Questões de Concurso Sobre crase em português

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Q379060 Português
            TEXTO: Estado laico e liberdade religiosa

                        Em 12 de novembro último, o Ministério Público Federal ajuizou ação objetivando à retirada da expressão religiosa “Deus seja louvado” das cédulas do real. O argumento é a ofensa ao princípio do Estado laico, além da exclusão de minorias, ao promover uma religião em detrimento de outras. Outros instigantes debates a respeito do alcance da laicidade estatal e da liberdade religiosa têm chegado à Justiça, como o questionamento acerca do uso de símbolos religiosos (como crucifixos) em espaços públicos; de leis que autorizam excepcionalmente o sacrifício de animais em religiões de matriz africana; da realização de exames (como o Enem) em datas alternativas ao Shabat (dia sagrado para o judaísmo); da natureza do ensino religioso em escolas da rede pública, entre outros.

                        Ainda que a Constituição, em seu preâmbulo, faça expressa alusão a Deus (a Carta é promulgada “sob a proteção de Deus”), o mesmo texto constitucional veda à União, aos estados, ao Distrito Federal e aos municípios “estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança (...)” (artigo 19, I da Constituição). É daí que se extrai o princípio do Estado laico: a necessária e desejável separação entre Estado e religião no marco do estado democrático de direito.

                        De um lado, o princípio do Estado laico proíbe a fusão entre Estado e religião (como ocorrem nas teocracias), de modo a proteger a liberdade religiosa. Por outro, requer a atuação positiva do Estado no sentido de assegurar uma arena livre, pluralista e democrática em que toda e qualquer religião mereça igual consideração e respeito. A laicidade estatal demanda tanto a liberdade religiosa, como a igualdade no tratamento conferido pelo Estado às mais diversas religiões.

                        Isto porque confundir Estado com religião implica a adoção oficial de dogmas incontestáveis, que, ao impor uma moral única, inviabiliza qualquer projeto de sociedade aberta, pluralista e democrática. A ordem jurídica em um estado democrático de direito não pode se converter na voz exclusiva da moral de qualquer religião. Os grupos religiosos têm o direito de constituir suas identidades em torno de seus princípios e valores, pois são parte de uma sociedade democrática. Mas não têm o direito a pretender hegemonizar a cultura de um Estado constitucionalmente laico.

                        [...] O Brasil é considerado o maior país católico do mundo em números absolutos. Em 2000, os católicos representavam 74% da população (IBGE, Censo 2000). Em 2009, o universo de católicos correspondia a 68,5% da população brasileira (FGV, Novo Mapa das Religiões, 2011).

                        Neste contexto, iniciativas como a do Ministério Público Federal constituem uma importante estratégia para consolidar o princípio do Estado laico, endossando o dever do Estado de garantir condições de igual liberdade religiosa. Inspirado pela razão pública e secular, o estado democrático de direito não pode ser refém de dogmas religiosos do sagrado, mas deve garantir a diversidade de doutrinas religiosas, filosóficas e morais como condição da própria cultura pública democrática.

                        Flávia Piovesan [professora da PUC/SP e procuradora do estado] - fragmento Publicado em 29/11/12 - disponível em: http:// oglobo.globo.com/opiniao/estado-laico-liberdade-religiosa


A laicidade estatal demanda tanto a liberdade religiosa, como a igualdade no tratamento conferido pelo Estado às mais diversas religiões.

O emprego do acento grave, indicativo da crase, faz-se necessário emàs mais diversas religiões", e também é obrigatório em:
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Q377854 Português
TEXTO 1

            O certo é que os lixeiros são acolhidos como anjos e a sua tarefa de remover os restos da existência do dia anterior é circundada de um respeito silencioso, como um rito que inspira a devoção, ou talvez apenas porque, uma vez que as coisas são jogadas fora, ninguém mais quer pensar nelas.
            Ninguém se pergunta para onde os lixeiros levam os seus carregamentos: para fora da cidade, sem dúvida; mas todos os anos a cidade se expande e os depósitos de lixo devem recuar para mais longe; a imponência dos tributos aumenta e os impostos elevam-se, estratificam-se, estendem-se por um perímetro mais amplo. Acrescente-se que, quanto mais Leônia [a cidade] se supera na arte de fabricar novos materiais, mais substancioso torna-se o lixo, resistindo ao tempo, às intempéries, à fermentação e à combustão. É uma fortaleza de rebotalhos indestrutíveis que circunda Leônia, domina-a de todos os lados como uma cadeia de montanhas.

Ítalo Calvino. “As cidades contínuas” IN: As cidades invisíveis. Tradução de Diogo Mainardi. Rio de Janeiro: O Globo; São Paulo: Folha de São Paulo, 2003, pp. 109 - 110.

“resistindo ao tempo, às intempéries, à fermentação e à combustão.” Há crase, pois o verbo resistir exige complemento precedido pela preposição a. O mesmo ocorre em:
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Q377552 Português
“traz à tona uma triste realidade” (1º parágrafo).

Nessa locução adverbial, é obrigatório o uso de acento grave indicativo de crase. A crase também se torna indispensável em:
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Q377004 Português
No que se refere aos aspectos linguísticos e às ideias do texto acima, julgue os próximos itens.

O emprego do sinal indicativo de crase em “às lojas” (l.15) é facultativo, de modo que sua supressão não prejudicaria a correção gramatical do período
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Q375848 Português
O emprego do acento grave indicando crase NÃO está de acordo com a norma-padrão em:
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Q373870 Português
Assinale a opção que completa corretamente as lacunas do texto abaixo.

Produtividade é o que se busca na essência. Só houve racionalidade na indústria, depois de décadas de desperdício, depois que os computadores começaram __(1)__ser interligados uns aos outros. O nosso tempo, este da ampliação extraordinária da internet, onipresente e onisciente, é o melhor dos mundos para o salto de produtividade. Com a internet das coisas, estaremos aptos __(2)__ levantar informações detalhadíssimas, o que ajudará __(3)__ administrar melhor qualquer negócio e o tempo que __(4)__ para realizá-lo. Para entender como esse novíssimo movimento tecnológico transformará__(5)__sociedade,em todos os aspectos, basta olhar __(6)__ nossa volta, observar nossa casa e o escritório de trabalho. Quanto tempo se demora ajustando a temperatura do chuveiro antes de tomar banho? Ou enchendo de gasolina o tanque do carro? Pagando contas bancárias? Coma internet das coisas, não nos preocuparemos com nada disso. Os aparelhos que nos rodeiam, conectados entre si e programados para compreender os hábitos de seus donos, se encarregarão sozinhos de resolver __(7)__maior parte dos afazeres do dia a dia. Soa longínquo? Não é. __(8)__ hoje experiências interessantíssimas do bom uso da internet plugada em objetos.
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Q373857 Português
Imagem associada para resolução da questão

Em relação às estruturas linguísticas do texto, assinale a opção correta.
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Q373708 Português
Os próximos itens apresentam fragmentos adaptados de textos diversos. Julgue-os quanto à correção gramatical.

Após a promulgação da Constituição, em 15 de outubro de 1988, o país pode se reconhecer como um estado pleno de direito, em que todos são iguais perante às leis.
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Q373707 Português
Com base no conteúdo e nos elementos estruturais, de coesão e de coerência do texto, julgue o item a seguir.

Em “nem suas operações estão sujeitas a leis mecânicas" (l.23-24), o núcleo do complemento do vocábulo “sujeitas" poderia estar precedido de artigo (às leis), sem prejuízo para a correção gramatical e as informações do texto.
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Q373197 Português
FALTA DE NEUTRALIDADE NA WEB FARÁ INTERNAUTA PAGAR “MAIS PEDÁGIOS”

Após tantos anos de debate, deve ser ?nalmente votado o projeto do Marco Civil da Internet. Ao longo das discussões, tornou-se ainda mais óbvia a importância da internet como meio de expressão social: são 105 milhões de internautas no Brasil e cerca de dois bilhões no mundo.

Um dos pontos básicos do projeto – e o que mais está em risco – refere-se à neutralidade de rede. Parece um conceito reservado apenas à compreensão dos técnicos, distante dos interesses dos tantos milhões de internautas, mas é o oposto. Esta é a chave para a manutenção da internet livre e aberta como tem sido até agora. Se o tratarmos como um tema para experts, sem decifrar este “enigma”, corremos o risco de deixar os detentores da infraestrutura de banda larga (as empresas telefônicas) intervir como quiserem no livre ?uxo de criação de sites e dados, mudando assim o espírito da igualdade dos conteúdos, serviços e negócios inovadores na rede.

Não é tão complicado como parece. Os serviços e redes de telecomunicações funcionam como uma malha de ruas e estradas, por onde trafegam os “carros” (os internautas) por todos os sites disponíveis (conteúdos jornalísticos, de entretenimento, além de serviços como e-mails, redes sociais etc.). As empresas telefônicas cobram dos internautas para trafegarem na internet em diferentes velocidades, de acordo com o plano que cada um quer ou pode pagar.

Segundo pesquisa da Mesuring Information Society, hoje 45% dos lares brasileiros pagam mensalidades a estas empresas de banda larga. Até aí, tudo bem: atualmente, após pagar o “pedágio”, o internauta pode trafegar livremente pelas “estradas” que preferir, com acesso a todos os serviços e conteúdos. A regra da neutralidade de redes garante que as condições de acesso aos sites sejam iguais, sem privilégio a nenhum serviço ou conteúdo. A única limitação é o limite de velocidade contratado.

Mas as empresas telefônicas, além de cobrarem dos usuários pelo limite de velocidade, querem cobrar em função de onde e o que o carro está fazendo, ou seja, querem poder intervir também na navegação dos internautas e na sua liberdade de escolha dos conteúdos, favorecendo os seus parceiros ou os que puderem pagar mais.

Por meio de mudanças aparentemente sutis no texto original do relator, buscam alterar radicalmente o espírito da internet livre. Impor barreiras ou prioridades para o acesso a determinados conteúdos é limitar a liberdade de acesso à informação. É tornar a internet uma rede limitada. Com a neutralidade é possível ao internauta alugar um “carro” com o tamanho e potência de motor que escolher, sendo-lhe reservado o direito de ir e vir. Se o lobby das empresas telefônicas prevalecer, o carro alugado circulará apenas por determinados locais de?nidos por elas, ou então mediante o pagamento de mais pedágios.

Convém não esquecer também de outra questão colocada no Marco Civil, que é a retirada dos conteúdos da internet. Hoje, quem produz e divulga conteúdos responsabiliza-se por eles, inclusive em juízo.

Quando se trata de inserção de conteúdos em plataformas de terceiros, o responsável pela plataforma é obrigado a retirar do ar um conteúdo tão logo receba uma ordem judicial com esta determinação ou, mesmo sem ordem judicial, por violação de suas políticas de uso, como é o caso de conteúdos postados que tenham conotação evidentemente criminosa, como pedo? lia. Mas algumas instituições sugerem a retirada do conteúdo mediante o simples pedido de um interessado, sem que o responsável pela plataforma tenha segurança de estar agindo da forma justa e correta.

É como se a editora de livros fosse obrigada a retirar partes de uma publicação mediante a simples comunicação por um interessado que sequer precisa ter qualquer relação de propriedade intelectual com a matéria publicada. É necessário, neste ponto, aprofundar a discussão dos requisitos mínimos para retirada de um conteúdo antes que passe a vigorar tal dispositivo, de modo a não colocar em risco valores sociais inegociáveis, como a liberdade de expressão.

Espera-se que a Câmara exerça a sua função de forma independente de interesses econômicos desmesurados, de modo que tal lei represente a vontade da sociedade, especialmente dos internautas, em prol da neutralidade. Só assim teremos a proteção de todos contra interferências das operadoras de telecomunicações no conteúdo que acessamos, sejam jornalísticos ou vídeos, redes sociais, e-mails, comércio eletrônico etc. Não vamos deixar que as empresas de telecomunicações restrinjam o desenvolvimento da internet.

EDUARDO F. PARAJO
(Adaptado de http://tecnologia.uol.com.br/)



“Um dos pontos básicos do projeto – e o que mais está em risco – refere-se à neutralidade de rede”. A mesma regra para o emprego do acento grave é observada em:
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Q372865 Português
                                                         XÓPIS

        Não foram os americanos que inventaram o shopping center. Seus antecedentes diretos são as galerias de comércio de Leeds, na Inglaterra, e as passagens de Paris pelas quais flanava, encantado, o Walter Benjamin. Ou, se você quiser ir mais longe, os bazares do Oriente. Mas foram os americanos que aperfeiçoaram a ideia de cidades fechadas e controladas, à prova de poluição, pedintes, automóveis, variações climáticas e todos os outros inconvenientes da rua. Cidades só de calçadas, onde nunca chove, neva ou venta, dedicadas exclusivamente às compras e ao lazer - enfim, pequenos (ou enormes) templos de consumo e conforto. Os xópis são civilizações à parte, cuja existência e o sucesso dependem, acima de tudo, de não serem invadidas pelos males da rua.

        Dentro dos xópis você pode lamentar a padronização de lojas e grifes, que são as mesmas em todos, e a sensação de estar num ambiente artificial, longe do mundo real, mas não pode deixar de reconhecer que, se a americanização do planeta teve seu lado bom, foi a criação desses bazares modernos, estes centros de conveniência com que o Primeiro Mundo - ou pelo menos uma ilusão de Primeiro Mundo - se espraia pelo mundo todo. Os xópis não são exclusivos, qualquer um pode entrar num xópi nem que seja só para fugir do calor ou flanar entre as suas vitrines, mas a apreensão causada por essas manifestações de massa nas suas calçadas protegidas, os rolezinhos, soa como privilégio ameaçado. De um jeito ou de outro, a invasão planejada de xópis tem algo de dessacralização. É a rua se infiltrando no falso Primeiro Mundo. A perigosa rua, que vai acabar estragando a ilusão.

        As invasões podem ser passageiras ou podem descambar para violência e saques. Você pode considerar que elas são contra tudo que os templos de consumo representam ou pode vê-las como o ataque de outra civilização à parte, a da irmandade da internet, à civilização dos xópis. No caso seria o choque de duas potências parecidas, na medida em que as duas pertencem a um primeiro mundo de mentira que não tem muito a ver com a nossa realidade. O difícil seria escolher para qual das duas torcer. Eu ficaria com a mentira dos xópis.

                                                                                                          (Veríssimo, O Globo, 26-01-2014.) 



Há, no texto, três ocorrências do acento grave indicativo da crase

I. “...dedicadas exclusivamente às compras e ao lazer

II. “Os xópis são civilizações à parte...”

III. “...pode vê-las como ataque (...) à civilização dos xópis”.

As ocorrências em que o acento grave da crase é resultante da junção de uma preposição solicitada por um termo anterior + artigo definido são:
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Q372090 Português
Texto I


Tudo é grandioso na Amazônia, o maior bloco remanescente de floresta tropical do planeta. Com pouco mais de 6,8 milhões de quilômetros quadrados, espalha-se por nove países da América do Sul - a maior parte está no Brasil, que detém 69% da área coberta pela floresta. Estima-se ainda que ela abrigue quase 25% de todas as espécies de seres vivos da Terra, além de 35 milhões de pessoas (20 milhões somente no Brasil). A Amazônia tem também a maior bacia fluvial do mundo, fundamental para a drenagem de vários países e para a geração de chuvas. É o maior reservatório de água doce do planeta, com cerca de 20% de toda a água doce disponível. Por isso, é um dos reguladores do clima e do equilíbrio hídrico da Terra.
Apesar de tanta grandiosidade, são as alterações em pequena escala, como a abertura de clareiras para a extração seletiva de madeira, que podem representar uma das principais ameaças à conservação do ecossistema, destaca o biólogo Helder Queiroz, diretor do Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá. De modo geral, explica Queiroz, as principais ameaças à Amazônia estão hoje associadas às práticas que levam direta ou indiretamente à perda de hábitats e à redução de populações de plantas e de animais. "Muitas árvores com madeira de grande valor comercial são fundamentais para a alimentação de diversos animais", diz Queiroz.
Hoje, a perda de ambientes naturais é maior numa região conhecida como Arco do Desmatamento, que se estende do sul ao leste da Amazônia Legal - uma área de 5 milhões de km2 que engloba oito estados. O Arco do Desmatamento, definido pela fronteira da expansão agropecuária - que converte grandes extensões de floresta em pastagens -, concentra cerca de 56% da população indígena do país.
As regiões de várzea, em terrenos mais baixos, no interior da floresta amazônica, também têm atraído a atenção do poder público durante a elaboração de estratégias de conservação do ecossistema. Boa parte dessa região é inundada pelas chamadas águas brancas, de origem andina, ricas em sedimentos e nutrientes. Nesses trechos, a vegetação tende a ser mais abundante. Devido a essa riqueza em recursos naturais, as florestas de várzea sofrem mais com a constante ocupação humana. Todas as grandes cidades amazônicas, e boa parte das pequenas, estão localizadas nessas áreas.



(Adaptado de: ANDRADE, Rodrigo de Oliveira, Pesquisa Fapesp, outubro de 2013. p. 58-60)


Texto II


Em 1985, depois de examinar com atenção a intensa urbanização da Amazônia, que nas últimas décadas do século XX acusou as maiores taxas do Brasil, a geógrafa política Bertha Koiffmann Becker (que morreu em julho de 2013) lançou a expressão "floresta urbanizada" para definir a região, valorizada até então apenas pelas matas. Ela preferia usar a expressão Arco do Povoamento Consolidado em vez da mais comum, Arco do Desmatamento, para designar as áreas de ocupação humana nas bordas da floresta, pela simples razão de que essa área está ocupada por muitas cidades grandes, estradas e plantações de soja, além de pecuária e mineração.
Bertha Becker argumentava que era preciso pensar o desenvolvimento da floresta, não apenas sua preservação. Suas conferências, os debates com colegas acadêmicos e com homens do governo e os 19 livros que publicou ajudaram a enriquecer a visão sobre a Amazônia, hoje vista como um espaço complexo, resultante da interação de forças políticas e econômicas. Seu trabalho influenciou a elaboração de novas estratégias para a organização desse território.


(Adaptado de: Pesquisa Fapesp, agosto de 2013. p. 56).





... que podem representar uma das principais ameaças à conservação do ecossistema ... (Texto I, 2º parágrafo)

O sinal indicativo de crase deverá permanecer, como no exemplo acima, caso o segmento grifado seja substituído por:
Alternativas
Q371428 Português
imagem-002.jpg

Em relação às ideias e a aspectos linguísticos do texto acima, julgue os itens seguintes.

A correção gramatical e o sentido original do período “Áreas desenvolvidas (...) às em desenvolvimento” (l.3-5) seriam preservados, caso se eliminasse, nesse período, o sinal indicativo de crase.
Alternativas
Ano: 2013 Banca: IBFC Órgão: MPE-SP Prova: IBFC - 2013 - MPE-SP - Analista de Promotoria II |
Q370582 Português
Leia abaixo o excerto de um conto do famoso escritor argentino Julio Cortázar.

Continuidade dos parques


Primeiro entrava a mulher, receosa; agora chegava o amante, a cara ferida pela chicotada de um galho. Admiravelmente ela estancava o sangue com seus beijos, mas ele recusava as carícias, não havia vindo para repetir as cerimônias de uma paixão secreta, protegida por um mundo de folhas secas e caminhos furtivos. O punhal ficava momo contra seu peito, e debaixo pulsava a liberdade escondida. Um diálogo ardente corria pelas páginas como um riacho de serpentes, e sentia-se que tudo estava decidido desde sempre. Até essas carícias que envolviam o corpo do amante, como querendo retê-lo e dissuadi-lo, desenhavam abominavelmente a figura de outro corpo que era necessário destruir. Nada havia sido esquecido: desculpas, azares, possíveis erros. A partir dessa hora cada instante tinha seu emprego minuciosamente atribuído. O impiedoso duplo reexame se interrompia apenas para que uma mão acariciasse uma face. Começava a anoitecer.

Assinale a alternativa que completa, correta e respectivamente, as lacunas.

O advogado pediu____ela que estivesse no fórum___ 14h para que o juiz___ interrogasse.

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Q370173 Português
                             Quem precisa de Cerimonial e Protocolo?

     O Brasil já assistiu a inúmeras cerimônias e solenidades nas quais se deu posse a titulares de cargos públicos. Nessas oca siões, os brasileiros, que costumam ser descritos recorrentemente como informais, calorosos e não afeitos à ritualística e ao rigor protocolares, notam a necessidade da “liturgia civil,” do simbolismo de Estado, da magia que o poder exerce sobre todos.

     O problema é que o Cerimonial e o Protocolo não estão lá somente quando há uma cerimônia, uma festividade. Eles sempre estão lá. Onde houver poder, comando, governo, haverá necessariamente aqueles que orientam, assessoram os que comandam e governam. Até a vida humana, individual e coletivamente, é prenhe de ritos e de hierarquias.

     Porém, não há uma Teoria de Cerimonial e Protocolo academicamente estabelecida e este acaba sendo o motivo principal para evitar seu estudo nas universidades. Além disso, os que trabalham com C & P não costumam problematizar e sistematizar suas atividades e os conceitos que as orientam, permitindo lacunas e mal-entendidos na ideia que se tem a seu respeito. 

     O senso comum tende a imaginar C & P como “etiqueta”, “pompa e circunstância” e até, jocosamente, como “afrescalhamento”. A etiqueta, aqui entendida como “pequena Ética” ou “Ética dos detalhes”, permeia o Protocolo, sedimenta-o, mas não o limita. O Cerimonial é a arte, a ciência, o conhecimento que fundamenta o curso dos rituais, dos eventos, das solenidades; já o Protocolo é a arte, a ciência, o conhecimento que comunica esses eventos, é o código civilizacional por meio do qual o ser humano perscruta os ritos imemoriais, as tradições ancestrais das normas de convívio social.

     O desempenho e os encargos de um chefe de C & P, bem como de seus assessores e agentes, são extremamente diplomáticos, e envolvem conhecimentos de Relações Públicas, Relações Internacionais e Ciências Sociais.Vejo falta de respeito, de apego, mas, sobretudo, de conhecimento, no que tange à Etiqueta, ao Cerimonial e ao Protocolo em diversos setores de nossa sociedade: nas religiões institucionalizadas, nas agremiações culturais e desportivas, nas escolas públicas e privadas, nas universidades, nas ONGs e até nos condomínios

     É necessária uma valorização do humano e uma ecovisão em que a polidez e a cortesia constituam um imperativo categórico, no dizer de Kant, filósofo alemão. Para tanto, urge que os dirigentes, os governantes concentrem seus esforços e atenções na Educação

     Concluo rogando aos agentes da administração pública que tomem consciência da precisão do Cerimonial e do Protocolo, não permitindo que incumbências tão elevadas sejam desconsideradas. E que haja investimentos na devida formação e capacitação dos que são chamados a trabalhar na área.

                                                               (Bruno de Cerqueira. Pós-graduado em Relações Internacionais)

                                                                                (www.brunodecerqueira.blogspot.com.br. Adaptado)



Assinale a alternativa que completa, corretamente, quanto ao emprego do pronome e ao acento indicativo da crase, a frase – E que haja investimentos na devida formação …
Alternativas
Q369940 Português
A ministra de Direitos Humanos instituiu grupo de trabalho para proceder____ medidas necessárias____ exumação dos restos mortais do ex-presidente João Goulart, sepultado em São Borja (RS), em 1976. Com a exumação de Jango, o governo visa esclarecer se o ex-presidente morreu de causas naturais, ou seja, devido _____uma parada cardíaca – que tem sido a versão considerada oficial até hoje –, ou se sua morte se deve _____envenenamento.
(http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,governo-cria-grupo-exumar--restos-mortais-de- jango,1094178,0.htm 07. 11.2013. Adaptado)

Segundo a norma-padrão da língua portuguesa, as lacunas da frase devem ser completadas, correta e respectivamente, por:
Alternativas
Q369792 Português
Com base nas informações veiculadas no texto acima, em sua estrutura e em seus aspectos gramaticais, julgue os próximos itens.

Seria mantida a correção gramatical do texto caso fosse empregado o sinal indicativo de crase no “a” em “ligados a computação, informática, TI e análise de sistemas” (l.30-31).
Alternativas
Q369732 Português
No que se refere aos aspectos linguísticos, à classificação tipológica do texto acima e às ideias nele expressas, julgue os itens a seguir.

Seria mantida a correção gramatical do texto, caso fosse empregado o acento indicativo de crase no “a”, em “cunhagem a martelo” (l.6).
Alternativas
Q368915 Português
Considere o período e as afirmações abaixo. Fui eu quem solicitou na semana passada, um atestado de matrícula a direção da escola.

I. Há um problema de concordância verbal, pois o correto seria “solicitei”.

II. Falta o acento indicativo de crase em “à direção”.

III. A pontuação está correta.

Está correto o que se afirma somente em:
Alternativas
Q368902 Português
Continuidade dos parques

Já sem olhar, ligados firmemente à tarefa que os esperava, separaram-se na porta da cabana. Ela devia seguir pelo caminho que ia para o norte. Do caminho oposto ele se voltou um instante para vê-la correr com o cabelo solto. Correu por sua vez, esquivando-se das árvores e das cercas, até distinguir na rósea bruma do crepúsculo a alameda que levava à casa. Os cães não deviam latir, e não latiram. O capataz não estaria a essa hora, e não estava. Subiu os três degraus do pórtico e entrou. Pelo sangue galopando em seus ouvidos chegavam- lhe as palavras da mulher: primeiro uma sala azul, depois uma galeria, uma escadaria atapetada. No alto, duas portas. Ninguém no primeiro cômodo, ninguém no segundo. A porta do salão, e então o punhal na mão, a luz dos janelões, o alto respaldo de uma poltrona de veludo verde, a cabeça do homem na poltrona lendo um romance.

Ainda com base no texto, assinale abaixo a alternativa que apresenta erro no que se refere ao acento indicativo da crase.
Alternativas
Respostas
5741: A
5742: D
5743: D
5744: E
5745: D
5746: D
5747: E
5748: E
5749: C
5750: C
5751: C
5752: E
5753: E
5754: B
5755: A
5756: A
5757: E
5758: E
5759: B
5760: E