Questões de Concurso Sobre flexão verbal de modo (indicativo, subjuntivo, imperativo) em português

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Q2351501 Português

Complete as frases corretamente:


I. Quer que eu ___?

II. A torta é para ___ fazer.

III. Estamos ___ greve!


Assinale a alternativa que corresponde à sequência correta.

Alternativas
Q2350931 Português
O texto abaixo é um fragmento de uma entrevista dada pelo escritor e líder indígena Ailton Krenak ao jornal Estado de Minas, em 03/04/2020

Estamos há muito divorciados desse organismo vivo que é a Terra. Do nosso divórcio das integrações e interações com a nossa mãe, a Terra, resulta que ela está nos deixando órfãos, não só os que em diferente graduação são chamados de índios, indígenas ou povos indígenas, mas todos. Enquanto a humanidade está se distanciando do seu lugar, um monte de corporações espertalhonas tomam conta e submetem o planeta: acabam com florestas, montanhas, transformam tudo em mercadorias. 

FONTE: https://www.em.com.br/app/noticia/pensar/2020/04/03/interna_pensar,1135082/f uncionamento-da-humanidade-entrou-em-crise-opina-ailton-krenak.shtml

Se a passagem Enquanto a humanidade está se distanciando do seu lugar, um monte de corporações espertalhonas tomam conta e submetem o planeta: acabam com florestas, montanhas, transformam tudo em mercadorias” for reescrita substituindo o conectivo enquanto pelo conectivo se e o verbo destacado por sua forma no futuro do subjuntivo – estiver -, teríamos, mantendo a adequação à língua padrão:

Alternativas
Q2350577 Português
Uma esperança


     Aqui em casa pousou uma esperança. Não a clássica que tantas vezes verifica‐se ser ilusória, embora mesmo assim nos sustente sempre. Mas a outra, bem concreta e verde: o inseto.

     Houve um grito abafado de um dos meus filhos:

     – Uma esperança! E na parede bem em cima de sua cadeira! Emoção dele também que unia em uma só as duas esperanças, já tem idade pra isso. Antes surpresa minha: esperança é coisa secreta e costuma pousar diretamente em mim, sem ninguém saber, e não acima de minha cabeça numa parede. Pequeno rebuliço: mas era indubitável, lá estava ela, e mais magra e verde não podia ser.

     – Ela quase não tem corpo, queixei‐me.

     – Ela só tem alma, explicou meu filho e, como filhos são uma surpresa para nós, descobri com surpresa que ele falava das duas esperanças.

     Ela caminhava devagar sobre os fiapos das longas pernas, por entre os quadros da parede. Três vezes tentou renitente uma saída entre dois quadros, três vezes teve que retroceder caminho. Custava a aprender.

     – Ela é burrinha, comentou o menino.

     – Sei disso, respondi um pouco trágica.

     – Está agora procurando outro caminho, olhe, coitada, como ela hesita.

     – Sei, é assim mesmo.

     – Parece que esperança não tem olhos, mamãe, é guiada pelas antenas.

     – Sei, continuei mais infeliz ainda.

     Ali ficamos, não sei quanto tempo olhando. Vigiando‐a como se vigiava na Grécia ou em Roma o começo de fogo do lar para que não apagasse.

     – Ela se esqueceu de que pode voar, mamãe, e pensa que só pode andar devagar assim. Andava mesmo devagar – estaria por acaso ferida? Ah não, senão de um modo ou de outro escorreria sangue, tem sido sempre assim comigo.

     Foi então que farejando o mundo que é comível, saiu de trás de um quadro uma aranha. Não uma aranha, mas me parecia “a” aranha. Andando pela sua teia invisível, parecia transladar‐se maciamente no ar. Ela queria a esperança. Mas nós também queríamos e, oh! Deus, queríamos menos que comê‐la. Meu filho foi buscar a vassoura. Eu disse fracamente, confusa, sem saber se chegara infelizmente a hora certa de perder a esperança:

     – É que não se mata aranha, me disseram que traz sorte...

     – Mas ela vai esmigalhar a esperança! Respondeu o menino com ferocidade. 

     – Preciso falar com a empregada para limpar atrás dos quadros – falei sentindo a frase deslocada e ouvindo o certo cansaço que havia na minha voz. Depois devaneei um pouco de como eu seria sucinta e misteriosa com a empregada: eu lhe diria apenas: você faz o favor de facilitar o caminho da esperança.

     O menino, morta a aranha, fez um trocadilho, com o inseto e a nossa esperança. Meu outro filho, que estava vendo televisão, ouviu e riu de prazer. Não havia dúvida: a esperança pousara em casa, alma e corpo.

     Mas como é bonito o inseto: mais pousa que vive, é um esqueletinho verde, e tem uma forma tão delicada que isso explica por que eu, que gosto de pegar nas coisas, nunca tentei pegá‐la.

     Uma vez, aliás, agora é que me lembro, uma esperança bem menor que esta, pousara no meu braço. Não senti nada, de tão leve que era, foi só visualmente que tomei consciência de sua presença. Encabulei com a delicadeza. Eu não mexia o braço e pensei: “E essa agora? Que devo fazer?” Em verdade nada fiz. Fiquei extremamente quieta como se uma flor tivesse nascido em mim. Depois não me lembro mais o que aconteceu. E, acho que não aconteceu nada.


(LISPECTOR, Clarice. 1925‐1977. Felicidade Clandestina: Contos – Rio de Janeiro: Rocco, 1998.)
São transcrições textuais que apresentam verbos no pretérito imperfeito do modo indicativo, EXCETO: 
Alternativas
Q2346874 Português
TENTAÇÃO


(1º§) Ela estava com soluço. E como se não bastasse a claridade das duas horas, ela era ruiva. Na rua vazia, vibravam as pedras de calor − a cabeça da menina flamejava. Sentada nos degraus de sua casa, ela suportava. Ninguém na rua, só uma pessoa esperando inutilmente no ponto do bonde. E como se não bastasse seu olhar submisso e paciente, o soluço a interrompia de momento a momento, abalando o queixo que se apoiava conformado na mão.


(2º§) Que fazer de uma menina ruiva com soluço? Olhamo-nos sem palavras, desalento contra desalento. Na rua deserta nenhum sinal de bonde. Numa terra de morenos, ser ruivo era uma revolta involuntária. Que importava se num dia futuro sua marca ia fazê-la erguer insolente uma cabeça de mulher? Por enquanto ela estava sentada num degrau faiscante da porta, às duas horas. O que a salvava era uma bolsa velha de senhora, com alça partida. Segurava-a com um amor conjugal já habituado, apertando-a contra os joelhos. Foi quando se aproximou a sua outra metade neste mundo, um irmão em Grajaú.


(3º§) A possibilidade de comunicação surgiu no ângulo quente da esquina acompanhando uma senhora, e encarnada na figura de um cão. Era um basset lindo e miserável, doce sob a sua fatalidade. Era um basset ruivo. Lá vinha ele trotando, à frente da sua dona, arrastando o seu comprimento. Desprevenido, acostumado, cachorro. A menina abriu os olhos pasmados. Suavemente avisado, o cachorro estacou diante dela. Sua língua vibrava. Ambos se olhavam.


(4º§) Entre tantos seres que estão prontos para se tornarem donos de outro ser, lá estava a menina que viera ao mundo para ter aquele cachorro. Ele fremia suavemente, sem latir. Ela olhava-o sob os cabelos, fascinada, séria.


(5º§) Quanto tempo se passava? Um grande soluço sacudiu-a desafinado. Ele nem sequer tremeu. Também ela passou por cima do soluço e continuou a fitá-lo. Os pelos de ambos eram curtos, vermelhos. Que foi que se disseram? Não se sabe. Sabe-se apenas que se comunicaram rapidamente, pois não havia tempo. Sabe-se também que sem falar eles se pediam. Pediam-se, com urgência, com encabulamento, surpreendidos.


(6º§) No meio de tanta vaga impossibilidade e de tanto sol, ali estava a solução para a criança vermelha. E no meio de tantas ruas a serem trotadas, de tantos cães maiores, de tantos esgotos secos − lá estava uma menina, como se fora carne de sua ruiva carne. Eles se fitavam profundos, entregues, ausentes do Grajaú. Mais um instante e o suspenso sonho se quebraria, talvez cedendo à gravidade com que se pediam.


(7º§) Mas ambos eram comprometidos. Ela com sua infância impossível, o centro da inocência que só se abriria quando ela fosse uma mulher. Ele, com sua natureza aprisionada. A dona esperava impaciente sob o guarda-sol. O basset ruivo afinal despregou-se da menina e saiu sonâmbulo.


(8º§) Ela ficou espantada, com o acontecimento nas mãos, numa mudez que nem pai nem mãe compreenderiam. Acompanhou-o com olhos pretos que mal acreditavam, debruçada sobre a bolsa e os joelhos, até vê-lo dobrar a outra esquina. Mas ele foi mais forte do que ela. Nem uma só vez olhou para trás.


*Glossário: "basset" é um termo de origem francesa "bas" que significa "baixo" ou "anão".

(Clarice Lispector. Escritora brasileira) -

(armazemdetexto.blogspot.com)
Marque o que não se comprova na estrutura do (1º§).
Alternativas
Q2346872 Português
TENTAÇÃO


(1º§) Ela estava com soluço. E como se não bastasse a claridade das duas horas, ela era ruiva. Na rua vazia, vibravam as pedras de calor − a cabeça da menina flamejava. Sentada nos degraus de sua casa, ela suportava. Ninguém na rua, só uma pessoa esperando inutilmente no ponto do bonde. E como se não bastasse seu olhar submisso e paciente, o soluço a interrompia de momento a momento, abalando o queixo que se apoiava conformado na mão.


(2º§) Que fazer de uma menina ruiva com soluço? Olhamo-nos sem palavras, desalento contra desalento. Na rua deserta nenhum sinal de bonde. Numa terra de morenos, ser ruivo era uma revolta involuntária. Que importava se num dia futuro sua marca ia fazê-la erguer insolente uma cabeça de mulher? Por enquanto ela estava sentada num degrau faiscante da porta, às duas horas. O que a salvava era uma bolsa velha de senhora, com alça partida. Segurava-a com um amor conjugal já habituado, apertando-a contra os joelhos. Foi quando se aproximou a sua outra metade neste mundo, um irmão em Grajaú.


(3º§) A possibilidade de comunicação surgiu no ângulo quente da esquina acompanhando uma senhora, e encarnada na figura de um cão. Era um basset lindo e miserável, doce sob a sua fatalidade. Era um basset ruivo. Lá vinha ele trotando, à frente da sua dona, arrastando o seu comprimento. Desprevenido, acostumado, cachorro. A menina abriu os olhos pasmados. Suavemente avisado, o cachorro estacou diante dela. Sua língua vibrava. Ambos se olhavam.


(4º§) Entre tantos seres que estão prontos para se tornarem donos de outro ser, lá estava a menina que viera ao mundo para ter aquele cachorro. Ele fremia suavemente, sem latir. Ela olhava-o sob os cabelos, fascinada, séria.


(5º§) Quanto tempo se passava? Um grande soluço sacudiu-a desafinado. Ele nem sequer tremeu. Também ela passou por cima do soluço e continuou a fitá-lo. Os pelos de ambos eram curtos, vermelhos. Que foi que se disseram? Não se sabe. Sabe-se apenas que se comunicaram rapidamente, pois não havia tempo. Sabe-se também que sem falar eles se pediam. Pediam-se, com urgência, com encabulamento, surpreendidos.


(6º§) No meio de tanta vaga impossibilidade e de tanto sol, ali estava a solução para a criança vermelha. E no meio de tantas ruas a serem trotadas, de tantos cães maiores, de tantos esgotos secos − lá estava uma menina, como se fora carne de sua ruiva carne. Eles se fitavam profundos, entregues, ausentes do Grajaú. Mais um instante e o suspenso sonho se quebraria, talvez cedendo à gravidade com que se pediam.


(7º§) Mas ambos eram comprometidos. Ela com sua infância impossível, o centro da inocência que só se abriria quando ela fosse uma mulher. Ele, com sua natureza aprisionada. A dona esperava impaciente sob o guarda-sol. O basset ruivo afinal despregou-se da menina e saiu sonâmbulo.


(8º§) Ela ficou espantada, com o acontecimento nas mãos, numa mudez que nem pai nem mãe compreenderiam. Acompanhou-o com olhos pretos que mal acreditavam, debruçada sobre a bolsa e os joelhos, até vê-lo dobrar a outra esquina. Mas ele foi mais forte do que ela. Nem uma só vez olhou para trás.


*Glossário: "basset" é um termo de origem francesa "bas" que significa "baixo" ou "anão".

(Clarice Lispector. Escritora brasileira) -

(armazemdetexto.blogspot.com)
Marque a alternativa com análise incorreta.
Alternativas
Q2345892 Português
Assinale a frase em que há erro na forma do subjuntivo. 
Alternativas
Q2345797 Português
Assinale a frase em que há erro de conjugação verbal. 
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Q2345435 Português
Estado de SC reduz desmatamento da Mata Atlântica em 66%


    Um novo boletim do Sistema de Alertas de Desmatamento (SAD) Mata Atlântica, divulgado em novembro, mostrou que, nos primeiros oito meses de 2023, houve uma redução de 66% no desmatamento da Mata Atlântica em Santa Catarina, percentual mais expressivo do que o registrado em todo o Brasil, que foi de 59%.
     Os dados – consolidados na plataforma MapBiomas Alerta, a partir de uma parceria entre a Fundação SOS Mata Atlântica, a Arcplan e o MapBiomas, – apontam que a área desmatada no Brasil, entre janeiro e agosto deste ano, foi de 9.216 hectares, uma queda de 59% em comparação com o mesmo período de 2022. Em Santa Catarina, a redução representa diminuição de 1.816 para 600 hectares desmatados.
    Esse declínio não é uma novidade isolada. O boletim de julho da SAD Mata Atlântica já havia registrado uma diminuição de 46% no desmatamento desse bioma no estado.
     Os bons números se justificam pela intensificação no combate ao desmate no estado, na fiscalização preventiva e repressiva, além do investimento em estratégias com alta tecnologia. “Estamos colhendo os frutos de um trabalho intenso de ações preventivas e repressivas, que envolvem utilização de tecnologias avançadas de fiscalização e ações conjuntas com demais órgãos e instituições para combater de forma efetiva os crimes de desmatamento ilegal no estado”, analisa a presidente do IMA, Sheila Meirelles.
    Atualmente, o IMA conta com o Sistema Integrado de Monitoramento e Alertas de Desmatamento, o SIMAD, que foi desenvolvido pelos técnicos do Instituto, e auxilia o serviço de fiscalização. O SIMAD é um programa dos mais inovadores do país, por utilizar imagens de satélite para comparar locais em diferentes períodos, mostrando o histórico da vegetação. Se há supressão de vegetação, por exemplo, o próprio sistema verifica se aquela supressão possui autorização de corte ou se foi clandestina.
    O sistema identifica, por meio de imagens orbitais de alta resolução, a diferença de cobertura vegetal ocorrida de forma periódica em todo território catarinense. São avaliados mosaicos com até 4,7 centímetros de resolução espacial disponibilizados pelo programa NICFI, em parceria com o governo da Noruega.
    O alerta é gerado por meio de programas computacionais de código aberto e, portanto, sem custos para o Estado. São analisados se houve autorização para supressão incluindo informações de responsabilidade do IMA e as disponibilizadas pelo SINAFLOR por meio do IBAMA, além de outras informações da área, como histórico de uso do solo, informações do Cadastro Ambiental Rural, entre outros.
   O SIMAD é o único monitoramento deste gênero, disponível em Santa Catarina, que realiza o cruzamento automatizado com outros sistemas, como de licenciamento, autos de infração, Cadastro Ambiental Rural (CAR) e espaços territoriais especialmente protegidos (APP, Reserva Legal, unidades de conservação), entre outras camadas.
    A Mata Atlântica representa um dos 6 biomas presentes no território brasileiro. Localizada na faixa litorânea, abrange uma área habitada por mais de 50% da população brasileira.



Fonte: https://estado.sc.gov.br/noticias/estado-de-santa-catarina-reduz-
desmatamento-da-mata-atlantica-em-66/ (adaptado).
No trecho “...auxilia o serviço de fiscalização”, o verbo encontra-se flexionado no:
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Q2344634 Português
TEXTO I


EU SEI, MAS NÃO DEVIA


         Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia. A gente se acostuma a morar em apartamentos de fundos e a não ter outra vista que não as janelas ao redor. E, porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora. E, porque não olha para fora, logo se acostuma a não abrir de todo as cortinas. E, porque não abre as cortinas, logo se acostuma a acender mais cedo a luz. E, à medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão.

        A gente se acostuma a acordar de manhã sobressaltado porque está na hora. A tomar o café correndo porque está atrasado. A ler o jornal no ônibus porque não pode perder o tempo da viagem. A comer sanduíche porque não dá para almoçar. A sair do trabalho porque já é noite. A cochilar no ônibus porque está cansado. A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia.

        A gente se acostuma a abrir o jornal e a ler sobre a guerra. E, aceitando a guerra, aceita os mortos e que haja números para os mortos. E, aceitando os números, aceita não acreditar nas negociações de paz. E, não acreditando nas negociações de paz, aceita ler todo dia da guerra, dos números, da longa duração. [...]

         A gente se acostuma para não ralar na aspereza, para preservar sempre a pele. Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para esquivar-se da faca e baioneta, para poupar o peito. A gente se acostuma para poupar a vida. Que aos poucos se gasta, e que, gasta de tanto acostumar, se perde de si mesma.


(COLASANTI, Marina. Eu sei, mas não devia. 2 ed. Rio de Janeiro: Rocco, 1999. P. 9-10. Fragmento.)
Analise os verbos do título do texto “Eu sei, mas não devia”. Marque a alternativa que apresenta o modo e o tempo verbal nos quais estão flexionados os verbos “sei”, “devia”:
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Q2344146 Português
Leia, com atenção, o texto 02 e, a seguir, responda à questão, que a ele se refere.


Texto 02 





Disponível em: https://pt.foursquare.com/v/associacao-beneficente-espirita-nave-da-saudade/. Acesso em: 9 out. 2023.  
Em “Não desaponte quem precisa.”, a expressão “não desaponte” expressa um tom de
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Q2344114 Português
Sobre cartas e crateras


O que você salvaria se sua casa fosse desabar? Em situações emergenciais as pessoas geralmente tentam salvar documentos, dinheiro, joias, roupas e fotos. A vida é sempre o valor maior, e sua manutenção, motivo de alívio. Diz Andreza de Souza, 23, moradora da rua Capri, em São Paulo: “Eu queria pegar umas calcinhas, mas fiquei com vergonha do funcionário da Defesa Civil que me acompanhava. Ele me deu somente dois minutos, e só tinha tempo para levar minha escova de dentes, um edredom, duas calças jeans e uma blusa”.

— O que é que você levaria, se tivesse de abandonar sua casa às pressas? — perguntou o rapaz à namorada, depois de ler-lhe a notícia publicada na Folha.

Ela pensou um pouco.

— Acho que levaria a mesma coisa que essa moça: escova de dentes, edredom, calças jeans, blusa... E calcinha: eu não teria vergonha do funcionário. Prefiro ficar sem a vergonha do que sem as calcinhas.

— Só isso? — disse ele. — Só isso, você levaria?

Ela pensou um pouco:

— Não. Você tem razão, essas coisas são importantes, mas não suficientes. Eu pegaria meus documentos: a identidade, a carteira de trabalho... pegaria também a única joia que tenho, aquele colar que mamãe me deixou. Seria o caso de apanhar alguma grana, claro, mas dinheiro você sabe que eu não tenho, mesmo porque estou desempregada.

Ele ficou algum tempo em silêncio, e aí voltou à carga. E desta vez sua voz soava estranha, hostil mesmo:

— É isso, então? É isso que você levaria, se a sua casa estivesse a ponto de desabar?

Ela se deu conta de que alguma coisa estava incomodando o namorado, alguma coisa séria. Já pressentindo um bate-boca, perguntou em que, afinal, ele estava pensando. O que ela deveria ter mencionado, que não mencionara? O que havia esquecido?

— As cartas — disse ele, e a irritação agora transparecia em seu tom de voz. As cartas de amor que lhe escrevi.

Ela deu-se conta do erro que cometera: de fato, as cartas eram muito importantes para ele, sempre falava nelas. Mas também ela agora estava irritada, e disposta a partir para o confronto.

— Verdade, esqueci as cartas. Mas tenho de lhe dizer uma coisa: não sei onde estão essas cartas, simplesmente não sei. Você me conhece, sabe que sou desorganizada. Em dois minutos, não encontraria carta alguma. Provavelmente a casa desabaria, e eu morreria procurando. Você não havia de querer isso, certo? Você não quereria que eu morresse procurando essas suas cartas.

Ele agora estava pálido, pálido de ódio.

— Vou lhe dizer uma coisa — falou, por fim. — Se você não encontra minhas cartas, a razão é muito simples: você não me ama mais. E se você não me ama, a mim pouco importa o que iria lhe acontecer.

Levantou-se, e foi embora. Ela ficou pensando: há muitas crateras na vida, mas poucas são tão profundas quanto aquela em que o amor cai, quando desaba. Era isso que ela precisava dizer ao namorado. E decidiu que, naquele dia mesmo, lhe escreveria uma carta dizendo que, apesar das tragédias, a vida continua, e que, mesmo no fundo das crateras da vida, sempre resta uma esperança.


SCLIAR, Moacyr. Sobre cartas e crateras. Folha de S. Paulo. Disponível: https://www1.folha.uol.com.br/ fsp/cotidian/ff2201200707.htm. Acesso em: 7 ago. 2023. [Fragmento adaptado]
Em relação aos tempos e modos verbais empregados no texto, é incorreto afirmar que
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Q2344016 Português
Leia a primeira estrofe da canção “Que tal o impossível”, do cantor Itamar Assumpção.

Que tal se nós dois vivêssemos Do jeito que nós quiséssemos Sem nada que aborrecêsse-nos Que tal se tudo tivéssemos

Disponível em: https://www.letras.mus.br/itamar-assumpcao/ que-tal-o-impossivel/. Acesso em: 28 ago. 2023.

Assinale a alternativa que apresenta o tempo e o modo verbais dos termos em destaque.
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Q2342259 Português
Leia o texto a seguir:


Rio de Janeiro ganhará museu olímpico


Cronograma é que ele seja inaugurado no ano que vem, em
comemoração aos oito anos dos jogos na cidade



A cidade do Rio de Janeiro ganhará um museu olímpico no ano que vem. A ideia da prefeitura e da Secretaria de Esportes, que toca o projeto, é que ele seja inaugurado em agosto, em comemoração aos oito anos da realização das olimpíadas na cidade, em 2016.


O museu ficará no Parque Olímpico, na Barra da Tijuca, no mezanino do Velódromo, que fica no 3º andar. O espaço será oval (a pessoa entra, dá a volta e sai do outro lado).


A Secretaria de Esportes fez duas licitações. A primeira delas para a construção de um acervo olímpico e de obras e de peças interativas. Surpresas estão previstas.


A outra licitação foi para as obras, que começaram no mês passado. Será reformado o arco do mezanino e o sistema de ar-condicionado passará por reforma.



Fonte: https://oglobo.globo.com/blogs/panorama-esportivo/post/2023/10/rio-de-janeiro-ganhara-museu-olimpico.ghtml. Texto adaptado. Acesso em: 19 out. 2023.
No trecho “Cronograma é que ele seja inaugurado no ano que vem”, o verbo destacado está flexionado no:
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Q2338268 Português
Texto: Não ameis a distância

Em uma cidade há um milhão e meio de pessoas, em outra há outros milhões; e as cidades são tão longe uma da outra que nesta é verão quando naquela é inverno. Em cada uma dessas cidades há’ uma pessoa; e essas pessoas tão distantes acaso pensareis que podem cultivar em segredo, como plantinha de estufa, um amor à distância?

Andam em ruas tão diferentes e passam o dia falando línguas diversas; cada uma tem em torno de si uma presença constante e inumerável de olhos, vozes, notícias. Não se telefonam mais; é tão caro e demorado e tão ruim e além disso, que se diriam? Escrevem-se. Mas uma carta leva dias para chegar; ainda que venha vibrando, cálida, cheia de sentimento, quem sabe se no momento em que é lida já não poderia ter sido escrita? A carta não diz o que a outra pessoa está sentindo, diz o que sentiu na semana passada… e as semanas passam de maneira assustadora, os domingos se precipitam mal começam as noites de sábado, as segundas retornam com veemência gritando — “outra semana!”, e as quartas já têm um gosto de sexta, e o abril de de-já-hoje é mudado em agosto… 

Sim, há uma frase na carta cheia de calor, cheia de luz; mas a vida presente é traiçoeira e os astrônomos não dizem que muita vez ficamos como patetas a ver uma linda estrela jurando pela sua existência — e no entanto há séculos ela se apagou na escuridão do caos, sua luz é que custou a fazer a viagem? Direi que não importa a estrela em si mesma, e sim a luz que ela nos manda; e eu vos direi: amai para entendê-las!

Ao que ama o que lhe importa não é a luz nem o som, é a própria pessoa amada mesma, o seu vero cabelo, e o vero pêlo, o osso de seu joelho, sua terna e úmida presença carnal, o imediato calor; é o de hoje, o agora, o aqui — e isso não há. 

Então a outra pessoa vira retratinho no bolso, borboleta perdida no ar, brisa que a testa recebe na esquina, tudo o que for eco, sombra, imagem, um pequeno fantasma, e nada mais. E a vida de todo dia vai gastando insensivelmente a outra pessoa, hoje lhe tira um modesto fio de cabelo, amanhã apenas passa a unha de leve fazendo um traço branco na sua coxa queimada pelo sol, de súbito a outra pessoa entra em fading um sábado inteiro, está-se gastando, perdendo seu poder emissor à distância.

Cuidai amar uma pessoa, e ao fim vosso amor é um maço de cartas e fotografias no fundo de uma gaveta que se abre cada vez menos… Não ameis à distância, não ameis, não ameis!

Fonte: https://www.pensador.com/cronicas_de_rubem_braga/

Leia com atenção o título do texto “Direis que não importa a estrela em si mesma, e sim a luz que ela nos manda; e eu vos direi: amai para entendê-las! Em relação ao uso do verbo, aponte a alternativa que apresenta a correta conjugação:
Alternativas
Q2335039 Português
Um dos problemas mais sérios na correção linguística é o tema da conjugação verbal. Assinale a frase que apresenta um erro de conjugação.
Alternativas
Q2335030 Português
Todas as frases a seguir mostram formas verbais no futuro do pretérito.

Assinale a frase que mostra o valor semântico desse tempo verbal de forma adequada.
Alternativas
Q2334996 Português




(Disponível em: institutoneurosaber.com.br – texto adaptado especialmente para esta prova). 

Assinale a alternativa que indica quantas outras alterações seriam obrigatoriamente necessárias caso a palavra “reuniões” fosse substituída por sua forma singular no período a seguir:

“As reuniões com os pais são importantes para planejar os objetivos para cada criança e compreender o papel do professor.” 
Alternativas
Q2334676 Português

Julgue o item a seguir.


O verbo “colorir” não tem conjugação completa, por esse motivo não é conjugado na 1.ª pessoa do singular do presente do indicativo: (eu) ---, (tu) colores, (ele) colore, (nós) colorimos, (vós) coloris, (eles) colorem. Como ele não é conjugado em todas as pessoas, tempos e modos, é classificado como um verbo refletivo. 

Alternativas
Q2334656 Português

Julgue o item subsequente. 


Os verbos da língua portuguesa, no modo indicativo, podem ser conjugados em: presente, pretérito perfeito, pretérito imperfeito, pretérito mais-que-perfeito, futuro do presente e futuro do pretérito.

Alternativas
Q2329639 Português

Texto para o item.




Internet: <www.crqsp.org.br> (com adaptações).


Em relação ao texto e a seus aspectos linguísticos, julgue o  item.



As formas verbais “incluirá” (linha 6) e “estará” (linha 7) foram conjugadas na terceira pessoa do singular, do tempo futuro do presente, do modo indicativo.

Alternativas
Respostas
321: B
322: C
323: B
324: C
325: D
326: E
327: D
328: A
329: B
330: C
331: D
332: C
333: B
334: D
335: B
336: C
337: D
338: E
339: C
340: C