Questões de Concurso Sobre crase em português

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Q2171282 Português

INSTRUÇÃO: Leia, com atenção, o texto 02 a seguir para responder à questão que a ele se refere.


Texto 02


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Disponível em: https://armandinho-facebook.com. Acesso em: 14 fev. 2023.

Analise as afirmativas a seguir, tendo em vista a estrutura morfossintática das falas do texto 02.
I. O sinal grave indicativo de crase nos termos “às duas”, às seis” e às oito” foi usado porque, de acordo com a norma, trata-se de expressões adverbiais femininas. II. Na expressão “às seis na música” nota-se uma marca de coloquialidade em relação à regência do verbo “ir”, o qual, de acordo com a norma, exige o uso da preposição “a”. III. Nas expressões “você vai ao francês”, “você vai ao futebol” e você vai ao reforço de aula”, o termo “ao” deveria ser substituído, de acordo com a norma, por “no”. IV. O emprego da expressão “você vai” poderia ser substituído, com igual correção, por “você irá”. V. Nas expressões “às quatro”, “às seis” e “às oito” a palavra “horas” pôde ser suprimida, porque ela já havia sido referida no contexto.
Estão CORRETAS as afirmativas
Alternativas
Q2170496 Português
Assinale a alternativa em que o uso do acento grave está em conformidade com a norma-padrão de ortografia na presença da crase.
Alternativas
Q2170451 Português
Inclusão: com quase 60 anos, atração da Disneylândia ganha personagens cadeirantes pela primeira vez.


        Na Disneylândia, o primeiro parque da Disney, que fica na Califórnia (EUA), as celebrações natalinas começaram e uma de suas principais atrações, “It’s a Small World”, ganhou dois novos personagens em cadeiras de rodas. É a primeira vez em 67 anos de história do parque que personagens em cadeiras de rodas aparecem na atração. A iniciativa faz parte de ações da companhia para ampliar a inclusão e a representação da diversidade em seus brinquedos.

        Os dois novos integrantes estão entre os cerca de 300 bonecos fantasiados que representam crianças de diversas nações cantando. Na verdade, ambos apareciam na atração de pé anteriormente. Agora, um deles está na ________ latino-americana enquanto o outro surge na ________ final.

        Ambos devem se tornar fixos na atração. As versões do brinquedo nos parques da Disney em Orlando, na Flórida, e em Paris também vão receber personagens cadeirantes no próximo ano.

        “A Disney claramente vê o benefício de atrair um público maior ao se tornar mais inclusiva. Precisamos ver mais disso na cultura, nos parques temáticos e no entretenimento como um todo se quisermos ser representantes do maior grupo minoritário do mundo”, afirma Jillian Houghton, CEO da Disability: IN, organização sem fins lucrativos que luta por uma maior inclusão de pessoas com deficiência na sociedade.

        “Esse ___________ é parte dos nossos esforços de olhar para o nosso resort com uma lupa para que possamos encontrar oportunidades de aumentar nossa inclusão”, confirma Kim Irvine, da Walt Disney Imagineering.

        Criada para a Feira Mundial de Nova York de 1964- 1965, “It’s a Small World” fez grande sucesso e foi levada para parque da Califórnia em 1966 e atualmente está presente também nos parques de Orlando, Tóquio, Paris e Hong Kong.

(Fonte: Hypeness - adaptado.)
Em relação ao uso da crase, analisar os itens abaixo:
I. Andei à cavalo nas minhas férias. II. Ela é favorável às mudanças no prédio. III. À festa será às 23 horas no clube do bairro. IV. Falei sobre às demandas na prefeitura.

Está(ão) CORRETO(S):
Alternativas
Q2170403 Português

Instrução: A questão refere-se ao texto abaixo. Os destaques ao longo do texto está citado na questão.


                       Abelhas rebolam para se comunicar; e só fazem isso após ‘aulas de dança’ 




                    (Disponível em: www.revistaplaneta.com.br – texto adaptado especialmente para esta prova).

Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas pontilhadas das linhas 04, 09, 15, 32 e 37, levando em conta a necessidade ou não do uso da crase.
Alternativas
Q2170002 Português
Assinale a alternativa em que o a deve receber acento indicativo de crase: 
Alternativas
Q2169285 Português
 Quantas crases devem ser usadas na frase: “A noite, fez tudo as pressas para logo ir a praça.”? 
Alternativas
Q2169183 Português
A utilização do sinal indicativo de crase deve obedecer a algumas regras determinadas pela gramática da Língua Portuguesa. Com base nesta regra, assinale a alternativa que apresenta a correta aplicação da crase.
Alternativas
Q2169078 Português
TEXTO:

Quem cuidará de você?

       Em 2030, os idosos brasileiros serão, segundo o IBGE, quase tão numerosos quanto os jovens. Esta é uma notícia positiva, pois estamos vivendo mais, e preocupante, pois não existe planejamento no atendimento adequado aos cuidados, necessários que tal população exige – sejam médicos, domiciliares, de lazer, de alternativas profissionais.
     O problema não é somente brasileiro. Os países desenvolvidos também estão diante de uma situação complicada, só que muitos estão enfrentando o desafio há décadas. Alguns conseguiram um planejamento exitoso.
       Em 2030, os EUA terão 72,1 milhões de adultos acima de 65 anos, mais que o dobro do número de idosos em 2005. Os americanos têm por regra poupar para chegar à terceira idade em condições de viver em lugares planejados, em comunidade. Os que podem, planejam essa independência e assistência.
      Na França, com grande número de idosos solitários, a ex-ministra do Trabalho Martine Aubry criou um programa que capacitava jovens a serem visitadores de idosos. Eles realizavam compras, levavam os idosos para caminhar, pegavam o metrô para levá-los à fisioterapia, a consultas.
      No Brasil, os idosos têm aposentadoria. Porém, mais que tudo, contam com a família. Para falar a verdade, com as mulheres da família. A filha solteira, a que larga o emprego para cuidar dos pais, a casada que abriga o idoso em sua residência. E sempre houve uma ojeriza da família ou do próprio idoso a ir para uma casa de repouso. Isso está mudando: mais pessoas envelhecem e a família não dá conta.
      Um grande número de mulheres não querem ou não podem mais abdicar de suas profissões para cuidar dos pais. Um enorme número que tinha como “natural” cuidar dos filhos e depois dos pais abriu mão desse programa por necessidade ou por mudanças de expectativa de realizações femininas neste século.
   A Constituição de 1988 fez avanços importantes, mas envelhecemos em plena fase de desenvolvimento, com um país sendo construído em todas as áreas. A redução da pobreza extrema que tivemos é recente. Parte dos idosos são chefes de família e não têm como pensar em si mesmos.
      Quando o idoso não chefia a família, mas depende dela, enfrenta graves problemas. Quem tem um pouco mais de poder aquisitivo não encontra bons cuidadores com facilidade. Falta qualificação. Quem procura casas de repouso encontra, nas mais acessíveis, péssimos serviços.
       Existem programas em andamento, mas precisamos acelerar soluções. Em particular, ações que façam frente ao crescimento de demandas de saúde, previdência e assistência social. E, urgentemente, capacitar cuidadores. O jovem Brasil envelhece rapidamente.

(Marta Suplicy, Folha de São Paulo, 23/07/2011) 
É PROIBIDO o uso do acento indicador da crase na seguinte afirmativa  
Alternativas
Q2168993 Português
Com relação ao uso do sinal indicativo de crase, assinale a alternativa correta.
Alternativas
Q2168923 Português
TEXTO:                                                 O legado da servidão

    Político, advogado, diplomata, literato e militante abolicionista, Joaquim Nabuco tinha lá sua veia de cientista social. Logo após a assinatura da Lei Áurea, pondo fim à escravidão, ele vaticinou que o estigma do regime ainda perduraria por dois séculos na sociedade brasileira. Filho de senhor de engenho e monarquista, Nabuco conhecia como poucos a visão de mundo das elites da nossa terra. E a História lhe daria inteira razão. A herança cultural da escravidão, oficialmente abolida em 13 de maio de 1888, permanece ainda hoje assustadoramente viva no Brasil.
    O debate sobre a existência, ou não, de racismo entre nós, embora válido, apenas tangencia o problema relacionado à cultura de resistência à inclusão e ao progresso das pessoas oriundas das classes situadas na base da pirâmide social. Pois esta discriminação logo superaria a simples questão da cor da pele para se fixar na população pobre de um modo geral. Negra, mestiça, ou mesmo branca. O rancor dos antigos donos de escravos com a vitória abolicionista seria transmitido a seus descendentes na forma de arraigado desprezo contra todos que viessem a exercer o mesmo trabalho daqueles, fossem eles negros ou não. Esse desdém pela ralé seria responsável pela cunhagem de inúmeras expressões pejorativas para designar “a gente mal nascida”, tais como zé-povinho, patuleia, gentinha, gentalha, choldra, escumalha, negrada, criouléu e tantas outras. E também pelo mito da indolência do brasileiro.
    Mas como nem só de epítetos depreciativos e mitos vive o preconceito, o ranço ideológico da escravidão deitaria raízes bem mais profundas na mentalidade das elites brasileiras, sob a forma de um olhar dicotômico sobre a própria condição humana, reclassificada de acordo com a condição social do aspirante à cidadania. Esta deformação está na origem da hostilidade de boa parte de nossa burguesia aos reclamos de ascensão social das classes mais desfavorecidas. É comum a objeção: estão ganhando pouco? Ah, mas pra cervejinha do final de semana, eles têm dinheiro; como se o uísque com os amigos fosse sagrado, mas o lazer do pobre algo imoral. O projeto dos Cieps de Darcy Ribeiro, destinado a oferecer educação de qualidade às crianças de famílias de baixa renda, foi impiedosamente sabotado pela reação conservadora, entre outros pretextos, sob a alegação de que as construções “eram caras demais”. “E favelado lá precisa de quadra poliesportiva e piscina?”, questionava-se.
      Não é exatamente por sovinice que, de um modo geral, as elites se opõem às recentes e inéditas políticas públicas de redistribuição de renda. Afinal, cumprindo-se os desígnios da macroeconomia, mesmo obrigados a pagar mais impostos para financiar programas sociais e a oferecer salários melhores a seus empregados, os ricos ficaram ainda mais ricos quando tantos pobres deixaram de ser tão pobres. O problema está no inconformismo dos herdeiros ideológicos do sistema escravocrata, não necessariamente ricos, com o progressivo desaparecimento das marcas da servidão humana no cenário social brasileiro. Como dizia uma conhecida socialite há alguns anos, para espanto de suas amigas francesas: “Adoro o Brasil, pois lá meus empregados contentam-se em comer banana com farinha...”
(Com adaptações, José Carlos Tórtima, “O Globo”, 26/07/2011)

Analise as frases quanto ao emprego do acento indicador da crase.

1. Os Cieps ofereciam educação de qualidade às crianças das classes mais desfavorecidas.

2. O autor faz referência à existência de preconceito racial no Brasil.

3. Os militantes estão à espera de dias melhores para a classe social pobre.

4. As elites têm posição contrária às políticas públicas de inclusão da classe pobre.

Estão corretas apenas as afirmativas 

Alternativas
Q2167672 Português
TEXTO I

TECNOLOGIA

Luís Fernando Veríssimo

       Para começar, ele nos olha na cara. Não é como a máquina de escrever, que a gente olha de cima, com superioridade. Com ele é olho no olho ou tela no olho. Ele nos desafia. Parece estar dizendo: vamos lá, seu desprezível pré-eletrônico, mostre o que você sabe fazer. A máquina de escrever faz tudo que você manda, mesmo que seja a tapa. Com o computador é diferente. Você faz tudo que ele manda. Ou precisa fazer tudo ao modo dele, senão ele não aceita. Simplesmente ignora você. Mas se apenas ignorasse ainda seria suportável. Ele responde. Repreende. Corrige. Uma tela vazia, muda, nenhuma reação aos nossos comandos digitais, tudo bem. Quer dizer, você se sente como aquele cara que cantou a secretária eletrônica. É um vexame privado. Mas quando você o manda fazer alguma coisa, mas manda errado, ele diz “Errado”. Não diz “Burro”, mas está implícito. É pior, muito pior. Às vezes, quando a gente erra, ele faz “bip”. Assim, para todo mundo ouvir. Comecei a usar o computador na redação do jornal e volta e meia errava. E lá vinha ele: “Bip!” “Olha aqui, pessoal: ele errou.” “O burro errou!”

       Outra coisa: ele é mais inteligente que você. Sabe muito mais coisa e não tem nenhum pudor em dizer que sabe. Esse negócio de que qualquer máquina só é tão inteligente quanto quem a usa não vale com ele. Está subentendido, nas suas relações com o computador, que você jamais aproveitará metade das coisas que ele tem para oferecer. Que ele só desenvolverá todo o seu potencial quando outro igual a ele o estiver programando. A máquina de escrever podia ter recursos que você nunca usaria, mas não tinha a mesma empáfia, o mesmo ar de quem só aguentava os humanos por falta de coisa melhor, no momento. E a máquina, mesmo nos seus instantes de maior impaciência conosco, jamais faria “bip” em público.

     Dito isto, é preciso dizer também que quem provou pela primeira vez suas letrinhas dificilmente voltará à máquina de escrever sem a sensação de que está desembarcando de uma Mercedes e voltando à carroça. Está certo, jamais teremos com ele a mesma confortável cumplicidade que tínhamos com a velha máquina. É outro tipo de relacionamento, mais formal e exigente. Mas é fascinante. Agora compreendo o entusiasmo de gente como Millôr Fernandes e Fernando Sabino, que dividem a sua vida profissional em antes dele e depois dele. Sinto falta do papel e da fiel Bic, sempre pronta a inserir entre uma linha e outra a palavra que faltou na hora, e que nele foi substituída por um botão, que, além de mais rápido, jamais nos sujará os dedos, mas acho que estou sucumbindo. Sei que nunca seremos íntimos, mesmo porque ele não ia querer se rebaixar a ser meu amigo, mas retiro tudo o que pensei sobre ele. Claro que você pode concluir que eu só estou querendo agradá-lo, precavidamente, mas juro que é sincero.
   
     Quando saí da redação do jornal depois de usar o computador pela primeira vez, cheguei em casa e bati na minha máquina. Sabendo que ela aguentaria sem reclamar, como sempre, a pobrezinha.


Disponível em: https://www.cronicasdacidade.com.br/tag/tecnologia. Acesso em 2 de janeiro de 2023.
“A máquina de escrever faz tudo que você manda, mesmo que seja A TAPA.”
A ausência do acento indicativo da crase na expressão em destaque se justifica por se tratar de 
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Q2166670 Português
        Autocompaixão envolve tratar a si mesmo da forma como você trataria um amigo que está tendo dificuldades − mesmo que seu amigo tenha cometido um erro ou esteja se sentindo inadequado ou esteja apenas enfrentando um desafio difícil na vida. A cultura ocidental coloca grande ênfase em sermos gentis com nossos amigos, familiares e vizinhos que estão passando por dificuldades, mas não quando se trata de nós mesmos. A autocompaixão é uma prática na qual aprendemos a ser um bom amigo para nós mesmos quando mais precisamos − nos tornamos um aliado interno em vez de um inimigo interno. Porém, habitualmente não nos tratamos tão bem quanto tratamos nossos amigos.
       A regra de ouro diz: “Faça para os outros aquilo que gostaria que eles fizessem para você”. No entanto, você não vai querer fazer para os outros aquilo que faz para si mesmo! Imagine que sua melhor amiga lhe telefona depois de levar um fora do parceiro, e é assim que se dá a conversa:
      “Oi”, você diz, atendendo ao telefone. “Como vai?”
     “Terrível”, ela diz, aos prantos. “Sabe aquele cara, Michael, com quem eu estava saindo? Bem, ele é o primeiro homem por quem eu me interessei desde o meu divórcio. Ontem _____ noite ele me disse que eu estava pressionando muito e que ele só quer amizade. Estou devastada.”
      Você suspira e diz: “Bom, para ser bem honesta, isso provavelmente aconteceu __________ você é velha, feia e chata, sem falar que é carente e dependente. E está pelo menos 10 quilos acima do peso. Eu simplesmente desistiria agora __________ de fato não há esperança de que você encontre alguém que vá amá-la. Francamente, você não merece!”. Você falaria assim com alguém de quem gosta? É claro que não. Mas, estranhamente, esse é exatamente o tipo de coisa que dizemos _____ nós mesmos em tais situações − ou ainda pior. Com autocompaixão, aprendemos a falar com nós mesmos como um bom amigo. “Sinto muito. Você está bem? Deve estar muito chateada. Lembre-se de que eu estou sempre aqui e que gosto muito de você. Há alguma coisa que eu possa fazer para ajudar?”
         Embora uma maneira simples de pensar sobre autocompaixão seja tratar a si mesmo como você trataria um bom amigo, a definição mais completa envolve três elementos essenciais que mobilizamos quando estamos sofrendo: autobondade, humanidade compartilhada e mindfulness.

(Fonte: Manual de Mindfulness e Autocompaixão − adaptado.)
Assinalar a alternativa que preenche as lacunas do texto CORRETAMENTE:
Alternativas
Q2166579 Português

Vicente parece estar acostumado ___ solidão, condição em que vive desde ___ morte de seu último familiar, com quem ele podia se dedicar ___ falar em sua língua nativa.


Assinale a alternativa que, correta e respectivamente, completa as lacunas da frase, segundo a norma-padrão de emprego do acento indicativo de crase.

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Q2166382 Português
INSTRUÇÃO: Leia o texto a seguir para responder à questão.

Portugal estuda devolver patrimônio cultural a ex-colônias

A repatriação de patrimônio cultural oriundo de antigas colônias virou tema de discussão em Portugal depois de repercutir em outros países europeus. O país se prepara para fazer um levantamento junto a museus lusitanos, mas ainda não fez qualquer promessa de que, de fato, devolverá peças hoje pertencentes ao acervo português.

O que existe, por enquanto, é apenas a manifestação pública de interesse em investigar a questão, expressa em declarações do ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva. “Este é um debate que ocorre em todos os países, nomeadamente nos países europeus que foram potências coloniais, e Portugal não é exceção. Esta é uma discussão que deve incidir sobre casos concretos, e não só sobre princípios abstratos”, resume, em nota, a pasta da Cultura.

Desde que o ministro começou a falar sobre o tema, no fim de novembro, o tema vem dividindo opiniões no país, assim como quase tudo o que envolve o legado colonial português. O partido Chega apresentou um pedido para que Adão e Silva prestasse esclarecimentos ao Parlamento sobre a possibilidade de devolução das obras, mas a requisição acabou reprovada.

No começo de 2020, o Partido Socialista, que governa o país desde novembro de 2015, ajudou a rejeitar uma proposta semelhante à que se cogita agora. O “Programa para a Descolonização da Cultura” incluía a formação de um grupo de trabalho para realizar um levantamento nacional do patrimônio trazido de ex-colônias portuguesas e em posse de museus e arquivos nacionais. O objetivo era permitir que os itens pudessem ser “facilmente identificados, reivindicados e restituídos a Estados e comunidades de origem”.

Além dos entraves políticos, o esforço necessário para fazer um inventário de dimensão nacional também é um obstáculo. Já existem, no entanto, iniciativas de identificação de procedência em curso. É o caso do projeto “Transmat — Materialidades Transnacionais (1850-1930): Reconstituir Coleções e Conectar Histórias”, que vem estudando a origem das peças das coleções etnográficas do Museu Nacional de Arqueologia, em Lisboa, e do Museu Municipal Santos Rocha, em Figueira da Foz.

Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2023/01/ portugal-estuda-devolver-patrimonio-cultural-a-ex-colonias. shtml. Acesso em: 5 fev. 2023.
Leia o trecho a seguir.
“No começo de 2020, o Partido Socialista, que governa o país desde novembro de 2015, ajudou a rejeitar uma proposta semelhante à que se cogita agora.”
Nesse trecho, o emprego da crase é
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Q2166222 Português
INSTRUÇÃO: Leia o texto a seguir para responder à questão.

Medo da tecnologia levou Platão a desconfiar da escrita

Com medo de que os avanços na inteligência artificial (IA) possam custar-lhe o emprego e outras coisas mais? Bem, você não é o primeiro. Nossos cérebros temem tudo aquilo que possa representar concorrência a nossas mentes. Foi assim com a primeira geração de computadores, que chamávamos de “cérebros eletrônicos”, e com as máquinas de calcular, que nos transformariam em analfabetos numéricos. Foi assim também com a escrita. Sim, leitor, a escrita, a mais importante de todas as invenções humanas, sem a qual nossas ciência, tecnologia e filosofia seriam só uma sombra do que são, foi recebida com desconfiança em alguns círculos.

E um dos que torceram o nariz para ela não é ninguém menos do que Platão, um dos mais importantes filósofos de todos os tempos. Em “Fedro”, Platão sugere que a disseminação da escrita mataria a memória, pois ninguém mais se preocuparia em exercitar a capacidade de guardar informações. A ironia de Platão ter produzido pela escrita um argumento contra a escrita não passou despercebida a comentadores.

O fato inconteste é que as previsões catastrofistas relativas às tecnologias que de alguma forma afetam o pensamento jamais se materializaram. Pelo contrário, cada uma dessas invenções contribuiu para tornar a atividade intelectual mais eficiente. Contas que antes poderiam exigir minutos ou horas e mostrar-se erradas hoje são feitas em segundos, para citar um único exemplo.

Sim, é possível que desta vez seja diferente. Não dá para descartar a hipótese de que a IA seja tão superior à mente humana que a escanteará de forma definitiva. Ficaremos sem emprego e sem propósito.

Mas uma das tentações intelectuais a que precisamos resistir é a de ver a nós mesmos e a nosso tempo como excepcionais. O mais verossímil é que a inteligência artificial, a exemplo de seus antecessores, cause uma desorganização passageira, mas, depois, mais ajude do que atrapalhe na sutil tarefa de pensar. 

SCHWARTSMAN, Hélio. Disponível em: https://www1.folha. uol.com.br/colunas/helioschwartsman/2023/01/medo-datecnologia-levou-platao-a-desconfiar-da-escrita.shtml. Acesso em: 25 jan. 2023. 
Assinale a alternativa em que o termo destacado se classifica como preposição não acompanhada de artigo.
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Q2163987 Português
Texto para responder à questão.

Tecnologia, inovação e trabalho são feitos de gente

    É evidente a mudança significativa na forma de trabalho, já que a tecnologia está cada vez mais presente no nosso dia a dia. Tem-se falado muito sobre transformação digital, algoritmo, metaverso, mas nos deparamos com questões voltadas para pessoas que não estão sendo observadas como deveriam.
    Há um deficit educacional gigantesco no Brasil, além da carência de profissionais da área de tecnologia da informação (TI). Segundo a Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom), a TI precisará de aproximadamente 420 mil profissionais até 2024, mas o sistema educacional brasileiro só capacita 46 mil pessoas com perfil tecnológico por ano. Precisamos investir em educação tecnológica, mas não só isso, também precisamos dar oportunidades.
    Estamos falando de tecnologias incríveis nas mãos de poucos. Para se ter uma ideia, de acordo com uma pesquisa feita pelo Instituto Locomotiva e a empresa PwC, mais de 33,9 milhões de brasileiros não têm sequer acesso à internet. Com a chegada do 5G, as escolas privadas que estão nas grandes cidades serão beneficiadas de forma muito mais rápida com a realidade virtual, por exemplo, mas as crianças que estudam em escolas públicas, no interior, não têm a mesma oportunidade.
    A tecnologia é importante, é um fator primordial. Mas, no fundo, temos carência em diversos aspectos quando falamos de Brasil, inclusive uma necessidade extrema de pessoas querendo falar com pessoas. Os bancos digitais estão mudando suas configurações para que os clientes possam ser atendidos por pessoas e não por robôs. É uma dicotomia que estamos passando, visto que nunca vivemos momentos tão intensos de disrupção digital como agora, sem precedentes históricos. A nossa realidade hoje é completamente diferente e impulsionada por essa transformação digital.
    Estamos vendo fins de empregos formais, passando a focar em times com outras habilidades, expertises, exigindo criatividade e capacidade de resolver problemas complexos, alfabetização em dados, equidade e meio ambiente. Temas antes desconsiderados que hoje estão provocando essa grande mudança no mercado de trabalho. Isso implica a necessidade de haver pessoas capacitadas, capazes de tomar decisões, com senso crítico apurado e em condições de agir em ambientes turbulentos e incertos. Por isso afirmamos que a inovação é feita por pessoas. Gente que sente e se emociona com as questões do seu entorno. Gente que tem empatia e se solidariza com os problemas dos colegas. Gente que valoriza a ética. A mudança é a constante em nossa vida, mas compreender que o momento não é só tecnologia nos colocará mais empáticos com todos que estão à nossa volta. 
     A tecnologia é o meio, um suporte que, de acordo com a Lei de Moore, se modifica e dobra a cada dois anos. Por sua vez, as pessoas se modificam e crescem. Ampliam o seu conhecimento a cada nova experiência, o aprendizado é incremental e se amplia a cada nova vivência. E altera também em contato com outras pessoas, com viagens, com leituras, com a própria vida. Cada indivíduo modifica a sua realidade e, ao mesmo tempo, é modificado por ela: um ato recíproco. Essas mudanças apresentam uma velocidade exponencial na tecnologia, alteram o nosso ambiente e pessoas são necessárias para conduzir os processos. Desconsiderar as pessoas e sua importância nesse contexto é eliminar a inovação e a tecnologia.

(Maria Augusta Orofino. Disponível em: https://www.correiobraziliense.com.br/opiniao/2022/11/5054357- artigo-tecnologia-inovacao-e-trabalho-sao-feitos-de-gente.html. Em: 25/11/2022.)
Estamos falando de tecnologias incríveis nas mãos de poucos. Para se ter uma ideia, de acordo com uma pesquisa feita pelo Instituto Locomotiva e a empresa PwC, mais de 33,9 milhões de brasileiros não têm sequer acesso à internet.” (3º§) A ocorrência de crase no trecho anterior demonstra:
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Ano: 2023 Banca: VUNESP Órgão: DPE-SP Prova: VUNESP - 2023 - DPE-SP - Oficial de Defensoria |
Q2161516 Português
Leia o texto para responder à questão.

“A Natureza da Mordida” é mistério que se lê com prazer de Carla Madeira

        A escritora Carla Madeira virou um fenômeno editorial em 2021. Seu Tudo é rio, publicado originalmente em 2014 e reeditado, foi do boca _________ boca _________ listas de mais vendidos no país, beirando os 150 mil exemplares. Foi a autora brasileira mais lida do ano.

        Véspera, seu romance mais recente, deu continuidade ao caminho bem-sucedido. E agora a expectativa está sobre A Natureza da mordida, seu livro do meio, que acaba de ser reeditado.

        Alguns elementos do conteúdo talvez ajudem ______ entender a acolhida do leitorado. O interesse pela subjetividade das personagens, a curiosidade para explorar a condição humana, a ambiguidade e a autonomia das mulheres retratadas, o direito entregue ______ essas personagens de errarem e de serem más. Na forma, as construções fluidas, o trabalho cuidadoso com a palavra, a prosa poética com frases altamente tatuáveis também ajudam.

        A Natureza da mordida repete um formato já conhecido na obra da autora – os fragmentos. Capítulos curtos, alguns brevíssimos, alternam a voz das duas protagonistas.

(Gabriela Mayer. https://www.folha.uol.com.br/ilustrada/, 27.01.2023. Adaptado)
De acordo com a norma-padrão, as lacunas do texto devem ser preenchidas, respectivamente, com:
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Q2160599 Português
Duas pesquisas divulgadas recentemente apontam para um problema grave: a crescente desconfiança de parcelas da população brasileira em relação _______ vacinas. Tal resistência ____________ elas, alimentada por desinformação, tem contribuído para a queda dos índices de cobertura vacinal no País. Nos últimos anos, as principais metas de imunização do calendário infantil não foram atingidas, um risco __________ saúde de milhões de crianças − e um alerta para as autoridades.
(Opinião. https://www.estadao.com.br/opiniao, 24.01.2023.Adaptado)
Em conformidade com a norma-padrão, as lacunas do texto devem ser preenchidas, respectivamente, com: 
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Q2160543 Português
Os idiotas da objetividade

    Sou da imprensa anterior ao copy desk. Tinha treze anos quando me iniciei no jornal, como repórter de polícia. Na redação não havia nada da aridez atual e pelo contrário: — era uma cova de delícias. O sujeito ganhava mal ou simplesmente não ganhava. Para comer, dependia de um vale utópico de cinco ou dez mil-réis. Mas tinha a compensação da glória. Quem redigia um atropelamento julgava-se um estilista. E a própria vaidade o remunerava. Cada qual era um pavão enfático. Escrevia na véspera e no dia seguinte via-se impresso, sem o retoque de uma vírgula. Havia uma volúpia autoral inenarrável. E nenhum estilo era profanado por uma emenda, jamais.
    Durante várias gerações foi assim e sempre assim. De repente, explodiu o copy desk. Houve um impacto medonho. Qualquer um na redação, seja repórter de setor ou editorialista, tem uma sagrada vaidade estilística. E o copy desk não respeitava ninguém. Se lá aparecesse um Proust, seria reescrito do mesmo jeito. Sim, o copy desk instalou-se como a figura demoníaca da redação.
    Falei no demônio e pode parecer que foi o Príncipe das Trevas que criou a nova moda. Não, o abominável Pai da Mentira não é o autor do copy desk. Quem o lançou e promoveu foi Pompeu de Sousa. Era ainda o Diário Carioca, do Senador, do Danton. Não quero ser injusto, mesmo porque o Pompeu é meu amigo. Ele teve um pretexto, digamos assim, histórico, para tentar a inovação.
     Havia na imprensa uma massa de analfabetos. Saíam as coisas mais incríveis. Lembro-me de que alguém, num crime passional, terminou assim a matéria: — “E nem um goivinho ornava a cova dela”. Dirão vocês que esse fecho de ouro é puramente folclórico. Não sei e talvez. Mas saía coisa parecida. E o Pompeu trouxe para cá o que se fazia nos Estados Unidos — o copy desk.
    Começava a nova imprensa. Primeiro, foi só o Diário Carioca; pouco depois, os outros, por imitação, o acompanharam.
    Rapidamente, os nossos jornais foram atacados de uma doença grave: — a objetividade. Daí para o “idiota da objetividade” seria um passo. Certa vez, encontrei-me com o Moacir Werneck de Castro. Gosto muito dele e o saudei com a mais larga e cálida efusão. E o Moacir, com seu perfil de lord Byron, disse para mim, risonhamente: — “Eu sou um idiota da objetividade”.
    Também Roberto Campos, mais tarde, em discurso, diria: — “Eu sou um idiota da objetividade”. Na verdade, tanto Roberto como Moacir são dois líricos. Eis o que eu queria dizer: — o idiota da objetividade inunda as mesas de redação e seu autor foi, mais uma vez, Pompeu de Sousa. Aliás, devo dizer que o copy desk e o idiota da objetividade são gêmeos e um explica o outro.
    E toda a imprensa passou a usar a palavra “objetividade” como um simples brinquedo auditivo. A crônica esportiva via times e jogadores “objetivos”. Equipes e jogadores eram condenados por falta de objetividade. Um exemplo da nova linguagem foi o atentado de Toneleros. Toda a nação tremeu. Era óbvio que o crime trazia, em seu ventre, uma tragédia nacional. Podia ser até a guerra civil. Em menos de 24 horas o Brasil se preparou para matar ou para morrer. E como noticiou o Diário Carioca o acontecimento? Era uma catástrofe. O jornal deu-lhe esse tom de catástrofe? Não e nunca. O Diário Carioca nada concedeu à emoção nem ao espanto. Podia ter posto na manchete, e ao menos na manchete, um ponto de exclamação. Foi de uma casta, exemplar objetividade. Tom estrita e secamente informativo. Tratou o drama histórico como se fosse o atropelamento do Zezinho, ali da esquina.
    Era, repito, a implacável objetividade. E, depois, Getúlio deu um tiro no peito. Ali estava o Brasil, novamente, cara a cara com a guerra civil. E que fez o Diário Carioca? A aragem da tragédia soprou nas suas páginas? Jamais. No princípio do século, mataram o rei e o príncipe herdeiro de Portugal (segundo me diz o luso Álvaro Nascimento, o rei tinha o olho perdidamente azul). Aqui, o nosso Correio da Manhã abria cinco manchetes. Os tipos enormes eram um soco visual. E rezava a quinta manchete: “HORRÍVEL EMOÇÃO!”. Vejam vocês: — “HORRÍVEL EMOÇÃO!”.
    O Diário Carioca não pingou uma lágrima sobre o corpo de Getúlio. Era a monstruosa e alienada objetividade. As duas coisas pareciam não ter nenhuma conexão: — o fato e a sua cobertura.
    Estava um povo inteiro a se desgrenhar, a chorar lágrimas de pedra. E a reportagem, sem entranhas, ignorava a pavorosa emoção popular. Outro exemplo seria ainda o assassinato de Kennedy.
     Na velha imprensa as manchetes choravam com o leitor. A partir do copy desk, sumiu a emoção dos títulos e subtítulos. E que pobre cadáver foi Kennedy na primeira página, por exemplo, do Jornal do Brasil. A manchete humilhava a catástrofe. O mesmo e impessoal tom informativo. Estava lá o cadáver ainda quente. Uma bala arrancara o seu queixo forte, plástico, vital. Nenhum espanto da manchete. Havia um abismo entre o Jornal do Brasil e a tragédia, entre o Jornal do Brasil e a cara mutilada. Pode-se falar na desumanização da manchete.
     O Jornal do Brasil, sob o reinado do copy desk, lembra- -me aquela página célebre de ficção. Era uma lavadeira que se viu, de repente, no meio de uma baderna horrorosa. Tiro e bordoada em quantidade. A lavadeira veio espiar a briga. Lá adiante, numa colina, viu um baixinho olhando por um binóculo. Ali estava Napoleão e ali estava Waterloo. Mas a santa mulher ignorou um e outro; e veio para dentro ensaboar a sua roupa suja. Eis o que eu queria dizer: — a primeira página do Jornal do Brasil tem a mesma alienação da lavadeira diante dos napoleões e das batalhas.
    E o pior é que, pouco a pouco, o copy desk vem fazendo do leitor um outro idiota da objetividade. A aridez de um se transmite ao outro. Eu me pergunto se, um dia, não seremos nós 80 milhões de copy desks? Oitenta milhões de impotentes do sentimento. Ontem, falava eu do pânico de um médico famoso. Segundo o clínico, a juventude está desinteressada do amor ou por outra: — esquece antes de amar, sente tédio antes do desejo. Juventude copy desk, talvez. 
    Dirá alguém que o jovem é capaz de um sentimento forte. Tem vida ideológica, ódio político. Não sei se contei que vi, um dia, um rapaz dizer que dava um tiro no Roberto Campos. Mas o ódio político não é um sentimento, uma paixão, nem mesmo ódio. É uma pura, vil, obtusa palavra de ordem.

(RODRIGUES, Nelson. Os idiotas da objetividade. In: __________. A cabra vadia: novas confissões. 3. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2017. p. 30-33.)
“O Diário Carioca nada concedeu à emoção nem ao espanto.” (8º§). Ocorre crase pelo mesmo motivo em:
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Respostas
1421: D
1422: D
1423: A
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1425: C
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1433: D
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1435: A
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1439: C
1440: B