Questões de Concurso Sobre conjunções: relação de causa e consequência em português

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Q2509466 Português
Considerando o trecho “Como sociedade, ainda falamos pouco sobre a importância do cuidado com a mente em nossa vida”, os termos sublinhados são, correta e respectivamente, classificados como: 
Alternativas
Q2509422 Português

  É tempo de pensarmos em nós

Por Alvoni Medina



(Disponível em: https://www.correiodopovo.com.br/blogs/2.221/%C3%A9-tempo-de-pensarmos-em-n%C3%B3s-1.1457246 – texto adaptado especialmente para esta prova). 

A conjunção adversativa “mas” (l. 01) une as orações do período em que ocorre, estabelecendo uma relação entre elas de: 
Alternativas
Q2508287 Português

Meteoros, meteoroides e meteoritos


     Meteoros, meteoroides, meteoritos: os três termos soam semelhantes e são frequentemente confundidos. Na verdade, eles estão unidos por mais do que apenas seus nomes parecidos: estão relacionados aos flashes de luz chamados "estrelas cadentes", que às vezes são vistos cruzando o céu. Mas o mesmo objeto pode ter nomes diferentes, dependendo de onde ele está localizado.

        De acordo com a explicação da NASA, os meteoroides são rochas que ainda estão no espaço. Eles variam em tamanho e podem ir desde grãos de poeira até pequenos asteroides. Eles também podem ser o resultado de uma colisão entre dois asteroides (objeto rochoso que orbita o Sol, maior do que um meteoroide, mas menor do que um planeta), o que pode causar uma fragmentação em pequenos pedaços. Os meteoroides podem vir ainda de cometas.

       Quando os meteoroides entram na atmosfera da Terra (ou de outro planeta, como Marte), em alta velocidade, eles se transformam e queimam. Essas bolas de fogo resultantes são chamadas de meteoros.

        Ocasionalmente, pedaços maiores de rocha acabam caindo na superfície de um planeta. "Quando um meteoroide sobrevive a uma viagem pela atmosfera e atinge o solo, ele é chamado de meteorito", explica a agência espacial americana. Como os asteroides se formaram próximo aos primeiros momentos de existência do Sistema Solar, esses objetos são de grande interesse para os cientistas, pois oferecem muitas informações sobre como era o sistema onde está o planeta Terra durante seu passado.


(National Geographic Brasil. Adaptado)

De acordo com os mecanismos de coesão textual, assinalar a alternativa que apresenta um exemplo de conjunção.
Alternativas
Ano: 2024 Banca: IDHTEC Órgão: Prefeitura de Presidente Tancredo Neves - BA Provas: IDHTEC - 2024 - Prefeitura de Presidente Tancredo Neves - BA - Inspetor de Vigilânica Sanitária | IDHTEC - 2024 - Prefeitura de Presidente Tancredo Neves - BA - Gestor em infraestrutura - Arquiteto | IDHTEC - 2024 - Prefeitura de Presidente Tancredo Neves - BA - Assistente Social | IDHTEC - 2024 - Prefeitura de Presidente Tancredo Neves - BA - Auditor Saúde Pública | IDHTEC - 2024 - Prefeitura de Presidente Tancredo Neves - BA - Cirurgião Dentista | IDHTEC - 2024 - Prefeitura de Presidente Tancredo Neves - BA - Enfermeiro (a) | IDHTEC - 2024 - Prefeitura de Presidente Tancredo Neves - BA - Farmacêutico | IDHTEC - 2024 - Prefeitura de Presidente Tancredo Neves - BA - Fisioterapeuta | IDHTEC - 2024 - Prefeitura de Presidente Tancredo Neves - BA - Fonoaudiólogo | IDHTEC - 2024 - Prefeitura de Presidente Tancredo Neves - BA - Prof(a) (Lic em Pedagodia) - Zona Urbana | IDHTEC - 2024 - Prefeitura de Presidente Tancredo Neves - BA - Prof(a) (Lic em Pedagodia) - Zona Rural | IDHTEC - 2024 - Prefeitura de Presidente Tancredo Neves - BA - Professor Anos Finais - História | IDHTEC - 2024 - Prefeitura de Presidente Tancredo Neves - BA - Professor Anos Finais - Licenciatura em Letra | IDHTEC - 2024 - Prefeitura de Presidente Tancredo Neves - BA - Professor Anos Finais - Lic. em Educação Física | IDHTEC - 2024 - Prefeitura de Presidente Tancredo Neves - BA - Professor Anos Finais - Matemática | IDHTEC - 2024 - Prefeitura de Presidente Tancredo Neves - BA - Prof(a) (Lic em Pedagodia) - Educação Infantil/Creche | IDHTEC - 2024 - Prefeitura de Presidente Tancredo Neves - BA - Profissional de Educação Física | IDHTEC - 2024 - Prefeitura de Presidente Tancredo Neves - BA - Psicólogo | IDHTEC - 2024 - Prefeitura de Presidente Tancredo Neves - BA - Nutricionista | IDHTEC - 2024 - Prefeitura de Presidente Tancredo Neves - BA - Médico Clínico Geral |
Q2507999 Português
TEXTO 1


A Academia Brasileira de Letras anunciou nesta semana a adição da palavra “Dorama” à língua portuguesa. O termo é o nome dado às novelas asiáticas que caíram no gosto do público nos últimos anos, depois de despontarem como atrações populares em diversas plataformas de streaming.

Segundo a descrição da ABL, Dorama passa a ser definido na Língua portuguesa como uma “obra audiovisual de ficção em formato de série, produzida no leste e sudeste da Ásia, de gêneros e temas diversos, em geral com elenco local e no idioma do país de origem.”

A definição detalha ainda que os Doramas foram criados no Japão na década de 1950, e se expandiram posteriormente para outros países asiáticos, adquirindo características próprias de acordo com a região.

“Para identificar o país de origem, também são usadas denominações específicas, como, por exemplo, os estrangeirismos da língua inglesa J-drama para os doramas japoneses, K-drama para os coreanos, C-C-drama para os chineses.”, explica a instituição.

O sucesso de séries sul-coreanas como Round 6 atesta que as produções do país, cada vez mais, estão caindo no gosto do público ao redor do mundo. Um exemplo notável é Uma Advogada Extraordinária, um dorama jurídico que figurou por muitas semanas entre as produções mais assistidas mundialmente na Netflix. Faz um tempo que plataforma vem acrescentando em seu catálogo inúmeros títulos importados da Coreia do Sul que seguem a mesma receita recheada de clichês novelescos, mas que são impossíveis de largar depois do primeiro play. Atualmente, diversas produções coreanas também ocupam o top 10 do ranking mundial de produções em língua não inglesa mais vistas da Netflix, como Strong Girl Nam-Soon e Doona!.
“que os Doramas foram criados no Japão na década de 1950, e se expandiram posteriormente para outros países asiáticos” A conjunção em destaque dá ideia de:
Alternativas
Q2506927 Português

Racismo é um problema, sim!



Por Carlos Padeiro








(Disponível em: www.uol/esporte/especiais/racismo-e-xenofobia-no-futebol.htm#racismo-e-um-problema-sim – texto adaptado especialmente para esta prova).

Assinale a alternativa que apresenta palavra que NÃO poderia substituir a conjunção “porém”, na linha 28.
Alternativas
Q2506291 Português
Identifique a alternativa que contém uma conjunção aditiva. 
Alternativas
Q2506230 Português
VISTA CANSADA



Acho que foi o Hemingway quem disse que olhava cada coisa à sua volta como se a visse pela última vez. Pela última ou pela primeira vez? Pela primeira vez foi outro escritor quem disse. Essa ideia de olhar pela última vez tem algo de deprimente. Olhar de despedida, de quem não crê que a vida continua, não admira que o Hemingway tenha acabado como acabou.



Se eu morrer, morre comigo um certo modo de ver, disse o poeta. Um poeta é só isto: um certo modo de ver. O diabo é que, de tanto ver, a gente banaliza o olhar. Vê não vendo. Experimente ver pela primeira vez o que você vê todo dia, sem ver. Parece fácil, mas não é. O que nos cerca, o que nos é familiar, já não desperta curiosidade. O campo visual da nossa rotina é como um vazio.



Você sai todo dia, por exemplo, pela mesma porta. Se alguém lhe perguntar o que é que você vê no seu caminho, você não sabe. De tanto ver, você não vê. Sei de um profissional que passou 32 anos a fio pelo mesmo hall do prédio do seu escritório. Lá estava sempre, pontualíssimo, o mesmo porteiro. Dava-lhe bom-dia e às vezes lhe passava um recado ou uma correspondência. Um dia o porteiro cometeu a descortesia de falecer.



Como era ele? Sua cara? Sua voz? Como se vestia? Não fazia a mínima ideia. Em 32 anos, nunca o viu. Para ser notado, o porteiro teve que morrer. Se um dia no seu lugar estivesse uma girafa, cumprindo o rito, pode ser também que ninguém desse por sua ausência. O hábito suja os olhos e lhes baixa a voltagem. Mas há sempre o que ver. Gente, coisas, bichos. E vemos? Não, não vemos.



Uma criança vê o que o adulto não vê. Tem olhos atentos e limpos para o espetáculo do mundo. O poeta é capaz de ver pela primeira vez o que, de fato, ninguém vê. Há pai que nunca viu o próprio filho. Marido que nunca viu a própria mulher, isso existe às pampas. Nossos olhos se gastam no dia-a-dia, opacos. É por aí que se instala no coração o monstro da indiferença.



RESENDE, Otto Lara. Vista cansada. Disponível em:
<https://cronicabrasileira.org.br/cronicas/7040/vista-cansada>.
Acesso em: 26 de abril 2024. 
Considere as conjunções em destaque nas frases abaixo:


1 - MAL ele começou a ler, dormiu; 2 - ORA descansamos ORA estudamos; e 3 - Ela esteve aqui, MAS não falou comigo.


Assinale a alternativa que indica o sentido correto que as conjunções possuem em cada frase: 
Alternativas
Ano: 2024 Banca: EDUCA Órgão: Prefeitura de Cabedelo - PB Provas: EDUCA - 2024 - Prefeitura de Cabedelo - PB - Agente Fiscal de Tributos | EDUCA - 2024 - Prefeitura de Cabedelo - PB - Fisioterapeuta | EDUCA - 2024 - Prefeitura de Cabedelo - PB - Assistente Social | EDUCA - 2024 - Prefeitura de Cabedelo - PB - Assistente Social - PSF | EDUCA - 2024 - Prefeitura de Cabedelo - PB - Enfermeiro | EDUCA - 2024 - Prefeitura de Cabedelo - PB - Enfermeiro Intensivista Neonatologista | EDUCA - 2024 - Prefeitura de Cabedelo - PB - Enfermeiro Intensivista | EDUCA - 2024 - Prefeitura de Cabedelo - PB - Enfermeiro Obstetra | EDUCA - 2024 - Prefeitura de Cabedelo - PB - Enfermeiro - PSF | EDUCA - 2024 - Prefeitura de Cabedelo - PB - Farmacêutico | EDUCA - 2024 - Prefeitura de Cabedelo - PB - Fisioterapeuta - PSF | EDUCA - 2024 - Prefeitura de Cabedelo - PB - Fisioterapeuta - UTI Neonatologista | EDUCA - 2024 - Prefeitura de Cabedelo - PB - Médico Neurologista | EDUCA - 2024 - Prefeitura de Cabedelo - PB - Médico Neurologista Infantil | EDUCA - 2024 - Prefeitura de Cabedelo - PB - Médico Proctologista | EDUCA - 2024 - Prefeitura de Cabedelo - PB - Médico Psiquiatra | EDUCA - 2024 - Prefeitura de Cabedelo - PB - Médico Psiquiatra Infantil | EDUCA - 2024 - Prefeitura de Cabedelo - PB - Fisioterapeuta - Quipraxia | EDUCA - 2024 - Prefeitura de Cabedelo - PB - Médico Urologista | EDUCA - 2024 - Prefeitura de Cabedelo - PB - Fisioterapeuta - UTI Adulto | EDUCA - 2024 - Prefeitura de Cabedelo - PB - Biomédico | EDUCA - 2024 - Prefeitura de Cabedelo - PB - Cirurgião Dentista - PSF | EDUCA - 2024 - Prefeitura de Cabedelo - PB - Fonoaudiólogo | EDUCA - 2024 - Prefeitura de Cabedelo - PB - Médico Veterinário | EDUCA - 2024 - Prefeitura de Cabedelo - PB - Fonoaudiólogo - PSF | EDUCA - 2024 - Prefeitura de Cabedelo - PB - Médico Cirurgião Geral | EDUCA - 2024 - Prefeitura de Cabedelo - PB - Médico Cirurgião Vascular | EDUCA - 2024 - Prefeitura de Cabedelo - PB - Médico Intensivista Neonatologista | EDUCA - 2024 - Prefeitura de Cabedelo - PB - Médico Infectologista | EDUCA - 2024 - Prefeitura de Cabedelo - PB - Médico Intensivista | EDUCA - 2024 - Prefeitura de Cabedelo - PB - Médico Nefrologista | EDUCA - 2024 - Prefeitura de Cabedelo - PB - Terapeuta Ocupacional - UTI | EDUCA - 2024 - Prefeitura de Cabedelo - PB - Nutricionista | EDUCA - 2024 - Prefeitura de Cabedelo - PB - Nutricionista - PSF | EDUCA - 2024 - Prefeitura de Cabedelo - PB - Psicólogo | EDUCA - 2024 - Prefeitura de Cabedelo - PB - Psicólogo - Infantil | EDUCA - 2024 - Prefeitura de Cabedelo - PB - Psicólogo - PSF | EDUCA - 2024 - Prefeitura de Cabedelo - PB - Profissional de Educação Física | EDUCA - 2024 - Prefeitura de Cabedelo - PB - Professor de Ensino Religioso |
Q2506112 Português
Mortes violentas caem 4% em 2023, dizem dados do Ministério da Justiça

        O governo federal anunciou,nesta quarta-feira, 31, uma queda de 4,17% no número de crimes violentos letais em 2023. De acordo com as estatísticas, foram registradas 40.429 mortes desse tipo em 2023, menos do que as 42.190 mortes notificadas em 2022.

       Os dados incluem os crimes de homicídio, latrocínio (roubo seguido de morte), lesão corporal seguida de morte e feminicídio. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou, nesta quarta-feira, 31, de uma entrevista coletiva temática sobre segurança pública. A área foi a pior avaliada pela população durante o governo Lula, segundo pesquisa do Instituto Atlas divulgada em setembro.

    Painel construído pelo governo mostra ainda que houve uma queda de 1,88% na quantidade de feminicídios em um ano. Foram 1.438 mortes de mulheres em 2022, enquanto em 2023, o país registrou 1.411. Os dados mostram uma média de quatro feminicídios por dia no país no ano passado. No Estado de São Paulo, esse tipo de crime bateu recorde, como mostrou o Estadão.

     O número de mortes violentas tem apresentado uma tendência de queda desde 2018. Nos últimos anos, no entanto, o poder de facções criminosas tem tido grande influência na oscilação dos números. Estudos publicados pelo Estadão indicam que o arrefecimento do conflito entre grandes facções do país, com o PCC e o Comando Vermelho, têm impacto direto na redução dos índices.

    Historicamente, o País não possuía um dado unificado de mortes violentas elaborado pelo governo federal. O Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública (Sinesp) foi criado em 2012, mas seu mapeamento com dados fornecidos pelos Estados era precário, de acordo com análise de especialistas. Nos últimos anos, a atualização do Sinesp tem sido aperfeiçoada.

    O presidente Lula defendeu que o combate aos pequenos crimes seja humanizado e que haja foco no combate ao crime organizado, que, segundo ele, "está na imprensa, está na política, está no futebol, está nos empresários, está em todos os lugares do planeta."

   "A gente quer humanizar o combate ao pequeno crime e jogar pesado contra a indústria internacional do crime organizado. Essa tem avião, navio, iate, tem poder em muitas decisões em muitas instâncias".

   Durante a apresentação, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, afirmou que a redução desses crimes mostra que a tese que defende a disseminação de armas de fogo como solução para combate à violência é falsa.

    "Mostramos que menos armas e menos crimes. Essa é a síntese do panorama que apresentamos em 2023”, disse Dino.

Disponível em: https://www.correiobraziliense.com.br
Acesso em: 31/01/2024 (Adaptado
“Durante a apresentação, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, afirmou que a redução desses crimes mostra que a tese que defende a disseminação de armas de fogo...” A
s palavras destacadas são RESPECTIVAMENTE:
Alternativas
Q2505704 Português
Sobre conjunções, à luz do que nos ensina Bechara, analise as assertivas que seguem, assinalando V, se verdadeiras, ou F, se falsas.
( ) A língua possui unidades que têm por missão reunir orações em um mesmo enunciado. Essas unidades são tradicionalmente chamadas de conjunções, que se repartem em dois tipos: coordenadas e subordinadas. ( ) A conjunção coordenada é um transpositor de um enunciado que passa a uma função de palavra, portanto de nível inferior dentro das camadas de estruturação gramatical. ( ) As conjunções alternativas enlaçam as unidades coordenadas, matizando-as de um valor alternativo quer para exprimir a incompatibilidade dos conceitos envolvidos, quer para exprimir a equivalência deles. A conjunção alternativa por excelência é “ou”, sozinha ou duplicada junto a cada unidade.
A ordem correta de preeenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:
Alternativas
Q2505566 Português

Existem mais vendavais previstos no nosso horizonte


Por Cláudia Tajes








(Disponível em: gauchazh.clicrbs.com.br/donna/colunistas/claudia-tajes/noticia/2024/03/existem-maisvendavais-previstos-no-nosso-horizonte – texto adaptado especialmente para esta prova).

Assinale a alternativa que indica a correta reescrita do trecho a seguir com a inserção de conjunção adequada e que mantenha a mesma relação de sentido do trecho original.

“Soubesse que seu pioneirismo ia dar nisso, melhor ter se deitado na pele de carneiro e esculpido um coração no âmbar”.
Alternativas
Q2505247 Português
Centenário de Zabé da Loca: símbolo de resistência,
rainha do pífano
tem legado mantido em complexo turístico na PB


Há um século, no dia 12 de janeiro de 1924, nascia em Buíque, Pernambuco, Isabel Marques da Silva. Em Monteiro, no Cariri da Paraíba, ela se tornou Zabé da Loca, importante nome da cultura popular do Nordeste. Nesta sexta-feira (12), dia que marca o centenário da artista, o g1 relembra a trajetória e o legado da rainha do pífano.

Zabé da Loca é uma das personagens símbolo da resistência da cultura popular nordestina. Ainda adolescente, ela saiu de Pernambuco para o Cariri paraibano, e por cerca de 25 anos morou em uma gruta.

O nome "Zabé da Loca" se popularizou, justamente, por conta do lugar onde Zabé vivia. Mas, depois de mais de duas décadas morando na gruta, ela ganhou, em um processo de reforma agrária, uma casa no assentamento Santa Catarina, no município de Monteiro.

Em entrevista concedida ao Globo Rural em 2011, Zabé, na época com 86 anos, falou sobre o trabalho árduo como agricultora, com o qual sustentou a família por muitos anos.

"Eu já trabalhei muito. Trabalhei tanto que fiquei velha no tempo. Pai gritava. Nós éramos quatro. Era um em casa mais a mãe e os outros no roçado mais ele. Me criei trabalhando, minha filha", disse Zabé em entrevista ao Globo Rural, em 2011.

Além da agricultura, a vida de Zabé também era embalada pelo som do pífano, instrumento musical tipicamente nordestino, cujo som ecoado no sopro soa como o de outros tipos de flauta. E foi com o pífano e com as histórias do tempo em que viveu na gruta que Zabé ficou conhecida em várias partes do mundo.

Foi somente quando já tinha quase 80 anos que a história de Zabé da Loca ficou nacionalmente conhecida. Ela foi descoberta aos 79 anos, quando ainda morava na gruta, pela equipe do projeto Dom Helder Câmara, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), na época Ministério do Desenvolvimento Agrário.

Na época, ela gravou o seu primeiro CD, "Canto do SemiÁrido", com composições próprias e versões de Luiz Gonzaga e Humberto Texeira.

O som do pífano de Zabé encantou Brasil afora, e no auge de seus 85 anos, em 2009, ela ganhou seu primeiro grande reconhecimento, recebendo o prêmio Revelação da Música Popular Brasileira. Vários outros prêmios, como a Medalha de Ordem ao Mérito Cultural, concedida à Zabé pelo Governo Federal, também foram entregues a artista ainda em vida.

Em 2017, aos 92 anos, Zabé da Loca morreu, em Monteiro. A família informou que Zabé morreu de causas naturais e que, nos últimos anos de vida, ela sofria com o Alzheimer.

https://g1.globo.com/pb, 12/01/2024 
"Trabalhei tanto que fiquei velha no tempo”, os termos destacados ligam orações, estabelecendo uma relação de
Alternativas
Q2504970 Português
Assinale a alternativa que apresenta a classificação gramatical incorreta da palavra em destaque. 
Alternativas
Q2504724 Português
A questão refere-se ao texto a seguir.

A beleza de Foz do Iguaçu e as quedas d'água gigantes pela própria natureza

    O Brasil é mesmo um país admirável. Não se conquista o privilégio de figurar entre as sete maravilhas do mundo por acaso. Nas categorias moderna e natural da honorável seleção, nós estamos lá, com destaques reconhecidos mundialmente: o Cristo Redentor, a Amazônia e as Cataratas do Iguaçu. Enquanto o maior bioma do mundo tem a paternidade compartilhada com outros oito países, as robustas quedas d'água são divididas apenas com a vizinha Argentina e até parecem ficar esquecidas lá no Sul do país, mas é um dos destinos mais procurados pelos turistas. Segundo levantamento feito pelo Parque Nacional do Iguaçu, 1,4 milhão de visitantes estiveram no local em 2022.
    Foz do Iguaçu, porém, não é exatamente uma rota de fácil acesso. Localizada em uma ponta mais a oeste do Paraná, a uma distância de cerca de 600 km da capital do estado e de 700 km do litoral, a cidade tem lá sua tradição turística, mas a economia se sustenta à base do seu maior cartão postal. Ainda que haja um aeroporto próprio, os voos geralmente exigem algumas conexões. Saindo de Brasília, fizemos duas paradas antes de desembarcar no destino: em São Paulo e em Curitiba.
    A viagem toda, que durou cerca de oito horas, é um pouco cansativa, porém, a sensação da chegada é reconfortante quando você, ainda no avião, visualiza de cima o conjunto gigantesco de cachoeiras e se dá conta de que está próximo não somente das famosas cataratas, e sim também da fronteira com outros dois países da América do Sul, tornando o passeio uma experiência também internacional.
    O acesso pelo lado brasileiro é muito tranquilo: o Parque Nacional do Iguaçu fica dentro de Foz, a poucos quilômetros do centro, com diversas modalidades de transporte, incluindo ônibus coletivo urbano e carro por aplicativo — com preços que vão de R$ 3,50 a R$ 50, aproximadamente. Os ingressos custam R$ 78, adquiridos antecipadamente pela internet, com direito ao transporte até as estações que dão início às atrações oferecidas. 
    Para quem não abre mão de uma boa aventura e gosta de sentir a adrenalina pura, existe o Macuco Safari, logo na primeira parada do ônibus. Nada mais é que um passeio de bote, em torno de duas horas, em que o turista embarca, protegido por colete salva-vidas, até as volumosas e potentes quedas das águas. O banho aqui é certo e dizem que a emoção supera qualquer desconforto por ficar todo ensopado. O tour, que pode ser adquirido no local, é bem mais salgado: entre R$ 300 e R$ 400, podendo ser parcelado no cartão. Porém, é um investimento que tem recompensas. Basta conferir alguns dos vídeos disponíveis na internet.
    Já na trilha terrestre, a visita também leva em torno de duas horas, porém em uma caminhada de cerca de 1,2 km que oferece uma vista panorâmica deslumbrante das cataratas em diversos ângulos e enquadramentos. Aos menos aventureiros que fugiram do safári aquático, há a garantia de que essa não é uma jornada perigosa: o caminho é todo cercado e há paradas estratégicas para assegurar as melhores fotos, sem nenhum risco. Mas as roupas confortáveis devem ser priorizadas, já que a temperatura pode esquentar ao longo da caminhada. E não esqueça a garrafinha de água, claro.
    A capa de chuva é um item indispensável para visitar as Cataratas do Iguaçu. À medida que as pessoas se aproximam mais do ponto onde as quedas estão mais fortes, os respingos vão se tornando maiores e inevitáveis. A época do ano deve ser observada com atenção: no período chuvoso, o volume das águas pode aumentar em até dez vezes. Especialmente no final do circuito, onde está a passarela suspensa de cerca de 670 metros que nos leva à base inferior da suntuosa Garganta do Diabo.
    Gigante pela própria natureza, tal qual o verso descrito no Hino Nacional Brasileiro, a cortina fluvial que surge do cânion parece que vai nos sugar com a potência das águas que se derramam de uma altura de 82 metros e 150 metros de largura, trafegando em uma impressionante correnteza por baixo dos nossos pés. Mas não se deixe amedrontar. Nesse ponto final do circuito, a experiência é única, imperdível e indescritível.
    Diante dessa maravilha do mundo, Eleanor Roosevelt, então primeira-dama dos Estados Unidos da América, teria exclamado: "Pobre Niágara!", em comparação às famosas cataratas que se ostentam na divisa entre as províncias de Nova York, nos EUA, e Ontario, no Canadá. Estive por lá, em 2011, e não dá para negar: a nossa é infinitamente soberana. 
   Para todos os lados que se olha nessa travessia, a visão das cataratas brasileiras é um deleite. Em um cenário que nos remete ao que ilustraram em nosso imaginário como o Jardim do Éden, no Parque Nacional do Iguaçu temos a constatação do quão vigorosa é a obra divina. A robustez das quedas d´água, que parecem surgir do céu, formando um rio que se molda com precisão entre as pedras e os montes, é um espetáculo que emociona. Em dias ensolarados, o arco-íris é uma presença constante na paisagem magnífica que se forma, trazendo ao instante esse sentimento que se aproxima da contemplação do sagrado. Desfrutar essa imagem, definitivamente, é uma benção. 

Disponível em: https://www.correiobraziliense.com.br/revista-do-correio/2023/10/5128017. Acesso em: fev. de 2024. [Adaptado]
A conjunção “porém”, utilizada no segundo parágrafo, estabelece relação de
Alternativas
Ano: 2024 Banca: FUNDATEC Órgão: AL-RS Prova: FUNDATEC - 2024 - AL-RS - Procurador |
Q2504578 Português

A Boa Linguagem


Por Eduardo Sabagg








(Disponível em: Sabbag, Eduardo. Manual de português jurídico / Eduardo Sabbag. — 7. ed. reform. e atual. — São Paulo: Saraiva, 2013. – texto adaptado especialmente para esta prova).

Nas linhas 01 e 03, tem-se duas orações conectadas por locução conjuntiva que lhes confere determinado sentido. Assinale a alternativa que indica corretamente tal sentido.
Alternativas
Q2503636 Português
Triunfar na Vida


A história é um extraordinário mostruário onde aparecem, como cristais de cores que variam de tonalidade segundo a luz, as diferentes ideias que configuraram os estilos de vida do homem. Cada período tem seus parâmetros e, no caminho incessante da busca, os humanos regem-se por esses modelos, tratando de segui-los e obedecê-los, tanto quanto não fariam com nenhuma outra ideia que proviesse de outra fonte. O comumente aceito é lei e, de acordo com o transcurso dos tempos, há aceitações que tem mais valor do que leis.

Assim, em todo momento, o êxito foi uma meta, ainda que nem sempre tenha se considerado o êxito de igual maneira. O que assinalava o triunfo há um século, ou algumas décadas atrás, hoje pode bem parecer uma ideia desfocada e fora de moda, considerando que outras ambições tomaram o lugar das anteriores. Uma só coisa permanece: o desejo de sucesso, a necessidade de triunfar, a vontade de sermos aceitos e levados em consideração pelos demais, ajustando-nos à lei que faz do conjunto − nós e os demais − uma massa coerente na qual não se pode sobressair, nem sequer para encontrar esse sucesso por outros caminhos.

(...)

É evidente que não basta sonhar para converter-se em um triunfador. Temos que atuar, temos que saber desenvolver uma sã atividade fundamentada na vontade. Não atuar por atuar, mas sim elegendo as melhores e mais adequadas ações.

Não se deixar esmagar nunca pelos problemas, por mais difíceis que pareçam. Ao contrário, esforçar a imaginação para buscar saídas e soluções. Conceber as dificuldades como provas para a nossa inteligência e nossa vontade. E, na pior das hipóteses, converter os fracassos em novas oportunidades para voltar a começar.

(...)

Delia Steinberg Guzmán. Texto Adaptado.

https://www.acropole.org.br/autores/delia-steinbergguzman/triunfar-na-vida/
Em "Poderia parecer QUE a crise que sacode nossa civilização neste momento, em todos os rincões do planeta e em tantas frentes de expressão, é algo próprio de nosso tempo e apresenta uma grandeza excessiva", a palavra QUE, em destaque, deve ser classificada como:
Alternativas
Q2502944 Português
Triunfar na Vida


A história é um extraordinário mostruário onde aparecem, como cristais de cores que variam de tonalidade segundo a luz, as diferentes ideias que configuraram os estilos de vida do homem. Cada período tem seus parâmetros e, no caminho incessante da busca, os humanos regem-se por esses modelos, tratando de segui-los e obedecê-los, tanto quanto não fariam com nenhuma outra ideia que proviesse de outra fonte. O comumente aceito é lei e, de acordo com o transcurso dos tempos, há aceitações que tem mais valor do que leis.

Assim, em todo momento, o êxito foi uma meta, ainda que nem sempre tenha se considerado o êxito de igual maneira. O que assinalava o triunfo há um século, ou algumas décadas atrás, hoje pode bem parecer uma ideia desfocada e fora de moda, considerando que outras ambições tomaram o lugar das anteriores. Uma só coisa permanece: o desejo de sucesso, a necessidade de triunfar, a vontade de sermos aceitos e levados em consideração pelos demais, ajustando-nos à lei que faz do conjunto − nós e os demais − uma massa coerente na qual não se pode sobressair, nem sequer para encontrar esse sucesso por outros caminhos.

(...)

É evidente que não basta sonhar para converter-se em um triunfador. Temos que atuar, temos que saber desenvolver uma sã atividade fundamentada na vontade. Não atuar por atuar, mas sim elegendo as melhores e mais adequadas ações.

Não se deixar esmagar nunca pelos problemas, por mais difíceis que pareçam. Ao contrário, esforçar a imaginação para buscar saídas e soluções. Conceber as dificuldades como provas para a nossa inteligência e nossa vontade. E, na pior das hipóteses, converter os fracassos em novas oportunidades para voltar a começar.

(...)

Delia Steinberg Guzmán. Texto Adaptado.

https://www.acropole.org.br/autores/delia-steinbergguzman/triunfar-na-vida/
Indique a alternativa que demonstre a justificativa correta para o uso da crase no trecho a seguir:

Locução Conjuntiva."... ajustando-nos à lei que faz do conjunto − nós e os demais − uma massa coerente na qual não se pode sobressair, nem sequer para encontrar esse sucesso por outros caminhos."
Alternativas
Q2502260 Português

Oito bilhões de solitários 


    Recentemente, o mundo ultrapassou os 8 bilhões de habitantes. Inchamos o globo, mas nunca nos sentimos tão sozinhos. Somos oito bilhões de solitários. É uma multidão tão só, que a Organização Mundial da Saúde (OMS) determinou que ela, a solidão, é problema de saúde pública. Como Dengue, Aids, Covid e Malária.

    A estimativa da OMS é que um em cada quatro idosos experimente o isolamento social. Não se trata, porém, de uma questão etária. Entre 5% e 15% dos adolescentes sentem-se solitários. O efeito disso na mortalidade, diz o organismo das Nações Unidas, é comparável ao de tabagismo, obesidade e sedentarismo. Até 2030, a OMS abordará o isolamento social como um dos temas associados às quatro áreas de atuação que considera prioritárias para a década.

    Como chegamos a esse quadro? Que tipo de sociedade somos nós, que precisamos tratar a solidão no âmbito das políticas públicas, tal como se faz com habitação e saneamento básico? Os países da Grã-Bretanha foram os primeiros do mundo a adotar medidas governamentais para enfrentar a solidão, em 2018. O pouco sucesso da política estimulou a Fundação de Saúde Mental do Reino Unido a publicar, quatro anos depois, sugestões de abordagens, com foco nas minorias que, segundo uma pesquisa interna, são as mais afetadas pela falta de conexões sociais. A desigualdade econômica é outro fator de risco crucial para o isolamento, diz a fundação.

    O documento, que pretende embasar novas diretrizes, traz recomendações que vão da abordagem da solidão nos postos de trabalho à criação de espaços verdes, propícios ao convívio social. Da cultura à educação, passando por saúde, economia e seguridade, o guia enfatiza a complexidade do enfrentamento àquela que o compositor Paulinho da Viola tão acertadamente classificou como “lava que cobre tudo”.

    Na arte, aliás, sobra inspiração sobre o tema. Livros a respeito de pessoas solitárias têm se tornado fenômenos editoriais. Alguns dos mais recentes, como o sul-coreano “A inconveniente loja de conveniência”, de Kim Ho-yeon; o francês “O que resta de nós”, de Virginie Grimaldi; e o britânico “Os cem anos de Leni e Margot”, de Marianne Cronin, tornaram-se sucesso comercial no mundo todo. Em comum, há um roteiro simples: pessoas sós que se esbarram por acaso e encontram outro sentido na vida ao unirem suas solitudes.

    Provavelmente, músicas, livros e filmes sobre solidão não devem influenciar políticas públicas. Mas podem inspirar atitudes individuais no mundo de 8 bilhões de pessoas e 8,4 bilhões de celulares com acesso à internet (dado do Relatório de Mobilidade da Ericsson, 2022).

    “As estirpes condenadas a 100 anos de solidão não tinham uma segunda oportunidade sobre a terra” narra, sublimemente, o escritor colombiano Gabriel García Márquez. Fazer ou não parte dessas estirpes, como destaca a OMS, exige políticas complexas. Mas a arte também nos alenta: é algo a nosso alcance.


(Disponível em: https://www.correiobraziliense.com.br/. Acesso em: 23/02/2024.) 

Em todas as alternativas a seguir a palavra que é conjunção subordinativa substantiva subjetiva, EXCETO em: 
Alternativas
Q2501884 Português
Os pais encolhem com o tempo?


       Olho para o seu olhar. Busco perceber para onde mira. Confiro se sua passada está firme o bastante para não tropeçar na travessia. Não confio nos seus joelhos. Empresto os meus. Dou o braço, finco as solas no asfalto e caminho com ela, que antes era gigante, enorme, com a cabeça sempre nublada no alto das ideias e das preocupações.


          Agora, pequena, frágil, assim como o seu companheiro de décadas – ontem uma tempestade, hoje garoa fina acompanhada pelo som do rádio FM. São ambos estações transitórias; ela primavera, ele outono. Os pais encolhem com o tempo.


        “Cada vez mais eles estão parecendo crianças”, lê-se, ouve-se, vê-se por aí e por aqui tal comentário. Há quem o justifique com relatos concretos; ora, afinal já esquecem, os pais, de apagar a luz, de como manejar alguma ferramenta básica, de algumas palavras e seus significados, de manter o equilíbrio do corpo e a velocidade dos pensamentos, de aprender o novo que a cada dia se faz por meio de tecnologias, linguagem, imagens e afins.


       O comportamento começa a ser sempre infantilizado quando se apontam limitações e falta de preparo para viver com segurança no presente impaciente. Tudo sempre ligado ao corpo – e não à memória, lembrança, história –, como se ele, em absoluto, definisse a identidade social dos mais antigos. São corpos cansados, logo as mentes, os sentimentos e o saber também, pensam as crias, como se a corporalidade emoldurasse a grandeza da obra de uma vida toda, ainda vívida, importante ressaltar. Há quem veja por outra perspectiva menos limitante e mais constante o envelhecer dos seus e suas. O tempo cresce com os pais.


        Quando estudava sobre as concepções de pessoa e bases das identidades sociais de povos africanos pré-coloniais, deparei com a noção de senioridade dos iorubás. Em suma, o respeito às mais velhas não é fruto somente do cuidado com fragilidades físicas, em solidariedade – para não dizer piedade – com o corpo, a partir do corpo, como é frequentemente visto no ocidente. Esse respeito, que pode ser conhecido por meio de leituras não europeizadas a respeito das sociedades iorubanas, vem justamente da noção de que existe ancestralidade, sabedoria, liderança e que tais elementos não se resumem à visão ocidental de “poder, comando, governo, privilégio”.


      Muito pelo contrário, trata-se de responsabilidade com seu povo, um papel fundamental para a sobrevivência das gerações. Por essa razão – e tantas outras ligadas à senioridade – o respeito às antigas e aos antigos reflete a reverência à ancestralidade e à própria comunidade em que se vive. É um respeito que está para além do corpo “debilitado”. Trata-se de um respeito intangível, logo, indestrutível e atemporal.


       Sinto-me, por vezes, pai dos meus pais. Sou cada vez mais responsável por manter sua segurança, garantir que consigam se sustentar. E sinto-me bem, ainda que auto pressionado pela necessidade de renda, moradia, acesso à saúde, qualidade de vida que tanto falta. A realidade de quem é filho cuja herança foi o “Silva Santos” em muito é essa e a felicidade não poderia revelar-se de outra maneira senão quando conseguimos dar aos nossos “velhos” algo de que precisam ou, mais do que isso, algo que eles querem.


      Mãe, vó, pai, vô, se a cada ano se tornam mais “crianças”, o que nós, os ditos adultos – para eles eternos pivetes –, enxergamos diante de tal impressão? Prefiro eu o olhar de aprendizado perante quem do mundo sabe o essencial e não se curva diante das falsas complexidades impostas pela contemporaneidade.


     Se por “infantil” se limita apenas a percepção quanto a funções físicas de um corpo que está constantemente se transformando, perde-se a oportunidade única de compreender a passagem do tempo em seres que encolhem sem perder a grandeza. Seres que fazem do tempo o paradoxo de encolher para crescer definitivamente.

 
       Toda vez que dou meu braço para que mãe se apoie enquanto atravessamos a rua, também sou eu a me sentir seguro. De repente, duas crianças, em tempos diferentes, se arriscando a viver. 



(SANTOS, Veny. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/veny-santos/2024/04/os-pais-encolhem-com-o-tempo.shtml. Acesso em: 22 abr. 2024.)

Confiro se sua passada está firme o bastante para não tropeçar na travessia.


A ocorrência da palavra “se” no período acima se classifica como

Alternativas
Q2501250 Português

Tocando em frente

Almir Sater



Em relação aos aspectos gerais do texto, julgue o item.


Na linha 14, a troca de “que” por se manteria a classificação morfológica de conjunção para essa segunda palavra e conservaria o sentido original do texto.

Alternativas
Q2501168 Português
Até quando vamos ignorar o alerta da natureza?
Roberto Fonseca | 10/05/2024


        Tragédias não devem ser comparadas. São únicas na memória de uma nação. As imagens de cidades interior do Rio Grande do Sul, no entanto, nos fazem recordar de catástrofes que entraram para a história do mundo moderno, como a passagem do furacão Katrina pelos Estados Unidos e os tsunamis da Indonésia e do Japão, e até mesmo cenas de cidades bombardeadas, como ocorreu recentemente na Faixa de Gaza, na Ucrânia e na Síria.
        Como as águas do Guaíba ainda não baixaram na Grande Porto Alegre, onde está concentrada a maior parte da população do estado, é impossível se ter a exata dimensão dos danos. E nem é momento de se fazer contas. Agora, a prioridade é salvar vidas, ajudar no resgate de pessoas ilhadas e fazer chegar comida e água potável à população.
        É prematuro também se apontarem culpados. O volume que caiu de água na região nunca havia sido medido pelo homem — modelos meteorológicos indicam que a probabilidade é de um caso a cada 10 mil anos. A referência que existia, até então, era a enchente de 1941, que acabou superada com folga. Em Canoas, por exemplo, o sistema de proteção foi feito com base nos números de 83 anos atrás e mais de dois terços da cidade acabaram inundados.
        Mas erros nitidamente ocorreram, principalmente, por omissão. Em Porto Alegre, o professor Gean Paulo Michel, do Instituto de Pesquisas Hidráulicas (IPH), aponta que a falta de manutenção e a negligência dos entes públicos contribuíram para o colapso no sistema de contenção de água, independentemente dos valores gastos nos últimos anos.
        Outro ponto que precisa entrar no radar de toda a sociedade são os alertas dados pela ciência para a mudança climática em andamento. É preciso deixar teorias conspiratórias de lado [...]. As autoridades devem, sim, implementar medidas para prever os extremos ambientais. Eles estão cada vez mais recorrentes.
        A tragédia do Rio Grande do Sul nos serve como um lembrete cruel da fúria da natureza e da necessidade de estarmos preparados para o futuro. É fundamental investir em infraestrutura resiliente, aprimorar os sistemas de alerta precoce e implementar políticas públicas que levem a sério as mudanças climáticas. Acima de tudo, é preciso agir com urgência e responsabilidade para evitar que desastres dessa magnitude se repitam.
        O caminho para a reconstrução será longo e árduo, deve durar anos, mas a união e a solidariedade do povo gaúcho serão essenciais para superar essa fase difícil.

FONSECA, Roberto. Até quando vamos ignorar o alerta da natureza? Correio Braziliense, 10 de maio de 2024. Disponível em: https://www.correiobraziliense.com.br/opiniao/2024/05/6 854195-alerta-para-o-futuro.html. Acesso em: 11 mai. 2024. Adaptado.
O vocábulo “como” que inicia o segundo parágrafo do texto confere ao referido trecho um sentido de:
Alternativas
Respostas
581: B
582: C
583: B
584: E
585: E
586: A
587: A
588: B
589: C
590: B
591: A
592: D
593: B
594: C
595: A
596: B
597: A
598: B
599: E
600: A