Questões de Português - Análise sintática para Concurso

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Q2696372 Português

HISTÓRIA DE BEM-TE-VIS


(1º§) O ano passado, aqui nas mangueiras dos

meus simpáticos vizinhos, apareceu um bem-tevi

caprichoso, muito moderno, que se recusava

a articular as três sílabas tradicionais do seu

nome. Limitava-se a gritar: “... te vi!... te vi!...”

com a maior irreverência gramatical. Como

dizem que as últimas gerações andam muito

rebeldes e novidadeiras, achei natural que

também os passarinhos estivessem

contagiados pelo novo estilo humano.

(2º§) Mas logo a seguir, o mesmo passarinho –

ou seu filho, seu irmão, como posso saber, com

a folhagem cerrada da mangueira? – animou-se

a uma audácia maior. Não quis saber das duas

sílabas, e gritava apenas, daqui, dali, invisível e

brincalhão: “...vi!...vi!...” – o que me pareceu

ainda mais divertido.

(3º§) O tempo passou. O bem-te-vi deve ter

viajado; talvez seja cosmonauta, talvez tenha

voado com o seu time de futebol!...afinal tudo

pode acontecer com bem-te-vis tão

progressistas, que rompem com o canto da

família e mudam os lemas dos seus brasões.

Talvez tenha sido atacado por esses crioulos

fortes que agora saem do mato de repente e

disparam sem razão nenhuma contra o primeiro

vivente que encontram.

(4º§) Mas hoje tornei a ouvir um bem-te-vi

cantar. E cantava assim: “Bem-bem-bem...tevi!”

Pensei: “É uma nova escola poética que se

eleva das mangueiras!...” Depois o passarinho

mudou. E fez: “Bem-te-te-vi!” Tornei a refletir:

“Deve ser pequenino e estuda a sua cartilha...”

E o passarinho: “Bem-bem-bem-te-te-te-vi-vivi...!”

(5º§) Os ornitólogos devem saber se isto é caso

comum ou raro. Eu jamais tinha ouvido coisa

igual. Mas as crianças, que sabem mais do que

eu, e vão diretas aos assuntos, ouviram,

pensaram, e disseram: “Que engraçado! Um

bem-te-vi gago!” Então, talvez seja mesmo só

gagueira...

(Cecília Meireles)

Marque o parágrafo que inicia com: elemento coesivo coordenativo adversativo seguido de advérbio e ação verbal no pretérito perfeito do modo indicativo.

Alternativas
Q2696177 Português

Em se tratando de crase, analise os períodos seguintes:

I. A dor de cabeça era porque o quarto cheirava a gasolina e mofo.

II. Muitas empresas fazem doação a casas de saúde.

III. A ordem era manter-se a distância dos seus desafetos.

IV. Foi desclassificado, pois escreveu a redação a caneta.

Conforme a norma padrão, o acento indicativo de crase é obrigatório:

Alternativas
Q2696175 Português

Confira a classificação de tempo e modo das formas verbais sublinhadas:

I. Era um risco calculado, assim como outras viagens ao desconhecido.

(Pretérito mais que perfeito do Indicativo)

II. Com isso, não dispararia nenhum tiro contra a população.

(Futuro do pretérito do Indicativo)

III. Se fosse organizada e atenta, teria conseguido nossa aprovação.

(Pretérito imperfeito do Subjuntivo)

IV. Entregaremos a chave da casa, quando tiverdes quitado as parcelas.

(Futuro do Subjuntivo)

Está correto o que se apresenta nas assertivas:

Alternativas
Q2696173 Português

Sobre as orações subordinadas substantivas, confira:

I. Os funcionários não sabiam que pagamento não seria feito na data.

(Objetiva Direta)

II. Seria importante que todos participassem da reunião de formatura.

(Predicativa)

III. O combinado é que você comece o estágio obrigatório amanhã.

(Completiva Nominal)

IV. É necessário que as notas sejam digitadas até sexta-feira.

(Subjetiva)

Em consonância com as regras gramaticais, está correta a classificação em:

Alternativas
Q2696132 Português

Leia o relato a seguir, escrito por Clarice Lispector, para responder às próximas questões.


“Quem nunca roubou não vai me entender. Eu, em pequena, roubava pitangas. Havia uma igreja presbiteriana perto de casa, rodeada por uma sebe verde, alta e tão densa que impossibilitava a visão da igreja. A sebe era de pitangueira. Mas pitangas são frutas que se escondem: eu não via nenhuma. Então, olhando antes para os lados para ver se ninguém vinha, eu metia a mão por entre as grades, mergulhava-a dentro da sebe e começava a apalpar até meus dedos sentirem o úmido da frutinha. Muitas vezes na minha pressa, eu esmagava uma pitanga madura demais com os dedos que ficavam como ensanguentados. Nunca ninguém soube. Não me arrependo: ladrão de pitangas tem cem anos de perdão”.


(Com adaptações)

Na parte final do texto, a autora afirma que “Nunca ninguém soube. Não me arrependo”. Em relação a essas duas orações, respectivamente, marque a alternativa INCORRETA.

Alternativas
Respostas
1066: D
1067: E
1068: D
1069: B
1070: A