Questões de Concurso
Sobre estrutura das palavras: radical, desinência, prefixo e sufixo em português
Foram encontradas 1.514 questões
Q437819
Português
Assinale a opção que mostra um erro na indicação da variante da raiz faz- do verbo "fazer"
Q437818
Português
O elemento mórfico puse- na forma verbal "pusera" deve ser classificado como
Ano: 2013
Banca:
CESGRANRIO
Órgão:
IBGE
Prova:
CESGRANRIO - 2013 - IBGE - Técnico em Informações - Geografia e Estatísticas |
Q437047
Português
O grupo em que ambas as palavras contêm o mesmo prefixo de negação que ocorre em atípica (l 31) é
Q434301
Português
Texto associado
Adaptado de Sergio Paulo Rouanet, Dilemas da moral ilumimsta In: NOVAES, Adauto (org.)
Etica. São Paulo: Companhia das LetraslSecretaria Mumcipal de Cultura, 1992. p. 149-151.
Adaptado de Sergio Paulo Rouanet, Dilemas da moral ilumimsta In: NOVAES, Adauto (org.)
Etica. São Paulo: Companhia das LetraslSecretaria Mumcipal de Cultura, 1992. p. 149-151.
Muitos dos conteúdos discutidos no texto são apresentados como hipóteses — possibilidades de interpretação do modo como a ética e a moralidade se caracterizam. Os recursos linguísticos abaixo listados contribuem para expressar tal sentido de hipótese ou possibilidade, exceto
Q432492
Português
Assinale a alternativa em que se faz uma afirmação INCORRETA quanto à formação das palavras.
Ano: 2010
Banca:
IBAM
Órgão:
Prefeitura de Leopoldina - MG
Prova:
IBAM - 2010 - Prefeitura de Leopoldina - MG - Enfermeiro - Saúde da Família e Comunidade |
Q428023
Português
Na palavra “desigualdade” ocorre o prefixo des-, O exemplo do texto que, em sua formação, também apresenta prefixo è:
Ano: 2011
Banca:
CESGRANRIO
Órgão:
LIQUIGÁS
Prova:
CESGRANRIO - 2011 - LIQUIGAS - Ajudante - Carga e Descarga de Produção |
Q425392
Português
Texto associado
BANDEIRA, Manuel. Antologia poética: Manuel Bandeira. 3. ed. Rio de Janeiro: Editora do Autor, 1961. p. 56-57.
VOCABULÁRIO:
• Alimária: animal irracional; bruto.
• Aniagem: tecido grosseiro.
• Cangalhas: peça de madeira forrada de couro em cujas hastes se dependuram sacos.
• Encarapitado: posto no alto, em cima; empoleirado.
• Relho: chicote de cabo de madeira.
BANDEIRA, Manuel. Antologia poética: Manuel Bandeira. 3. ed. Rio de Janeiro: Editora do Autor, 1961. p. 56-57.
VOCABULÁRIO:
• Alimária: animal irracional; bruto.
• Aniagem: tecido grosseiro.
• Cangalhas: peça de madeira forrada de couro em cujas hastes se dependuram sacos.
• Encarapitado: posto no alto, em cima; empoleirado.
• Relho: chicote de cabo de madeira.
Em qual das frases abaixo o elemento -inho(s) tem a mesma ideia contida no verso “Adoráveis carvoeirinhos que trabalhais (...)” ( l. 15)?
Q424512
Português
A questão está relacionada ao texto.
Considere as seguintes afirmações acerca da estrutura de palavras do texto.
I – A palavra desinformação (l. 1) contém um prefixo que significa ‘falta de’.
II – O sufixo –dade da palavra inimputabilidade (l. 4) transforma verbos em adjetivos.
III – A palavra Inimputável (l. 11) é formada pelo acréscimo do prefixo in- ao adjetivo imputável.
Quais estão corretas?
Considere as seguintes afirmações acerca da estrutura de palavras do texto.
I – A palavra desinformação (l. 1) contém um prefixo que significa ‘falta de’.
II – O sufixo –dade da palavra inimputabilidade (l. 4) transforma verbos em adjetivos.
III – A palavra Inimputável (l. 11) é formada pelo acréscimo do prefixo in- ao adjetivo imputável.
Quais estão corretas?
Ano: 2012
Banca:
MPE-RS
Órgão:
MPE-RS
Prova:
MPE-RS - 2012 - MPE-RS - Técnico em Informática - Sistemas |
Q424047
Português
Considere as seguintes afirmações sobre relações morfológicas que se estabelecem entre palavras do texto.
I. As palavras desenvolvedores (l. 08) e consumidor (l. 10) são formadas por sufixo que acresce ao radical a noção de 'agente‘.
II. As palavras aplicativos (l. 13) e invasivos (l. 14) contêm sufixos que transformam adjetivos em substantivos.
III. As palavras conhecimento (l. 16) e expansão (l. 23) são formadas por sufixos que transformam verbos em substantivos.
Quais estão corretas?
I. As palavras desenvolvedores (l. 08) e consumidor (l. 10) são formadas por sufixo que acresce ao radical a noção de 'agente‘.
II. As palavras aplicativos (l. 13) e invasivos (l. 14) contêm sufixos que transformam adjetivos em substantivos.
III. As palavras conhecimento (l. 16) e expansão (l. 23) são formadas por sufixos que transformam verbos em substantivos.
Quais estão corretas?
Q423850
Português
O sufixo (i)dade da palavra complexidade (l. 11) e o elemento de composição –oide da palavra planetoide (l. 26) NÃO podem ser usados para derivar substantivos a partir das seguintes palavras, respectivamente,
Q423569
Português
Considere as seguintes afirmações a respeito de palavras extraídas do texto.
I. A palavra desdobramento (l. 08) é formada por parassíntese.
II. A palavra civilidade (l. 21) contém sufixo que forma substantivos a partir de adjetivos.
III. A palavra civilização (l. 21) contém sufixo que forma substantivos a partir de verbos.
Quais estão corretas?
I. A palavra desdobramento (l. 08) é formada por parassíntese.
II. A palavra civilidade (l. 21) contém sufixo que forma substantivos a partir de adjetivos.
III. A palavra civilização (l. 21) contém sufixo que forma substantivos a partir de verbos.
Quais estão corretas?
Q423426
Português
Considere as seguintes afirmações sobre palavras do texto.
( ) A palavra inaceitável (L. 7) contém o mesmo prefixo que a palavra impessoalidade (L. 24).
( ) As palavras publicidade (L. 8) e entendimento (L. 12) apresentam sufixos que formam substantivos a partir de verbos.
( ) A palavra características (L. 11) é acentuada pela mesma regra que preceitua o uso do acento em árida (L. 22).
( ) A palavra burocratês (L.16) recebe acento gráfico pela mesma regra que preceitua a acentuação da palavra clichês (L. 19).
A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é
( ) A palavra inaceitável (L. 7) contém o mesmo prefixo que a palavra impessoalidade (L. 24).
( ) As palavras publicidade (L. 8) e entendimento (L. 12) apresentam sufixos que formam substantivos a partir de verbos.
( ) A palavra características (L. 11) é acentuada pela mesma regra que preceitua o uso do acento em árida (L. 22).
( ) A palavra burocratês (L.16) recebe acento gráfico pela mesma regra que preceitua a acentuação da palavra clichês (L. 19).
A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é
Q423425
Português
Considere as seguintes afirmações sobre palavras do texto.
I. O emprego de inicial maiúscula na palavra Estado (L. 6) justifica-se à medida que, no texto, essa palavra designa divisão territorial e política no interior de uma Nação.
II. O sufixo -mente da palavra coloquialmente (L. 15) poderia ser suprimido, sem acarretar erro gramatical ou alteração do significado.
III. A palavra burocratês (L. 16) é um neologismo, criado pelos autores do texto, que significa „uso abusivo de linguagem retórica na redação de documentos oficiais?.
Quais estão corretas?
I. O emprego de inicial maiúscula na palavra Estado (L. 6) justifica-se à medida que, no texto, essa palavra designa divisão territorial e política no interior de uma Nação.
II. O sufixo -mente da palavra coloquialmente (L. 15) poderia ser suprimido, sem acarretar erro gramatical ou alteração do significado.
III. A palavra burocratês (L. 16) é um neologismo, criado pelos autores do texto, que significa „uso abusivo de linguagem retórica na redação de documentos oficiais?.
Quais estão corretas?
Q423343
Português
Em uma perspectiva etimológica, muitas palavras entraram prontas do latim ou de outro idioma para o léxico da Língua Portuguesa. No entanto, a maioria dos falantes não reconhece a origem das palavras, quer na sua forma mais antiga conhecida, quer em alguma etapa de sua evolução. Para compreender o processo de derivação das palavras que utiliza em seu dia a dia, o falante geralmente lança mão de seu conhecimento acerca do sentido e da função de prefixos e sufixos.
Com base nessa ressalva, pode-se afirmar corretamente que, entre as palavras abaixo extraídas do texto, a única que foi formada pelo acréscimo de sufixo que transforma adjetivos em substantivos é
Com base nessa ressalva, pode-se afirmar corretamente que, entre as palavras abaixo extraídas do texto, a única que foi formada pelo acréscimo de sufixo que transforma adjetivos em substantivos é
Q423088
Português
Sobre o elemento -ção, que ocorre em superação (linha 34), é correto afirmar que
Ano: 2014
Banca:
IESES
Órgão:
GasBrasiliano
Prova:
IESES - 2014 - GasBrasiliano - Engenheiro de Gás Natural Júnior |
Q422667
Português
Texto associado
EVITE O ABUSO DO VERBO "FAZER"
Por: Chico Viana. Disponível em: http://revistalingua.uol.com.br/textos/blog-ponta/evite-o-abuso-do-verbo-fazer-301353-1.asp Acesso em 19 de dezembro de 2013
- O que o músico faz em comum com o sapateiro?
- Sola.
No diálogo acima, há um jogo de palavras que se apoia na homonímia da palavra "sola". Ela é verbo e substantivo. Significa, no primeiro caso, o ato de "executar um canto ou solo". E no segundo, a "sola do sapato".
O jogo de palavras só foi possível graças ao emprego do verbo "fazer". Ele significa "produzir, confeccionar" no que diz respeito ao ofício do sapateiro ("sola", ou "solado", é mesmo o que o sapateiro faz). No que tange à atividade do músico, "fazer" não tem sentido próprio; substitui o verbo "solar". Ou seja: é um verbo vicário.
Vicários são os termos que aparecem no lugar de outros. Pronomes, numerais, advérbios (sim e não) e o verbo "ser" também desempenham esse papel. Veja alguns exemplos: "Pedro desistiu de concorrer a uma vaga para medicina. Ele não tinha esperança de passar", "Veio acompanhado de um irmão e um primo; o primeiro era mais educado do que o segundo", "Você gosta de cinema? Sim (ou seja: gosto)", "Se desistiu, foi porque não teve o estímulo da família (quer dizer: "desistiu porque não teve o estímulo da família)".
O verbo "fazer", seguido ou não de pronome, pode substituir qualquer verbo de ação da língua portuguesa. Uma pergunta como "O que você faz?" admite como respostas frases do tipo: "Estudo", "Construo prédios", "Organizo eventos" etc. "Fazer" toma o lugar de todas essas ações.
A amplitude semântica desse verbo pode levar a abusos no seu emprego. É quando, em vez de empregar uma forma verbal específica, usa-se "fazer" seguido de substantivo. Eis alguns exemplos retirados de redações: "Decidiu-se fazer a votação de duas propostas bem especiais", "É preciso fazer uma avaliação honesta do que está ocorrendo no País", "O governo precisa fazer uma sondagem na opinião pública".
Devem-se evitar essas construções perifrásticas. O texto ganha em economia e expressividade quando elas são substituídas pelos verbos correspondentes. Por que não dizer "votar duas propostas" "avaliar honestamente" ou "sondar a opinião pública"? Além de ter mais energia do que o nome, o verbo designa diretamente a ação.
Há casos em que o conjunto "verbo mais substantivo" é pertinente (como em "fazer um levantamento"), mas na maioria das vezes ele afrouxa a expressão.
Chico Viana é professor de português e redação. www.chicoviana.com
Por: Chico Viana. Disponível em: http://revistalingua.uol.com.br/textos/blog-ponta/evite-o-abuso-do-verbo-fazer-301353-1.asp Acesso em 19 de dezembro de 2013
- O que o músico faz em comum com o sapateiro?
- Sola.
No diálogo acima, há um jogo de palavras que se apoia na homonímia da palavra "sola". Ela é verbo e substantivo. Significa, no primeiro caso, o ato de "executar um canto ou solo". E no segundo, a "sola do sapato".
O jogo de palavras só foi possível graças ao emprego do verbo "fazer". Ele significa "produzir, confeccionar" no que diz respeito ao ofício do sapateiro ("sola", ou "solado", é mesmo o que o sapateiro faz). No que tange à atividade do músico, "fazer" não tem sentido próprio; substitui o verbo "solar". Ou seja: é um verbo vicário.
Vicários são os termos que aparecem no lugar de outros. Pronomes, numerais, advérbios (sim e não) e o verbo "ser" também desempenham esse papel. Veja alguns exemplos: "Pedro desistiu de concorrer a uma vaga para medicina. Ele não tinha esperança de passar", "Veio acompanhado de um irmão e um primo; o primeiro era mais educado do que o segundo", "Você gosta de cinema? Sim (ou seja: gosto)", "Se desistiu, foi porque não teve o estímulo da família (quer dizer: "desistiu porque não teve o estímulo da família)".
O verbo "fazer", seguido ou não de pronome, pode substituir qualquer verbo de ação da língua portuguesa. Uma pergunta como "O que você faz?" admite como respostas frases do tipo: "Estudo", "Construo prédios", "Organizo eventos" etc. "Fazer" toma o lugar de todas essas ações.
A amplitude semântica desse verbo pode levar a abusos no seu emprego. É quando, em vez de empregar uma forma verbal específica, usa-se "fazer" seguido de substantivo. Eis alguns exemplos retirados de redações: "Decidiu-se fazer a votação de duas propostas bem especiais", "É preciso fazer uma avaliação honesta do que está ocorrendo no País", "O governo precisa fazer uma sondagem na opinião pública".
Devem-se evitar essas construções perifrásticas. O texto ganha em economia e expressividade quando elas são substituídas pelos verbos correspondentes. Por que não dizer "votar duas propostas" "avaliar honestamente" ou "sondar a opinião pública"? Além de ter mais energia do que o nome, o verbo designa diretamente a ação.
Há casos em que o conjunto "verbo mais substantivo" é pertinente (como em "fazer um levantamento"), mas na maioria das vezes ele afrouxa a expressão.
Chico Viana é professor de português e redação. www.chicoviana.com
Releia o trecho a seguir e responda a questão.
“Devem-se evitar essas construções perifrásticas. O texto ganha em economia e expressividade quando elas são substituídas pelos verbos correspondentes.”
Nas palavras “correspondentes”, “expressividade” e “economia”, quanto ao processo de formação, há, respectivamente:
“Devem-se evitar essas construções perifrásticas. O texto ganha em economia e expressividade quando elas são substituídas pelos verbos correspondentes.”
Nas palavras “correspondentes”, “expressividade” e “economia”, quanto ao processo de formação, há, respectivamente:
Ano: 2013
Banca:
INSTITUTO AOCP
Órgão:
IBC
Provas:
Instituto AOCP - 2013 - IBC - Professor - Educação Infantil
|
INSTITUTO AOCP - 2013 - IBC - Professor de Ensino Fundamental |
INSTITUTO AOCP - 2013 - IBC - Enfermeiro |
Q419508
Português
Texto associado
Os legisladores e o Verbo Divino
Cláudio de Moura e Castro
1.§ Pensemos na seguinte situação. Três pessoas
estão em uma sala, prontas para devorar uma travessa de
comida. E eis que chegam mais três. Será preciso deitar
água no feijão, para dividi-lo entre os comensais. Todos
comem feijão aguado. Os mesmos três estão ouvindo um
cantor, quando irrompem mais três na sala. Mas agora é
diferente, ninguém ouve ou vê menos pela presença dos
outros. Não há do que privar-se, pois ninguém “come”
o som e a imagem dos outros. Se continuar a chegar
gente, acabarão todos se acotovelando e cochichos
atrapalharão o deleite da música. Mas quantos serão, a
ponto de reduzir o prazer da cantoria? Obviamente, isso
dependerá do tamanho da sala, do formato, da acústica,
do volume da voz e se há amplificação, entre outros
fatores. Não há um número mágico.
2.§ Esse experimento abstrato pode ser comparado
a uma sala de aula. Quando chegam mais alunos, não
é como o caso do feijão aguado. Pelo contrário, é
semelhante ao do cantor. Mais gente na sala não prejudica
o aprendizado. E não é preciso muita imaginação para
concluir que aulas maiores custam menos, economizando
recursos, vantagem nada trivial. No primeiro ano de
Harvard, muitas aulas são em anfiteatros, com todos os
400 alunos iniciantes. O curso de introdução à economia,
em Berkeley, tinha 1200. Se essa fórmula fosse tão ruim,
Harvard não seria a melhor universidade do mundo e
Berkeley, a melhor pública. As salas do ensino médio
coreano tinham mais de sessenta alunos. Mesmo assim,
a Coreia já possuía um excelente sistema educativo. No
Brasil, temos o exemplo dos cursinhos, operando com
salas enormes. Para a maioria dos alunos, é o melhor
ensino que jamais experimentarão.
3.§ A realidade é ainda mais turva. Pergunte-se
ao público se prefere ouvir Caetano Veloso em uma
sala com 100 espectadores ou um cantor menor, em
uma sala com 35. Pergunte-se aos alunos se preferem
um grande professor, em uma sala enorme, ou um
medíocre, em uma salinha de 35 lugares. Em ambos os
casos, a resposta é a mesma e óbvia. Para os puristas,
se há muitos alunos, dilui-se a interação deles com o
professor. É um argumento sério, sempre e quando tal
interação for praticada. Mas isso é raríssimo, qualquer
que seja o tamanho da sala. Tais perplexidades atraíram
muitos estudos, na tentativa de determinar o impacto do
4.§ Tais análises não avaliam métodos eficazes que
requerem poucos alunos. Isso porque sua superioridade
não pode ser medida se quem os adota está perdido em
um mundão de escolas tradicionais. A própria definição
de tamanho de sala vai se esfarelando. Imaginemos um
colégio com professores excelentes dando aulas em
salas com sessenta estudantes. Depois, grupos de dez
alunos se reúnem com professores mais jovens para
discutir os assuntos da aula. Além disso, os alunos fazem
duas disciplinas a distância, uma delas com um tutor por
500 alunos e outra, totalmente informatizada (relação
aluno/professor = infinito). Quantos professores por
aluno há nessa escola? Desde que temos Ideb e Enem,
o tema é irrelevante. Se o estudante aprendeu, pouco
importa como funciona a sala de aula. Pois não é que o
nosso Legislativo, com uma pauta atolada de problemas
angustiantes, se mete a legislar sobre o número de
alunos na sala de aula? Pela proposta em discussão, no
ensino médio, não será possível ultrapassar o número
mágico de 35. Deve ser uma cifra que, em sua infinita
magnificência, Deus revelou aos legisladores, pois de
nenhuma pesquisa saiu.
tamanho da sala de aula sobre o aprendizado. De fato,
esse é um dos temas mais pesquisados, com medidas
cuidadosas e grupos de controle. São centenas de
pesquisas, tantas que não mais se justifica fazer outras.
E o que nos dizem? Simplesmente, com a única exceção
constituída pelos alunos pobres dos anos iniciais, não há
nenhuma associação entre o tamanho da sala e o nível de
aprendizado. Infere-se que os casos de interação aluno-
professor são raríssimos. Desde que se possa ver e ouvir
o mestre, pôr ou tirar alunos não afeta o rendimento.
É leviano negar o que diz a avalanche de pesquisas.
Entendamos, os resultados descrevem o coletivo das
escolas.
Revista Veja, edição 2.299, p. 28.
O prefixo presente em irrelevante (4.§) apresenta o mesmo valor semântico do prefixo presente em
Q411880
Português
Texto associado
A outra noite
Outro dia fui a São Paulo e resolvi voltar à noite, uma noite de vento sul e chuva, tanto lá como aqui. Quando vinha para casa de táxi, encontrei um amigo e o trouxe até Copacabana; e contei a ele que lá em cima, além das nuvens, estava um luar lindo, de lua cheia; e que as nuvens feias que cobriam a cidade eram, vistas de cima, enluaradas, colchões de sonho, alvas, uma paisagem irreal.
Depois que o meu amigo desceu do carro, o chofer aproveitou um sinal fechado para voltar-se para mim:
- O senhor vai desculpar, eu estava aqui a ouvir sua conversa. Mas, tem mesmo luar lá em cima?
Confirmei: sim, acima da nossa noite preta e enlamaçada e torpe havia uma outra - pura, perfeita e linda.
-Mas que coisa...
Ele chegou a pôr a cabeça fora do carro para olhar o céu fechado de chuva. Depois continuou guiando mais lentamente. Não sei se sonhava em ser aviador ou pensava em outra coisa.
-Ora, sim senhor...
E, quando saltei e paguei a corrida, ele me disse um“boa noite” e um“muito obrigado ao senhor” tão sinceros, tão veementes, como se eu lhe tivesse feito um presente de rei.
(BRAGA, Rubem. Para gostar de ler, vol. 2, crônicas. São Paulo, Ática.) Para gostar de le
Outro dia fui a São Paulo e resolvi voltar à noite, uma noite de vento sul e chuva, tanto lá como aqui. Quando vinha para casa de táxi, encontrei um amigo e o trouxe até Copacabana; e contei a ele que lá em cima, além das nuvens, estava um luar lindo, de lua cheia; e que as nuvens feias que cobriam a cidade eram, vistas de cima, enluaradas, colchões de sonho, alvas, uma paisagem irreal.
Depois que o meu amigo desceu do carro, o chofer aproveitou um sinal fechado para voltar-se para mim:
- O senhor vai desculpar, eu estava aqui a ouvir sua conversa. Mas, tem mesmo luar lá em cima?
Confirmei: sim, acima da nossa noite preta e enlamaçada e torpe havia uma outra - pura, perfeita e linda.
-Mas que coisa...
Ele chegou a pôr a cabeça fora do carro para olhar o céu fechado de chuva. Depois continuou guiando mais lentamente. Não sei se sonhava em ser aviador ou pensava em outra coisa.
-Ora, sim senhor...
E, quando saltei e paguei a corrida, ele me disse um“boa noite” e um“muito obrigado ao senhor” tão sinceros, tão veementes, como se eu lhe tivesse feito um presente de rei.
(BRAGA, Rubem. Para gostar de ler, vol. 2, crônicas. São Paulo, Ática.) Para gostar de le
O prefixo da palavra IRREAL significa:
Ano: 2014
Banca:
IBFC
Órgão:
TRE-AM
Provas:
IBFC - 2014 - TRE-AM - Técnico Judiciário - Área Administrativa
|
IBFC - 2014 - TRE-AM - Técnico de enfermagem |
IBFC - 2014 - TRE-AM - Técnico Judiciário - Operação de Computador |
IBFC - 2014 - TRE-AM - Técnico Judiciário - Higiene Dental |
IBFC - 2014 - TRE-AM - Técnico Judiciário - Programação de Sistemas |
Q410027
Português
Texto associado
Texto
Gente-casa
(VERlSSIMO, Luís Fernando.O Melhor das Comédias da Vida Privada. Rio de Janeiro: Objetiva, 2004)
Gente-casa
Existe gente-casa e gente-apartamento. Não tem nada a ver com tamanho: há pessoas pequenas que você sabe, só de olhar, que dentro têm dois pisos e escadaria, e pessoas grandes com um interior apertado, sala e quitinete. Também não tem nada a ver com caráter. Gente-casa não é necessariamente melhor do que gente-apartamento. A casa que alguns têm por dentro pode estar abandonada, a pessoa pode ser apenas uma fachada para uma armadilha ou um bordel. Já uma pessoa- apartamento pode ter um interior simples mas bem ajeitado e agradável. É muito melhor conviver com um dois quartos, sala, cozinha e dependências do que com um labirinto.
Algumas pessoas não são apenas casas. São mansões. Com sótão e porão e tudo que eles, comportam, inclusive baús antigos, fantasmas e alguns ratos. É fascinante quando alguém que você não imaginava ser mais do que um apartamento com, vá lá, uma suíte, de repente se revela um sobrado com pátio interno, adega e solário. É sempre arriscado prejulgar: você pode começar um relacionamento com alguém pensando que é um quarto-e-sala conjugado e se descobrir perdido em corredores escuros, e quando abre a porta, dá no quarto de uma tia louca. Pensando bem, todo mundo tem uma casa por dentro, ou no mínimo, bem lá no fundo, um porão. Ninguém é simples. Tudo, afinal, é só a ponta de um iceberg (salvo ponta de iceberg, que pode ser outra coisa) e muitas vezes quem aparenta ser apenas uma cobertura funcional com qrt. sal. avab. e coz. só está escondendo suas masmorras.
(VERlSSIMO, Luís Fernando.O Melhor das Comédias da Vida Privada. Rio de Janeiro: Objetiva, 2004)
Na construção do termo “gente-casa”, o autor explora possibilidades de arranjos morfológicos e o potencial de formação de palavras na Língua. Observe as afirmações abaixo:
I. “gente” é o termo determinado do composto.
II. “casa” é o termo determinante do composto.
III. O hífen foi utilizado para marcar uma unidade morfológica e semântica.
IV. O processo que originou tal construção foi a derivação.
São corretas as seguintes afirmações:
I. “gente” é o termo determinado do composto.
II. “casa” é o termo determinante do composto.
III. O hífen foi utilizado para marcar uma unidade morfológica e semântica.
IV. O processo que originou tal construção foi a derivação.
São corretas as seguintes afirmações:
Q405177
Português
A abreviatura oficial dos meses do ano é feita com as três primeiras letras do mês seguidas de ponto; nesse caso, a única forma de abreviatura que, de fato, nada abrevia é: