da República), sua aproximação ao poder não se deu por ambição pessoal, mas por uma espécie de pudor. Em uma carta, assim justificou seu envolvimento com o governo de Siracusa: “Eu o fiz, principalmente, por um sentimento de vergonha em relação a mim mesmo; não queria que a humanidade me considerasse um homem somente dedicado às palavras e incapaz de agir.”.
Eu detestaria viver na República de Platão — lugar onde poetas e escultores seriam banidos, e onde a única música permitida seriam canções de ninar e marchinha militares. Mesmo assim, há algo de admirável na tentativa de aprimorar o mundo coma força das ideias.
Ao longo dos tempos, contudo, a relação dos grandes intelectuais com o poder político nem sempre obedeceu a motivos tão nobres. À vaidade ilustrada levou muitas mentes agudas a se associarem a regimes nefastos: a sensação de moldar a história em tempo real exerce efeito tóxico sobre mentes acostumadas à abstração.
Esse ópio não age apenas sob governos totalitários: mesmo em sociedades democráticas o fascínio pelo poder é uma armadilha que pode arrastar ou embotar os mais argutos intelectos.
Antípoda de Platão, Heráclito (540-470 a.c.) foi o protótipo do intelectual desengajado. Quando os habitantes de Corinto o convidaram a redigir as leis da cidade, respondeu: ''Prefiro brincar com crianças a ajudar esses perversos a governar a república''. Não proponho que Heráclito nos sirva de modelo, e espero que um dia os sábios governem o mundo. Mas quem traçará a linha precisa entre os sábios e os tolos? Antes a sereia do poder, é salutar que os seres ''dedicados ás palavras'' nem fujam nem se deslumbrem; que mantenham uma certa rabugice, uma certa desconfiança, um certo pudor, enfim. Pois, como diz o adágio, o poder corrompe - e a corrupção da sabedoria não é inatividade, mas a loucura.
(BOTELHO, José Francisco. Revista Veja: 3 de julho de 2019. p. 95)
“Ante a sereia do poder, é salutar que os seres 'dedicados às palavras' nem fujam nem se deslumbrem (...)”. Analise as afirmativas e marque a altenativa correta.
|- “que os seres 'dedicados às palavras' " exerce função de sujeito na estrutura.
II-O conectivo “nem” estabelece ideia aditiva.
III- Há orações antitéticas no excerto.
IV-As aspas conotam ironia no contexto.
Analise o trecho e assinale a alternativa que completa respectivamente as lacunas:
Quando se conjuga o verbo amar, obtêm-se formas como amava, amavas, amava, amávamos, amáveis, amavam. Essas modificações ocorrem à medida que o verbo vai sendo flexionado em número (singular e plural) e pessoa (primeira, segunda ou terceira). Também ocorrem se _____ o tempo e o modo do verbo (amava, amara, amasse, por exemplo). Podemos concluir, assim, que existem morfemas que _____ as flexões das palavras. Esses morfemas sempre surgem no _____ das palavras variáveis e recebem o nome de desinências. Há desinências nominais e desinências verbais.
Analise o trecho e assinale a alternativa que completa respectivamente as lacunas:
Quando se conjuga o verbo amar, obtêm-se formas como amava, amavas, amava, amávamos, amáveis, amavam. Essas modificações ocorrem à medida que o verbo vai sendo flexionado em número (singular e plural) e pessoa (primeira, segunda ou terceira). Também ocorrem se _____ o tempo e o modo do verbo (amava, amara, amasse, por exemplo). Podemos concluir, assim, que existem morfemas que _____ as flexões das palavras. Esses morfemas sempre surgem no _____ das palavras variáveis e recebem o nome de desinências. Há desinências nominais e desinências verbais.