Questões de Concurso
Sobre análise sintática em português
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Leia o texto de Antonio Prata, a seguir, para responder à questão.
Nada me deixava mais tranquilo do que os sons da máquina de escrever vindos do quarto ao lado. Era meu pai, escritor, que trabalhava depois que todos haviam ido dormir. O batuque no teclado, o ronco grave do rolo girando com o papel e a sineta do carro tilintando ao ser devolvido à posição inicial – plim! – me garantiam a presença de um adulto, ali ao lado: se não ao alcance das mãos, ao menos dos ouvidos. O ritmo caótico, mas contínuo – como chuva no telhado –, era ainda melhor do que a música de ninar, cadenciada, pois sugeria que mesmo em meio à confusão poderia haver harmonia. Sob esse cafuné auditivo, o mundo desaparecia, sem violência, depois voltava a existir, quando eu menos esperasse, iluminado: plim!
Prata, Antonio. Nu, de botas p.15 – 1ª ed. – São Paulo:
Companhia das Letras, 2013. (Excerto adaptado)
Leia com atenção as seguintes passagens do texto:
I. Nada me deixava mais tranquilo do que os sons da máquina de escrever vindos do quarto ao lado.
II. ... me garantiam a presença de um adulto, ali ao lado: se não ao alcance das mãos, ao menos dos ouvidos.
III. O ritmo caótico, mas contínuo (...) era ainda melhor do que a música de ninar...
As expressões em destaque exprimem, respectivamente, ideia de:
No que se refere ao texto e a seus aspectos linguísticos, julgue o item.
A oração “Enquanto os salários não permitirem a compra de imóvel” (linhas 39 e 40) expressa, em relação
à oração subsequente, circunstância de concessão.
Quanto aos aspectos linguísticos do texto, julgue o item.
A oração “para atender à demanda por moradia no País
nos próximos dez anos” (linha 16) expressa, em relação
à oração subsequente, circunstância de finalidade.
Quanto aos aspectos linguísticos do texto, julgue o item.
Na linha 11, os termos “instável” e “escasso” têm, no
texto, a mesma classificação gramatical e função
sintática.
Quanto aos aspectos linguísticos do texto, julgue o item.
Na linha 10, a oração “que ganham até três salários mínimos por mês” restringe o termo “famílias”.
Quanto aos aspectos linguísticos do texto, julgue o item.
As vírgulas empregadas, respectivamente, após “País”
(linha 2) e “elevado” (linha 3) isolam oração de sentido
explicativo.
TEXTO II
JÁ OUVIU FALAR EM CUIDADOS PALIATIVOS?
“A ideia de que a medicina é uma luta contra a morte está errada. A medicina é uma luta pela vida boa, da qual a morte faz parte.” A colocação do escritor Rubem Alves (1933-2014) resume bem o que propõem os cuidados paliativos, um campo e conjunto de práticas que têm por objetivo proteger as pessoas do sofrimento trazido por doenças difíceis e que ameaçam a vida. Essa especialidade oferta conforto, o que inclui alívio e prevenção de incômodos físicos (dor, náusea, falta de ar ...), além de apoio emocional, espiritual e social ao paciente e à família. (...).
Que fique claro: esse amparo não é sinônimo de suspensão de tratamentos. “Não é eutanásia”, enfatiza a geriatra Ana Claudia Arantes, fundadora da Casa do Cuidar de São Paulo, que forma profissionais paliativistas. “Muita gente acha que cuidados paliativos é desistir da vida, quando o que eles oferecem é o oposto: ajudar a viver bem”, esclarece. Tabus do tipo talvez tenham relação com o próprio termo “paliativo”, que, no uso corriqueiro, remete a “solução temporária”. Mas, na origem, a palavra tem outro significado. Pallium, no latim, quer dizer “manto”. Historicamente, assim eram chamadas as capas usadas pelos cavaleiros das Cruzadas para se acolher das intempéries. É esse o sentido que evoca nos cuidados paliativos.
(...)
(Revista Saúde é Vital – Editora Abril, nº 443, junho/2019, p. 62-63).
“A colocação do escritor Rubem Alves (1933-2014) resume bem o que propõem os cuidados paliativos, um campo e conjunto de práticas que têm por objetivo proteger as pessoas do sofrimento trazido por doenças difíceis e que ameaçam a vida.”
Assinale a opção que apresenta uma afirmação CORRETA quanto ao termo sublinhado.
No texto 1, sabe-se que o período composto – “Quando um paciente necessita de transplante e não possui um doador na família, esse cadastro é consultado” (linhas 3-4). – foi estruturado por subordinação e coordenação.
Dentro dessa análise, as orações que constituem esse período estão organizadas em:
Uma oração é estruturada pela presença de elementos sintáticos que lhe conferem a coesão e coerência necessárias para a compreensão da mensagem. Nessa perspectiva, analise a estrutura oracional a seguir:
“Os cuidados de saúde primários podem atender à maioria das necessidades de saúde de uma pessoa ao longo da sua vida” (linhas 4-5).
Nesse trecho, as palavras em destaque, respectivamente, têm as seguintes funções sintáticas:
Texto I
3 Reflexões para entender o pensamento de Zygmunt Bauman
Sociólogo explora os efeitos do individualismo e da sociedade
de consumo nas relações humanas modernas
O sociólogo polonês Zygmunt Bauman faleceu em janeiro de 2017, aos 91 anos. Suas mais de 50 obras e diversos artigos se dedicam a temas como o consumismo, a globalização e as transformações nas relações humanas.
Após ter servido durante a Segunda Guerra Mundial, Bauman fez parte do Partido Comunista Polaco e anos mais tarde se formou em Sociologia. Como professor na Universidade de Varsóvia, teve alguns de seus livros e artigos censurados e acabou afastado em 1968.
Após sofrer perseguições antissemitas na Polônia, partiu para a Grã-Bretanha e trabalhou como professor titular da Universidade de Leeds. De todas as suas contribuições, a obra Modernidade e Holocausto talvez tenha sido a mais emblemática e lhe rendeu, em 1989, o Prêmio Europeu Amalfi de Sociologia e Ciências Sociais. Conheça as principais conclusões de um dos pensadores mais influentes da atualidade:
A sociedade pós-moderna sofre mudanças em ritmo intenso
Para definir as condições da pós-modernidade e discutir as transformações do mundo moderno nos últimos tempos, o sociólogo sempre preferiu usar o termo "modernidade líquida", por considerar "pós-modernidade" um conceito ideológico.
Bauman escolhe o "líquido" como metáfora para ilustrar o estado dessas mudanças: facilmente adaptáveis, fáceis de serem moldadas e capazes de manter suas propriedades originais. As formas de vida moderna, segundo ele, se assemelham pela vulnerabilidade e fluidez, incapazes de manter a mesma identidade por muito tempo, o que reforça esse estado temporário das relações sociais.
Há 100 anos, ser moderno significava buscar um ponto de perfeição e hoje representa o progresso constante, sem um resultado final único prestes a ser conquistado.
A estrutura familiar mudou drasticamente
Em entrevista ao canal Quem Somos Nós?, o professor Luís Mauro Sá Martino explica as transformações do conceito de "família" segundo Bauman: "A partir do século 19 ou 20, o afeto e amor surgem como elementos fundadores da família, mas nem sempre foi assim e não é por acaso que nosso imaginário sempre gostou de idealizar as histórias de amor", observa.
"No passado, as pessoas casavam com quem os pais mandavam, mas os laços de uma família ainda eram algo sagrado. Hoje, por outro lado, constituímos várias "famílias", assumindo as diferenças disso em relação ao mundo pré-moderno, com aindependência e também as dificuldades que essa pluralidade de relacionamentos pode trazer."
As conexões no mundo moderno foram individualizadas
Bauman observa que o século 20 sofreu uma passagem da sociedade de produção para a sociedade de consumo. Com isso, também passamos pelo processo de fragmentação da vida humana e deixamos de pensar em termos de comunidade — a qual nação, grupos ou movimento político pertencemos. A identidade pessoal, após essa transformação, restringiu o significado e propósito da vida e da felicidade a tudo aquilo que acontece com cada pessoa individualmente.
"A ideia de progresso foi transferida da ideia de melhoria partilhada para a de sobrevivência do indivíduo", resumiu o sociólogo em entrevista para a revista Cult. "O progresso é pensado não mais a partir do contexto de um desejo de corrida para a frente, mas em conexão com o esforço desesperado para se manter na corrida."
Disponível em: https://revistagalileu.globo.com/Sociedade/noticia/2016/12/3-reflexoes-para-entender-o-pensamento-de-zygmuntbauman.html. Acessado em: 15/05/2019
Considerando o excerto: "Sociólogo explora os efeitos do individualismo", marque a alternativa em que aparece sublinhada a mesma função sintática do termo em destaque:
Texto I
3 Reflexões para entender o pensamento de Zygmunt Bauman
Sociólogo explora os efeitos do individualismo e da sociedade
de consumo nas relações humanas modernas
O sociólogo polonês Zygmunt Bauman faleceu em janeiro de 2017, aos 91 anos. Suas mais de 50 obras e diversos artigos se dedicam a temas como o consumismo, a globalização e as transformações nas relações humanas.
Após ter servido durante a Segunda Guerra Mundial, Bauman fez parte do Partido Comunista Polaco e anos mais tarde se formou em Sociologia. Como professor na Universidade de Varsóvia, teve alguns de seus livros e artigos censurados e acabou afastado em 1968.
Após sofrer perseguições antissemitas na Polônia, partiu para a Grã-Bretanha e trabalhou como professor titular da Universidade de Leeds. De todas as suas contribuições, a obra Modernidade e Holocausto talvez tenha sido a mais emblemática e lhe rendeu, em 1989, o Prêmio Europeu Amalfi de Sociologia e Ciências Sociais. Conheça as principais conclusões de um dos pensadores mais influentes da atualidade:
A sociedade pós-moderna sofre mudanças em ritmo intenso
Para definir as condições da pós-modernidade e discutir as transformações do mundo moderno nos últimos tempos, o sociólogo sempre preferiu usar o termo "modernidade líquida", por considerar "pós-modernidade" um conceito ideológico.
Bauman escolhe o "líquido" como metáfora para ilustrar o estado dessas mudanças: facilmente adaptáveis, fáceis de serem moldadas e capazes de manter suas propriedades originais. As formas de vida moderna, segundo ele, se assemelham pela vulnerabilidade e fluidez, incapazes de manter a mesma identidade por muito tempo, o que reforça esse estado temporário das relações sociais.
Há 100 anos, ser moderno significava buscar um ponto de perfeição e hoje representa o progresso constante, sem um resultado final único prestes a ser conquistado.
A estrutura familiar mudou drasticamente
Em entrevista ao canal Quem Somos Nós?, o professor Luís Mauro Sá Martino explica as transformações do conceito de "família" segundo Bauman: "A partir do século 19 ou 20, o afeto e amor surgem como elementos fundadores da família, mas nem sempre foi assim e não é por acaso que nosso imaginário sempre gostou de idealizar as histórias de amor", observa.
"No passado, as pessoas casavam com quem os pais mandavam, mas os laços de uma família ainda eram algo sagrado. Hoje, por outro lado, constituímos várias "famílias", assumindo as diferenças disso em relação ao mundo pré-moderno, com aindependência e também as dificuldades que essa pluralidade de relacionamentos pode trazer."
As conexões no mundo moderno foram individualizadas
Bauman observa que o século 20 sofreu uma passagem da sociedade de produção para a sociedade de consumo. Com isso, também passamos pelo processo de fragmentação da vida humana e deixamos de pensar em termos de comunidade — a qual nação, grupos ou movimento político pertencemos. A identidade pessoal, após essa transformação, restringiu o significado e propósito da vida e da felicidade a tudo aquilo que acontece com cada pessoa individualmente.
"A ideia de progresso foi transferida da ideia de melhoria partilhada para a de sobrevivência do indivíduo", resumiu o sociólogo em entrevista para a revista Cult. "O progresso é pensado não mais a partir do contexto de um desejo de corrida para a frente, mas em conexão com o esforço desesperado para se manter na corrida."
Disponível em: https://revistagalileu.globo.com/Sociedade/noticia/2016/12/3-reflexoes-para-entender-o-pensamento-de-zygmuntbauman.html. Acessado em: 15/05/2019
Nos itens a seguir, fazem-se entre parênteses assertivas sobre trechos do Texto I. Analise:
I - "Após sofrer perseguições antissemitas na Polônia, partiu para a Grã-Bretanha e trabalhou como professor titular da Universidade de Leeds". (O período é composto por uma oração subordinada adverbial de tempo, uma oração principal e uma oração coordenada sindética).
II - "Bauman observa que o século 20 sofreu uma passagem da sociedade de produção para a sociedade de consumo." (O termo em destaque introduz uma oração subordinada subjetiva objetiva direta à oração principal.)
III - "Bauman fez parte do Partido Comunista Polaco e anos mais tarde se formou em Sociologia." (Ocorre na passagem uma oração coordenada assindética.)
Abaixo, assinale a alternativa correta:
Assinale V, se verdadeiro, ou F, se falso, em relação às afirmações que se fazem a respeito do seguinte período retirado do texto:
“Diferentemente do que a maioria das pessoas acredita, não é preciso ser uma pessoa extrovertida para contar piada e fazer o público rir.”
( ) O período é composto por seis orações.
( ) Temos nesse período uma oração coordenada aditiva.
( ) Temos nesse período duas orações subordinadas adverbiais finais.
A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:
Referente a análise sintática dos vocábulos sublinhados da oração abaixo, assinale a alternativa CORRETA.
Toda a cidade, naquela noite fria, distribuiu cobertores/às pessoas necessitadas, que dormiam na rua.