Questões de Português - Flexão verbal de tempo (presente, pretérito, futuro) para Concurso

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Q1747442 Português

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Em “Quando eu era criança tinha medo do escuro...”, os verbos destacados estão conjugados em que tempo e modo verbais?
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Q1746978 Português
Imagine uma situação em que um pai responda seguinte pergunta ao seu filho: Pai, eu tenho que lavar a louça? Assinale a alternativa INCORRETA considerando o emprego do verbo.
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Q1746826 Português

Texto CB1A1-I


     Durante um seminário sobre a antropologia do dinheiro ministrado na Escola de Economia e Ciência Política de Londres, Jock Stirratt descreveu em um gráfico os usos a que alguns pescadores do Sri Lanka que prosperaram nos últimos anos submetiam sua riqueza recém-adquirida. A renda desses pescadores, antes muito baixa, deu um grande salto desde que o gelo se tornou disponível, o que possibilitou que seus peixes alcançassem, em boas condições, os mercados distantes da costa, onde atingiram preços altos. No entanto, as aldeias de pescadores ainda permanecem isoladas e, à época do estudo, não tinham eletricidade, estradas nem água encanada. Apesar desses desincentivos aparentes, os pescadores mais ricos gastavam os excedentes de seus lucros na compra de aparelhos de televisão inutilizáveis, na construção de garagens em casas a que automóveis sequer tinham acesso e na instalação de caixas-d’água jamais abastecidas. De acordo com Stirratt, isso tudo ocorre por uma imitação entusiasmada da alta classe média das zonas urbanas do Sri Lanka.

     É fácil rir de despesas tão grosseiramente excêntricas, cuja aparente falta de propósito utilitário dá a impressão de que, por comparação, pelo menos parte de nosso próprio consumo tem um caráter racional. Como os objetos adquiridos por esses pescadores parecem não ter função em seu meio, não conseguimos entender por que eles deveriam desejá-los. Por outro lado, se eles colecionassem peças antigas de porcelana chinesa e as enterrassem, como fazem os Ibans, seriam considerados sensatos, senão encantados, tal como os temas antropológicos normais. Não pretendo negar as explicações óbvias para esse tipo de comportamento ― ou seja, busca de status, competição entre vizinhos, e assim por diante. Mas penso que também dever-se-ia reconhecer a presença de uma certa vitalidade cultural nessas atrevidas incursões a campos ainda não inexplorados do consumo: a habilidade de transcender o aspecto meramente utilitário dos bens de consumo, de modo que se tornem mais parecidos com obras de arte, carregados de expressão pessoal.


Alfred Gell. Recém-chegados ao mundo dos bens: o consumo entre os Gonde Muria. In: Arjun Appadurai (org). A vida social das coisas: mercadorias sob uma perspectiva cultural. Niterói: Eduff, 2008, p. 147-48 (com adaptações).

No trecho “se eles colecionassem peças antigas de porcelana chinesa” (segundo parágrafo), do texto CB1A1-I, o modo da forma verbal “colecionassem” indica uma
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Q1746284 Português

TEXTO 01

O texto abaixo servirá de base para responder a questão.

O VERDADEIRO VALOR DA AMIZADE

Às vezes, um sentimento de solidão se faz perceptível dentro da alma.

Às vezes, esta solidão devagarinho, vagueia mansa, estreita e calma.

Mas sem demora a solidão se vai embora, No anunciar que um amigo chegou agora. Amigos vêm, amigos vão...
Como um acorde de uma canção.

Mas quando chegam, mandam embora a solidão. Sabido é que uma amizade
Pode durar uma eternidade.
Pois um amigo se leva dentro do coração

E quando se vai, fica a lembrança e a emoção. Por isto então eu digo, abra os ouvidos
De valor aos seus amigos.

(Robinson P. Marques) - (https://www.pensador.com/pequenos_texto_de_amizade/26/) - (Acesso

em14.05.2021)

Os verbos de: "Amigos vêm, amigos vão..." apresentam o sentido de:

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Q1746019 Português

De mãos dadas com os pais


    Enquanto Fabrício vê as mãos livres de sua mãe gesticulando, lembra que nem sempre foi fácil encaixar seus dedos nos dela. Na infância eram muitos filhos. E na hora de passear tinham que brigar para andar de mãos dadas com os pais. Eram quatro mãos concorridas a tapas pelos irmãos. Um filho circulava solto, esperando sua vez de ser chamado para o contato.

    E a mãe oferecia, então, a mão invisível do grito:

    − Anda mais rápido!

    Ela espichava o olhar para não extraviar uma das crias da ninhada. Fabrício imagina o quanto sofriam os pais quando os levavam para a rua, tendo que controlar as brincadeiras e as frequentes distrações. Os filhos não facilitavam: mexiam em pedrinhas, em flores nos canteiros, paravam para colher frutas.

    Os filhos que se mantinham pendurados no cabide dos braços não eram o problema. O medo se voltava para o avulso, o que andava próximo e perigosamente com independência, por absoluta falta de mãos.

    Fabrício se sentia o filho menos querido quando terminava sendo o escolhido para perambular sozinho. Nem queria a mãozinha do irmão, o que, para ele, equiparava-se a uma esmola. Não admitia compaixão: desejava tudo ou nada. Os filhos disputavam a atenção dos pais como quem trava um duelo de garfos pelo último bolinho de chuva na bandeja.

    Hoje os pais de Fabrício, velhos, já separados e morando cada um em seu apartamento, estão com as mãos disponíveis. Os irmãos esqueceram a concorrência do passado. Talvez tenham que reparar, como Fabrício faz agora, que a dinâmica familiar se inverteu. Eles é que precisam de nós, não mais nós, deles.

    Fabrício sabe que é ele quem deve levar os pais para passear. E ele sabe que ninguém ficará de fora, porque possui exatamente um par de mãos para não deixar nenhum deles sozinho neste mundo de fragilidades.

(Fabrício Carpinejar. Cuide de seus pais antes que seja tarde. 5ª ed. Rio de Janeiro: Bertrand, 2018. Adaptado)

A alternativa cuja forma verbal destacada está no tempo futuro, é observada em:
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Ano: 2021 Banca: IDIB Órgão: CREMEPE Prova: IDIB - 2021 - CREMEPE - Assistente Técnico I |
Q1745982 Português

TEXTO II 



Disponível em https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/noticias/ministerio-da-saude-lanca-servico-de-combate-a-fake-news.

Compartilhe informações somente de fontes seguras!”. Em textos publicitários, é comum o uso de verbos que visam estabelecer um diálogo com o leitor/telespectador. No exemplo destacado, o verbo “compartilhe” segue essa orientação porque está conjugado no tempo e modo verbais
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Q1745938 Português
TEXTO

Seres humanos tóxicos nunca vão admitir que estão errados

Portal Raízes - 23 de setembro de 2020

    Você pode obter um pedido de desculpas de alguém tóxico, mas não será genuíno. A única vez que eles vão se desculpar é para te manipular para conseguirem o que eles querem, para fazer você acreditar que eles merecem perdão. Caso contrário, eles nunca vão admitir a transgressão. Eles nunca vão dizer “sinto muito” e deixar por isso mesmo. Sempre haverá algo mais na frase. Eles vão seguir justificando que a culpa nunca é realmente deles.
    Eles sempre tentarão colocar a culpa em outra pessoa porque não são maduros o suficiente para assumir a responsabilidade por suas próprias ações. Eles sentem que não podem estar errados. Eles se sentem forçados a forjar a realidade com suas circunstâncias passadas ou atuais, quando, na verdade, eles estão totalmente no controle de suas próprias decisões.
    Claro, eles nunca vão lhe dar as desculpas que você merece. Se eles se desculparem por te trair, eles vão dar detalhes sobre como isso nunca teria acontecido se a outra pessoa não tivesse se atirado para cima deles ou se você estivesse mais interesse na vida deles ou se eles não tivessem pedido aquela cerveja extra no bar… sempre haverá uma justificativa esfarrapada.
    E se você tiver a coragem de enfrentá-los, de afrontá-los jogando em cima deles todas as suas besteiras, eles vão mudar a situação completamente. Eles listarão todas as coisas boas que fizeram por você e o chamarão de ingrato. Eles vão mencionar que você também não é perfeito e que nunca usaram isso contra você. Eles vão tentar fazer você se sentir culpado, mesmo que tenham sido eles que estragaram tudo.
    Pessoas tóxicas nunca vão admitir que estão erradas. Elas nunca vão refletir sobre suas escolhas e chegar à conclusão de que precisam mudar. Não importa o que você faça ou o quanto você os ame, porque você nunca vai ganhar uma discussão com eles. Eles farão o possível para provar que são inocentes. Criarão mentiras, espalharão boatos, distorcerão a verdade para se encaixar em sua própria narrativa.
    Você pode gritar com eles, pode amaldiçoá-los ou pode calmamente apresentar os fatos a eles – mas isso não fará diferença. (...)
    Quando você está cara a cara com alguém tóxico, a melhor coisa que você pode fazer por si mesmo é ir embora, porque você nunca vai conseguir mudá-lo. Você nunca vai fazer com que ele veja a situação do seu ponto de vista. Você nunca vai fazer com que ele admita que foi longe demais. Os humanos tóxicos não pensam logicamente. Eles só pensam em si mesmos.

Texto de Holly Riordan, via Thought Catalog

Disponível em https://www.portalraizes.com/seres-humanos-toxicos-nunca-vaoadmitir-que-estao-errados/. Acesso em 26 set 2020.
Os verbos destacados em “Se eles se desculparem¹ por te trair, eles vão² dar detalhes sobre como isso nunca teria³ acontecido...” estão conjugados, respectivamente, no
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Q1745934 Português
TEXTO

Seres humanos tóxicos nunca vão admitir que estão errados

Portal Raízes - 23 de setembro de 2020

    Você pode obter um pedido de desculpas de alguém tóxico, mas não será genuíno. A única vez que eles vão se desculpar é para te manipular para conseguirem o que eles querem, para fazer você acreditar que eles merecem perdão. Caso contrário, eles nunca vão admitir a transgressão. Eles nunca vão dizer “sinto muito” e deixar por isso mesmo. Sempre haverá algo mais na frase. Eles vão seguir justificando que a culpa nunca é realmente deles.
    Eles sempre tentarão colocar a culpa em outra pessoa porque não são maduros o suficiente para assumir a responsabilidade por suas próprias ações. Eles sentem que não podem estar errados. Eles se sentem forçados a forjar a realidade com suas circunstâncias passadas ou atuais, quando, na verdade, eles estão totalmente no controle de suas próprias decisões.
    Claro, eles nunca vão lhe dar as desculpas que você merece. Se eles se desculparem por te trair, eles vão dar detalhes sobre como isso nunca teria acontecido se a outra pessoa não tivesse se atirado para cima deles ou se você estivesse mais interesse na vida deles ou se eles não tivessem pedido aquela cerveja extra no bar… sempre haverá uma justificativa esfarrapada.
    E se você tiver a coragem de enfrentá-los, de afrontá-los jogando em cima deles todas as suas besteiras, eles vão mudar a situação completamente. Eles listarão todas as coisas boas que fizeram por você e o chamarão de ingrato. Eles vão mencionar que você também não é perfeito e que nunca usaram isso contra você. Eles vão tentar fazer você se sentir culpado, mesmo que tenham sido eles que estragaram tudo.
    Pessoas tóxicas nunca vão admitir que estão erradas. Elas nunca vão refletir sobre suas escolhas e chegar à conclusão de que precisam mudar. Não importa o que você faça ou o quanto você os ame, porque você nunca vai ganhar uma discussão com eles. Eles farão o possível para provar que são inocentes. Criarão mentiras, espalharão boatos, distorcerão a verdade para se encaixar em sua própria narrativa.
    Você pode gritar com eles, pode amaldiçoá-los ou pode calmamente apresentar os fatos a eles – mas isso não fará diferença. (...)
    Quando você está cara a cara com alguém tóxico, a melhor coisa que você pode fazer por si mesmo é ir embora, porque você nunca vai conseguir mudá-lo. Você nunca vai fazer com que ele veja a situação do seu ponto de vista. Você nunca vai fazer com que ele admita que foi longe demais. Os humanos tóxicos não pensam logicamente. Eles só pensam em si mesmos.

Texto de Holly Riordan, via Thought Catalog

Disponível em https://www.portalraizes.com/seres-humanos-toxicos-nunca-vaoadmitir-que-estao-errados/. Acesso em 26 set 2020.
No TEXTO são usados muitos verbos no futuro, como em “Criarão mentiras, espalharão boatos, distorcerão a verdade para se encaixar em sua própria narrativa”. Apesar de estarem no tempo futuro, esses verbos, na fala de Holly Riordan, transmitem a ideia de
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Q1745570 Português
Para responder à questão, leia o texto abaixo: 
 
A história da pandemia ainda está sendo escrita, mas nela já estão garantidos os lugares honrosos de Sarah Gilbert, a chefe da equipe que desenvolveu a vacina de Oxford; Katalin Karikó, a cientista húngara que passou a vida pesquisando o uso terapêutico de moléculas do código genético, o método utilizado nas vacinas da Pfizer e da Moderna; e Kate Bingham, a especialista em novos remédios que coordenou a bem-sucedida campanha de vacinação no Reino Unido. Nenhuma delas, obviamente, se faz de vítima ou acha que merece mérito especial por ser mulher, embora a condição feminina tenha seu peso. (Vilma Gryzinski. Revista Veja. “Três Mulheres”. Adaptado. 07 de abril de 2021. Edição nº 2732.)  
Com base nos aspectos morfológicos e de acentuação de vocábulos do texto, leia as assertivas: I. Em “se faz de vítima ou acha que merece mérito especial por ser mulher”, tem-se apenas dois vocábulos classificados como proparoxítonos. II. Em “a cientista húngara que passou a vida pesquisando”, tem-se um adjetivo pátrio. III. Em “a chefe da equipe que desenvolveu a vacina de Oxford”, o verbo está conjugado no pretérito imperfeito do indicativo. Pode-se afirmar que:
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Q1745291 Português

TEXTO II 



Disponível em https://hsvp.com.br/doacao-de-orgaos-e-tecidos

Nos textos publicitários, é comum o uso de verbos no modo imperativo para dialogar diretamente com o público, como ocorre em “Não deixe cair por terra o que pode alçar novos voos”. Quando o gênero textual muda, a forma de se construir o texto também sofre variações, principalmente em relação ao uso de verbos e pronomes. Se o texto em questão fosse um relato pessoal, a frase destacada deveria estar escrita da seguinte forma:
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Q1745231 Português

INSTRUÇÃO: As questões de nº 13 a n° 18 dizem respeito ao TEXTO. Leia-o atentamente antes de respondê-las.


Se o verbo “sugere” (linha 13) fosse conjugado na primeira pessoa do plural do pretérito mais-queperfeito do indicativo, a alternativa correta seria:
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Q1744679 Português
Assinale a alternativa que contém uma relação inadequada entre o tempo verbal e seu emprego e intenção no período:
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Q1743537 Português

Leia o texto para responder à questão.


    Francisca trabalhou dos dez aos 48 anos em “casa de família”, no Rio. Nunca alcançou um salário mínimo nem lhe assinaram a carteira. Quando infartou e não pôde mais trabalhar, ficou com uma mão na frente e a outra atrás: não teve direito a pensão nem aposentadoria. O marido cata papel no lixão. O filho que morreu foi gari, açougueiro, entregador de verduras no Ceasa. Fez até curso de segurança. Depois de um ano desempregado, virou traficante. Durou um ano vivo. “Ele ganhava 1500 reais por semana. Pagava meus remédios, passagem, prestação do guarda-roupa, gás, tudo”, diz Francisca. “Não era o que eu desejava para ele. Sonhava que fosse mecânico. Mas eu aceitava o dinheiro porque não tinha opção.”

    Ao chegar do trabalho, o filho deixava o fuzil no portão. Como se fosse a caixa de ferramentas. “Meu filho, não quero esses brinquedos perigosos dentro de casa”, Francisca dizia. Como bom filho, ele obedecia.

(Eliane Brum. O olho da rua. São Paulo: Globo, 2008. Adaptado)

No trecho – “Ele ganhava 1500 reais por semana. Pagava meus remédios, passagem, prestação do guarda-roupa, gás, tudo” –, as palavras em destaque indicam ações que
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Q1743304 Português
Alternativa que corresponde ao emprego correto do verbo cantar na segunda pessoa do plural do pretérito imperfeito
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Q1741590 Português

INSTRUÇÕES: A questão diz respeito ao TEXTO. Leia-o atentamente antes de respondê-la.


TEXTO


“...estudaram 843 galáxias de todos os tipos (...)” (linha 15). Caso a pessoa utilizada para tratamento na frase retirada do texto fosse alterada para a segunda pessoa do singular, mantendo-se o tempo e o modo verbal, sua reescrita correta seria:
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Q1741482 Português

TEXTO

O texto abaixo servirá de base para responder a questão.


A IDEALIZAÇÃO DO AMOR

(1º§) Eu estava a pensar na forma como se poderá entender o amor, à luz da minha formação. A minha perspectiva depende daquilo que o outro representa, se o outro é um prolongamento nosso, é uma parte nossa, como acontece muitas vezes, ou é uma idealização do eu de que falaria o Freud. No sentido psicanalítico, poder-se-ia dizer que o amor corresponde ao EU IDEAL e, portanto, à procura de qualquer coisa de ideal que nós colocamos através de um mecanismo de identificação projetiva no outro.

(2º§) Portanto, à luz de uma perspectiva científica, como é apesar de tudo a psicanalítica, o problema começa a pôr-se de uma forma um bocado diferente. Nesse sentido e na medida em que o objeto amado é sempre idealizado e nunca é um objetivo real, a gente, de fato, nunca se está a relacionar com pessoas reais, estamos sempre a relacionarmo-nos com pessoas ideias e com fantasmas.

(3º§) A gente vive, de fato, num mundo de fantasmas: os amigos são fantasmas que têm para nós determinada configuração, ou os pais, ou os filhos, etc. Portanto, devemos refletir sobre este fantasmagórico mundo em que vimos. (...)

(4º§) O amor é uma coisa que tem que ver de tal forma com todo um mundo de fantasmas, com todo um mundo irreal, com todo um mundo inventado que nós carregamos conosco desde a infância, que até poderá haver, eventualmente, amor sem objeto. Reflitamos, entendamos, procuremos conviver com os fantasmas que nos cercam na vastidão do mundo.

(5º§) O amor não será, assim, necessariamente, uma luta corpo a corpo, ou uma luta corporal, mas pode ter que ver realmente com outras coisas, uma idealização, um desejo de encontrar qualquer coisa de perdido, nosso, que é normalmente isso que se passa, no amor neurótico, ou mesmo não neurótico. Quer dizer, é a procura de encontrarmos qualquer coisa que a nós nos falta e que tentamos encontrar no outro e nesse caso tem muito mais que ver conosco do que com a outra pessoa. Normalmente, isso passa-se assim e também não vejo que seja mau que, de fato, se passe assim.

(António Lobo Antunes, in Diário Popular - 2019)

Analise as assertivas com (V) verdadeiro ou (F) falso.


( )No trecho: "os amigos são fantasmas que têm para nós determinada configuração, ou os pais, ou os filhos". - temos: exemplo de predicativo usado no sentido figurado; verbo concordando com o núcleo do sujeito na terceira pessoa do plural; conjunção coordenativa alternativa.

( )Sobre os verbos seguintes, pode-se afirmar: "Reflitamos" é de terceira conjugação; "entendamos" é de segunda conjugação; "procuremos" é de primeira conjugação, mas todos exemplificam mensagem na primeira pessoa do plural do modo imperativo afirmativo.

( )No período: "Normalmente, isso passa-se assim e também não vejo que seja mau que, de fato, se passe assim". - constatamos: uma vírgula separando adjunto adverbial, e a sequência crescente de: pronome demonstrativo, conjunção subordinativa integrante e o antônimo de "bom".


Após análise, marque a alternativa que apresenta a sequência CORRETA dos itens acima, de cima para baixo:

Alternativas
Q1741480 Português

TEXTO

O texto abaixo servirá de base para responder a questão.


A IDEALIZAÇÃO DO AMOR

(1º§) Eu estava a pensar na forma como se poderá entender o amor, à luz da minha formação. A minha perspectiva depende daquilo que o outro representa, se o outro é um prolongamento nosso, é uma parte nossa, como acontece muitas vezes, ou é uma idealização do eu de que falaria o Freud. No sentido psicanalítico, poder-se-ia dizer que o amor corresponde ao EU IDEAL e, portanto, à procura de qualquer coisa de ideal que nós colocamos através de um mecanismo de identificação projetiva no outro.

(2º§) Portanto, à luz de uma perspectiva científica, como é apesar de tudo a psicanalítica, o problema começa a pôr-se de uma forma um bocado diferente. Nesse sentido e na medida em que o objeto amado é sempre idealizado e nunca é um objetivo real, a gente, de fato, nunca se está a relacionar com pessoas reais, estamos sempre a relacionarmo-nos com pessoas ideias e com fantasmas.

(3º§) A gente vive, de fato, num mundo de fantasmas: os amigos são fantasmas que têm para nós determinada configuração, ou os pais, ou os filhos, etc. Portanto, devemos refletir sobre este fantasmagórico mundo em que vimos. (...)

(4º§) O amor é uma coisa que tem que ver de tal forma com todo um mundo de fantasmas, com todo um mundo irreal, com todo um mundo inventado que nós carregamos conosco desde a infância, que até poderá haver, eventualmente, amor sem objeto. Reflitamos, entendamos, procuremos conviver com os fantasmas que nos cercam na vastidão do mundo.

(5º§) O amor não será, assim, necessariamente, uma luta corpo a corpo, ou uma luta corporal, mas pode ter que ver realmente com outras coisas, uma idealização, um desejo de encontrar qualquer coisa de perdido, nosso, que é normalmente isso que se passa, no amor neurótico, ou mesmo não neurótico. Quer dizer, é a procura de encontrarmos qualquer coisa que a nós nos falta e que tentamos encontrar no outro e nesse caso tem muito mais que ver conosco do que com a outra pessoa. Normalmente, isso passa-se assim e também não vejo que seja mau que, de fato, se passe assim.

(António Lobo Antunes, in Diário Popular - 2019)

Analise as assertivas sobre a mensagem do (1º§).
I.A voz do texto escreve no momento em que busca depreender algo do próprio emocional, de acordo com a sua própria formação. II.A frase: "A minha perspectiva depende daquilo que o outro representa ..." sugere a importância de outro ser na extensão da vida da voz do texto. III.Quando a voz do texto se refere ao psicanalista Freud, comprova-se a rejeição incontestável que tem pelo outro. IV.No (1º§), temos um exemplo de mesóclise justificada pelo fato de o verbo estar no futuro do pretérito do modo indicativo, iniciando uma oração, logo após uma informação separada por vírgula. V.O período: "através de um mecanismo de identificação projetiva no outro". - é simples porque a oração é absoluta.
Estão CORRETAS, apenas:
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Q1741385 Português
Leia o texto abaixo para responder a próxima questão:

Garota de Ipanema

Olha que coisa mais linda
Mais cheia de graça
É ela, menina
Que vem e que passa
Num doce balanço
A caminho do mar

Moça do corpo dourado
Do sol de Ipanema
O seu balançado é mais que um poema
É a coisa mais linda que eu já vi passar
Ah, por que estou tão sozinho?
Ah, por que tudo é tão triste?
Ah, a beleza que existe
A beleza que não é só minha
Que também passa sozinha
Ah, se ela soubesse
Que quando ela passa
O mundo inteirinho se enche de graça
E fica mais lindo
Por causa do amor
Vinícius de Moraes e Tom Jobim
Assinale a alternativa que apresente a alternativa CORRETA em relação a aspectos gramaticais da letra da música:
Alternativas
Q1741231 Português

Leia o texto abaixo para responder à próxima questão:


O Mundo é Um Moinho


Ainda é cedo, amor

Mal começaste a conhecer a vida

Já anuncias a hora de partida

Sem saber mesmo o rumo que irás tomar


Preste atenção, querida

Embora eu saiba que estás resolvida

Em cada esquina cai um pouco a tua vida

Em pouco tempo não serás mais o que és


Ouça-me bem, amor

Preste atenção, o mundo é um moinho

Vai triturar teus sonhos, tão mesquinhos

Vai reduzir as ilusões a pó


Muita atenção, querida

De cada amor tu herdarás só o cinismo

Quando notares estás à beira do abismo

Abismo que cavaste com os teus pés

Cartola

Sobre aspectos morfossintáticos da canção, é CORRETO assinalar que:
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Q1741210 Português

Leia o texto abaixo para responder à próxima questão:


João e Maria

Agora eu era o herói

E o meu cavalo só falava inglês

A noiva do cowboy

Era você além das outras três

Eu enfrentava os batalhões

Os alemães e seus canhões

Guardava o meu bodoque

E ensaiava o rock para as matinês


Agora eu era o rei

Era o bedel e era também juiz

E pela minha lei

A gente era obrigado a ser feliz

E você era a princesa que eu fiz coroar

E era tão linda de se admirar

Que andava nua pelo meu país


Não, não fuja não

Finja que agora eu era o seu brinquedo

Eu era o seu pião

O seu bicho preferido

Sim, me dê a mão

A gente agora já não tinha medo

No tempo da maldade acho que a gente nem tinha nascido


Agora era fatal

Que o faz-de-conta terminasse assim

Pra lá deste quintal

Era uma noite que não tem mais fim

Pois você sumiu no mundo sem me avisar

E agora eu era um louco a perguntar

O que é que a vida vai fazer de mim?

Chico Buarque

O excesso de uso de formas verbais em pretérito imperfeito do modo indicativo na canção dá uma ideia de:
Alternativas
Respostas
1321: A
1322: C
1323: A
1324: D
1325: E
1326: D
1327: B
1328: D
1329: A
1330: A
1331: D
1332: E
1333: B
1334: C
1335: A
1336: B
1337: A
1338: B
1339: D
1340: B