Questões de Concurso Sobre figuras de linguagem em português

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Q2119562 Português

    O brado do Ipiranga, a declaração de Independência pelo então príncipe regente Dom Pedro de Alcântara (1798-1834), foi construído historicamente como um dos atos fundadores do Brasil, afirmam os estudiosos do período. Sua representação mais emblemática é o quadro Independência ou morte!, de 4,15 metros (m) por 7,60 m, elaborado entre 1886 e 1888 em Florença, na Itália. Exposto no salão nobre do Museu Paulista da Universidade de São Paulo (MP-SP), sabe-se hoje que seu autor, Pedro Américo de Figueiredo e Melo (1843-1905), um dos mais famosos pintores brasileiros do final do século XIX, não o concebeu como tentativa de representação fidedigna do ato nem como fantasia desvinculada da realidade.

     A pintura expressa não só uma intensa pesquisa sobre a história e a cultura brasileiras, mas também uma marcante influência europeia, observa a historiadora Michelli Scapol Monteiro. Em 2019 e 2020, como parte de seu estágio de pós-doutorado no MP, ela visitou arquivos, bibliotecas e museus de Florença e Paris para identificar as influências artísticas e políticas do quadro e as referências a outras obras e artistas, também chamadas de citações, procedimento comum em pinturas históricas da época. “As citações eram uma forma de o artista mostrar erudição e conhecimento de seus predecessores e contemporâneos”, diz ela. “Serviam para mostrar deferência a pinturas que inspiram a composição de uma tela”.

     As citações aparecem geralmente nos gestos de personagens, em detalhes ou na disposição dos elementos de uma cena que se assemelham aos das obras inspiradoras. Costumavam ser esperadas e até valorizadas, por evidenciarem a capacidade de um artista em adaptar um elemento prévio a um novo contexto.

ALBERGARIA, Danilo. As raízes do quadro Independência ou morte! Pesquisa FAPESP. Ano 23, n. 318, ago., 2023. p. 59. (Fragmento adaptado.)

Em relação ao enunciado negritado no terceiro parágrafo, assinale a alternativa que apresenta uma paráfrase do trecho “Costumavam ser esperadas e até valorizadas”.
Alternativas
Q2119506 Português

Leia o texto para responder à questão.


     O que ainda restava da minha visão iluminista está fazendo água. A ideia de que estamos inexoravelmente "evoluindo" vem sendo questionada há muito tempo, mas confesso que ainda alimentava alguma ilusão. Meu erro foi o de elevar a tecnologia a um grau de importância que ela não merece ter. Não se trata de avaliar o "custo-benefício", é coisa mais profunda do que contabilidades possam alcançar. [...]


    Não é novidade que somos seres gregários, que necessitamos uns dos outros [...]. O que tem nos passado despercebido é que à medida que reduzimos a qualidade das relações colocamos em risco nossa própria existência. Estamos perdendo qualidade, iludidos com a quantidade de relações e a brevidade do tempo a elas dedicado. É só retrocedermos um pouco no tempo.


    Muitos devem se lembrar de que visitávamos parentes e amigos sem aviso prévio. A surpresa era parte do processo, da liberação de adrenalina que estimulava as confidências, o olho no olho, a troca de afetos. [...] Pouco tempo depois caiu em desuso a visita surpresa e passamos a pedir autorização para visitar.


    O próximo passo foi quando abandonamos o encontro e adotamos a conversa por telefone. Na base da voz tentamos substituir o encontro presencial e, iludidos com pobres equações que relacionavam economia de tempo de deslocamento com maior produtividade, acatamos a filosofia de botequim: "Tempo é dinheiro, ganhe dinheiro não perdendo tempo". [...]


    Logo a seguir passamos a perguntar, por mensagens, se poderíamos ligar: pode falar? Chegava o tempo da necessidade da autorização para o telefonema. Aos poucos as conversas vão rareando e são substituídas por mensagens. Nem mais a surpresa do telefonema é permitida: o bina anuncia quem liga e agora a mensagem busca o agendamento da fala.


    Não demora muito e as mensagens passam a encurtar, limitando-se a certo número de caracteres. Convenciona-se um limite suportável de caracteres e o Twitter dá o tom ao assumir um número mágico: 140. Transmita tudo o que quiser, sintetize o que pensa, resuma seus sentimentos em 140 caracteres.


    Ao mesmo tempo, as mensagens por áudio ganham força sob o argumento da praticidade e da economia de tempo. E deixamos de exercitar a escrita, processo que exige reflexão sobre conteúdo, forma e modo de expressar o que sentimos. E passamos a escutar as mensagens em velocidade duplicada — afinal (adivinhe), tempo é dinheiro.


    O certo é que, de um jeito ou de outro, conformados em tentar transmitir o que pensamos através das mensagens, escrevemos subordinados a esses códigos que nos limitam. [...]



ABRAHÃO, Jorge. Disponível em: <https://www1.folha.uol.com.br/colunas/>. Acesso em: 13 fev. 2023. (Fragmento).

Uma das estratégias argumentativas utilizadas pelo autor do texto de opinião é o uso da ironia. Assinale a alternativa em que essa estratégia é utilizada. 
Alternativas
Q2117192 Português
ENTÃO, ADEUS!
Lygia Fagundes Telles
 
       Isto aconteceu na Bahia, numa tarde em que eu visitava a mais antiga e arruinada igreja que encontrei por lá, perdida na última rua do último bairro. Aproximou-se de mim um padre velhinho, mas tão velhinho, tão velhinho que mais parecia feito de cinza, de teia, de bruma, de sopro do que de carne e osso. Aproximou-se e tocou o meu ombro:
        — Vejo que aprecia essas imagens antigas — sussurrou-me com sua voz débil. E descerrando os lábios murchos num sorriso amável: – Tenho na sacristia algumas preciosidades. Quer vê-las?
       Solícito e trêmulo foi-me mostrando os pequenos tesouros da sua igreja: um mural de cores remotas e tênues como as de um pobre véu esgarçado na distância; uma Nossa Senhora de mãos carunchadas e grandes olhos cheios de lágrimas; dois anjos tocheiros que teriam sido esculpidos por Aleijadinho, pois dele tinham a inconfundível marca nos traços dos rostos severos e nobres, de narizes já carcomidos… Mostrou-me todas as raridades, tão velhas e tão gastas quanto ele próprio. Em seguida, desvanecido com o interesse que demonstrei por tudo, acompanhou-me cheio de gratidão até a porta.
          — Volte sempre — pediu-me.
       — Impossível — eu disse. — Não moro aqui, mas, em todo o caso, quem sabe um dia… — acrescentei sem nenhuma esperança.
      — E então, até logo! — ele murmurou descerrando os lábios num sorriso que me pareceu melancólico como o destroço de um naufrágio.
        Olhei-o. Sob a luz azulada do crepúsculo, aquela face branca e transparente era de tamanha fragilidade, que cheguei a me comover. Até logo?… “Então, adeus!”, ele deveria ter dito. Eu ia embarcar para o Rio no dia seguinte e não tinha nenhuma ideia de voltar tão cedo à Bahia. E mesmo que voltasse, encontraria ainda de pé aquela igrejinha arruinada que achei por acaso em meio das minhas andanças? E mesmo que desse de novo com ela, encontraria vivo aquele ser tão velhinho que mais parecia um antigo morto esquecido de partir?!…
        Ouça, leitor: tenho poucas certezas nesta incerta vida, tão poucas que poderia enumerá-las nesta breve linha. Porém, uma certeza eu tive naquele instante, a mais absoluta das certezas: “Jamais o verei.” Apertei-lhe a mão, que tinha a mesma frialdade seca da morte.
          — Até logo! – eu disse cheia de enternecimento pelo seu ingênuo otimismo. Afastei-me e de longe ainda o vi, imóvel no topo da escadaria. A brisa agitava-lhe os cabelos ralos e murchos como uma chama prestes a extinguir-se. “Então, adeus!”, pensei comovida ao acenar-lhe pela última vez. “Adeus.”
           Nesta mesma noite houve o clássico jantar de despedida em casa de um casal amigo. E, em meio de um grupo, eu já me encaminhava para a mesa, quando de repente alguém tocou o meu ombro, um toque muito leve, mais parecia o roçar de uma folha seca.
             Voltei-me. Diante de mim, o padre velhinho sorria.
              — Boa noite!
              Fiquei muda. Ali estava aquele de quem horas antes eu me despedira para sempre.
             — Que coincidência… — balbuciei afinal. Foi a única banalidade que me ocorreu dizer.— Eu não esperava vê-lo… tão cedo.
          Ele sorria, sorria sempre. E desta vez achei que aquele sorriso era mais malicioso do que melancólico. Era como se ele tivesse adivinhado meu pensamento quando nos despedimos na igreja e agora então, de um certo modo desafiante, estivesse a divertir-se com a minha surpresa. “Eu não disse até logo?”, os olhinhos enevoados pareciam perguntar com ironia.
           Durante o jantar ruidoso e calorento, lembrei-me de Kipling. “Sim, grande e estranho é o mundo. Mas principalmente estranho…”
                Meu vizinho da esquerda quis saber entre duas garfadas:
                — Então a senhora vai mesmo nos deixar amanhã?
               Olhei para a bolsa que tinha no regaço e dentro da qual já estava minha passagem de volta com a data do dia seguinte. E sorri para o velhinho lá na ponta da mesa.
                 — Ah, não sei… Antes eu sabia, mas agora já não sei.

Disponível em: <http://www.releituras.com.br/lftelles_entaoadeus_imp.asp.> Acesso em: 06 jul. 2020.
Assinale a alternativa que apresenta a figura de linguagem presente no trecho em destaque: “Aproximou-se de mim um padre velhinho, mas tão velhinho, tão velhinho que mais parecia feito de cinza, de teia, de bruma, de sopro do que de carne e osso.”.
Alternativas
Q2116753 Português
    Há 18 meses, todas as escolas do País fecharam as portas, o ensino remoto e mediado pela tecnologia foi o único caminho possível para que o aprendizado não fosse paralisado. O uso das ferramentas tecnológicas, que ainda engatinhava no sistema educacional brasileiro, foi disseminado. Mas do jeito que deu.
    Você e outros especialistas são categóricos ao afirmar que, por mais sedutora e avançada que pareça, nenhuma s olução tecnológica é capaz de substituir a mediação humana na educação. Acreditou-se que isso seria possível?
    Havia a ilusão, principalmente no mundo das empre sas de tecnologia, de que, quando o aluno pudesse estudar no seu tempo e no lugar que escolhesse, isso o liberaria das amarras da educação tradicional, iria personalizar a educação. Isso foi um grande fracasso, porque o que determina a quali dade da educação é a pedagogia, não a tecnologia.
    Pesquisas mostram que, para as crianças, a mediação humana é muito importante. Nessa fase, não se aprendem somente conteúdos, mas também práticas de aprendizagem. Ainda se está aprendendo a aprender, ou seja, como monitorar o próprio aprendizado, quais fontes de conhecimento são mais adequadas para diferentes situações. Quando você é adulto e faz um mestrado a distância, tais habilidades já estão estabelecidas, por isso um modelo de aprendizagem autônomo funciona. O que vemos nas pesquisas é que, para alunos com melhor desempenho, a questão entre usar ou não o ensino digital representa pouca diferença. Já para os estudantes com mais dificuldade, a transição do modo presencial para o remoto ou híbrido é mais difícil; eles precisam mais da mediação humana. Não podemos tratar todos os alunos da mesma forma. Se a gente está pensando em soluções híbridas, precisa desenhar mecanismos de compensação, como tutoriais e diagnósticos mais rápidos.
    O professor deve estar no centro do processo que mescla interação e aprendizado mediado pela tecnologia. Ele é o maestro que combina diferentes mídias e formas de aprendizagem. Por isso, me preocupo bastante com sistemas que pensam em fórmulas únicas de ensino híbrido.
    Quais ações práticas as redes de ensino devem adotar para manter professores em sintonia com o universo digital?
É preciso criar uma integração com universidade, terceiro setor, governo… Tudo para gerar pesquisa e programas para formação de professores e gestores. Há 15 anos, dar formação em tecnologia educacional era fácil. Você ensinava o professor a usar duas tecnologias e pronto. Hoje a exigência é um treinamento muito avançado. As teorias educacionais continuam com seu papel essencial, podendo agora se v aler do universo digital para complementar o que já sabemos s obre aprendizagem humana e expandir nossas possibilidades. Por isso, volto a frisar: o professor, que deve ser o arquiteto das experiências de aprendizagem, tem de conhecer as ferramentas tecnológicas para aplicar um sólido desenho pedagógico.

(O Estado de S.Paulo, 24 set. 2021. Adaptado) 
Identificam­se palavras/expressões empregadas com sentido figurado nas duas seguintes passagens do texto: 
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Q2115843 Português
Segundo Bechara, ‘muitas vezes utilizamos os fonemas para melhor evocar certas representações, e é deste emprego que surgem as aliterações, as onomatopeias e os vocábulos expressivos’. Relativamente a esses três itens, avalie as assertivas que seguem, assinalando V, se verdadeiras, ou F, se falsas.

( ) Aliteração é a repetição de fonema, vocálico ou consonântico, igual ou parecido, para descrever ou sugerir acusticamente o que temos em mente e expressar, quer por meio de uma só palavra, quer por unidades mais extensas. Como ocorre no verso: ‘As asas ao sereno e sossegado vento’.
( ) Onomatopeia é o emprego de fonema em vocábulo para descrever acusticamente um objeto pela ação que exprime. São frequentes as onomatopeias que traduzem as vozes dos animais e os sons das coisas, como, por exemplo, o ‘tique-taque’ do relógio, o ‘zunzunar’ da abelha.
( ) Vocabulário expressivo é o que não imita um ruído, mas sugere a ideia do ser que se quer designar com a ajuda do valor psicológico de seus fonemas, como os vocábulos ‘tagarelar’, ‘jururu’, ‘ziriguidum’.

A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:
Alternativas
Q2114876 Português

Texto 15A2-I 


    Em uma linha de estudos, um dos fatores apontados frequentemente como possível solução para a diminuição da demanda nos tribunais diz respeito aos mecanismos de resolução alternativa de conflitos. O relatório Fazendo com que a justiça conte: medindo e aprimorando o desempenho do Judiciário no Brasil, produzido pelo Banco Mundial, já apontava em 2004 a maior difusão do instituto da conciliação como uma possível solução para a excessiva sobrecarga de processos na justiça estadual. Segundo o relatório, tal medida poderia ser um importante mecanismo de diminuição das demandas hoje paralisadas no Poder Judiciário estadual.


     Ribeiro (2008), em análise acerca do acesso ao sistema judiciário no Brasil, destaca o papel do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) como órgão encarregado de desenvolver ações que visem à redução da morosidade processual e à simplificação dos procedimentos judiciais. A autora destaca dentre os projetos desenvolvidos pelo CNJ a ênfase nos procedimentos alternativos de justiça, entre os quais figura o instituto da conciliação.


    Em mesmo sentido, Veronese (2007) realizou análise da evolução de experiências alternativas de resolução de conflitos, descrevendo os projetos e as questões políticas implicadas nesse fenômeno. Segundo o autor, apesar do consenso de que o Brasil se insere em um contexto de tradição jurídica formalista, ocorre atualmente um movimento descrito como “permeabilidade às novas referências institucionais para a solução dos conflitos e ao discurso de intervenção social” (2007, p. 19), agenda que, segundo Veronese, vem-se desenvolvendo de modo célere no Brasil. Um exemplo citado por ele diz respeito à realização do Dia Nacional da Conciliação, evento promovido pelo CNJ com o intuito de difundir nos tribunais a cultura da realização de acordos entre os litigantes com vistas a extinguir demandas judiciárias. 


Renato Máximo Sátiro e Marcos de Moraes Sousa. Determinantes quantitativos do desempenho judicial: fatores associados à produtividade dos tribunais de justiça. In: Revista Direito GV, v. 7, n.º 1, 2021, p. 8-9 (com adaptações).

Considerando os aspectos estilísticos e estruturais do texto 15A2- I, julgue o item que se segue.


Verificável pelas referências a outros autores, a polifonia encontrada no texto relaciona-se às práticas de debate e fundamentação constitutivas dos textos acadêmicos. 

Alternativas
Ano: 2023 Banca: FUNDATEC Órgão: Prefeitura de Casca - RS Provas: FUNDATEC - 2023 - Prefeitura de Casca - RS - Analista de Informática | FUNDATEC - 2023 - Prefeitura de Casca - RS - Professor de Educação Infantil | FUNDATEC - 2023 - Prefeitura de Casca - RS - Odontólogo | FUNDATEC - 2023 - Prefeitura de Casca - RS - Nutricionista | FUNDATEC - 2023 - Prefeitura de Casca - RS - Médico Veterinário | FUNDATEC - 2023 - Prefeitura de Casca - RS - Médico Pediatra | FUNDATEC - 2023 - Prefeitura de Casca - RS - Médico Ginecologista Obstetra | FUNDATEC - 2023 - Prefeitura de Casca - RS - Médico Clínica Geral | FUNDATEC - 2023 - Prefeitura de Casca - RS - Fiscal Tributário | FUNDATEC - 2023 - Prefeitura de Casca - RS - Fiscal Sanitário | FUNDATEC - 2023 - Prefeitura de Casca - RS - Fiscal Ambiental | FUNDATEC - 2023 - Prefeitura de Casca - RS - Farmacêutico | FUNDATEC - 2023 - Prefeitura de Casca - RS - Engenheiro Civil | FUNDATEC - 2023 - Prefeitura de Casca - RS - Enfermeiro | FUNDATEC - 2023 - Prefeitura de Casca - RS - Biólogo | FUNDATEC - 2023 - Prefeitura de Casca - RS - Assistente Social | FUNDATEC - 2023 - Prefeitura de Casca - RS - Professor de Ensino Fundamental Anos Iniciais | FUNDATEC - 2023 - Prefeitura de Casca - RS - Professor de Ensino Fundamental Anos Finais - Português e Inglês | FUNDATEC - 2023 - Prefeitura de Casca - RS - Professor de Ensino Fundamental Anos Finais - Português e Espanhol | FUNDATEC - 2023 - Prefeitura de Casca - RS - Professor de Ensino Fundamental Anos Finais - Matemática | FUNDATEC - 2023 - Prefeitura de Casca - RS - Professor de Ensino Fundamental Anos Finais - História | FUNDATEC - 2023 - Prefeitura de Casca - RS - Professor de Ensino Fundamental Anos Finais - Geografia | FUNDATEC - 2023 - Prefeitura de Casca - RS - Professor de Ensino Fundamental Anos Finais - Educação Física | FUNDATEC - 2023 - Prefeitura de Casca - RS - Professor de Ensino Fundamental Anos Finais - Ciências | FUNDATEC - 2023 - Prefeitura de Casca - RS - Professor de Ensino Fundamental Anos Finais - Artes |
Q2112731 Português
Instrução: A questão refere-se ao texto abaixo. Os destaques ao longo do texto estão citados na questão.

A era da burrice

Por Bruno Garattoni e Eduardo Szklarz




(Disponível em: https://super.abril.com.br/especiais/a-era-da-burrice/ – texto adaptado especialmente para esta prova).
Assinale a alternativa que indica a figura de linguagem identificada no trecho a seguir: “Um tsunami infinito de informações falsas”.
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Q2112308 Português
A personificação é um recurso expressivo por meio do qual se emprestam sentimentos humanos a seres inanimados, a animais, a mortos ou a ausentes. Observa-se esse recurso expressivo em:
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Q2109579 Português
Atenção: Para responder às questões de números 21 a 25, baseie-se no texto abaixo.

Minha terra

Saí menino de minha terra.
Passei trinta anos longe dela.
De vez em quando me diziam:
Sua terra está completamente mudada,
Tem avenidas, arranha-céus...
É hoje uma bonita cidade!

Meu coração ficava pequenino.

Revi afinal o meu Recife.
Está de fato completamente mudado.
Tem avenidas, arranha-céus.
É hoje uma bonita cidade.

Diabo leve quem pôs bonita a minha terra!

(BANDEIRA, Manuel. Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 4. ed., p. 283)
A figura de linguagem atuante no verso “Diabo leve quem pôs bonita a minha terra!” traz ao poema
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Q2109394 Português
“Hoje quem faz poema é uma empregada doméstica, é um taxista, é uma dona de casa, é o intelectual também”. São palavras do “poeta da periferia”, que comemora a maior democratização da produção literária na contemporaneidade. A expressão que serve para designar o escritor Sérgio Vaz, ressaltando a que se dedica artisticamente e de onde é originário, caracteriza a figura de linguagem denominada:
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Q2108802 Português

Instrução: A questão refere-se ao texto abaixo. Os destaques ao longo do texto estão citados nas questões.


De olho na geração alfa


Por Viviane Martins




(Disponível em: https://exame.com/colunistas/viviane-martins/de-olho-na-geracao-alfa-que-logo-chega-aomercado-de-trabalho/ – texto adaptado especialmente para esta prova).

Assinale a alternativa na qual NÃO haja a presença de linguagem figurada.
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Q2107875 Português
Atenção: Leia a fábula “O cão adormecido e o lobo”, de Esopo, para responder à questão.

Um cão dormia diante de um estábulo quando um lobo o avistou e, depois de agarrá-lo, estava para comê-lo, mas ele começou a implorar ao lobo que não o sacrificasse naquele momento. “Agora”, disse ele, “estou magro e mirrado. Mas meus donos estão para realizar uma festa de casamento e, se você me deixar livre agora, no futuro estarei mais gordo para você me devorar.” O lobo se convenceu e o soltou. Alguns dias depois ele voltou e encontrou o cão dormindo no alto da casa. Então ele parou e falou para o cão descer, lembrando-o do compromisso. O cão respondeu: “Mas se você, lobo, me vir dormindo de novo diante do estábulo, não mais aguarde casamento!”

(Esopo. Fábulas completas. São Paulo: Cosac Naify, 2013)
Na construção da fábula, Esopo recorre fundamentalmente à seguinte figura de linguagem:
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Q2107863 Português
Atenção: Leia um trecho da crônica “O Risadinha”, de Paulo Mendes Campos, para responder à questão. 







1bodoquear: atirar pedra com estilingue.
2Cantinflas: nome artístico do humorista mexicano Fortino Mario Alfonso Moreno Reyes (1911-1993). 
A hipérbole consiste no exagero da expressão de uma ideia (por exemplo: morrer de estudar, estourar de rir etc). Ocorre esse recurso expressivo no seguinte trecho:
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Ano: 2023 Banca: FGV Órgão: MPE-SP Prova: FGV - 2023 - MPE-SP - Oficial de Promotoria |
Q2105465 Português
Assinale a frase que se estrutura a partir de uma antítese entre seus componentes.
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Q2105008 Português
Leia a letra da música para responder à questão.


Ando devagar _______ já tive pressa
E levo esse sorriso
_______ já chorei demais

Hoje me sinto mais forte
Mais feliz, quem sabe
Só levo a certeza
De que muito pouco sei
Ou nada sei

Conhecer as manhas e as manhãs
O sabor das massas e das maçãs

É preciso amor pra poder pulsar
É preciso paz pra poder sorrir
É preciso a chuva para florir

Penso que cumprir a vida
Seja simplesmente
Compreender a marcha
E ir tocando em frente

Como um velho boiadeiro
Levando a boiada
Eu vou tocando os dias
Pela longa estrada, eu vou
Estrada eu sou

[...]

Cada um de nós compõe a sua história
Cada ser em si
Carrega o dom de ser capaz
E ser feliz


Tocando em Frente, Almir Sater; Renato Teixeira.
A composição de uma letra musical é semelhante à escrita poética principalmente pela preocupação com os recursos estéticos.
Isso fica evidente na passagem “conhecer as manhas e as manhãs / o sabor das massas e das maçãs”, pois ocorre a figura de linguagem identificada como
Alternativas
Q2105003 Português
Leia o texto para responder à questão.

“Vocês me desculpem, sou uma desaletrada, mas agora tomei gosto por dizer as coisas, por contar a minha história”, diz Lindacy Menezes, 64 anos, doméstica, ao revelar a descoberta da literatura. Criada por uma dona de um bordel no Recife, a pernambucana vive na favela da Rocinha, Rio, desde os anos 70. Era uma das mais animadas vozes de um encontro do projeto Você é o que lê, na Garagem das Letras, centro cultural de moradores da comunidade carioca.

“Desaletrada, nem sabia o que era texto, o que era poema”, disse Lindacy, antes de mandar os seus versos para a plateia. Convidado especial do evento, o jornalista e escritor Zuenir Ventura, autor de Cidade Partida, clássico moderno sobre a violência brasileira, escuta atentamente a prosódia e comenta: “Isso é Guimarães Rosa!”.

A menina criada no cabaré da zona portuária recifense é uma narradora de primeira. Há cinco anos soube de uma ofi cina da Festa Literária das Periferias (Flup) e resolveu mandar umas linhas para concorrer a uma vaga. Ditou “umas besteirinhas” para a sua fi lha – não sabia usar o computador – e foi selecionada. “Depois disso, não parei e não paro nunca mais.” Aguarde o livro com a saga dessa mulher. Estarei na fila de autógrafos.

Há uma fome de contar histórias naquele cenário onde muitos becos e vielas estão manchados de sangue. Sangue de gente muito jovem. Meninos imprensados entre policiais e traficantes. É preciso contar para que não vingue apenas o relato oficial dos boletins de ocorrência.  

[...]

Outra obra de ficção do Estado, com auxílio do departamento de mentiras municipais, é o funcionamento da Biblioteca Parque. Aberta em 2012, sob influência e modelo dos centros de leitura de Bogotá e Medellín (Colômbia), fechou as portas na cara da comunidade desde o ano passado. A alegação é de falta de recursos para bancar os funcionários.

[...]

Bibliotecárias contaram o efeito devastador do fechamento do espaço cultural que reunia centenas de moradores atraídos pelos livros, pela DVD-teca, pelo cineteatro, estúdio de gravações, internet comunitária, cozinha-escola, etc.; um desastre social, resumiram, mais uma tragédia carioca e brasileiríssima. Dinheiro para as balas do extermínio da juventude periférica, é sempre bom lembrar, nunca falta.  


Xico Sá, “A Desaletrada da Rocinha”. In: Crônicas para ler em qualquer lugar. Todavia. Adaptado.
A metáfora “fome de contar” (4º parágrafo) é utilizada pelo autor para expressar
Alternativas
Q2104688 Português
Atenção: Considere o texto abaixo para responder à questão.



1.      Fernando Pessoa é não apenas um dos maiores poetas modernos, mas um dos maiores poetas da modernidade, ou seja, um dos poetas que mais longe levaram a experiência tanto das possibilidades quanto do desencanto do mundo moderno. Não que ele esteja próximo das veleidades contemporâneas. A modernidade a que me refiro não se confunde com a mera contemporaneidade. Deixemos de lado nosso provincianismo temporal. A modernidade consiste em primeiro lugar na época da desprovincianização do mundo: aquela que, do ponto de vista temporal, abre-se com o humanismo que, voltando os olhos para o mundo clássico, relativiza o mundo contemporâneo; e que, do ponto de vista espacial, abre-se com as descobertas geográficas, celebradas pelo próprio Pessoa, quando diz, por exemplo, no altíssimo poema “O infante”, inspirado em d. Henrique, o Navegador:

Deus quer, o homem sonha, a obra nasce.
Deus quis que a terra fosse toda uma,
Que o mar unisse, já não separasse.
Sagrou-te, e foste desvendando a espuma,

E a orla branca foi de ilha em continente,
Clareou, correndo, até o fim do mundo,
E viu-se a terra inteira, de repente,
Surgir, redonda, do azul profundo.

Quem te sagrou criou-te português.
Do mar e nós em ti nos deu sinal.
Cumpriu-se o Mar, e o Império se desfez.
Senhor, falta cumprir-se Portugal! 

2.    O processo de cosmopolitização que produziu o mundo moderno não se restringiu às descobertas dos humanistas e dos navegadores, pois também incluiu explorações científicas, artísticas etc. Ora, a abertura de novos horizontes tornou possível a compreensão do caráter limitado dos antigos horizontes. As ideias e as crenças tradicionais puderam ser postas em questão.
3.    A filosofia moderna se formou a partir do ceticismo mais radical que se pode imaginar: a dúvida hiperbólica de Descartes, segundo a qual é possível que tudo o que pensamos saber não tenha consistência maior que a de sonhos, alucinações, ataques de loucura etc. Com razão, Alexandre Koyré afirmou que essa dúvida foi “a mais tremenda máquina de guerra contra a autoridade e a tradição que o homem jamais possuiu”.
4.      Pode-se dizer então que o homem moderno é aquele que viu desabarem, ao sopro da razão, os castelos de cartas das crenças tradicionais: o homem que caiu em si. Em última análise, é isso que o obriga a instaurar, por exemplo, os procedimentos jurídicos modernos como processos abertos à razão crítica, públicos, e cujos resultados estão sempre, em princípio, sujeitos a ser revistos ou refutados.

(Adaptado de: CÍCERO, Antonio. A poesia e a crítica: Ensaios. São Paulo: Companhia das Letras, edição digital)

A filosofia moderna se formou a partir do ceticismo mais radical que se pode imaginar (3º parágrafo).

Na frase acima, como recurso expressivo, o autor faz uso de

Alternativas
Ano: 2023 Banca: AVALIA Órgão: CAU-BA Prova: AVALIA - 2023 - CAU-BA - Analista de Gestão |
Q2104582 Português
Assinale a alternativa em que ocorre metonímia.
Alternativas
Ano: 2023 Banca: AVALIA Órgão: CAU-BA Prova: AVALIA - 2023 - CAU-BA - Analista de Gestão |
Q2104581 Português
Imagem associada para resolução da questão

Disponível em: https://armazemdetexto.blogspot.com/.

A tirinha em questão apresenta um recurso de linguagem que ocasiona o humor no texto. Assinale a alternativa que indica corretamente qual é esse recurso.
Alternativas
Q2102127 Português

Leia atentamente o texto abaixo e responda a questão.


Cortar o tempo


Adaptado de http://www.sbu.unicamp.br/lendoletras/index.php/textos/22-quando-drummond-fala. Acesso em 05.01.15. Atribui-se também a Roberto Pompeu de Toledo a autoria desse texto.

No trecho “Industrializou a esperança, fazendo-a funcionar no limite da exaustão” (l. 02), nota-se que o autor, por meio dessa metáfora, expressou:
Alternativas
Respostas
841: C
842: C
843: A
844: C
845: A
846: C
847: C
848: D
849: B
850: A
851: D
852: B
853: E
854: A
855: D
856: B
857: D
858: D
859: A
860: B