Questões de Português - Crase para Concurso
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A crase é o fenômeno sintático definido como fusão de duas vogais iguais. A ocorrência da crase é marcada com o uso do acento grave, sendo assim assinale a alternativa que apresente o uso CORRETO da mesma.
“A crase não foi feita para humilhar ninguém”
(Ferreira Gullar, 2011, em artigo no jornal Folha de S. Paulo).
Quanto ao uso da crase, marque a frase correta.
São Jerônimo usava sinais e símbolos que faziam .... vezes de ponto, ..... indicar o início de um novo parágrafo, fazendo com que o leitor atentasse ..... unidade de sentido de uma frase.
Preenchem as lacunas da frase acima o que se encontra em:
Um ambiente arrumado traz grandes mudanças às vidas das pessoas, o que pode incluir relacionamentos e âmbito profissional.
O autor empregou “às” de acordo com a seguinte regra:
Nos enunciados a seguir, alguns dos acentos indicativos de crase, foram retirados propositalmente em função da questão. Leia-os:
I. A união faz a força. (Provérbio popular)
II. “Porque Deus dá a sabedoria, e da sua boca vem a inteligência e o entendimento.” (Provérbios, 2.6)
III. “Existe gente alérgica a luz solar”? (http://mundoestranho.abril.com.br)
IV. “O etanol produzido a partir da cana-de-açúcar é capaz de reduzir cerca de 70% das emissões de CO2 na atmosfera se usado em substituição a gasolina.” (Superinteressante, jan, 2016, p.3)
Podemos deduzir que:
Instrução: As questões de números 01 a 10 referem-se ao texto abaixo. Os destaques ao longo do texto estão citados nas questões.
As máquinas inteligentes e suas regras
01---------Em 1950, o cientista Alan Turing (1912-1954) criava um experimento que entraria para a
02--história. No famoso Teste de Turing, descrito no artigo Computing Machinery and Intelligence, o
03--britânico propunha que um computador e um humano respondessem ____ mesmas perguntas.
04--Caso o interrogador não conseguisse diferenciá-los, a máquina passava no teste, provando a sua
05--inteligência. Com sua validade questionada pela comunidade científica de hoje, o experimento
06--trouxe ____ tona uma indagação perturbadora: a máquina superará o ser humano? Passadas
07--mais de cinco décadas, a questão ainda ressoa na esfera pública, principalmente devido à
08--automação de atividades cotidianas, do transporte ao cuidado de idosos e crianças.
09---------Entu__iasta dos avanços tecnológicos, o docente do Instituto de Informática da
10--Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Edson Prestes, defende que a revolução robótica em
11--curso trará muitos benefícios. Porém, a sociedade civil precisa estar atenta, zelando pela
12--manutenção dos direitos humanos. “É consenso que robôs coe__istirão com os homens nos mais
13--variados ambientes, com as mais variadas funções. Eles impactarão certamente as nossas vidas.
14--A questão que é necessária responder é: de que forma? Se desenvolvermos robôs sem qualquer
15noção ética, certamente o impacto será negativo”, ressalta.
16---------O pesquisador integra a Global Initiative for Ethical Considerations in Artificial Intelligence
17--and Autonomous Systems, iniciativa que reúne especialistas de todo o globo para debater os
18--desafios da inteligência artificial. Essa discussão já toma forma com o desenvolvimento dos carros
19--autônomos, que não necessitam de motorista. Nos últimos dez anos, empresas de tecnologia,
20--como o Google e a Apple, e as tradicionais montadoras têm investido no setor, em uma corrida
21--para chegar ao mercado. Mais do que um benefício para quem não gosta de guiar, a promessa é
22--que esses veículos sejam mais seguros. Segundo estudo da consultoria McKinsey & Company, os
23--carros autônomos poderiam reduzir em 90% o número de acidentes, os quais são causados nos
24--dias de hoje principalmente por falhas humanas como e__esso de velocidade, consumo de álcool
25--e fadiga.
26---------Imune _____ distrações, os novos automóveis trariam benefícios inegáveis. No entanto, há
27--um fator que torna a equação um pouco mais complexa: o acaso. Como o veículo agirá se, por
28--exemplo, um pedestre aparecer de repente em seu percurso? Atropelará ____ pessoa ou desviará
29--para outro local pondo a vida do passageiro em risco? Segundo o gerente de estratégia da Ford,
30--Luciano Driemeier, situações como essas exigiriam a criação de normas de conduta. “O código de
31--ética é uma questão de toda a indústria. Precisamos de abordagens e discussões consistentes, e
32--de todas as partes interessadas – incluindo governo, indústria automobilística, suprimentos,
33--companhias de seguros e grupos de defesa dos consumidores”, afirma.
34---------O físico, astrônomo e docente da universidade norte-americana Dartmouth College,
35--Marcelo Gleiser, concorda que o padrão de conduta dos veículos autônomos deve ser discutido por
36--grupos multidisciplinares, incluindo filósofos especializados em ética. “A boa notícia é que, dada a
37--imparcialidade da máquina, muito provavelmente a melhor decisão será salvar o maior número de
38--vidas possível”, comenta. Esse fator também é ressaltado pelo gerente de projetos da BMW,
39--Henrique Miranda. Ele argumenta que, ao contrário do motorista, a máquina não age “por instinto
40--de sobrevivência”. “O objetivo da tecnologia não é escolher entre vidas, mas proteger todas as
41--vidas”, afirma.
42---------Para que esses carros possam ser inseridos no mercado, também será necessário criar
43--novas leis. Atualmente, por exemplo, ainda não há uma definição clara de quem seria
44--responsabilizado – a empresa ou o passageiro – caso o veículo provoque um acidente.
45--Recentemente, o governo alemão deu o primeiro passo nesse sentido, anunciando uma série de
46--diretrizes relacionadas ao uso de carros autônomos. Outras nações devem seguir o exemplo,
47--e__pandindo a regulamentação para outras áreas. “Diversos grupos em universidades já estão
48--discutindo que regras deveriam guiar o trabalho dos robôs. Afinal, se conseguirmos de fato
49--construir máquinas inteligentes, como garantir que elas seguirão nossas regras e não as delas?”,
50--indaga Gleiser.
(Fonte: Mariana Tessitore – Revista da Cultura – Disponível em:
https://www.livrariacultura.com.br/revistadacultura/reportagens/etica-e-tecnologia - adaptação)
Considerando o emprego do acento indicativo de crase, assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas presentes nas linhas 03, 06, 26 e 28.
Leia o texto a seguir e responda às questões de 1 a 20:
Mercado de trabalho em crise: como se tornar um profissional mais competitivo?
Por Brasil Econômico | 03/03/2017
Segundo projeções, desemprego atingirá mais 1,2 milhão de pessoas ao fim de 2017 no Brasil; para especialista, ações podem ajudar a manter cargo
Com um mercado de trabalho cada vez mais acirrado, quem já está empregado se esforça para garantir que tudo permaneça como está. Para o CEO da Thomas Case & Advogados, Norberto Chadad, podemos adotar algumas medidas para nos tornarmos profissionais mais competitivos. Segundo ele, algumas atitudes podem ser "essenciais para a manutenção de seu emprego e, ao mesmo tempo, faz o profissional competitivo no caso de participação em algum processo seletivo".
1) Mantenha-se atualizado
Ficar em dia com as novas ferramentas em gestão de negócios e planejamento chega a ser um paradoxo, pois a própria crise faz os profissionais terem pouco tempo disponível por conta do excesso de trabalho. Como consequência, são obrigados a agir com soluções sem nenhuma organização prévia. "É preciso bom senso, manter-se atualizado e conseguir resultados com as novas ferramentas", explica Chadad, ao lembrar que o segredo não está apenas em fazer o trabalho diário que é pedido, mas analisar exeplos [sic] e dados que possam ajudar a dar propostas interessantes à empresa.
2) Busque as ferramentas apropriadas
É preciso avaliar as ferramentas que melhor se identificam com os negócios da empresa que você trabalha ou pretende trabalhar. O objetivo é simplificar a rotina do local tornando as atividades diárias mais ágeis, ao mesmo tempo em que erros são evitados e os custos com infraestrutura são reduzidos.
3) Visão moderna
Segundo Chadad, a burocracia pode atrapalhar a fluidez das atividades de uma empresa. O profissional que consegue simplicar [sic] este fluxo pode se destacar. Para isso, é necessário estar aberto para inovações que possam romper com hábitos da empresa. "O fato da política da empresa e da metodologia nos departamentos sempre terem dado certo não significa que não se possa inovar nas estratégias para minimizar custos e potencializar os benefícios", explica.
4) Fomente a criatividade
Sempre que algo novo vier à sua mente, avalie a ideia com carinho, pois pode ser útil para o seu trabalho. Chadad lembra que incertezas estão presentes em todo momento de crise e afirma que devemos lidar com elas. "Tire proveito da crise para crescer profissionalmente. Seja um bom observador, procure conhecer bem os seus parceiros, e analise, em caso de corte de pessoal, qual o perfil dos que foram demitidos".
5) Adquira novas competências
Chadad recomenda a [sic] três aquisições importantes para manter a competitividade no mercado de trabalho. "A primeira é dedicar algum tempo no comportamento que envolve a Inteligência Emocional", explica. Segundo ele, é importante dedicar um tempo ao autoconhecimento e planejamento pessoal.
Em seguida, o consultor indica o aprendizado de novos idiomas, "seja para fazer algum intercâmbio ou para usar no seu atual trabalho". Por fim, procure conhecimentos técnicos, como softwares de gestão empresarial, por exemplo. "O domínio dessas ferramentas pode tornar seu trabalho ou seu currículo eficiente, tornando-o um profissional mais versátil e competitivo".
Fonte: Brasil Econômico. Disponível em: < http://economia.ig.com.br/2017-03-03/mercado-trabalho.html
No trecho da frase: “[...] dados que possam ajudar a dar propostas interessantes à empresa.”, o uso da crase ocorre porque:
Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas do texto abaixo (adaptado de O Globo, 10/05/2017), na ordem em que aparecem:
“Foram comparadas _______________ condições ali com _________________ da polêmica prisão americana na Baía de Guantânamo, em Cuba.”
Eu sei, mas não devia
Marina Colassanti
Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia
A gente se acostuma a morar em apartamentos de fundos e a não ter outra vista que não as janelas ao redor. E, porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora. E, porque não olha para fora, logo se acostuma ___ não abrir de todo as cortinas. E, porque não abre as cortinas, logo se acostuma a acender mais cedo a luz. E, ___ medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão.
A gente se acostuma a acordar de manhã sobressaltado porque está na hora. A tomar o café correndo porque está atrasado. A ler o jornal no ônibus porque não pode perder o tempo da viagem. A comer sanduíche porque não dá para almoçar. A sair do trabalho porque já é noite. A cochilar no ônibus porque está cansado. A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia.
A gente se acostuma a abrir o jornal e a ler sobre a guerra. E, aceitando a guerra, aceita os mortos e que haja números para os mortos. E, aceitando os números, aceita não acreditar nas negociações de paz. E, não acreditando nas negociações de paz, aceita ler todo dia da guerra, dos números, da longa duração.
A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: hoje não posso ir. A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta. A ser ignorado quando precisava tanto ser visto.
A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o de que necessita. E a lutar para ganhar o dinheiro com que pagar. E a ganhar menos do que precisa. E a fazer fila para pagar. E a pagar mais do que as coisas valem. E a saber que cada vez vai pagar mais. E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com que pagar nas filas em que se cobra.
A gente se acostuma a andar na rua e ver cartazes. A abrir as revistas e ver anúncios. A ligar a televisão e assistir ____ comerciais. A ir ao cinema e engolir publicidade. A ser instigado, conduzido, desnorteado, lançado na infindável catarata dos produtos.
A gente se acostuma ____ poluição. ____ salas fechadas de ar condicionado e cheiro de cigarro. À luz artificial de ligeiro tremor. Ao choque que os olhos levam na luz natural. Às bactérias da água potável. À contaminação da água do mar. À lenta morte dos rios. Se acostuma a não ouvir passarinho, a não ter galo de madrugada, a temer a hidrofobia dos cães, a não colher fruta no pé, a não ter _________ uma planta.
A gente se acostuma ____ coisas demais, para não sofrer. Em doses pequenas, tentando não perceber, vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta acolá. Se o cinema está cheio, a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço. Se a praia está contaminada, a gente molha só os pés e ____ no resto do corpo. Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana. E se no fim de semana não ____ muito o que fazer, a gente vai dormir cedo e ainda fica satisfeito porque tem sempre sono atrasado.
A gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para preservar ____ pele. Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para esquivar-se da faca e da baioneta, para poupar o peito. A gente se acostuma para poupar a vida. Que aos poucos se gasta, e que, gasta de tanto acostumar, se perde de si mesma.
Assinale a alternativa que completa CORRETAMENTE as lacunas do texto, na ordem em que aparecem.
Instrução: As questões de números 01 a 10 referem-se ao texto abaixo. Os destaques ao longo do texto estão citados nas questões.
Seu aparelho de ar-condicionado está deixando o planeta mais quente
1 Sol, praia, calor. O Brasil é tipicamente conhecido por suas características tropicais. Apesar
2 disso, pouca gente nega um bom ar-condicionado em dias quentes. No verão do ano passado, a
3 venda desses aparelhos bateu recorde. Temos, atualmente, um total de 139 milhões de unidades
4 funcionando. Mas não é só o brasileiro que ama um friozinho artificial — Estados Unidos e Japão
5 detêm a maior parte dos exemplares mundiais. Porém, de acordo com um relatório divulgado pela
6 Agência Internacional de Energia (IEA), um irônico paradoxo foi confirmado: o aumento na
7 quantidade de aparelhos de ar-condicionado está deixando o mundo mais quente. No mundo, a
8 quantidade de ares-condicionados está concentrada em um pequeno número de países (nos
9 Estados Unidos, 90% das residências possuem). Mas à medida que a renda aumenta e as
10 populações crescem nas nações emergentes, especialmente em regiões quentes, o uso dos
11 aparelhos se torna cada vez mais comum. E as estatísticas provam: o funcionamento de ares-
12 condicionados e ventiladores já representa cerca de um quinto do total da eletricidade gasta em
13 edifícios de todo o mundo — ou 10% do consumo global.
14 Os números ficam cada vez mais exorbitantes: hoje, temos cerca de 1,6 bilhão de
15 aparelhos funcionando. Para 2050, a perspectiva é de impressionantes 5,6 bilhões. Considerando
16 também o crescimento populacional, na metade do século teremos uma estimativa de um ar-
17 condicionado para cada duas pessoas do mundo. E a demanda pelo uso de climatizadores vai
18 mais que triplicar: eles consumirão a mesma quantidade de energia que China e Índia juntas.
19 Ok, você já entendeu que temos muitos ares-condicionados pelo mundo. Mas voltemos à
20 questão principal: como eles estão tornando o planeta mais quente? Para começar, a população
21 usa “errado”. Os consumidores atuais não se preocupam em comprar aparelhos mais eficientes,
22 que gastem menos energia. A competência média dos exemplares comprados hoje é menos da
23 metade do que está normalmente disponível para venda, com cerca de um terço da tecnologia
24 dos mais eficientes. Isso pode se converter no fator econômico: geralmente os mais baratos são
25 mais simples. Mas a questão crucial é, lógico, a influência que esses bilhões de aparelhos exercem
26 na temperatura do planeta. As emissões de gases estufa liberados pelas usinas de carvão e gás
27 natural ao gerar eletricidade para os ares-condicionados quase dobrariam — de 1,25 bilhão de
28 toneladas em 2016 para 2,28 bilhões de toneladas em 2050. Essas emissões impactariam
29 significativamente o aquecimento global — o que aumentaria ainda mais a demanda por ar-
30 condicionado.
31 Sim, é um ciclo vicioso. O conforto tem um preço, e ele é bem alto. E o relatório cita
32 exemplos bem ilustrativos da situação: quanto mais aumenta a renda de uma família, cresce
33 também o número de eletrodomésticos como geladeiras e televisores. Esses aparelhos geram
34 calor, deixando o ambiente mais quente. Solução: comprar um ar-condicionado. E a maioria dos
35 ares-condicionados funcionam, em parte, “jogando” o ar quente para o lado de fora, também
36 tornando a vizinhança mais quente. Segundo estimativas, o aparelho pode elevar a temperatura
37 durante a noite em cerca de um grau Celsius em algumas cidades. Ou seja, se um número
38 suficiente de vizinhos comprar um ar-condicionado, a temperatura da sua casa pode aumentar a
39 ponto de você precisar fazer o mesmo.
40 Apesar do aparente caos cíclico sem solução, o relatório termina esperançoso. Ele fala
41 sobre o “Cenário de Refrigeração Eficiente”, um caminho que se baseia numa forte ação política
42 para limitar o uso de energia com a finalidade de resfriar os espaços. E, principalmente, fala sobre
43 investir em aparelhos mais competentes. Essa simples atitude pode reduzir a demanda futura de
44 energia pela metade — em comparação com as suposições feitas baseadas no consumo atual.
45 Também torna tudo mais barato: seguindo os padrões do Cenário de Refrigeração Eficiente, pode-
46 se reduzir os custos de investimento, combustíveis e outros gastos gerados por essa indústria do
47 frio em três trilhões de dólares até 2050. E, por último, esse cenário reduziria as emissões de
48 gases estufa pela metade. Ele está de acordo com os objetivos climáticos previstos no Acordo de
49 Paris. Então lembre-se, pelo bem do futuro do planeta, quando for comprar um ar-condicionado,
50 tenha certeza de que as especificações de eficiência são as melhores possíveis.
Texto especialmente adaptado para esta prova. Disponível em https://super.abril.com.br/ciencia/seu-aparelho-de-ar-condicionado-esta-deixando-o-planeta-mais-quente/. Acesso em 17 mai. 2018.
Analise as seguintes proposições relacionadas ao emprego do acento indicativo de crase:
I. Na frase “à medida que a renda aumenta e as populações crescem nas nações emergentes” (l. 09-10), a crase está corretamente empregada, assim como ocorre com a locução adverbial “à jusante”.
II. Se na frase “mas voltemos à questão principal” (l. 19-20) a palavra “voltemos” fosse substituída por “retomemos”, a crase deveria ser mantida.
III. Se na frase “Essa simples atitude pode reduzir a demanda futura de energia pela metade” (l. 43-44) o verbo “reduzir” fosse substituído por “diminuir”, não haveria, igualmente, utilização de crase.
Quais estão corretas?
Leia a seguinte frase:
“Diga ______ Sua Excelência que não tenho nada _____ acrescentar _______ palavras que já disse.”
Marque a alternativa que preenche correta e respectivamente as lacunas, de acordo com a norma culta:
O emprego do acento grave indicativo de crase está correto em:
Leia o texto abaixo e responda às questões propostas.
asdasdPrometi escrever mais sobre a descriminalização das drogas. Começo com uma observação: é complicado liberar a venda e o consumo de drogas em um só país pobre como o Brasil, que em pouco tempo se tornaria – mais do que já é – um entreposto do tráfico internacional. Mas talvez não: se a droga fosse um produto comercializável como qualquer outro, sua circulação para fora do país estaria sujeita a controles alfandegários regulares, centralizados pelo Governo Federal, e não mais pelo crime organizado.
asdasdHá um argumento moral contra a legalização. [Mas] não é possível proibir o uso de droga por razões morais com uma mão ao mesmo tempo em que se cultiva a atitude subjetiva típica das drogadições com a outra. É difícil convencer um adolescente de que o uso de drogas vai prejudicar sua vida quando a única porta que a sociedade oferece para sua entrada na vida adulta é a porta do consumo – não de objetos, mas sobretudo de imagens, todas elas associadas a sensações alucinantes, emoções avassaladoras e prazeres transgressivos. Alguns anúncios de automóvel dirigidos a adolescentes não “vendem” as vantagens legais de andar de automóvel. Vendem a velocidade acima dos limites, a farra da galera e o prazer sacana de deixar os outros para trás. Vendem exibicionismo, exclusão (do outro), transgressão e “barato”. Várias propagandas de cerveja, de vodca e das novas Ices vendem, sem nenhum pudor, as alucinações ligadas ao consumo de álcool. Que moral tem uma sociedade assim para coibir a droga?
asdasdOutro argumento é de saúde pública. A droga pode matar. O vício pode inutilizar muita gente para os estudos e para o mercado de trabalho. Mas o mercado de trabalho não aproveita nem metade das forças a sua disposição e a rede pública escolar deixa de fora milhares de crianças e jovens que nunca se drogaram. O tráfico emprega e paga bem. A revista Reportagem de janeiro publicou pesquisa do Instituto Brasileiro de Inovações em Saúde Social (IBISS) mostrando que o tráfico nas favelas do Rio de Janeiro emprega hoje mais de 12 mil jovens de até 18 anos, contra pouco mais de 3 mil ocupados no mercado regular de trabalho. Para essas pessoas que estão sempre sobrando, o tráfico e o crime organizado não são um problema: são a grande solução. E a ilegalidade faz das drogas um produto de luxo, aumentando os lucros e o poder paralelo dos traficantes, além de alimentar as conexões do tráfico com outros setores do crime organizado.
asdasdPor fim, a criminalização da droga faz com que outras pessoas, que não o usuário, arquem com as consequências da drogadição nacional. É claro que os abusos no uso das drogas são um problema de saúde pública. Mas são casos-limite. Hoje, morre muito mais gente na guerra do tráfico – inclusive inocentes, crianças e trabalhadores atingidos por balas perdidas – do que de overdose. Há muito mais vidas de brasileiros desperdiçadas nos presídios, de onde poucos saem sociabilizados, do que nas clínicas de recuperação de drogados. O crime e o tráfico no Brasil são problemas de saúde pública. Mas também o alcoolismo, perfeitamente legal. E o abuso de cigarros.
(KEHL, Maria Rita. O Globo, Rev.Época : 31/03/2003, p. 28.)
Na tentativa de reescrita do termo destacado em: “...todas elas associadas A SENSAÇÕES ALUCINANTES...” (§ 2), usa-se obrigatoriamente o acento grave no A de:
Linguistas preveem que metade das mais de 6 mil línguas faladas no mundo desaparecerá em um século – uma taxa de extinção que supera as estimativas mais pessimistas quanto ______ extinção de espécies biológicas. Há até conexão entre a diversidade linguística e a biodiversidade: os países com a maior diversidade biológica têm em geral também a maior diversidade linguística. Tanto que a UNESCO propôs, por analogia com a palavra “biosfera”, o termo “logosfera” para o conjunto de línguas do mundo.
Segundo a entidade, 96% da população mundial fala só 4% das línguas existentes. E apenas 4% da humanidade partilha o restante dos idiomas, metade dos quais se encontra em perigo de extinção. Entre 20 e 30 idiomas desaparecem por ano – uma média de uma língua a cada duas semanas.
A menos que cientistas e líderes políticos façam um esforço mundial para deter o declínio das línguas locais, provavelmente 90% da atual diversidade linguística da humanidade se extinguirá.
A perda de línguas raras é lamentável por várias razões. Em primeiro lugar, pelo interesse científico que despertam: algumas questões básicas da linguística estão longe de estar inteiramente resolvidas. E essas línguas ajudam ______ saber quais elementos da gramática e do vocabulário são realmente universais, isto é, resultantes das características do próprio cérebro humano.
A ciência também tenta reconstruir o percurso de antigas migrações, fazendo um levantamento de palavras emprestadas, que ocorrem em línguas sem qualquer parentesco. Afinal, se línguas não aparentadas partilham palavras, então seus povos estiveram em contato em algum momento.
Quando uma língua morre, perde-se para sempre uma peça desse intrincado quebra-cabeça. Perde-se também o saber específico de uma cultura e uma visão de mundo única. Um comunicado do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) diz que “o desaparecimento de uma língua e de seu contexto cultural equivale a queimar um livro único sobre a natureza”. Afinal, cada povo tem um modo único de ver a vida.
http://revistalingua.com.br/textos/... - adaptado
Assinalar a alternativa que preenche as lacunas do texto CORRETAMENTE:
Texto para as questões de 1 a 7.
1 __ Na era da informação e de uma economia cada vez
mais global, as novas descobertas tecnológicas se superam
em uma velocidade sem precedentes na história. Nesse
4 cenário, os desafios e as exigências que o mercado apresenta
aos profissionais de radiologia e às instituições de saúde
requerem flexibilidade e capacidade de absorção rápida
7 das inovações do setor. Assim, o técnico em radiologia deve
investir no constante aprendizado para o manejo das novas
tecnologias, levando em consideração a evolução
10 permanente dos processos na medicina diagnóstica. Nesse
contexto, a aquisição de expertise na radiologia digital é
fundamental, já que a substituição do filme radiográfico pela
13 representação computadorizada facilita o trabalho do
profissional em diversas vertentes, tais como: a possibilidade
de ajustes (contrastes) ou ampliação de imagens; o
16 armazenamento das imagens em nuvem, que permite sua
visualização por meio de qualquer dispositivo com acesso à
Internet; e o compartilhamento das imagens digitalizadas
19 entre outros profissionais (mesmo que estejam fora das
instituições), que facilita o processo de tomada de decisão.
Além disso, os avanços tecnológicos na área da radiologia
22 favorecem a redução significativa da dose de exposição dos
pacientes à radiação, a diminuição de custos, devido à
eliminação de filmes radiográficos, a diminuição dos danos
25 socioambientais provocados pelo uso do filme e de
reveladores químicos e a redução do tempo de espera para a
emissão de laudos e para a realização de diagnósticos. A
28 tecnologia permite ainda a elaboração de laudos por
reconhecimento de voz e a organização automática na
distribuição de equipamentos e salas ociosas (benefícios dos
31 sistemas de gestão, geração de laudos, armazenamento e
compartilhamento de imagens).
Internet: <http://www.mv.com.br/>(com adaptações).
No que diz respeito ao emprego do sinal indicativo de crase no texto, assinale a alternativa correta.
Texto para as questões de 01 a 10
Sobre vacas, bernes e política
ERA UMA vez uma vaca feliz, saudável e bonita. Mas nem tudo é perfeito. A vaca tinha hóspedes. Alguns bernes se hospedaram nela e alimentavam-se da sua carne. Mas os bernes eram poucos e pequenos... A vaca e os bernes viviam em paz.
Aconteceu, entretanto, que os bernes começaram a se multiplicar. Os bernes aumentavam, mas a vaca não aumentava, confirmando a lei de Malthus que disse que os alimentos crescem em razão aritmética enquanto as bocas crescem em razão geométrica. O couro da vaca se encheu de calombos que indicavam a presença dos bernes.
Mesmo assim a vaca continuava saudável. Ela tinha muita carne de sobra. Foi então que uma coisa inesperada aconteceu: alguns bernes sofreram uma mutação genética e passaram a crescer em tamanho. Foram crescendo, ficando cada vez maiores, e com uma voracidade também cada vez maior.
Os vermes magrelas ficaram com inveja dos vermes grandes e trataram de tomar providências para que eles crescessem também. O corpo da pobre vaca passou a ser uma orgia de crescimento. Os bernes só falavam numa coisa: "É preciso crescer!" Mas a vaca não crescia. Ficava do mesmo tamanho. De tanto ser comida pelos bernes, a vaca ficou doente. Emagreceu. Mas os bernes nada sabiam sobre a vaca em que moravam. Para ver a vaca seria preciso que eles estivessem fora da vaca. Mas os bernes estavam dentro da vaca. Assim, não percebiam que sua voracidade estava matando a vaca.
A vaca morreu. E com ela morreram os bernes. Fizeram autópsia da vaca. O relatório do legista observou que os bernes mortos eram excepcionalmente grandes, bem nutridos, muitos deles chegando à obesidade.
James Lovelock é um cientista que sugeriu que a nossa Terra é um organismo vivo, como a vaca da parábola. Sendo uma coisa viva ela pode ter saúde ou ficar doente. Sua conclusão é que nós, os bernes, já estragamos a Terra, nossa vaca, além de qualquer possibilidade de cura. A Terra está doente. O crescimento das nações está provocando profundas mudanças climáticas irreversíveis: a atmosfera está se aquecendo, as geleiras estão derretendo, a poluição do meio ambiente aumenta, acontecem catástrofes naturais numa intensidade desconhecida. Esses são os sintomas dos estertores da nossa Terra destruída pela voracidade dos bernes. "E o pior está por acontecer", ele diz. "Ecossistemas inteiros serão extintos, e os sobreviventes terão de se adaptar a um clima infernal...”
(RUBEM ALVES - Folha de S.Paulo, caderno Mais, 22/ 01/06, pág. 9).
Analise as proposições abaixo, adaptadas do texto:
I. A voracidade dos bernes foi prejudicial ______ nações.
II. Alguns bernes criaram condições próprias _______ sua mutação genética
III. As transformações dos bernes magrelas foram rapidamente se assemelhando ________ que os bernes bem nutridos passaram.
IV. Conhecia muito bem aquelas nações _______ que tanto se referiam.
Em relação ao uso do sinal indicador da crase, assinale a alternativa que contém a sequência CORRETA, que completa as lacunas de cima para baixo, de acordo com a norma culta da gramática da língua portuguesa.
Assinale a alternativa cujas formas completam corretamente, obedecendo à ordem, os espaços das proposições a seguir.
I – Fui ____ Holanda conhecer os famosos moinhos de vento.
II – A aluna começou _____ falar desesperadamente.
III – Todos saíram ____ 20 horas.
IV – Esta prova não pode ser feita _____ lápis.
V – O técnico fez referência _____ jogadoras do time profissional.
As escolas deveriam ensinar os alunos a falhar
Até os erros têm sua função: ensinar às crianças
como lidar com desafios e dificuldades.
Será que só tirar notas dez na escola é garantia de sucesso na vida adulta?
Você sabe como funciona a escola: tire notas boas e todos os professores vão gostar de você, te elogiar e exclamar o tempo todo que você tem um futuro brilhante. Agora, tire notas ruins ou ande um pouco fora da linha. Automaticamente, você vira o baderneiro da turma, o desatento que nunca será ninguém na vida.
Será mesmo?
Tony Little, especialista em educação e ex-diretor de uma das escolas particulares mais famosas do Reino Unido (a Eton, que já formou 19 primeiros-ministros e membros da família real), pensa justamente o contrário. Segundo ele, alunos precisam passar por experiências de falha na escola, para que tenham mais chances de se reerguer em situações mais delicadas na vida adulta. “Não é só ter a experiência de falhar, mas de poder fazê-lo em um ambiente seguro, para que a experiência possa ensinar algo”, disse o ex-diretor no Fórum Global de Educação e Habilidades, em Dubai.
Ou seja, ser sempre popular, só tirar notas boas e nunca sofrer na escola não ajuda ninguém a crescer de verdade. Sem ter de lidar com derrotas, eles não desenvolvem a habilidade para enfrentar dificuldades. “Eles nunca tiveram nada significante para combater”, disse Little.
A declaração de Little, na verdade, já foi cientificamente comprovada. Em 2014, um estudo americano concluiu que determinação e força de vontade, em momentos de dificuldade, ajudam a encarar desafios.
Outro experimento, dessa vez de pesquisadores de Singapura, dividiu 75 adolescentes: o primeiro grupo teve aulas normais com a fala de um professor e terminava com exercícios; já o segundo precisou resolver, em grupos pequenos e sem muita ajuda do professor, problemas bem mais complexos. O segundo grupo, depois de muitos erros, recebia orientação de um professor e, surpresa: tiveram resultados muito melhores do que a outra turma.
O estudo concluiu que, ao falhar, os alunos ativam uma parte do cérebro que possibilita um aprendizado mais profundo. É que eles precisam organizar e analisar mentalmente três coisas: o que já sabem, as limitações daquele conhecimento e, principalmente, o que não sabem. Ou seja: errar, além de ser humano, é muito mais eficaz no processo de aprendizagem.
POR Helô D’Angelo ATUALIZADO EM 17/03/2016 Fonte: http://super.abril.com.br/cotidiano/as-escolas-deveriam-ensinar-os-alunos-a-falhar-1
Assinale a alternativa em que a crase foi empregada corretamente.
TEXTO 1
1--O senhor é favorável à redução da diferença do tempo de aposentadoria entre homens e mulheres para três anos?
2--Defendo a ideia de que no caso da mulher haja uma pequena diferença. Agora, há algo interessante. A Constituição prevê o
3--somatório de duas condições: idade e tempo de contribuição. Está escrito lá: na Previdência, você só pode se aposentar se
4--reunir duas condições. A primeira: 65 anos, se homem, e 60 anos, se mulher. A segunda: 35 anos de contribuição, se homem, e
5--30 anos, se mulher. Agora, não sei o que aconteceu que, com o tempo, se entendeu que isso era uma alternativa e não um
6--somatório das duas condições.
...
Analise, no fragmento de texto abaixo transcrito, extraído da parte introdutória da entrevista com o presidente interino Michel Temer (Veja, 06/07/16), todas as situações de emprego da crase:
...
TEXTO 2:
..
1--“De segunda à sexta, o peemedebista continua morando no Jaburu, o belo palácio que Oscar Niemeyer projetou para parecer
2--“uma casa de fazenda”, e que lembra mesmo uma, mais ainda quando as galinhas que ciscam à beira do lago comparecem de
3--surpresa às reuniões que o presidente em exercício faz na sala envidraçada voltada para o jardim. Lá, em entrevista a Veja, ele
4--defendeu as privatizações de tudo “o que for possível”, revelou ser contrário à criação de normas para “disciplinar” as delações
5--premiadas, mas [...]”. Ao comentar a possibilidade de o deputado Eduardo Cunha renunciar à presidência da Câmara, contou
6--que o aconselhou a “meditar a respeito”.
Assinale a alternativa em que o uso da crase ocorre pelo mesmo motivo do uso feito na pergunta presente no Texto 1: O senhor é favorável à redução do tempo de aposentadoria entre homens e mulheres?
Assinale a alternativa que completa corretamente a frase abaixo.
Após ____ reunião, todos fomos ____ sala ao lado, para assistir ____ apresentação do nosso projeto.