Questões de Concurso Sobre figuras de linguagem em português

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Q2101710 Português
Leia o texto abaixo e responda a questão.

No calor do momento
Adaptado de No calor do momento. Mundo estranho, São Paulo, ed. 166, p. 66, maio 2015.

* São honras atribuídas de uma forma irônica, cujo nome provém de Charles Darwin, o criador da teoria da evolução. Estes prêmios são atribuídos de forma simbólica àqueles que cometeram erros altamente absurdos ou se descuidaram idioticamente, pondo fim à própria vida ou causando a sua esterilização. Estes prêmios baseiam-se no pressuposto de que estes indivíduos, ao se autodestruírem, contribuem para a melhoria do pool genético humano ao eliminarem os seus "maus" genes (https://pt.wikipedia.org/wiki/Prémios_Darwin. Acesso em 12/07/15).
Nesse texto, em excertos como “talvez porque a moça mereça o Darwin Awards”, “Já era noite quando a sujeita, de nome não revelado, resolveu beber umas cervejas em seu trailer”, “Muito esperta, lembrou que cobras não gostam de calor”, nota-se, por parte do autor, a nítida expressão de uma figura:
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Q2101652 Português
As figuras de retórica têm função de redefinir uma informação, criando efeitos novos para chamar a atenção. São formas de expressão que permitem quebrar a própria significação de um campo de palavras. Duas figuras de retórica destacam-se na publicidade: a metáfora e a metonímia. Sobre metonímia, assinale a afirmativa correta. 
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Q2100759 Português
Nibiru: tudo sobre o boato da internet e o fim do mundo que nunca chega


 (In http://revistagalileu.globo.com/Ciencia/noticia/2017/09/nibiru-tudo-sobre-o-boato-da-internet-e-o-fim-do-mundo-que-nunca-chega.html. Acesso em 22/09/17). 
Quanto ao conteúdo do primeiro parágrafo, observa-se um recurso retórico bem flagrante quando se menciona a “grande vitória da humanidade” (l. 02). Que recurso retórico é esse?
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Q2099448 Português
Texto I

           Maria-Nova ouvia a história que Bondade contava e, por mais que quisesse conter a emoção, não conseguia. Hora houve em que ele percebeu e se calou um pouco. Calou-se também com um nó na garganta, pois sabido é que Bondade vivia intensamente cada história que narrava, e Maria-Nova, cada história que escutava. Ambos estão com o peito sangrando. Ele sente remorsos de já ter contato tantas tristezas para Maria-Nova. Mas a menina é do tipo que gosta de pôr o dedo na ferida, não na ferida alheia, mas naquela que ela traz no peito. Na ferida que ela herdou de Mãe Joana, de Maria-Velha, de Tio Totó, do Louco Luisão da Serra, da avó mansa, que tinha todo o lado direito do corpo esquecido, do bisavô que tinha visto os sinhôs venderem Ayaba, a rainha. Maria-Nova, talvez, tivesse o banzo1 no peito. Saudades de um tempo, de um lugar, de uma vida que ela nunca vivera. Entretanto o que doía mesmo em Maria-Nova era ver que tudo se repetia, um pouco diferente, mas, no fundo, a miséria era a mesma. O seu povo, os oprimidos, os miseráveis; em todas as histórias, quase nunca eram os vencedores, e sim, quase sempre, os vencidos. A ferida dos do lado de cá sempre ardia, doía e sangrava muito.
(EVARISTO, Conceição. Becos da Memória. Rio de Janeiro: Pallas, 2017)

1 para os escravizados, era como se chamava o sentimento de melancolia em relação à terra natal e de aversão à privação da liberdade
A linguagem figurada também é empregada em “que tinha todo o lado direito do corpo esquecido”. Com esse emprego, consegue-se:
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Q2099447 Português
Texto I

           Maria-Nova ouvia a história que Bondade contava e, por mais que quisesse conter a emoção, não conseguia. Hora houve em que ele percebeu e se calou um pouco. Calou-se também com um nó na garganta, pois sabido é que Bondade vivia intensamente cada história que narrava, e Maria-Nova, cada história que escutava. Ambos estão com o peito sangrando. Ele sente remorsos de já ter contato tantas tristezas para Maria-Nova. Mas a menina é do tipo que gosta de pôr o dedo na ferida, não na ferida alheia, mas naquela que ela traz no peito. Na ferida que ela herdou de Mãe Joana, de Maria-Velha, de Tio Totó, do Louco Luisão da Serra, da avó mansa, que tinha todo o lado direito do corpo esquecido, do bisavô que tinha visto os sinhôs venderem Ayaba, a rainha. Maria-Nova, talvez, tivesse o banzo1 no peito. Saudades de um tempo, de um lugar, de uma vida que ela nunca vivera. Entretanto o que doía mesmo em Maria-Nova era ver que tudo se repetia, um pouco diferente, mas, no fundo, a miséria era a mesma. O seu povo, os oprimidos, os miseráveis; em todas as histórias, quase nunca eram os vencedores, e sim, quase sempre, os vencidos. A ferida dos do lado de cá sempre ardia, doía e sangrava muito.
(EVARISTO, Conceição. Becos da Memória. Rio de Janeiro: Pallas, 2017)

1 para os escravizados, era como se chamava o sentimento de melancolia em relação à terra natal e de aversão à privação da liberdade
Em passagens como “com um nó na garganta” e “estão com o peito sangrando”, a linguagem figurada confere maior expressividade ao texto. Essas construções ilustram a seguinte figura:
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Q2098378 Português
Atenção: Para responder à questão, baseie-se no texto abaixo.


Encenação da morte

   A vida nos quer, a morte nos quer. Somos o resultado da tensão ocasionada pelas duas forças que nos puxam. Esse equilíbrio não é estável. Amplo, diverso e elástico é o campo de força da vida, e vale a mesma coisa para o campo da morte. Se ficamos facilmente deprimidos ou exaltados é em razão das oscilações de intensidade desses dois campos magnéticos, sendo o tédio o relativo equilíbrio entre os dois.
   Às vezes é mais intensa a pressão da vida, outras vezes é mais intensa a pressão da morte. Não se quer dizer com isso que a exaltação seja a morte e a depressão seja a vida. Há exaltações e exultações que se polarizam na morte, assim como há sistemas de depressão que gravitam em torno da vida. O estranho, do ponto de vista biológico, é que somos medularmente solitários com ambos os estados de imantação mais intensa, os da vida e os da morte. Não aproveitamos apenas a vida, mas usufruímos também as experiências da morte, desde que essas não nos matem.
   Ganhei várias vezes da morte, isto é, inúmeras vezes os papéis que a morte representou para mim não chegaram a ser convincentes ou não chegaram a fazer grande sucesso. Matei várias mortes. (...) Mas outro dia dei dentro de mim com uma morte tão madura, tão forte, tão irrespondível, tão parecida comigo que fiquei no mais confuso dos sentimentos. Esta eu não posso matar, esta é a minha morte. O Vinícius de Moraes, que entende muito de morte, disse que nesse terreno há sempre margem de erro, e que talvez eu tenha ainda de andar um bocado mais antes de encontrar a minha morte. Pode ser. Não sei. Quem sabe?


(Adaptado de CAMPOS, Paulo Mendes. Os sabiás da crônica. Antologia. Org. Augusto Massi. Belo Horizonte: Autêntica, 2021, p. 246-248, passim) 
Ao longo do texto o autor se vale de vários paradoxos, tal como o que ocorre na seguinte formulação:
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Q2098288 Português
Atenção: Leia o texto “Ardil da desrazão”, de Eduardo Giannetti, para responder à questão.

    Imagine uma pessoa afivelada a uma cama com eletrodos colados em suas têmporas. Ao se girar um botão situado em local distante, a corrente elétrica nos eletrodos aumenta em grau infinitesimal, de modo que o paciente não chegue a sentir. Um hambúrguer gratuito é então ofertado a quem girar o botão. Ocorre, porém, que, quando milhares de pessoas fazem isso − sem que cada uma saiba das ações das demais −, a descarga elétrica gerada é suficiente para eletrocutar a vítima. Quem é responsável pelo quê? Algo tenebroso foi feito, mas de quem é a culpa? O efeito isolado de cada giro do botão é, por definição, imperceptível − são todos “torturadores inofensivos”. Mas o efeito conjunto é ofensivo ao extremo. Até que ponto a somatória de ínfimas partículas de culpa se acumula numa gigantesca dívida moral coletiva? − O experimento mental concebido pelo filósofo britânico Derek Parfit dá o que pensar. A mudança climática em curso equivale a uma espécie de eletrocussão da biosfera. Quem a deseja? A quem interessa? O ardil da desrazão vira do avesso a “mão invisível” da economia clássica. O aquecimento global é fruto da alquimia perversa de incontáveis ações humanas, mas não resulta de nenhuma intenção humana. E quem assume − ou deveria assumir − a culpa por ele? Os 7 bilhões de habitantes da Terra pertencem a três grupos: o primeiro bilhão, no cobiçado topo da escala de consumo, responde por 50% das emissões de gases-estufa; os 3 bilhões seguintes por 45%; e os 3 bilhões na base da pirâmide (metade sem acesso a eletricidade) por 5%. Por seu modo de vida, situação geográfica e vulnerabilidade material, este último grupo − o único inocente − é o mais tragicamente afetado pelo “giro de botão” dos demais.

(GIANNETTI, Eduardo. Trópicos utópicos. São Paulo: Companhia das Letras, 2016) 
Pode ser considerada paradoxal a seguinte expressão empregada no texto:
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Q2098278 Português
Atenção: Leia a crônica “A casadeira”, de Carlos Drummond de Andrade, para responder à questão.

1. Testemunhei ontem, na loja de Copacabana, um acontecimento banal e maravilhoso. A senhora sentou-se na banqueta e cruzou elegantemente as pernas. O vendedor, agachado, calçou-lhe o par de sapatos. Ela se ergueu, ensaiou alguns passos airosos em frente do espelho, mirou-se, remirou-se, voltou à banqueta. O sapato foi substituído por outro. Seguiu-se na mesma autocontemplação, e o novo par de sapatos foi experimentado, e nova verificação especular. Isso, infinitas vezes. No semblante do vendedor, nem cansaço, nem impaciência. Explica-se: a cliente não refugava os sapatos experimentados. Adquiria-os todos. Adquiriu dozes pares, se bem contei.
2. − Ela está fazendo sua reforma de base? − perguntei a outro vendedor, que sorriu e esclareceu:
3. − A de base e a civil. Vai se casar pela terceira vez.
4. − Coitada... Vocação de viúva.
5. − Não é isso, senhor. Os dois primeiros maridos estão vivos. É casadeira, sabe como é?
6. Não me pareceu que, para casar pela terceira vez, ela tivesse necessidade de tanto calçamento. Oito ou nove pares seriam talvez para irmãs de pé igual ao seu, que ficaram em casa? Hipótese boba, que formulei e repeli incontinente. Ninguém neste mundo tem pé igual ao de ninguém, nem sequer ao de si mesmo, quanto mais ao da irmã. Daí avancei para outra hipótese mais plausível. Aquela senhora, na aparência normal, devia ter pés suplementares, Deus me perdoe, e usava-os dois de cada vez, recolhendo os demais mediante uma organização anatômica (ou eletrônica) absolutamente inédita. Observei-a com atenção e zelo científico, na expectativa de movimento menos controlado, que denunciasse o segredo. Nada disso. Até onde se podia perceber, eram apenas duas pernas, e bem agradáveis, terminando em dois exclusivos pés, de esbelto formato.
7. Assim, a coleção era mesmo para casar − e fiquei conjeturando que o casamento é uma rara coisa, exigindo a todo instante que a mulher troque de sapato, não se sabe bem para quê − a menos que os vá perdendo no afã de atirá-los sobre o marido, e eles (não o marido) sumam pela janela do apartamento.
8. A senhora pagou − não em dinheiro ou cheque, mas com um sorriso que mandava receber num lugar bastante acreditado, pois já reparei que as maiores compras são sempre pagas nele, e aos comerciantes agrada-lhes o sistema. As caixas de sapato adquiridas foram transportadas para o carro, estacionado em frente à loja. Mentiria se dissesse que eram doze carros monumentais, com doze motoristas louros, de olhos azuis. Não. Era um carro só, simplesinho, sem motorista, nem precisava dele, pois logo se percebeu sua natureza de teleguiado. Sem manobra, flechou no espaço e sumiu, levando a noiva e seus doze pares de França, perdão! de sapatos. Eu preveni que o caso era banal e maravilhoso. 


(Adaptado de: ANDRADE, Carlos Drummond de. Cadeira de balanço. São Paulo: Companhia das Letras, 2020)
O cronista lança mão da figura de linguagem conhecida como hipérbole em:
Alternativas
Q2097913 Português
Em cada frase a seguir, identifique o tipo de figura de linguagem utilizado e aponte a alternativa CORRETA em que elas se apresentam (na mesma ordem das frases).
I. Minha prima embarcou há pouco no avião para São Paulo. II. O olhar gelado da esposa já dizia tudo. III. O Rei do Futebol é brasileiro e nos deixou há poucos dias. IV. O céu esbravejava sua fúria tempestuosa naquela noite. 
Alternativas
Q2097109 Português
Instrução: A questão refere-se ao texto abaixo. Os destaques ao longo do texto está citado na questão.

O que leio nas redes
Por Lau Siqueira



(Disponível em: https://cronicascariocas.com/colunas/o-que-leio-nas-redes/ – texto adaptado especialmente para esta prova).

Assinale a alternativa que indica a correta figura de linguagem presente no trecho a seguir: “Um ser delicado e contundente”.
Alternativas
Q2096825 Português

Uma guerreira contra a escravidão


Por Roger Lerina


(Disponível em: https://www.rogerlerina.com.br/post/18606/uma-guerreira-contra-a-escravidao – texto adaptado especialmente para esta prova).

Considere as seguintes expressões retiradas do texto:
I. “mulher negra nascida escrava” (l. 02-03). II. “gigantesca figura da história dos Estados Unidos” (l. 03-04). III. “essa personalidade [...] ganhou as telas” (l. 13). IV. “Cynthia encarna Harriet” (l. 18). V. “foge quase por acaso do tacão de seus senhores” (l. 19-20). VI. “o filme ressente-se do ritmo de melodrama televisivo” (l. 31).

Quais estão em linguagem figurada?
Alternativas
Q2096313 Português
Instrução: A questão refere-se ao texto abaixo. Os destaques ao longo do texto estão citados na questão.


Antes do dia partir...

Por Martha Medeiros





(Disponível em: http://intervox.nce.ufrj.br/~jobis/m-antes.htm – texto adaptado especialmente para esta prova). 
Assinale a alternativa na qual NÃO haja o emprego de linguagem figurada.
Alternativas
Ano: 2022 Banca: FEPESE Órgão: IPRECON - SC Prova: FEPESE - 2022 - IPRECON-SC - Contador |
Q2094806 Português
Leia o texto.

(…) era um zunzum crescente; uma aglomeração tumultuosa de machos e fêmeas. Uns, após outros, lavavam a cara, incomodamente, debaixo do fio de água que escorria da altura de uns cinco palmos. O chão inundava-se. As mulheres precisavam já prender as saias entre as coxas para não as molhar; via-se-lhes a tostada nudez dos braços e do pescoço, que elas despiam, suspendendo o cabelo todo para o alto do casco; os homens, esses não se preocupavam em não molhar o pelo, ao contrário metiam a cabeça bem debaixo da água e esfregavam com força as ventas e as barbas, fossando e fungando contra as palmas das mãos. As portas das latrinas não descansavam, era um subir e fechar a cada instante, um entrar e sair sem tréguas. Não se demoravam lá dentro e vinham ainda amarrando as calças ou as saias; as crianças não se davam ao trabalho de lá ir, despachavam-se ali mesmo no capinzal dos fundos, por trás da estalagem ou no recanto das hortas.

Aluísio Azevedo. O cortiço – fragmento
Analise as afirmativas abaixo:
1. Há algumas palavras no texto que caracterizam como animais as pessoas descritas. 2. As pessoas eram conformadas com a condição que tinham para viver. 3. Na frase: “via-se-lhes a tostada nudez dos braços e do pescoço”, há uma colocação pronominal que poderia ser em próclise. 4. Na frase: “os homens, esses não se preocupavam em não molhar o pelo”, há um pleonasmo vicioso. 5. A frase: “As portas das latrinas não descansavam, era um subir e fechar a cada instante” é um período composto por orações coordenadas.
Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.
Alternativas
Q2094735 Português
O texto a seguir servirá de base para a questão.

Quebrando a Lei da Selva

Durante a segunda metade do século XX, a Lei da Selva finalmente foi quebrada, se é que foi suspensa. Na maior parte das regiões, as guerras eram raras. Enquanto nas antigas sociedades agrícolas a violência humana foi a causa de 15% de todas as mortes, durante o século XX a violência provocou apenas 5% dos óbitos, e no início do século XXI foi responsável por cerca de 1% da mortalidade global. Em 2012, aproximadamente 56 milhões de pessoas morreram no mundo inteiro; 620 mil morreram em razão da violência humana (guerras mataram 120 mil pessoas, o crime matou outras 500 mil). Em contrapartida, 800 mil cometeram suicídio, e 1,5 milhão morreram de diabetes. O açúcar é mais perigoso que a pólvora.

(HARARI, Yuval Noah. Homo Deus: uma breve história do amanhã. São Paulo: Companhia das Letras, 2016, p. 24)
No texto acima, o autor utiliza a expressão Lei da Selva para falar de momentos da história da humanidade quando as guerras eram constantes e desprovidas de qualquer justificativa para que ocorressem ou de qualquer tratado entre os povos que as regulasse ou as condenasse. Da Idade da Pedra à era do vapor, cada pessoa na Terra sabia que a qualquer momento os vizinhos poderiam invadir seu território, derrotar seu exército, chacinar seu povo e ocupar sua terra. A figura de linguagem empregada para expressar o sentido da expressão Lei da Selva, um estado das coisas em que tudo é válido, é:
Alternativas
Q2094731 Português
Leia o texto a seguir e responda a questão.

Em termos gerais, parece haver dois métodos para reunir forças de combate – para convencer ou obrigar com sucesso coleções de homens a se envolverem no empreendimento violento, profano, sacrificial, incerto, masoquista e essencialmente absurdo conhecido como guerra. Os dois métodos levam a modos de guerrear distintos, e a distinção pode ser importante.

Intuitivamente, poderia parecer que o método mais fácil (e mais barato) para recrutar combatentes é alistar indivíduos que se deleitam com violência e a adotam rotineiramente, ou que a empregam para se enriquecerem ou as duas coisas. Na vida civil, temos um nome para essas pessoas – criminosos... Os conflitos violentos em que pessoas desse tipo são maioria podem ser chamados de guerras criminais, uma forma em que os combatentes são induzidos a causar violência primeiramente pelo divertimento e pelo proveito material que tiram da experiência.

Os exércitos de criminosos parecem surgir por dois processos. Às vezes, os criminosos – assaltantes, bandidos, aventureiros, sequestradores de cargas, vândalos, arruaceiros, salteadores, piratas, gangsters, indivíduos fora da lei – se organizam ou se juntam em gangues, bando ou máfias. Quando essas organizações se tornam suficientemente grandes, podem ficar parecidas com verdadeiros exércitos e agir praticamente da mesma forma como estes o fariam.

Alternativamente, os exércitos criminosos podem ser formados quando um governante precisa de combatentes para levar a termo uma guerra e conclui que empregar ou recrutar criminosos e bandidos é o método mais eficaz para conseguir isso. Neste caso, os criminosos e bandidos agem essencialmente como mercenários. 

Acontece, porém, que criminosos e bandidos tendem a ser guerreiros indesejáveis. Para começar, são frequentemente difíceis de controlar. São desordeiros, indisciplinados, desobedientes e rebeldes, cometendo frequentemente, em serviço ou fora dele, crimes não autorizados que podem ser prejudiciais ou mesmo deletérios para a ação militar.

O mais importante é que criminosos tendem a ser pouco dispostos a resistir e combater quando as situações se tornam perigosas, e muitas vezes simplesmente desertam, quando há uma oportunidade que coincide com seus caprichos. O crime comum, afinal de contas, faz vítimas entre os fracos – velhinhas e não atletas sarados – e criminosos com frequência mostram ser executores prontos e eficientes de pessoas indefesas. Mas quando aparecem os guardas, estão sempre prontos para fugir. O lema para o criminoso, afinal, não é uma variante de “Sempre fiéis”, “Um por todos e todos por um”, “Dever, honra, pátria”, “Banzai” ou “Lembrem-se de Pearl Harbour”, mas “Pega a grana e dá no pé” ...

Esses problemas com o emprego de criminosos como combatentes levaram a esforços para recrutar pessoas comuns – pessoas que, à diferença dos criminosos e bandidos, não cometem violências em nenhum outro momento da vida.

O resultado tem sido o desenvolvimento de um guerrear disciplinado, no qual os homens se infligem a violência em geral não por diversão e interesse, mas porque seu treinamento e doutrinação incutiram neles a necessidade de obedecer ordens; de observar um código de honra coerentemente orientado e cuidadosamente restritivo; de buscar a glória e a reputação em combate; de amar, honrar ou temer seus oficiais; de acreditar numa causa; de temer a vergonha, humilhação e custos da rendição; ou, em particular, de ser leal a e merecer a lealdade de seus companheiros de armas.

(MUELLER, John. Os remanescentes da guerra. In: PINKER, Steven. Guia de escrita: como conceber um texto com clareza, precisão e elegância. São Paulo: Contexto, 2018, p. 233-234).
No último parágrafo do texto, o autor, ao elencar uma série de ações que complementam o sentido do substantivo necessidade (necessidade de obedecer ordens), deixa de repeti-lo diante das demais construções que o complementam, como em (de observar um código de honra; de buscar a glória; de amar, honrar ou temer seus oficiais; de acreditar numa causa; etc.). A figura de linguagem de que o autor faz uso para omitir esse termo, que é facilmente subentendido no enunciado, se chama: 
Alternativas
Q2094356 Português

 A questão  refere-se ao texto. Os destaques ao longo do texto estão citados na questão.


Os estágios curriculares obrigatórios: aprender a ser professor é responsabilidade de todos.

Por Roberta Flaborea Favero




(Disponível em: https://revistaeducacao.com.br/2020/01/31/estagios-obrigatorios-professor/ - Texto especialmente adaptado para esta prova.)

Assinale a alternativa na qual haja o emprego de uma metáfora.
Alternativas
Q2093793 Português
Referindo-se a figuras de linguagem, assinale a alternativa incorreta. 
Alternativas
Q2092853 Português
Atenção: Para responder à questão, leia a crônica O lendário país do recall, de Moacyr Scliar. 

1. Leitora manda boneca para recall e não a recebe de volta. Como explicar para uma criança que seus brinquedos foram embora há três meses e não voltaram? (Cotidiano, 25/02/2008)

2. “Minha querida dona: quem lhe escreve sou eu, a sua fiel e querida boneca, que você não vê há três meses. Sei que você sente muitas saudades, porque eu também sinto saudades de você. Lembro de você me pegando no colo, me chamando de filhinha, me dando papinha... Você era, e é, minha mãezinha querida, e é por isso que estou lhe mandando esta carta, por meio do cara que assina esta coluna e que, sendo escritor, acredita nas coisas da imaginação.

3. Posso lhe dizer, querida, que vivi uma tremenda aventura, uma aventura que em vários momentos me deixou apavorada. Porque tive de viajar para o distante país do recall. Aposto que você nem sabia da existência desse lugar; eu, pelo menos, não sabia. Para lá fui enviada. Não só eu: bonecas defeituosas, ursinhos idem, eletrodomésticos que não funcionavam e peças de automóvel quebradas. Nós todos ali, na traseira de um gigantesco caminhão que andava, andava sem parar. Finalmente chegamos, e ali estávamos, no misterioso e, para mim, assustador país do recall. Um homem nos recebeu e anunciou, muito secamente, que o nosso destino em breve seria traçado: as bonecas que tivessem conserto seriam consertadas e mandadas de volta para os donos; quanto tempo isso levaria era imprevisível, mas três meses era o mínimo. Uma boneca que estava do meu lado, a Liloca, perguntou, com os olhos arregalados, o que aconteceria a quem não tivesse conserto. O homem não disse nada, mas seu sorriso sinistro falava por si.

4. Passamos a noite num enorme pavilhão destinado especialmente às bonecas. Éramos centenas ali, algumas com probleminhas pequenos (um braço fora do lugar, por exemplo), outras já num estado lamentável. Estava muito claro que para várias de nós não haveria volta.

5. Naquela noite conversei muito com minha amiga Liloca − sim, querida dona, àquela altura já éramos amigas. O infortúnio tinha nos unido. Outras bonecas juntaram-se a nós e logo formamos um grande grupo. Estávamos preocupadas com o que poderia nos suceder. De repente a Liloca gritou: ‘Mas gente, nós não somos obrigados a aceitar isso! Vamos fazer alguma coisa!’. Nós a olhamos, espantadas: fazer alguma coisa? Mas fazer o quê? Liloca tinha uma resposta: vamos tomar o poder. Vamos nos apossar do país do recall.

6. No começo aquilo nos pareceu absurdo. Mas Liloca sabia do que estava falando. A mãe da dona dela tinha sido uma militante revolucionária e sempre falava nisso, na necessidade de mudar o mundo, de dar o poder aos mais fracos. Ora, dizia Liloca, ninguém mais fraco do que nós, pobres, desamparados e defeituosos brinquedos. Não deveríamos aguardar resignadamente que decidissem o que fazer com a gente.

7. De modo, querida dona, que estamos aqui preparando a revolução. Breve estaremos governando o país do recall. Mas não se preocupe, eu a convidarei para me visitar. Você poderá vir a qualquer hora. E não precisará de recall para isso.”
(Adaptado de: Moacyr Scliar. Histórias que os jornais não contam. Porto Alegre: L&PM, 2018)
Na construção de sua crônica, Moacyr Scliar recorre fundamentalmente à seguinte figura de linguagem:
Alternativas
Q2088646 Português
Quanto a figuras de linguagem, marque a alternativa, onde não temos uma metonímia.
Alternativas
Q2088255 Português
1.png (751×580) 

Moisés Zylbersztajn. Muito além do maker: esforços contemporâneos de produção de novos e efetivos espaços educativos. In: Clarissa Teixeira,
Ana Cristina Ehlers e Marcio de Souza. Educação fora da caixa: tendência para a educação no século XXI. Florianópolis-SC: Bukess, 2015,
p. 197-198 (com adaptações).

A respeito do texto e das ideias nele expressas, julgue o item. 


O emprego da linguagem figurada no texto, a exemplo da palavra “panaceia” (linha 9) e da expressão “cavalo de Troia” (linha 17), que, pelos sentidos do texto, remetem, respectivamente, a invencionice e cilada, evidencia a descrença do autor nas inovações na área da educação, para o qual é preferível trabalhar em sala de aula com “o que parece ainda funcionar”. 

Alternativas
Respostas
861: C
862: B
863: D
864: A
865: B
866: D
867: B
868: C
869: E
870: B
871: D
872: B
873: A
874: B
875: A
876: C
877: C
878: C
879: D
880: E