Questões de Concurso
Sobre estrutura das palavras: radical, desinência, prefixo e sufixo em português
Foram encontradas 1.515 questões
Ano: 2008
Banca:
FGV
Órgão:
Senado Federal
Provas:
FGV - 2008 - Senado Federal - Analista de Sistemas
|
FGV - 2008 - Senado Federal - Analista de Suporte de Sistemas |
Q45643
Português
Assinale a alternativa em que a palavra indicada, no texto, se classifique como advérbio.
Ano: 2009
Banca:
FCC
Órgão:
MPE-SE
Prova:
FCC - 2009 - MPE-SE - Analista do Ministério Público - Especialidade Direito |
Q45494
Português
Texto associado
Jornalismo e universo jurídico
É frequente, na grande mídia, a divulgação de informações ligadas a temas jurídicos, muitas vezes essenciais para a conscientização do cidadão a respeito de seus direitos. Para esse gênero de informação alcançar adequadamente o público leitor leigo, não versado nos temas jurídicos, o papel do jornalista se torna indispensável, pois cabe a ele transformar informações originadas de meios especializados em notícia assimilável pelo leitor.
Para que consiga atingir o grande público, ao elaborar uma notícia ou reportagem ligada a temas jurídicos, o jornalista precisa buscar conhecimento complementar. Não se trata de uma tarefa fácil, visto que a compreensão do universo jurídico exige conhecimento especializado. A todo instante veem-se nos meios de comunicação informações sobre fatos complexos relacionados ao mundo da Justiça: reforma processual, controle externo do Judiciário, julgamento de crimes de improbidade administrativa, súmula vinculante, entre tantos outros.
Ao mesmo tempo que se observa na mídia um grande número de matérias atinentes às Cortes de Justiça, às reformas na legislação e aos direitos legais do cidadão, verifica-se o desconhecimento de muitos jornalistas ao lidar com tais temas. O campo jurídico é tão complexo como alguns outros assuntos enfocados em segmentos especializados, como a economia, a informática ou a medicina, campos que também possuem linguagens próprias. Ao embrenhar-se no intrincado mundo jurídico, o jornalista arrisca-se a cometer uma série de incorreções e imprecisões linguísticas e técnicas na forma como as notícias são veiculadas. Uma das razões para esse risco é lembrada por Leão Serva:
Um procedimento essencial ao jornalismo, que necessariamente induz à incompreensão dos fatos que narra, é a redução das notícias a paradigmas que lhes são alheios, mas que permitem um certo nível imediato de compreensão pelo autor ou por aquele que ele supõe ser o seu leitor. Por conta desse procedimento, noticiários confusos aparecerão simplificados para o leitor, reduzindo, consequentemente, sua capacidade real de compreensão da totalidade do significado da notícia.
(Adaptado de Tomás Eon Barreiros e Sergio Paulo França de Almeida. http://jus2.uol.com.br.doutrina/texto.asp?id=1006)
É frequente, na grande mídia, a divulgação de informações ligadas a temas jurídicos, muitas vezes essenciais para a conscientização do cidadão a respeito de seus direitos. Para esse gênero de informação alcançar adequadamente o público leitor leigo, não versado nos temas jurídicos, o papel do jornalista se torna indispensável, pois cabe a ele transformar informações originadas de meios especializados em notícia assimilável pelo leitor.
Para que consiga atingir o grande público, ao elaborar uma notícia ou reportagem ligada a temas jurídicos, o jornalista precisa buscar conhecimento complementar. Não se trata de uma tarefa fácil, visto que a compreensão do universo jurídico exige conhecimento especializado. A todo instante veem-se nos meios de comunicação informações sobre fatos complexos relacionados ao mundo da Justiça: reforma processual, controle externo do Judiciário, julgamento de crimes de improbidade administrativa, súmula vinculante, entre tantos outros.
Ao mesmo tempo que se observa na mídia um grande número de matérias atinentes às Cortes de Justiça, às reformas na legislação e aos direitos legais do cidadão, verifica-se o desconhecimento de muitos jornalistas ao lidar com tais temas. O campo jurídico é tão complexo como alguns outros assuntos enfocados em segmentos especializados, como a economia, a informática ou a medicina, campos que também possuem linguagens próprias. Ao embrenhar-se no intrincado mundo jurídico, o jornalista arrisca-se a cometer uma série de incorreções e imprecisões linguísticas e técnicas na forma como as notícias são veiculadas. Uma das razões para esse risco é lembrada por Leão Serva:
Um procedimento essencial ao jornalismo, que necessariamente induz à incompreensão dos fatos que narra, é a redução das notícias a paradigmas que lhes são alheios, mas que permitem um certo nível imediato de compreensão pelo autor ou por aquele que ele supõe ser o seu leitor. Por conta desse procedimento, noticiários confusos aparecerão simplificados para o leitor, reduzindo, consequentemente, sua capacidade real de compreensão da totalidade do significado da notícia.
(Adaptado de Tomás Eon Barreiros e Sergio Paulo França de Almeida. http://jus2.uol.com.br.doutrina/texto.asp?id=1006)
Atente para as seguintes afirmações:
I. Haverá alteração de sentido caso se suprimam as vírgulas do segmento Um procedimento essencial ao jornalismo, que necessariamente induz à incompreensão dos fatos que narra, é a redução das notícias (...).
II. Ainda que opcional, seria desejável a colocação de uma vírgula depois da expressão Ao mesmo tempo, na abertura do 3º parágrafo.
III. Na frase Não se trata de uma tarefa fácil, visto que a compreensão do universo jurídico exige conhecimento especializado, pode-se, sem prejuízo para o sentido, substituir o segmento sublinhado por fácil: a compreensão.
Está correto o que se afirma em
I. Haverá alteração de sentido caso se suprimam as vírgulas do segmento Um procedimento essencial ao jornalismo, que necessariamente induz à incompreensão dos fatos que narra, é a redução das notícias (...).
II. Ainda que opcional, seria desejável a colocação de uma vírgula depois da expressão Ao mesmo tempo, na abertura do 3º parágrafo.
III. Na frase Não se trata de uma tarefa fácil, visto que a compreensão do universo jurídico exige conhecimento especializado, pode-se, sem prejuízo para o sentido, substituir o segmento sublinhado por fácil: a compreensão.
Está correto o que se afirma em
Ano: 2010
Banca:
ESAF
Órgão:
MPO
Prova:
ESAF - 2010 - MPOG - Analista de Planejamento e Orçamento - Prova 1 |
Q45395
Português
Os fragmentos abaixo constituem sequencialmente um texto e foram adaptados de Afonso C. M. dos Santos, Linguagem, memória e história: o enunciado nacional (publicado em: Ferreira, L. & Orrico, E., Linguagem, identidade e memória social, p. 2-25). Assinale a opção que apresenta o trecho transcrito com erros gramaticais.
Ano: 2010
Banca:
ESAF
Órgão:
MPO
Prova:
ESAF - 2010 - MPOG - Analista de Planejamento e Orçamento - Prova 1 |
Q45393
Português
Assinale a opção em que as duas possibilidades propostas para o preenchimento das lacunas do texto resultam em um texto coerente e gramaticalmente correto.
O desempenho econômico de uma nação não está necessariamente atrelado a seu desenvolvimento sustentável. Um país pode crescer vertiginosamente, ___(a)___ performance econômica invejável, porém ___ (b)___custas da degradação de seu patrimônio. Por isso, especialistas discutem uma nova maneira de se calcular o PIB, ___(c)___em conta os índices de sustentatibilidade e a preservação dos recursos naturais.
A ideia, totalmente inovadora, vai ao encontro ____(d)___ algumas necessidades básicas a serem cumpridas para viabilizar o crescimento sustentável, principalmente nos países em desenvolvimento. Apesar ___(e)___crise fi nanceira que assombra as economias mundiais, os emergentes passam por um momento de crescimento, e investimentos em infra-estrutura básica tornam-se primordiais para assegurar a sustentatibilidade.
(Adaptado de João Geraldo Ferreira, Crescimento acelerado, garantia do desenvolvimento sustentável? Correio Braziliense, 7 de setembro de 2009)
O desempenho econômico de uma nação não está necessariamente atrelado a seu desenvolvimento sustentável. Um país pode crescer vertiginosamente, ___(a)___ performance econômica invejável, porém ___ (b)___custas da degradação de seu patrimônio. Por isso, especialistas discutem uma nova maneira de se calcular o PIB, ___(c)___em conta os índices de sustentatibilidade e a preservação dos recursos naturais.
A ideia, totalmente inovadora, vai ao encontro ____(d)___ algumas necessidades básicas a serem cumpridas para viabilizar o crescimento sustentável, principalmente nos países em desenvolvimento. Apesar ___(e)___crise fi nanceira que assombra as economias mundiais, os emergentes passam por um momento de crescimento, e investimentos em infra-estrutura básica tornam-se primordiais para assegurar a sustentatibilidade.
(Adaptado de João Geraldo Ferreira, Crescimento acelerado, garantia do desenvolvimento sustentável? Correio Braziliense, 7 de setembro de 2009)
Ano: 2010
Banca:
ESAF
Órgão:
MPO
Prova:
ESAF - 2010 - MPOG - Analista de Planejamento e Orçamento - Prova 1 |
Q45392
Português
Assinale a opção que completa corretamente a sequência de lacunas no texto abaixo.
Se hoje ___(1)___é mais fácil, pelo menos para boa parte da humanidade, livrar-nos da fome e dos leões, se nos é mais fácil debelarmos boa parte das doenças que ____(2)___ a humanidade no decorrer da história, a contrapartida parece ser que não ___(3)___ fugir do desemprego, e, quando sim, não do trabalho desvairado, do temor da absolescência, do esgotamento nervoso, do estresse, da depressão. Cabe perguntar: é a tecnologia a responsável ___(4)___ mudança de nossa visão de mundo, ou é a nossa visão de mundo que conduz ___(5)_ __ mudanças tecnológicas? A pergunta é oportuna porque nos leva a questionar se não temos o poder de mudar o rumo de nossas vidas, de modifi car nossa própria visão de mundo, e ___ (6)___ modifi car o próprio mundo.
(Filosofi a,ciência&vida, ano III, n. 27, p. 32, com adaptações)
Se hoje ___(1)___é mais fácil, pelo menos para boa parte da humanidade, livrar-nos da fome e dos leões, se nos é mais fácil debelarmos boa parte das doenças que ____(2)___ a humanidade no decorrer da história, a contrapartida parece ser que não ___(3)___ fugir do desemprego, e, quando sim, não do trabalho desvairado, do temor da absolescência, do esgotamento nervoso, do estresse, da depressão. Cabe perguntar: é a tecnologia a responsável ___(4)___ mudança de nossa visão de mundo, ou é a nossa visão de mundo que conduz ___(5)_ __ mudanças tecnológicas? A pergunta é oportuna porque nos leva a questionar se não temos o poder de mudar o rumo de nossas vidas, de modifi car nossa própria visão de mundo, e ___ (6)___ modifi car o próprio mundo.
(Filosofi a,ciência&vida, ano III, n. 27, p. 32, com adaptações)
Ano: 2010
Banca:
ESAF
Órgão:
MPO
Prova:
ESAF - 2010 - MPOG - Analista de Planejamento e Orçamento - Prova 1 |
Q45390
Português
Assinale a opção incorreta a respeito do uso das estruturas linguísticas no texto.
Ano: 2010
Banca:
ESAF
Órgão:
MPO
Prova:
ESAF - 2010 - MPOG - Analista de Planejamento e Orçamento - Prova 1 |
Q45388
Português
Assinale a opção correta a respeito do uso das estruturas linguísticas no texto.
Q44212
Português
Texto associado
A respeito das ideias expressas no texto acima e de suas
estruturas linguísticas, julgue os itens a seguir.
A respeito das ideias expressas no texto acima e de suas
estruturas linguísticas, julgue os itens a seguir.
A organização textual admite a substituição do substantivo "clivagens" (L.9) por oposições, sem se prejudicar a correção das estruturas gramaticais.
Ano: 2010
Banca:
FGV
Órgão:
CAERN
Provas:
FGV - 2010 - CAERN - Administrador
|
FGV - 2010 - CAERN - Assistente Social |
FGV - 2010 - CAERN - Engenheiro Elétrico |
FGV - 2010 - CAERN - Engenheiro Civil |
FGV - 2010 - CAERN - Engenheiro de Segurança do Trabalho |
FGV - 2010 - CAERN - Engenheiro Mecânico |
FGV - 2010 - CAERN - Jornalista |
FGV - 2010 - CAERN - Economista |
FGV - 2010 - CAERN - Psicólogo |
FGV - 2010 - CAERN - Sociólogo |
FGV - 2010 - CAERN - Engenheiro de Produção |
FGV - 2010 - CAERN - Engenheiro Químico |
Q44025
Português
Com Pitágoras, 2.500 anos atrás, a busca por uma ordem natural das coisas foi transformada numa busca por uma ordem matemática: os padrões que vemos na natureza refletem a matemática da criação. Cabe ao filósofo desvendar esses padrões, revelando assim os segredos do mundo. (L.10-15)
Em relação ao trecho acima, analise as afirmativas a seguir:
I. O pronome esses tem valor anafórico.
II. No lugar de 2.500 anos atrás, é recomendado que se escreva "há 2.500 anos atrás".
III. Os dois-pontos têm a mesma função que a desempenhada no primeiro parágrafo.
IV. A palavra assim poderia vir entre vírgulas.
Assinale
Em relação ao trecho acima, analise as afirmativas a seguir:
I. O pronome esses tem valor anafórico.
II. No lugar de 2.500 anos atrás, é recomendado que se escreva "há 2.500 anos atrás".
III. Os dois-pontos têm a mesma função que a desempenhada no primeiro parágrafo.
IV. A palavra assim poderia vir entre vírgulas.
Assinale
Ano: 2010
Banca:
FGV
Órgão:
CAERN
Provas:
FGV - 2010 - CAERN - Administrador
|
FGV - 2010 - CAERN - Assistente Social |
FGV - 2010 - CAERN - Engenheiro Elétrico |
FGV - 2010 - CAERN - Engenheiro Civil |
FGV - 2010 - CAERN - Engenheiro de Segurança do Trabalho |
FGV - 2010 - CAERN - Engenheiro Mecânico |
FGV - 2010 - CAERN - Jornalista |
FGV - 2010 - CAERN - Economista |
FGV - 2010 - CAERN - Psicólogo |
FGV - 2010 - CAERN - Sociólogo |
FGV - 2010 - CAERN - Engenheiro de Produção |
FGV - 2010 - CAERN - Engenheiro Químico |
Q44020
Português
Ademais, como o mundo é obra de um arquiteto universal (não exatamente o Deus judaico-cristão, mas uma divindade criadora mesmo assim), desvendar os segredos do mundo equivale a desvendar a "mente de Deus". (L.16-20) O termo destacado no trecho acima pode ser substituído, sem prejuízo de sentido, por
Q43963
Português
Assinale a palavra que seja formada pelo mesmo processo que megalópoles (L. 5).
Ano: 2008
Banca:
CESPE / CEBRASPE
Órgão:
SERPRO
Provas:
CESPE - 2008 - SERPRO - Analista - Desenvolvimento de Sistemas
|
CESPE - 2008 - SERPRO - Analista - Comunicação Social |
CESPE - 2008 - SERPRO - Analista - Redes |
Q43267
Português
Texto associado
A partir do texto acima, julgue os itens de 1 a 8.
A partir do texto acima, julgue os itens de 1 a 8.
Seria mantida a correção gramatical caso o elemento do fosse inserido entre "mais" e "que", na linha 18.
Ano: 2008
Banca:
CESPE / CEBRASPE
Órgão:
ABIN
Prova:
CESPE - 2008 - ABIN - Oficial de Inteligência |
Q41898
Português
Texto associado
Julgue os seguintes itens, a respeito da organização das idéias no
texto acima.
Julgue os seguintes itens, a respeito da organização das idéias no
texto acima.
O uso da preposição em, no termo "nos quais" (L.12), indica que a expressão nominal "processos sociais compartilhados" (L.12) está empregada como a circunstância de lugar da emergência dos "significados" (L.13), não como o agente de sua origem.
Q41693
Português
Texto associado
Com relação a aspectos lingüísticos do texto acima, julgue os
itens de 16 a 20.
Com relação a aspectos lingüísticos do texto acima, julgue os
itens de 16 a 20.
Se a preposição "em" (L.2) for substituída pela preposição para, prejudica-se a correção gramatical do período.
Q41411
Português
Mesmo os atos de caráter técnico podem ser qualificados eticamente. Esses atos sempre servem para a expansão ou limitação do ser humano. Sob a perspectiva ética, o que importa nas ações técnicas não é a sua trama lógica, adequada ou eficiente para obter resultados, mas sim a qualificação ética desses resultados.
No trecho acima, está implícita uma posição contrária à concepção de neutralidade atribuída aos atos de caráter técnico. O instrumento linguístico que permite a construção desse implícito é o emprego do vocábulo:
No trecho acima, está implícita uma posição contrária à concepção de neutralidade atribuída aos atos de caráter técnico. O instrumento linguístico que permite a construção desse implícito é o emprego do vocábulo:
Q41409
Português
O advérbio Aí, no quinto parágrafo, refere-se ao processo compreendido nas etapas assim apresentadas pelo autor.
Q41403
Português
Quanto à estrutura e formação do vocábulo meta-ética, é correto afirmar que:
Ano: 2010
Banca:
CESPE / CEBRASPE
Órgão:
UERN
Prova:
CESPE - 2010 - UERN - Técnico de Nível Superior |
Q40422
Português
No que diz respeito à estrutura do texto e às classes de palavras nele empregadas, assinale a opção correta.
Q40162
Português
Texto associado
Quando auxiliar já é fazer
Há muita senhora que se refere a sua empregada
doméstica como "minha auxiliar". Evita a secura da palavra
"empregada" por lhe parecer pejorativa ou politicamente
incorreta. As mais sofisticadas chegam a se valer de "minha
assistente" ou, ainda, "minha secretária" ? em que ganham, por
tabela, o status de executiva ou diretora de departamento. Mas
fiquemos com "auxiliar", e pensemos: auxiliar exatamente em
qual tarefa? Pois são muitos os casos em que a dona de casa
não faz absolutamente nada, a não ser administrar aquilo em
que sua "auxiliar" está de fato se empenhando: preparando o
almoço, lavando e guardando a louça, limpando a casa, lavando
e passando a roupa de toda a família etc.
É muito comum a situação de alguém pegar no batente,
fazer todo o serviço pesado e ser identificado como "auxiliar", ou
"estagiário", ou "assistente", quando não tachado de "provisório"
ou "experimental". Não se trata de uma implicância com certas
palavras; trata-se de reconhecer a condição injusta de quem faz
o essencial como se cuidasse apenas do acessório. Lembro-me
de que, no meu segundo ano de escola, a professora adoeceu
no meio ano. Durante todo o segundo semestre foi substituída
por uma jovem, que era identificada como "a substituta". "Você
está gostando da substituta?". "Será que a substituta vai dar
muita lição?". Ela dava aulas tão bem ou melhor do que a
primeira professora, mas não era reconhecida como mestra:
estava condenada a ser "a substituta".
Tais situações nos fazem pensar no reconhecimento que
deixa de ser prestado a quem mais fez por merecer. Quando o
freguês satisfeito elogia o proprietário de um restaurante pela
ótima refeição, não estará se esquecendo de alguém? Valeume,
a propósito, a lição de um amigo, quando, depois de um
almoço num restaurante, comentei: "Boa cozinha!". Ao que ele
retrucou: "Bom cozinheiro!". E será que esse cozinheiro tinha
um bom "auxiliar"?
(Manuel Praxedes de Sá, inédito)
Há muita senhora que se refere a sua empregada
doméstica como "minha auxiliar". Evita a secura da palavra
"empregada" por lhe parecer pejorativa ou politicamente
incorreta. As mais sofisticadas chegam a se valer de "minha
assistente" ou, ainda, "minha secretária" ? em que ganham, por
tabela, o status de executiva ou diretora de departamento. Mas
fiquemos com "auxiliar", e pensemos: auxiliar exatamente em
qual tarefa? Pois são muitos os casos em que a dona de casa
não faz absolutamente nada, a não ser administrar aquilo em
que sua "auxiliar" está de fato se empenhando: preparando o
almoço, lavando e guardando a louça, limpando a casa, lavando
e passando a roupa de toda a família etc.
É muito comum a situação de alguém pegar no batente,
fazer todo o serviço pesado e ser identificado como "auxiliar", ou
"estagiário", ou "assistente", quando não tachado de "provisório"
ou "experimental". Não se trata de uma implicância com certas
palavras; trata-se de reconhecer a condição injusta de quem faz
o essencial como se cuidasse apenas do acessório. Lembro-me
de que, no meu segundo ano de escola, a professora adoeceu
no meio ano. Durante todo o segundo semestre foi substituída
por uma jovem, que era identificada como "a substituta". "Você
está gostando da substituta?". "Será que a substituta vai dar
muita lição?". Ela dava aulas tão bem ou melhor do que a
primeira professora, mas não era reconhecida como mestra:
estava condenada a ser "a substituta".
Tais situações nos fazem pensar no reconhecimento que
deixa de ser prestado a quem mais fez por merecer. Quando o
freguês satisfeito elogia o proprietário de um restaurante pela
ótima refeição, não estará se esquecendo de alguém? Valeume,
a propósito, a lição de um amigo, quando, depois de um
almoço num restaurante, comentei: "Boa cozinha!". Ao que ele
retrucou: "Bom cozinheiro!". E será que esse cozinheiro tinha
um bom "auxiliar"?
(Manuel Praxedes de Sá, inédito)
O autor reluta em aceitar o emprego da palavra "auxiliar", já que considera essa palavra uma espécie de mascaramento, pois há muita gente que, ao se valer dessa palavra, acaba por assinalar essa palavra com uma afetação hipócrita.
Evitam-se as viciosas repetições da frase acima substituindo- se os elementos sublinhados, na ordem dada, por:
Evitam-se as viciosas repetições da frase acima substituindo- se os elementos sublinhados, na ordem dada, por:
Q40160
Português
Texto associado
Quando auxiliar já é fazer
Há muita senhora que se refere a sua empregada
doméstica como "minha auxiliar". Evita a secura da palavra
"empregada" por lhe parecer pejorativa ou politicamente
incorreta. As mais sofisticadas chegam a se valer de "minha
assistente" ou, ainda, "minha secretária" ? em que ganham, por
tabela, o status de executiva ou diretora de departamento. Mas
fiquemos com "auxiliar", e pensemos: auxiliar exatamente em
qual tarefa? Pois são muitos os casos em que a dona de casa
não faz absolutamente nada, a não ser administrar aquilo em
que sua "auxiliar" está de fato se empenhando: preparando o
almoço, lavando e guardando a louça, limpando a casa, lavando
e passando a roupa de toda a família etc.
É muito comum a situação de alguém pegar no batente,
fazer todo o serviço pesado e ser identificado como "auxiliar", ou
"estagiário", ou "assistente", quando não tachado de "provisório"
ou "experimental". Não se trata de uma implicância com certas
palavras; trata-se de reconhecer a condição injusta de quem faz
o essencial como se cuidasse apenas do acessório. Lembro-me
de que, no meu segundo ano de escola, a professora adoeceu
no meio ano. Durante todo o segundo semestre foi substituída
por uma jovem, que era identificada como "a substituta". "Você
está gostando da substituta?". "Será que a substituta vai dar
muita lição?". Ela dava aulas tão bem ou melhor do que a
primeira professora, mas não era reconhecida como mestra:
estava condenada a ser "a substituta".
Tais situações nos fazem pensar no reconhecimento que
deixa de ser prestado a quem mais fez por merecer. Quando o
freguês satisfeito elogia o proprietário de um restaurante pela
ótima refeição, não estará se esquecendo de alguém? Valeume,
a propósito, a lição de um amigo, quando, depois de um
almoço num restaurante, comentei: "Boa cozinha!". Ao que ele
retrucou: "Bom cozinheiro!". E será que esse cozinheiro tinha
um bom "auxiliar"?
(Manuel Praxedes de Sá, inédito)
Há muita senhora que se refere a sua empregada
doméstica como "minha auxiliar". Evita a secura da palavra
"empregada" por lhe parecer pejorativa ou politicamente
incorreta. As mais sofisticadas chegam a se valer de "minha
assistente" ou, ainda, "minha secretária" ? em que ganham, por
tabela, o status de executiva ou diretora de departamento. Mas
fiquemos com "auxiliar", e pensemos: auxiliar exatamente em
qual tarefa? Pois são muitos os casos em que a dona de casa
não faz absolutamente nada, a não ser administrar aquilo em
que sua "auxiliar" está de fato se empenhando: preparando o
almoço, lavando e guardando a louça, limpando a casa, lavando
e passando a roupa de toda a família etc.
É muito comum a situação de alguém pegar no batente,
fazer todo o serviço pesado e ser identificado como "auxiliar", ou
"estagiário", ou "assistente", quando não tachado de "provisório"
ou "experimental". Não se trata de uma implicância com certas
palavras; trata-se de reconhecer a condição injusta de quem faz
o essencial como se cuidasse apenas do acessório. Lembro-me
de que, no meu segundo ano de escola, a professora adoeceu
no meio ano. Durante todo o segundo semestre foi substituída
por uma jovem, que era identificada como "a substituta". "Você
está gostando da substituta?". "Será que a substituta vai dar
muita lição?". Ela dava aulas tão bem ou melhor do que a
primeira professora, mas não era reconhecida como mestra:
estava condenada a ser "a substituta".
Tais situações nos fazem pensar no reconhecimento que
deixa de ser prestado a quem mais fez por merecer. Quando o
freguês satisfeito elogia o proprietário de um restaurante pela
ótima refeição, não estará se esquecendo de alguém? Valeume,
a propósito, a lição de um amigo, quando, depois de um
almoço num restaurante, comentei: "Boa cozinha!". Ao que ele
retrucou: "Bom cozinheiro!". E será que esse cozinheiro tinha
um bom "auxiliar"?
(Manuel Praxedes de Sá, inédito)
Está clara e correta a redação deste livre comentário sobre o texto: