Questões de Português - Análise sintática para Concurso

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Q2697335 Português

Os três pássaros do Rei Herodes


__Pela triste estrada de Belém, a Virgem Maria, tendo o

Menino Jesus ao colo, fugia do rei Herodes.

__Aflita e triste ia em meio do caminho quando encontrou um

pombo, que lhe perguntou:

__- Para onde vais, Maria?

__- Fugimos da maldade do rei Herodes – respondeu ela.

Mas como naquele momento se ouvisse o tropel dos soldados

que a perseguiam, o pombo voou assustado.

__Continuou Maria a desassossegada viagem e, pouco

adiante, encontrou uma codorniz que lhe fez a mesma pergunta

que o pombo e, tal qual este, inteirada do perigo, tratou de fugir.

__Finalmente, encontrou-se com uma cotovia que, assim que

soube do perigo que assustava a Virgem, escondeu-a e ao

menino, atrás de cerrado grupo de árvores que ali existia.

__Os soldados de Herodes encontraram o pombo e dele

souberam o caminho seguido pelos fugitivos.

__Mais para a frente a codorniz não hesitou em seguir o

exemplo do pombo.

__Ao fim de algum tempo de marcha, surgiram à frente da

cotovia. Viste passar por aqui uma moça com uma criança no

regaço?

__- Vi sim – respondeu o pequenino pássaro. Foram por ali.

__E indicou aos soldados um caminho que se via ao longe. E

assim afastou da Virgem e de Jesus os seus malvados

perseguidores.

__Deus castigou o pombo e a codorniz.

__O primeiro, que tinha uma linda voz, passou a emitir, desde

então, um eterno queixume.

__A segunda passou a voar tão baixo, tão baixo, que se

tornou presa fácil de qualquer caçador inexperiente.

__E a cotovia recebeu o prêmio de ser a esplêndida

anunciadora do sol a cada dia que desponta.


A função sintática do termo/expressão grifados está INCORRETA em

Alternativas
Q2697192 Português

Leia o texto, para responder às questões de números 01 a 12.

Fogo de palha ou surto de hashtag?

Num mundo em que nem os números, ou nem sequer os satélites, são confiáveis, ai de nós que queremos formar uma ideia sobre acontecimentos importantes, ainda que apenas modestamente parecida com a realidade. A Amazônia está pegando fogo inteirinha, como aparece naqueles mapas em que os focos são colocados em tamanho perceptível aos olhos, mas evidentemente não compatível com o da vida real? Os incêndios aumentaram 1 quatrilhão por cento? A culpa é de Fulano? Para facilitar um pouco a vida dos obcecados que têm mania de fazer perguntas e não esperar respostas fáceis, alguns filtros podem ser aplicados, em várias situações, na tentativa de distinguir fatos e suas infinitas interpretações.

Fator hashtag. Está bombando nas redes sociais e não é um gatinho adorável? Desconfie, desconfie muito. É bom ter um canal para expressar sentimentos e opiniões. #metoo, #timesup ou #prayforamazonia são exatamente isso. Servem, dessa forma, para avaliar humores emocionais, não como um prognóstico infalível. Outra pequena dica: gente que nunca rezou por nada e de repente se prostra diante do divino por causa da floresta é como certos candidatos que vão à missa e até comungam em véspera de eleição.

Fator fofura. Apresentadores ou influenciadores se emocionam e ficam com a voz embargada? Estão tratando de Greta Thunberg, a adolescente sueca em que tantos adultos querem acreditar, ou de macaquinhos indianos chamuscados e transportados por pensamento mágico para a floresta brasileira. Os ultrassensíveis, programados, como todos os humanos, para se comover com filhotes de mamíferos, moram bem longe dela. De perto, independentemente de sua importância e de seus prodígios, as florestas sempre foram fonte de temor. Ah, sim, se aparecer alguém usando cocar, a coisa está perdida. Índios não usam cocar no dia a dia, exceto para efeitos midiáticos.

Fator uma semana. Passaram-se sete dias e o acontecimento, sem ter mudado em sua essência, sumiu do mapa. Depois do pico do fogo de palha, existe uma tendência a falar mais francamente. Registrem-se as manifestações a favor do “intervencionismo ambiental”. Escreveu um valente professor americano, Lawrence Douglas, comparando-o ao intervencionismo humanitário: “A comunidade internacional precisa assumir a responsabilidade – não, em primeira instância, aplicando a força militar, mas através de sanções comerciais e boicotes econômicos”. Por incrível coincidência, 46 deputados e dezessete ONGs da França propuseram sanções contra a soja e a carne importadas do Brasil. Não é só aqui que tem bancada ruralista.

(Vilma Gryzinski, Veja, 11.09.2019. Adaptado)

A alternativa que substitui as expressões destacadas na passagem – Para facilitar um pouco a vida dos obcecados que têm mania de fazer perguntas e não esperar respostas fáceis, alguns filtros podem ser aplicados… – de acordo com a norma-padrão de regência, crase e emprego dos tempos verbais é:

Alternativas
Q2697186 Português

Leia o texto, para responder às questões de números 01 a 12.

Fogo de palha ou surto de hashtag?

Num mundo em que nem os números, ou nem sequer os satélites, são confiáveis, ai de nós que queremos formar uma ideia sobre acontecimentos importantes, ainda que apenas modestamente parecida com a realidade. A Amazônia está pegando fogo inteirinha, como aparece naqueles mapas em que os focos são colocados em tamanho perceptível aos olhos, mas evidentemente não compatível com o da vida real? Os incêndios aumentaram 1 quatrilhão por cento? A culpa é de Fulano? Para facilitar um pouco a vida dos obcecados que têm mania de fazer perguntas e não esperar respostas fáceis, alguns filtros podem ser aplicados, em várias situações, na tentativa de distinguir fatos e suas infinitas interpretações.

Fator hashtag. Está bombando nas redes sociais e não é um gatinho adorável? Desconfie, desconfie muito. É bom ter um canal para expressar sentimentos e opiniões. #metoo, #timesup ou #prayforamazonia são exatamente isso. Servem, dessa forma, para avaliar humores emocionais, não como um prognóstico infalível. Outra pequena dica: gente que nunca rezou por nada e de repente se prostra diante do divino por causa da floresta é como certos candidatos que vão à missa e até comungam em véspera de eleição.

Fator fofura. Apresentadores ou influenciadores se emocionam e ficam com a voz embargada? Estão tratando de Greta Thunberg, a adolescente sueca em que tantos adultos querem acreditar, ou de macaquinhos indianos chamuscados e transportados por pensamento mágico para a floresta brasileira. Os ultrassensíveis, programados, como todos os humanos, para se comover com filhotes de mamíferos, moram bem longe dela. De perto, independentemente de sua importância e de seus prodígios, as florestas sempre foram fonte de temor. Ah, sim, se aparecer alguém usando cocar, a coisa está perdida. Índios não usam cocar no dia a dia, exceto para efeitos midiáticos.

Fator uma semana. Passaram-se sete dias e o acontecimento, sem ter mudado em sua essência, sumiu do mapa. Depois do pico do fogo de palha, existe uma tendência a falar mais francamente. Registrem-se as manifestações a favor do “intervencionismo ambiental”. Escreveu um valente professor americano, Lawrence Douglas, comparando-o ao intervencionismo humanitário: “A comunidade internacional precisa assumir a responsabilidade – não, em primeira instância, aplicando a força militar, mas através de sanções comerciais e boicotes econômicos”. Por incrível coincidência, 46 deputados e dezessete ONGs da França propuseram sanções contra a soja e a carne importadas do Brasil. Não é só aqui que tem bancada ruralista.

(Vilma Gryzinski, Veja, 11.09.2019. Adaptado)

Assinale a alternativa que dá sequência ao enunciado – Quanto a sentimentos e opiniões, é bom ter... – de acordo com a norma-padrão de regência e de emprego e colocação de pronomes.

Alternativas
Q2697094 Português

Regência é a parte da língua que estuda a relação de subordinação entre um verbo (ou nome) e seus complementos. Assinale a alternativa em que a regência verbal está correta:

Alternativas
Q2696952 Português

Leia com atenção o fragmento adaptado do livro “O homem e seus símbolos” de Carl Gustav Jung para responder às questões 7, 8, 9 e 10 a seguir.


O homem utiliza a palavra escrita ou falada para expressar o que deseja transmitir. Sua linguagem é cheia de símbolos, mas ele também, muitas vezes, faz uso de sinais ou imagens não estritamente descritivos. Alguns são simples abreviações ou uma série de iniciais como ONU, UNICEF ou UNESCO; outros são marcas comerciais conhecidas, nomes de remédios patenteados, divisas e insígnias. Apesar de não terem nenhum sentido intrínseco, alcançaram, pelo seu uso generalizado ou por intenção deliberada, significação reconhecida. Não são símbolos: são sinais e servem, apenas, para indicar os objetos a que estão ligados.


O que chamamos símbolo é um termo, um nome ou mesmo uma imagem que nos pode ser familiar na vida diária, embora possua conotações especiais além do seu signifcado evidente e convencional. Implica alguma coisa vaga, desconhecida ou oculta para nós. (...) Existem (...) objetos tais como a roda e a cruz, conhecidos no mundo inteiro, mas que possuem, sob certas condições, um signifcado simbólico.


O que simbolizam exatamente ainda é motivo de controversas suposições.


Assim, uma palavra ou uma imagem é simbólica quando implica alguma coisa além do seu signifcado manifesto e imediato. Esta palavra ou esta imagem têm um aspecto “inconsciente” mais amplo, que nunca é precisamente defnido ou de todo explicado. E nem podemos ter esperanças de defni-la ou explicá-la. Quando a mente explora um símbolo, é conduzida a ideias que estão fora do alcance da nossa razão. A imagem de uma roda pode levar nossos pensamentos ao conceito de um sol “divino’’ mas, neste ponto, nossa razão vai confessar a sua incompetência: o homem é incapaz de descrever um ser “divino”. Quando, com toda a nossa limitação intelectual, chamamos alguma coisa de “divina”, estamos dando-lhe apenas um nome, que poderá estar baseado em uma crença, mas nunca em uma evidência concreta.


Por existirem inúmeras coisas fora do alcance da compreensão humana é que frequentemente utilizamos termos simbólicos como representação de conceitos que não podemos defnir ou compreender integralmente. Esta é uma das razões por que todas as religiões empregam uma linguagem simbólica e se exprimem através de imagens. Mas este uso consciente que fazemos de símbolos é apenas um aspecto de um fato psicológico de grande importância: o homem também produz símbolos, inconsciente e espontaneamente, na forma de sonhos.

De acordo com a leitura atenta do texto acima e com a Gramática Normativa da Língua Portuguesa, analise as afirmativas abaixo e assinale a alternativa correta.


I. O trecho a seguir “mas ele também (...) faz uso de sinais ou imagens” é classificado como Oração Coordenada Sindética Adversativa.

II. O trecho a seguir “Apesar de não terem nenhum sentido intrínseco” é classificado como Oração Subordinada Adverbial Concessiva.

III. O trecho a seguir “Por existirem inúmeras coisas fora do alcance da compreensão humana” é classificado como Oração Subordinada Adverbial Consecutiva.

IV. No trecho “como representação de conceitos que não podemos definir”, a expressão destacada é uma Oração Subordinada Adjetiva Explicativa.

Alternativas
Respostas
1056: E
1057: E
1058: C
1059: B
1060: A