Questões de Português - Concordância verbal, Concordância nominal para Concurso

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Ano: 2019 Banca: FGV Órgão: DPE-RJ Prova: FGV - 2019 - DPE-RJ - Técnico Superior Jurídico |
Q983924 Português
Revisores de textos reuniram-se para discutir erros mais comuns cometidos por repórteres em entrevistas, exemplificando esses erros com frases; entre as frases abaixo, aquela que se mostra inteiramente correta e adequada é:
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Q982517 Português

Texto 2

“Em linhas gerais a arquitetura brasileira sempre conservou a boa tradição da arquitetura portuguesa. De Portugal, desde o descobrimento do Brasil, vieram para aqui os fundamentos típicos da arquitetura colonial. Não se verificou, todavia, uma transplantação integral de gosto e de estilo, porque as novas condições de vida em clima e terras diferentes impuseram adaptações e mesmo improvisações que acabariam por dar à do Brasil uma feição um tanto diferente da arquitetura genuinamente portuguesa ou de feição portuguesa. E como arquitetura portuguesa, nesse caso, cumpre reconhecer a de característica ou de estilo barroco”.

                                (Luís Jardim, Arquitetura brasileira. Cultura, SP: 1952)

No texto 2 há uma série de adjetivos que se referem a substantivos e com eles concordam; a opção em que essa relação de concordância está errada é:
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Q982509 Português

Texto 1

Um centro de reumatologia publicou em revista semanal o seguinte texto:

“Estima-se que 85% da população tem, teve ou terá dores nas costas. Muitos acreditam que basta tomar um analgésico, isso é um perigo!

Dores na coluna tem vários motivos e podem estar associadas a doenças. Só um especialista pode diagnosticar e propor o melhor tratamento”. (adaptado)

No texto 1, o problema gramatical está:
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Q981310 Português

Texto CB2A1-I



A respeito dos sentidos e dos aspectos linguísticos do texto CB2A1-I, julgue o item que se segue.

Seria mantida a correção gramatical do texto caso a forma verbal “representa” (L.9) fosse substituída por representam.
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Q981195 Português
A regência verbal e o emprego do sinal indicativo de crase estão em conformidade com a norma-padrão da língua em:
Alternativas
Q981190 Português
Quanto às regras de concordância da norma-padrão da língua, está redigida corretamente a frase:
Alternativas
Q981187 Português
Leia o texto para responder à questão.

Pesquisa exclusiva mostra que brasileiros superestimam suas capacidades digitais

  Os brasileiros estão otimistas com o impacto da transformação digital em suas carreiras, mas superestimam as suas capacidades digitais, que serão chave no mercado de trabalho nos próximos anos. A constatação está em pesquisa realizada por Tera, Scoop&Co e Época Negócios, apoiada por Love Mondays. O estudo mostra que mais de 80% dos brasileiros se dizem empolgados com a chegada das novas tecnologias no trabalho e 87% estão confiantes de que vão se adaptar à nova realidade.
  Essa percepção positiva da maioria, contudo, não condiz com a realidade do mercado. Quando apresentados a uma lista de habilidades mais demandadas, 42% afirmaram não conhecer as 14 competências digitais desejadas por empregadores, de acordo com lista do LinkedIn para 2018. “A lista traz funções não exigidas nas empresas há cinco anos. Esse cenário descrito pela pesquisa é um retrato de que a renovação das competências aconteceu rápido demais. As pessoas não viram isso acontecer”, diz Leandro Herrera, fundador da Tera.
(Barbara Bigarelli. Época Negócios. 14.11.2018. https://epocanegocios.globo.com. Adaptado)
O vocábulo chave, em destaque no primeiro parágrafo, tem substituto correto quanto à concordância e adequado ao significado, no contexto, em
Alternativas
Q981186 Português
Leia o texto para responder à questão.

Pesquisa exclusiva mostra que brasileiros superestimam suas capacidades digitais

  Os brasileiros estão otimistas com o impacto da transformação digital em suas carreiras, mas superestimam as suas capacidades digitais, que serão chave no mercado de trabalho nos próximos anos. A constatação está em pesquisa realizada por Tera, Scoop&Co e Época Negócios, apoiada por Love Mondays. O estudo mostra que mais de 80% dos brasileiros se dizem empolgados com a chegada das novas tecnologias no trabalho e 87% estão confiantes de que vão se adaptar à nova realidade.
  Essa percepção positiva da maioria, contudo, não condiz com a realidade do mercado. Quando apresentados a uma lista de habilidades mais demandadas, 42% afirmaram não conhecer as 14 competências digitais desejadas por empregadores, de acordo com lista do LinkedIn para 2018. “A lista traz funções não exigidas nas empresas há cinco anos. Esse cenário descrito pela pesquisa é um retrato de que a renovação das competências aconteceu rápido demais. As pessoas não viram isso acontecer”, diz Leandro Herrera, fundador da Tera.
(Barbara Bigarelli. Época Negócios. 14.11.2018. https://epocanegocios.globo.com. Adaptado)
Uma frase condizente com as informações do texto e escrita em conformidade com a norma-padrão da língua portuguesa é:
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Q978123 Português
Sob o ponto de vista morfológico, todas as palavras destacadas a seguir podem ser flexionadas em número, EXCETO
Alternativas
Q978120 Português
A forma verbal sublinhada em “... os leves ruídos que vinham lá de fora...” (linhas 4-5), encontra-se no mesmo tempo da forma verbal presente no seguinte trecho:
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Q977932 Português

Tudo o que não puder contar, não faça:

integridade é não agir errado mesmo sozinho


         Immanuel Kant, famoso filósofo alemão do século 18, dizia: “Tudo o que não puder contar como faz, não faça!”. Ao jogarmos um simples papelzinho pela janela não temos consciência alguma de que não se trata apenas de um simples papelzinho. O que está por trás disso é absolutamente sério. O que estamos fazendo conosco, com o meio em que vivemos e com o mundo? Há que se dizer que culpar terceiros sempre nos traz alívio.

            Mas não é um simples papelzinho... Se jogarmos três ao dia, serão quatorze por semana, e se milhões de pessoas de todo o mundo jogarem três míseros papéis por dia? Um dos maiores responsáveis por alagamentos nas cidades é o lixo, acarreta entupimento de bueiros e canalizações, levando a dispersar doenças e incômodo à população em geral. 

           O âmago desta questão é a consciência. Nos dias de hoje coletamos informações prontas e não levamos questões reflexivas ao cotidiano agitado e quase atropelado pelo que não nos afeta tanto por enquanto.

     O que seremos no futuro? Seremos seres abastecidos virtualmente, mas submergidos no lixo? A grande preocupação é que a realidade virtual se sobreponha à realidade real!

            A vida no planeta como a conhecemos acabará de forma dramática, e somente através desse processo de conscientização poderemos garantir a sustentabilidade ambiental. Sustentabilidade: “Pensar globalmente, agir localmente”. Não é um simples papelzinho. É questão de educação, caráter, reflexão!

(Mario Sergio Cortella. http://mariosergiocortella.com. Adaptado)

Considerando-se as regras de concordância e de colocação pronominal da norma-padrão, as expressões destacadas no trecho “... coletamos informações prontas e não levamos questões reflexivas ao cotidiano...” estarão correta e respectivamente substituídas por
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Q975951 Português
Utilize o Texto I para responder a questão.

Projetos e Ações: Papo de Responsa

O Programa Papo de Responsa foi criado por policiais civis do Rio de Janeiro. Em 2013, a Polícia Civil do Espírito Santo, por meio de policiais da Academia de Polícia (Acadepol) capixaba, conheceu o programa e, em parceria com a polícia carioca, trouxe para o Estado.
O ‘Papo de Responsa’ é um programa de educação não formal que – por meio da palavra e de atividades lúdicas – discute temas diversos como prevenção ao uso de drogas e a crimes na internet, bullying, direitos humanos, cultura da paz e segurança pública, aproximando os policiais da comunidade e, principalmente, dos adolescentes.
O projeto funciona em três etapas e as temáticas são repassadas pelo órgão que convida o Papo de Responsa, como escolas, igrejas e associações, dependendo da demanda da comunidade. No primeiro ciclo, denominado de “Papo é um Papo”, a equipe introduz o tema e inicia o processo de aproximação com os alunos. Já na segunda etapa, os alunos são os protagonistas e produzem materiais, como músicas, poesias, vídeos e colagens de fotos, mostrando a percepção deles sobre a problemática abordada. No último processo, o “Papo no Chão”, os alunos e os policiais civis formam uma roda de conversa no chão e trocam ideias relacionadas a frases, questões e músicas direcionadas sempre no tema proposto pela instituição. Por fim, acontece um bate-papo com familiares dos alunos, para que os policiais entendam a percepção deles e também como os adolescentes reagiram diante das novas informações.
Disponível em . Acesso em: 30/ jan./2019.



Assinale a alternativa em que a conjugação e a grafia dos verbos completam adequadamente todas as lacunas da seguinte frase. “Se algum órgão da comunidade ____________ o programa “Papo de Responsa”, os policiais ______________ o local e____________ o projeto.
Alternativas
Q975950 Português
Utilize o Texto I para responder a questão.

Projetos e Ações: Papo de Responsa

O Programa Papo de Responsa foi criado por policiais civis do Rio de Janeiro. Em 2013, a Polícia Civil do Espírito Santo, por meio de policiais da Academia de Polícia (Acadepol) capixaba, conheceu o programa e, em parceria com a polícia carioca, trouxe para o Estado.
O ‘Papo de Responsa’ é um programa de educação não formal que – por meio da palavra e de atividades lúdicas – discute temas diversos como prevenção ao uso de drogas e a crimes na internet, bullying, direitos humanos, cultura da paz e segurança pública, aproximando os policiais da comunidade e, principalmente, dos adolescentes.
O projeto funciona em três etapas e as temáticas são repassadas pelo órgão que convida o Papo de Responsa, como escolas, igrejas e associações, dependendo da demanda da comunidade. No primeiro ciclo, denominado de “Papo é um Papo”, a equipe introduz o tema e inicia o processo de aproximação com os alunos. Já na segunda etapa, os alunos são os protagonistas e produzem materiais, como músicas, poesias, vídeos e colagens de fotos, mostrando a percepção deles sobre a problemática abordada. No último processo, o “Papo no Chão”, os alunos e os policiais civis formam uma roda de conversa no chão e trocam ideias relacionadas a frases, questões e músicas direcionadas sempre no tema proposto pela instituição. Por fim, acontece um bate-papo com familiares dos alunos, para que os policiais entendam a percepção deles e também como os adolescentes reagiram diante das novas informações.
Disponível em . Acesso em: 30/ jan./2019.



Assinale a alternativa em que as alterações feitas no excerto do 2º parágrafo do texto mantenham a correção gramatical, quanto à concordância verbal, no trecho apresentado.
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Q975799 Português
Para responder a questão, leia o texto a seguir.

Por que a justiça é representada de olhos vendados, com balança e espada nas mãos?
Em sua versão romana, batizada Justitia, a mesma deusa passa a trazer também a espada e a venda nos olhos.
A venda é um símbolo de imparcialidade: significa que ela não faz distinção entre aqueles que estão sendo julgados. A balança indica equilíbrio e ponderação na hora de pesar, lado a lado, os argumentos [contra os acusados e a favor deles]. A espada é um sinal de força. “A arma implica que a Justiça não pede aos que estão brigando que aceitem sua decisão. Ela tem de ser imposta, mesmo porque inevitavelmente descontentará um dos dois lados em conflito”, diz o advogado Carlos Ari Sundfeld, professor de Direito Público da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). A Justiça é associada a figuras femininas desde a antiguidade. A deusa egípcia Maat (cujo nome deu origem à palavra “magistrado”) muitas vezes era retratada com uma espada na mão. Na Grécia, o papel cabia a Têmis, que já trazia uma balança na mão direita. Em sua versão romana, batizada Justitia, a mesma deusa passa a trazer também a espada e a venda nos olhos.
Para completar, a balança e a espada também são instrumentos de São Miguel, o arcanjo justiceiro, que, apesar de já fazer parte da tradição judaica, passou a ser retratado assim nos primeiros séculos do cristianismo.
(Adaptado de https://super.abril.com.br/)
Sobre a expressão “tradição judaica”, sublinhada no último parágrafo do texto, julgue os itens a seguir.
I. Trata-se de um exemplo de concordância verbal bem construída. II. Trata-se de um exemplo de concordância nominal bem sucedida. III. Trata-se de um exemplo da concordância entre nomes, em gênero e grau. IV. Trata-se de um exemplo da concordância de um adjetivo com um substantivo, em gênero e número. Pode-se afirmar que:
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Q975792 Português
Para responder a questão, leia os quadrinhos a seguir.


Leia mais uma vez o trecho, agora com outro destaque:
“Responder com simplicidade e clareza às perguntas dos filhos aumenta a comunicação e a confiança que eles têm nos pais.”
A forma verbal sublinhada:
Alternativas
Q975102 Português

Julgue o seguinte item, a respeito de aspectos linguísticos do texto CB3A1-II.


A substituição da forma verbal “partilha” (ℓ.9) por partilham preservaria a correção gramatical do texto.

Alternativas
Q974860 Português

                                 Fim do mundo ‘físico’


      Meu amigo Daniel Chomski, dono do sebo Berinjela, no Rio de Janeiro, surpreendeu-se outro dia usando uma expressão que, em anos de trato com livros, nunca lhe ocorrera pronunciar: “livro físico”. E caiu em si no ato: por que livro “físico” se, até então, todos os livros que haviam passado por suas mãos eram apenas livros - objetos físicos - e não havia motivo para aquele apêndice boboca?

      É claro que Daniel sabe a resposta e eu também. De algum tempo para cá, as pessoas têm falado de “livro físico” para diferenciá-lo do livro que, a poder de dois ou três cliques, sai de um lugar não sabido do ciberespaço e desembarca numa tabuleta eletrônica chamada, em português castiço, “tablet” - o e-book, ou livro eletrônico, que se lê mais com os dedos do que com os olhos. Considerando-se que o livro “físico”, de papel, existe há cerca de 1500 anos, deveria ter o direito de continuar sendo apenas e somente livro, não? Mas não é o que acontece.

      O mesmo está acontecendo com o CD, o “disco físico” - que, ironicamente, passou a se chamar assim em pleno processo de extinção física -, em contraposição à música que também sai de qualquer lugar e nos entra pelas orelhas quase sem depender de intermediário.

      E, idem, com o “filme físico”, o DVD, prestes a se tornar um objeto tão pré-histórico quanto uma mandíbula de pterodáctilo.

      Há pouco, vi pela primeira vez alguém pagando as compras com o celular num supermercado sem caixas. É quase certo que, em breve, as últimas moças que ainda conservarem seus empregos serão chamadas de “caixas físicas”. E o “dinheiro físico” também ameaça deixar de ser impresso, tal o número de pessoas que hoje pagam até uma bala Juquinha com o cartão.

      Imagino que, um dia, as pessoas “físicas”, tipo você e eu, também deixaremos de existir. Mas isso é problema de vocês.

(Ruy Castro. Folha de S.Paulo, 28.12.2018. Adaptado)

Assinale a alternativa em que a redação está em conformidade com a norma-padrão de concordância da língua portuguesa.
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Q974812 Português

                                     Nero e a lira


      O Brasil ficou chocado com o incêndio do Museu Nacional no Rio de Janeiro. Só diante das chamas terríveis e do patrimônio desaparecido para sempre que alguns perceberam que nunca tinham ido ao espaço museológico agora perdido. Eu já tinha escrito o mesmo sobre os riscos da nossa Biblioteca Nacional e do seu acervo inestimável em condições de risco similar. Aqui em São Paulo, é o caso do Museu do Ipiranga, fechado há tanto tempo. Perde o público, perde a cultura e empobrecemos em um campo já abalado da memória. Até quando? O que mais precisaria queimar no Brasil, para que a gente percebesse que patrimônio é algo que se vai para sempre?

      O descaso tem precedentes terríveis. Em 1978, um conjunto inestimável de quadros virou cinzas no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Patrimônio científico foi carbonizado várias vezes: a coleção do Instituto Butantã em São Paulo e do Museu de Ciências Naturais da PUC de Minas Gerais. Coleções insubstituíveis torraram por completo. O Museu da Língua Portuguesa ardeu em chamas, como também a tapeçaria de Tomie Ohtake no Memorial da América Latina: somos o país que usa cultura como material de combustão. Nenhum Nero foi indiciado, ninguém responde, nada se faz com tantos e repetidos avisos trágicos. É uma política de terra arrasada, de resultados eficazes e criminosos.

      Mesmo aquilo que funciona e bem corre o risco do desamparo. A Sala São Paulo enche de orgulho os paulistas e brasileiros. A Osesp é uma joia esculpida com trabalho, talento e muito sacrifício. Manter algo do padrão da Osesp e da Sala São Paulo em um país como o Brasil é quase um milagre. A qualidade material da sala, o esforço de todos e a educação de um público fiel. Por ela passa a fina flor da música brasileira e internacional.

      A cultura brasileira é assim. Muita coisa queimou, projetos sobreviveram em estado precário, e todos aguardam poderes sensíveis ao papel insubstituível da cultura na definição da cidadania. Quando eu vejo o montante do fundo partidário em comparação ao estado precário de orquestras e museus, sou percorrido por uma dor muito forte.

      O que mais terá de silenciar, queimar, desaparecer ou ficar no passado até que acordemos? Quantos artistas deixarão de comunicar seu talento com uma sociedade que necessita desesperadamente de criação e sensibilidade para pensar mais alto e melhor? Alguém aqui acha coincidência que a economia mais forte da Europa, a Alemanha, também seja uma terra de forte investimento privado e público na música e nas artes? O que mais precisa desaparecer para sempre, para que governos e eleitores descubram o valor do nosso patrimônio material e imaterial?

      Para nós, pessoas sem poder, resta prestigiar o que ainda existe, visitar mais nossos museus, cobrar dos políticos que elegemos há pouco e valorizar com alunos e filhos os muitos heróis de uma resistência cultural.

               (Leandro Karnal. O Estado de S.Paulo. 18.11.2018. Adaptado)

Assinale a alternativa em que o verbo em destaque apresenta concordância correta, de acordo a norma-padrão.
Alternativas
Q970591 Português

     "O certo a ser feito": as marcas do utilitarismo no nosso dia-a-dia

                               Por Carlos Henrique Cardoso


      Ultimamente tenho analisado e refletido sobre a situação política do país e sua judicialização. E enxergo muito dos princípios do utilitarismo instaurados nos desejos de boa parte dos cidadãos. Enxergo o que? Como assim?

      O utilitarismo é uma teoria social desenvolvida pelo jurista, economista, e filósofo Jeremy Bentham, lá pelos fins do século XVIII e início do XIX. Essa teoria também foi objeto de estudo do filósofo John Stuart Mill. Tem como princípio a busca do prazer e da felicidade, mas também satisfazer os indivíduos na coletividade, almejando benefícios, onde as leis seriam socialmente úteis e as escolhas mais corretas. Alguns testes e dinâmicas de grupo também utilizam conceitos de base utilitarista, pautadas nas melhores escolhas para cada situação posta com a finalidade de encontrarmos um bem comum a todos.

      Um exemplo. No único hospital de uma pequena cidade, há apenas uma máquina de hemodiálise e quatro doentes renais. As características sociais, econômicas, profissionais, familiares, e pessoais de cada um são apresentadas e faz-se a pergunta: qual deles merece ser salvo para que possa utilizar o equipamento? Após um pequeno debate, chega-se à conclusão e as razões para que aquele felizardo seja o escolhido. Ou seja, o intuito é tomar decisões para obter o melhor resultado para todos.

      O utilitarismo pode ser transposto para o nosso cotidiano e sua doutrina ética pode estar incrustada em vários fatos e decisões. Sua aplicação pode ser considerável diante de fatores que venham a ocorrer e se tornar aceitável para diversos setores sociais.

      Digamos que comecem a aparecer pessoas feridas por rajadas de metralhadora nas ruas de um município e que muitos testemunharam um homem portando essa arma por aí. As autoridades partem a sua busca, mas não o encontram em lugar nenhum. E novas pessoas são baleadas. Com o rumo das investigações, familiares do suspeito são localizados. Como não informam seu paradeiro, os policiais passam a torturar seus pais, irmãos, e outros parentes a fim de obterem respostas ou pistas para sua descoberta. Dias depois, o “louco da metralhadora” é encontrado. A tortura é proibida por lei, mas sua utilização foi justificada pelo bem-estar público, ou seja, “o certo a ser feito”. Um cálculo que foi interpretado como moralmente aceitável por muitos que consideram aquela postura adequada para que mais ninguém fosse alvejado. Mesmo que jamais fosse preciso tomar tal atitude para um crime ser desvendado. Um princípio utilitarista.

      E assim observo muitas atitudes manifestadas por seguimentos de nossa população. Na véspera da decisão do Supremo Tribunal Federal em conceder ou não o Habeas Corpus para o ex-presidente Lula, grupos pediam que o STF não concedesse o HC porque Lula “tinha que ser preso”, pois já havia sido condenado. Apesar do HC ser um quesito legal, o desejo de prisão parecia ser maior que a virtude da lei. O que imperava era a vontade popular, o desejo de ver alguém que aprenderam a detestar, encarcerado. Importava menos o previsto em lei e mais “a voz das ruas”.

      Declarações de ministros e ex-ministros do STF engrossaram os manifestos. “Temos que ouvir a voz das ruas”, “o sentimento social”, e “o clamor popular” foram termos utilizados pelos ocupantes da Suprema Corte. Apesar das decisões judiciais não serem pautadas, obviamente, pelas vontades do povo profissionais que interpretam as leis não podem estimular aproximações demasiadas entre “as ruas” e os juízes, como termômetro a medir algum “choque térmico” entre a conclusão dos processos e os anseios sociais amparados pelas paixões e ódios. Uma linha tênue entre a lei e “o certo a ser feito”. Reflexões realizadas no calor dos acontecimentos podem influenciar atos finais moralmente justificáveis. Um receio calcado em posturas utilitaristas.

      Essas condutas são visíveis quando qualificam defensores dos Direitos Humanos – que seguem resoluções ratificadas por órgãos internacionais – como “defensores de bandidos”. Isso porque “o pessoal” dos Direitos Humanos defendem medidas previstas em leis e na Constituição Federal. Curioso que muitos dos críticos se referem aos Direitos Humanos como se fosse uma ONG, uma entidade representativa, com CNPJ, sede, funcionários (“o pessoal”) que se reúnem frequentemente em torno de uma grande mesa e passam a discutir políticas de apoio a assassinos, estupradores, e ladrões – uma espécie de “Greenpeace” voltado para meliantes. Com isso, proporcionam reflexões equivocadas sobre como devem ser tratados detentos, como a justiça deve agir com acusados de crime hediondo, ou como nossos policiais devem ser protegidos em autos de resistência ou intervenções repressoras. Tudo para alcançar o bem-estar social e “o certo a ser feito”. E a lei? Que se lasque!! Atos para que o “cidadão de bem” fique protegido das mazelas sociais e que se cumpra a vontade popular acima de qualquer artigo, parágrafo, inciso, ou decreto. Enquanto não se reestrutura o nosso defasado Código Penal, podemos bradar juntos as delicias de um Estado Utilitarista.

https://www.soteroprosa.com/inicio/author/Carlos-Henrique-Cardoso. Acessado em 28/01/2019 (Com adaptação)

Com base nos aspectos linguísticos, morfossintáticos e sintático-semânticos presentes no período “Sua aplicação pode ser considerável diante de fatores que venham a ocorrer e se tornar aceitável para diversos setores sociais”, julgue os itens abaixo.


I. As palavras “considerável” e “aceitável” referem-se ao vocábulo “aplicação”, por isso estão no singular.

II. A palavra “aceitável” refere-se ao vocábulo “fatores”, por isso deveria estar no plural.

III. As palavras “aceitável” e “tornar” referem-se ao vocábulo “fatores”, por isso deveriam estar no plural.


Está CORRETO o que se afirma no (nos) item (itens):

Alternativas
Q970236 Português

Jurar ou planejar


            Num de seus contos provocadores, Machado de Assis põe em cena um casal de apaixonados que faz um juramento de amor, por conta de uma longa separação que devem cumprir. A jura é quebrada pela moça, que se apaixona por outro, e o narrador faz ver que ela está “muito próxima da Natureza”, ou seja, que ela atende aos movimentos mais naturais da vida.

            Jurar é desafiar o tempo, o destino, o futuro; é afirmar que nada pode ser maior que nosso desejo de agir conforme juramos. Um juramento expõe a beleza da vontade humana, como afirmação nossa, mas sua quebra mostra também nossos limites. 

            Dirão os mais racionalistas: não jure, planeje. Diante do futuro, levante hipóteses de trabalho e as analise, não tome nenhuma como definitiva. Mas o homem insiste em sonhar para além do que é planejável, e o que dá certo nos bons planejamentos acaba tornando-o ainda mais convicto de que sua vontade é tudo, sendo mesmo capaz de jurar por isso.


(Joaquim de Assis Villares, inédito)

Está correto o emprego de ambos os elementos sublinhados na frase:
Alternativas
Respostas
1521: E
1522: C
1523: C
1524: E
1525: D
1526: A
1527: A
1528: B
1529: A
1530: B
1531: A
1532: E
1533: B
1534: C
1535: D
1536: C
1537: B
1538: A
1539: A
1540: C