Questões de Concurso
Sobre flexão verbal de modo (indicativo, subjuntivo, imperativo) em português
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“(1)Encontrei um (2)amigo de longa data. Não (3)lembrava seu nome, e (4)ainda hoje não lembro – talvez fosse Marcelo.”
Analise os termos destacados do trecho do texto e assinale a alternativa CORRETA:
Depois duma vida de misérias e privações Unha-deFome conseguiu amontoar um tesouro, que enterrou longe de casa, num lugar ermo, colocando uma grande pedra em cima. Mas tal era o seu amor pelo dinheiro, que volta e meia rondava a pedra, e namorava como o jacaré namora os seus próprios ovos ocultos na areia. Isto atraiu a atenção dum vizinho, que o espionou e, por fim, roubou-lhe o tesouro.
Quando Unha-de-Fome deu pelo saque, rolou por terra desesperado, arrepelando os cabelos.
– Meu tesouro! Minha alma! Roubaram minha alma! Um viajante que passava foi atraído pelos berros.
– Que é isso, homem?
– Meu tesouro! Roubaram meu tesouro!
– Mas morando lá longe você o guardava aqui, então? Que tolice! Se o conservasse em casa não seria mais cômodo para gastar dele quando fosse preciso?
– Gastar do meu tesouro!? Então você supõe que eu teria a coragem de gastar uma moedinha só, das menores que fosse?
– Pois se era assim, o tesouro não tinha para você a menor utilidade, e tanto faz que esteja com quem o roubou como enterrado aqui. Vamos! Ponha no buraco vazio uma pedra, que dá no mesmo. Que utilidade tem o dinheiro para quem só o guarda e não gasta?
Disponível em https://www.refletirpararefletir.com.br/fabulas-com-moral. Acesso em 19/04/2019.
Em “Ponha no buraco vazio uma pedra, que dá no mesmo”, o verbo em destaque está conjugado em que pessoa e modo verbal?
Em “(...) Cassin seria uma ótima pessoa para invocar diante de compreensões equivocadas sobre a expressão “direitos humanos”(...)”, a forma verbal em destaque, no tempo e no modo como foi usada, indica:
Era uma esplêndida residência, na Lagoa Rodrigo de Freitas, cercada de jardins e tendo ao lado uma bela piscina. Pena que a favela, com seus barracos grotescos se alastrando pela encosta do morro, comprometesse tanto a paisagem. Diariamente desfilavam diante do portão aquelas mulheres silenciosas e magras, lata d’água na cabeça. De vez em quando surgia sobre a grade a carinha de uma criança, olhos grandes e atentos, espiando o jardim. Outras vezes eram as próprias mulheres que se detinham e ficavam olhando. Naquela manhã de sábado ele tomava seu gim-tônica no terraço, e a mulher um banho de sol, estirada de maiô à beir a da piscina, quando perceberam que alguém os observava pelo portão entreaberto. Era um ser encardido, cujos molambos em forma de saia não bastavam para defini-la como mulher. Segurava uma lata na mão, e estava parada, à espreita, silenciosa como um b icho. Por um instante as duas mulheres se olharam, separadas pela piscina. De súbito pareceu à dona da casa que a estranha criatura se esgueirava, portão adentro, sem tirar dela os olhos. Ergueu-se um pouco, apoiando-se no cotovelo, e viu com terror que ela se aproximava lentamente: já transpusera o gramado, atingia a piscina, agachava-se junto à borda de azulejos, sempre a olhá-la, em desafio, e agora colhia água com a lata. Depois, sem uma palavra, iniciou uma cautelosa retirada, meio de lado, equilibrando a lata na cabeça – e em pouco sumia-se pelo portão. Lá no terraço o marido, fascinado, viu toda a cena. Não durou mais de um ou dois minutos, mas lhe pareceu sinistra como os instantes tensos de silêncio e de paz que antecedem um combate. Não teve dúvida: na semana seguinte vendeu a casa.
(Fernando Sabino, A mulher do vizinho. Adaptado)
Assinale a alternativa em que o verbo deter, presente na passagem – Outras vezes eram as próprias mulheres que se detinham … –, está conjugado de acordo com a norma-padrão.
A corrida das patinetes
Se 2018 foi o ano em que as patinetes elétricas brotaram nas ruas de São Paulo, em 2019 a moda deve se espalhar pelo Brasil. Até aqui, a startup de bicicletas e patinetes compartilhadas Yellow corre pela denominação do mercado de e-scooters contra a Grin, mexicana que chegou ao país comprando a concorrente brasileira Ride e fazendo uma parceria com o aplicativo de entregas Rappi.
Ambas captaram investimentos da ordem de 70 milhões de dólares. O jogo deve ficar mais pesado no ano que vem. As patinetes elétricas da americana Lime, que tem 455 milhões de dólares em investimentos, chegarão ao Brasil em 2019. Na mesma época, o gigante de mobilidade Uber lançará o serviço de bicicletas e patinetes elétricas Jump por aqui, enquanto prepara uma abertura de capital que o avalie em 120 bilhões de dólares. Os números mostram a agitação do mercado de transportes. Há um intervalo de 18 meses entre rodadas de investimentos recebidas pelas startups do setor, ante uma média de 24 meses nos demais segmentos, segundo a empresa de análises CB insights. Já a linha de chegada lucro – ainda não está no horizonte.
Disponível em Revista Exame – Edição 1176 – 26/12/2018.


Instrução: A questão refere-se ao texto abaixo. Os destaques ao longo do texto estão citados na questão.
Arte, música, poemas e histórias: crianças precisam disso?
Fonte: https://www.revistaprosaversoearte.com/arte-musica-poemas-e-historias-criancas-precisam-
disso/ – Texto adaptado para esta prova.
Considerando o primeiro e o segundo parágrafo do texto, analise as seguintes assertivas:
I. A repetição do verbo ‘prive’ pelo autor do texto pode ser entendida como uma intenção de chamar mais a atenção do leitor para a questão da privação de alguns aspectos do desenvolvimento das crianças e suas consequências.
II. Se quiséssemos substituir essa palavra para não mais haver repetição, poderíamos escolher um dos seguintes sinônimos: ‘negar’, ‘impedir’ ou ‘proibir’. No entanto, alterações na estrutura da frase seriam necessárias para fins de correção.
III. O verbo ‘prive’ (todas as ocorrências) está flexionado no imperativo.
Quais estão corretas?
Texto para o item.
Recado ao Senhor 903
Rubem Braga. O verão e as mulheres. 10.ª ed. Rio de Janeiro:
Record, 2008, p. 21‐23 (com adaptações).
No que concerne aos aspectos linguístico‐gramaticais do texto, julgue o item.
No último parágrafo do texto, o emprego das formas verbais “seja” (linha 35), “batesse” (linha 36) e “dissesse” (linha 37) indica acontecimento certo e presente.
Texto para o item.
Internet:<www.itaucultural.org.br>
Considerando a correção gramatical e a coerência das substituições propostas para vocábulos e trechos destacados do texto, julgue o item.
“tem sido” (linha 37) por vem sendo.
“Era para ser uma noite diferente. O rapaz chegou em casa, pegou um pedaço de pizza e correu para a frente da TV para assistir a uma comédia no seu serviço de streaming favorito. Mas, poucos minutos depois, lá estava ele assistindo a outro filme de ação, como em todas as noites anteriores. Seria só uma coincidência? Na verdade, é mais um triunfo de uma sequência de linhas de código, repleta de complexos cálculos matemáticos, que é chamada de algoritmo.”
A respeito dos verbos destacados no trecho anterior, analise as afirmativas a seguir.
I. Os verbos destacados estão, respectivamente, no pretérito imperfeito (era); pretérito perfeito (chegou, pegou, correu) e presente (é), todos na terceira pessoa do singular.
II. A mudança dos verbos do pretérito para verbos no presente indica a transição entre a parte narrativa e a parte descritiva do texto.
III. Em “o rapaz chegou em casa”, observa-se o uso do modo subjuntivo do verbo ‘chegar’, que indica certeza em relação à ação descrita.
Está correto o que se afirma em
(Fonte adaptada:https//g1.globo.com>acesso em 29 de setembro de 2019)
O verbo destacado na frase abaixo está conjugado no:
“No caso do Australopithecus sediba, que viveu 1,95 milhão de anos atrás na África do Sul, [...]”
Texto adaptado especialmente para esta prova. Disponível em:
https://www.contioutra.com/nos-atraimos-as-amizades-de-forma-semelhante-aos-algoritmos-do-facebook/
Texto adaptado especialmente para esta prova. Disponível em:
https://www.contioutra.com/nos-atraimos-as-amizades-de-forma-semelhante-aos-algoritmos-do-facebook/
Instrução: A questão refere-se ao texto abaixo. Os destaques ao
longo do texto estão citados na questão.
Texto adaptado especialmente para esta prova. Disponível em:
http://www.comciencia.br/comciencia/?section=8&tipo=resenha&edicao=129
Texto I
Machado de Assis é mesmo realista?
O aluno tem essa dúvida quando lê que o marco
da fundação do realismo no Brasil se deu em 1881,
quando se publicaram “O mulato”, de Aluísio de
Azevedo, e “Memórias póstumas de Brás Cubas”, de
Machado de Assis. A informação aparece em muitos
manuais didáticos.
O romance de Aluísio de Azevedo de fato se
encaixa bem no formato realista. Mas, sabendo que o
personagem Brás Cubas escreveu as suas memórias
depois de morto e que no século XIX não havia
evidências de vida depois da morte (como não as há
até hoje, aliás), ojovem leitor se pergunta: como pode
ser realista um livro que se chama “Memórias
póstumas”?
A pergunta do aluno é inteligente. A obra de
Machado nos oferece várias ocasiões para duvidar
do realismo que lhe imputam, como a personagem do
doutor Simão Bacamarte, o protagonista de “O
alienista”: ele é o cientista que se vê sempre prestes a
revelar a verdade verdadeira aos incautos e não
arreda desta auto ilusão nem mesmo quando
encontra tão somente o seu próprio erro, mostrando-se então a caricatura do realista de carteirinha,
daquele que quer nos mostrar “a vida como ela é”.
Não contente em atacar a concepção realista com
seus personagens e metáforas, Machado de Assis a
combateu explícita e frontalmente em vários textos
críticos.
Na dura crítica que fez a “O primo Basílio”,
romance de Eça de Queiroz, o escritor brasileiro
afirmou categoricamente: "voltemos os olhos para a
realidade, mas excluamos o realismo; assim não
sacrificarem os a verdade estética” . Machado
ordenou a exclusão do realismo do campo da arte
para não sacrificar a verdade estética, isto é, aquela
verdade que não esconde do leitor que inventa
realidades de papel.
No ensaio “A Nova Geração”, Machado de Assis
afirmou, de maneira mais categórica ainda: “a
realidade é boa, o realismo é que não presta para
nada”. Creio que ele não podia ser mais claro.
Segundo o autor, o realismo “não presta para nada”
porque sobrepõe à vida um ideal com o qual a vida
mesma não concorda.
O realismo quer dobrar a vida à sua perspectiva,
mas com isso termina por recusá-la e não por afirmá-la. O realismo quer descrever a vida como ela é, mas
faz apenas uma “reprodução fotográfica e servil das
cousas mínimas e ignóbeis” para as tratar com uma
“exação de inventário”, ou seja, para as dispor em
gavetas uniformes como se cada acontecimento se
reduzisse à dimensão de todos os outros.
Por isso, Machado não perde a chance de reduzir
o realismo a uma ironia divertida: “porque a nova
poética é isto e só chegará à perfeição no dia em que
nos disser o número exato dos fios de que se compõe
um lenço de cambraia ou um esfregão de cozinha”.
Mas por que, se o próprio Machado de Assis
reduziu o realismo a pó de traque, há tantos que ainda
insistem em considerá-lo realista?
Gustavo Bernardo
(Disponível em: http://www.revista.vestibular.uerj.br/coluna/ coluna.php?seq_coluna=16)
Observe a tirinha abaixo para responder a questão.
(Will Tirando. Disponível em:http://www.willtirando. com.br/tirando-da-cabeca-do-leitor-44/)
Diálogo da tirinha:
Quadro 1: Mãe, traga mais bolo!
Quadro 2: Moleque! Se você comer mais bolo você vai explodir!
Quadro 3: Então traga e saia de perto.