Questões de Concurso Sobre interpretação de textos em português

Foram encontradas 107.016 questões

Q2883022 Português

Leia o Texto 2 e responda às questões de 06 a 10.


Texto 2


Mesmo a ocupação planejada da Amazônia, baseada nas premissas do desenvolvimento sustentável, pode ser prejudicada por uma das maiores pragas que grassam no nosso País: a corrupção. Uma investigação da organização ambientalista Greenpeace indica que o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) distribuiu terras da Floresta Amazônica para assentados em reforma agrária que depois venderam direitos de exploração da área para grandes madeireiras.

Segundo o jornal britânico The Independent, que divulgou em primeira mão a descoberta, em 2006, o Incra criou 97 “assentamentos de desenvolvimento sustentável em Santarém, no oeste do estado do Pará, em áreas florestais de grande valor para madeireiros”. O jornal informa que “os assentamentos cobrem 2,2 milhões de hectares e foram designados para 33.700 famílias”. Entretanto, os assentados são cartas marcadas, laranjas escolhidos a dedo que estão a serviço dos corruptos. Ao receber as terras, vedem seus direitos de exploração da madeira para grandes madeireiras, as quais obtêm acesso a árvores valiosas.

Além da corrupção, a falta de recursos para patrulhar e proteger as áreas contribuiu com o saque da maior floresta equatorial do planeta. As reservas indígenas são roubadas freqüentemente, à custa, muitas vezes, de massacres de seus proprietários.


(Revista Aquecimento Global, ano 1 – Nº 2)

De acordo com o texto, pode-se inferir que

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Q2883020 Português

Leia o Texto 2 e responda às questões de 06 a 10.


Texto 2


Mesmo a ocupação planejada da Amazônia, baseada nas premissas do desenvolvimento sustentável, pode ser prejudicada por uma das maiores pragas que grassam no nosso País: a corrupção. Uma investigação da organização ambientalista Greenpeace indica que o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) distribuiu terras da Floresta Amazônica para assentados em reforma agrária que depois venderam direitos de exploração da área para grandes madeireiras.

Segundo o jornal britânico The Independent, que divulgou em primeira mão a descoberta, em 2006, o Incra criou 97 “assentamentos de desenvolvimento sustentável em Santarém, no oeste do estado do Pará, em áreas florestais de grande valor para madeireiros”. O jornal informa que “os assentamentos cobrem 2,2 milhões de hectares e foram designados para 33.700 famílias”. Entretanto, os assentados são cartas marcadas, laranjas escolhidos a dedo que estão a serviço dos corruptos. Ao receber as terras, vedem seus direitos de exploração da madeira para grandes madeireiras, as quais obtêm acesso a árvores valiosas.

Além da corrupção, a falta de recursos para patrulhar e proteger as áreas contribuiu com o saque da maior floresta equatorial do planeta. As reservas indígenas são roubadas freqüentemente, à custa, muitas vezes, de massacres de seus proprietários.


(Revista Aquecimento Global, ano 1 – Nº 2)

Em [...]”os assentados são cartas marcadas, laranjas escolhidos a dedo[...]” pode-se comprovar que as figuras são utilizadas principalmente para

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Q2883018 Português

Leia o Texto 2 e responda às questões de 06 a 10.


Texto 2


Mesmo a ocupação planejada da Amazônia, baseada nas premissas do desenvolvimento sustentável, pode ser prejudicada por uma das maiores pragas que grassam no nosso País: a corrupção. Uma investigação da organização ambientalista Greenpeace indica que o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) distribuiu terras da Floresta Amazônica para assentados em reforma agrária que depois venderam direitos de exploração da área para grandes madeireiras.

Segundo o jornal britânico The Independent, que divulgou em primeira mão a descoberta, em 2006, o Incra criou 97 “assentamentos de desenvolvimento sustentável em Santarém, no oeste do estado do Pará, em áreas florestais de grande valor para madeireiros”. O jornal informa que “os assentamentos cobrem 2,2 milhões de hectares e foram designados para 33.700 famílias”. Entretanto, os assentados são cartas marcadas, laranjas escolhidos a dedo que estão a serviço dos corruptos. Ao receber as terras, vedem seus direitos de exploração da madeira para grandes madeireiras, as quais obtêm acesso a árvores valiosas.

Além da corrupção, a falta de recursos para patrulhar e proteger as áreas contribuiu com o saque da maior floresta equatorial do planeta. As reservas indígenas são roubadas freqüentemente, à custa, muitas vezes, de massacres de seus proprietários.


(Revista Aquecimento Global, ano 1 – Nº 2)

Considerando as idéias e a estrutura do texto, bem como as relações de referência nele estabelecidas, julgue as opções a seguir e assinale a CORRETA.

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Q2883011 Português

Leia o Texto 1 e responda às questões de 01 a 05.


Texto 1


Construindo para o bem


Usar o conhecimento da engenharia para impulsionar o desenvolvimento humano e social. Esse é o alicerce dos Engenheiros Sem Fronteiras, uma rede de OGNs surgida na França, no final dos anos 70, hoje em mais de 40 países. Na linha dos Médicos Sem Fronteiras, os doutores que oferecem serviço de saúde em comunidades carentes mundo afora, dessa vez engenheiros civis, elétricos, mecânicos e químicos, entre outros, extrapolam os limites geográficos de seus países para dar a quem precisa acesso a água limpa e potável, energia elétrica, esgoto e todo tipo de infra-estrutura que possa trazer mais dignidade à vida das pessoas. A idéia é usar e até criar tecnologias auto-sustentáveis, de acordo com a necessidade de cada comunidade, trabalhando com mão-de-obra e materiais locais. Na Guatemala, um grupo de norte-americanos desenhou miniturbinas de energia eólica para substituir o uso de lâmpadas de querosene, prejudicial à saúde e ao meio ambiente. Na Amazônia peruana, os espanhóis instalaram equipamentos de comunicação movidos a energia solar para facilitar o pedido de remédios e de socorro urgente para pacientes. Por aqui, já foram desenvolvidos projetos estrangeiros no litoral paranaense e na Amazônia. Inspirados nas iniciativas, estudantes de engenharia da USP levantam os pilares dos Engenheiros Sem Fronteiras Brasil, que vai atuar exclusivamente em nosso país, pois já há muito o que ser feito por aqui.


(Revista Vida Simples, julho de 2008)

[...]A idéia é usar e até criar tecnologias auto-sustentáveis[...]”


O termo sublinhado no trecho acima pode ser substituído, mantendo o mesmo sentido no texto, por

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Q2883007 Português

Leia o Texto 1 e responda às questões de 01 a 05.


Texto 1


Construindo para o bem


Usar o conhecimento da engenharia para impulsionar o desenvolvimento humano e social. Esse é o alicerce dos Engenheiros Sem Fronteiras, uma rede de OGNs surgida na França, no final dos anos 70, hoje em mais de 40 países. Na linha dos Médicos Sem Fronteiras, os doutores que oferecem serviço de saúde em comunidades carentes mundo afora, dessa vez engenheiros civis, elétricos, mecânicos e químicos, entre outros, extrapolam os limites geográficos de seus países para dar a quem precisa acesso a água limpa e potável, energia elétrica, esgoto e todo tipo de infra-estrutura que possa trazer mais dignidade à vida das pessoas. A idéia é usar e até criar tecnologias auto-sustentáveis, de acordo com a necessidade de cada comunidade, trabalhando com mão-de-obra e materiais locais. Na Guatemala, um grupo de norte-americanos desenhou miniturbinas de energia eólica para substituir o uso de lâmpadas de querosene, prejudicial à saúde e ao meio ambiente. Na Amazônia peruana, os espanhóis instalaram equipamentos de comunicação movidos a energia solar para facilitar o pedido de remédios e de socorro urgente para pacientes. Por aqui, já foram desenvolvidos projetos estrangeiros no litoral paranaense e na Amazônia. Inspirados nas iniciativas, estudantes de engenharia da USP levantam os pilares dos Engenheiros Sem Fronteiras Brasil, que vai atuar exclusivamente em nosso país, pois já há muito o que ser feito por aqui.


(Revista Vida Simples, julho de 2008)

Aponta para as semelhanças entre as ações realizadas pelos Médicos Sem Fronteiras e os Engenheiros Sem Fronteiras a expressão

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Q2883006 Português

Leia o Texto 1 e responda às questões de 01 a 05.


Texto 1


Construindo para o bem


Usar o conhecimento da engenharia para impulsionar o desenvolvimento humano e social. Esse é o alicerce dos Engenheiros Sem Fronteiras, uma rede de OGNs surgida na França, no final dos anos 70, hoje em mais de 40 países. Na linha dos Médicos Sem Fronteiras, os doutores que oferecem serviço de saúde em comunidades carentes mundo afora, dessa vez engenheiros civis, elétricos, mecânicos e químicos, entre outros, extrapolam os limites geográficos de seus países para dar a quem precisa acesso a água limpa e potável, energia elétrica, esgoto e todo tipo de infra-estrutura que possa trazer mais dignidade à vida das pessoas. A idéia é usar e até criar tecnologias auto-sustentáveis, de acordo com a necessidade de cada comunidade, trabalhando com mão-de-obra e materiais locais. Na Guatemala, um grupo de norte-americanos desenhou miniturbinas de energia eólica para substituir o uso de lâmpadas de querosene, prejudicial à saúde e ao meio ambiente. Na Amazônia peruana, os espanhóis instalaram equipamentos de comunicação movidos a energia solar para facilitar o pedido de remédios e de socorro urgente para pacientes. Por aqui, já foram desenvolvidos projetos estrangeiros no litoral paranaense e na Amazônia. Inspirados nas iniciativas, estudantes de engenharia da USP levantam os pilares dos Engenheiros Sem Fronteiras Brasil, que vai atuar exclusivamente em nosso país, pois já há muito o que ser feito por aqui.


(Revista Vida Simples, julho de 2008)

A expressão que, no texto, condensa um dos objetivos principais dos Engenheiros Sem Fronteiras é:

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Q2882987 Português

Um dos recursos empregados para aumentar a credibilidade do texto pode ser constatado em “‘Precisamos de melhor gerenciamento. Não tanto aumentar a oferta, mas gerenciar a pouca água que teremos’, afirma Marengo.”


Trata-se de apresentar

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Q2882912 Português

Texto II


Pinte o sonho


------------Quais os sonhos das crianças que moram em

-----comunidades carentes? Uma casinha para a família

-----com flores no jardim? Uma piscina para a vizinhança?

-----Ou uma bicicleta? Não importa qual seja, o projeto Paint

5 --a Future (Pinte um Futuro) vai, de certa forma, realizá-lo.

-----A ideia surgiu com a pintora holandesa Hetty van der

-----Linden, em 2003.

------------Dona de uma simpatia contagiante e com um

-----grande círculo de amigos artistas plásticos interna-

10 --cionais, Hetty pensava na melhor maneira de aliar a

-----arte a um fim social. Ela queria, além disso, que todos

-----se divertissem com esse trabalho. Então imaginou

-----reunir vários pintores em um lugar paradisíaco para que

-----eles fizessem quadros que depois seriam leiloados em

15 --benefício das comunidades carentes. Mais: essas telas

-----seriam feitas a partir dos desenhos que retratavam os

-----sonhos das crianças de lugares pobres, recolhidos por

-----voluntários numa etapa anterior.

------------Assim todos ficavam contentes: as crianças por

20 --terem expressado seus sonhos, os artistas por traba-

-----lharem em lugares lindos, as pousadas que os acolhem

-----de graça e as galerias que vendem suas obras sem

-----comissão por colaborarem com um fim social sem sair

-----dos seus ramos de atividade. E os compradores, por

25 --ajudar a realizar sonhos infantis. “Ela conseguiu um

-----milagre: deixar todo mundo satisfeito sem ter de criar

-----uma ONG que onere o processo. Tudo é fruto de um

-----trabalho voluntário e prazeroso”, diz Myrine Vlavianos,

-----sócia da galeria Multipla, que faz as exposições do

30 --Paint a Future em São Paulo e Florianópolis. E, assim,

-----sonhos ganham cores e formas.


ALVES, Liane

Disponível em: http://vidasimples.abril.uol.com.br /edicoes/073/mente_aberta/conteudo_399745.shtml

Nos trechos a seguir, o que destacado DIFERE dos demais, quanto à categoria gramatical, em:

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Q2882911 Português

Texto II


Pinte o sonho


------------Quais os sonhos das crianças que moram em

-----comunidades carentes? Uma casinha para a família

-----com flores no jardim? Uma piscina para a vizinhança?

-----Ou uma bicicleta? Não importa qual seja, o projeto Paint

5 --a Future (Pinte um Futuro) vai, de certa forma, realizá-lo.

-----A ideia surgiu com a pintora holandesa Hetty van der

-----Linden, em 2003.

------------Dona de uma simpatia contagiante e com um

-----grande círculo de amigos artistas plásticos interna-

10 --cionais, Hetty pensava na melhor maneira de aliar a

-----arte a um fim social. Ela queria, além disso, que todos

-----se divertissem com esse trabalho. Então imaginou

-----reunir vários pintores em um lugar paradisíaco para que

-----eles fizessem quadros que depois seriam leiloados em

15 --benefício das comunidades carentes. Mais: essas telas

-----seriam feitas a partir dos desenhos que retratavam os

-----sonhos das crianças de lugares pobres, recolhidos por

-----voluntários numa etapa anterior.

------------Assim todos ficavam contentes: as crianças por

20 --terem expressado seus sonhos, os artistas por traba-

-----lharem em lugares lindos, as pousadas que os acolhem

-----de graça e as galerias que vendem suas obras sem

-----comissão por colaborarem com um fim social sem sair

-----dos seus ramos de atividade. E os compradores, por

25 --ajudar a realizar sonhos infantis. “Ela conseguiu um

-----milagre: deixar todo mundo satisfeito sem ter de criar

-----uma ONG que onere o processo. Tudo é fruto de um

-----trabalho voluntário e prazeroso”, diz Myrine Vlavianos,

-----sócia da galeria Multipla, que faz as exposições do

30 --Paint a Future em São Paulo e Florianópolis. E, assim,

-----sonhos ganham cores e formas.


ALVES, Liane

Disponível em: http://vidasimples.abril.uol.com.br /edicoes/073/mente_aberta/conteudo_399745.shtml

“ ‘Ela conseguiu um milagre: deixar todo mundo satisfeito sem ter de criar uma ONG que onere o processo. Tudo é fruto de um trabalho voluntário e prazeroso’,” (𝓁. 25-28)


Na passagem transcrita acima, o emprego dos dois pontos e das aspas justifica-se por anteceder e transcrever, respectivamente, um(a)

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Q2882910 Português

Texto II


Pinte o sonho


------------Quais os sonhos das crianças que moram em

-----comunidades carentes? Uma casinha para a família

-----com flores no jardim? Uma piscina para a vizinhança?

-----Ou uma bicicleta? Não importa qual seja, o projeto Paint

5 --a Future (Pinte um Futuro) vai, de certa forma, realizá-lo.

-----A ideia surgiu com a pintora holandesa Hetty van der

-----Linden, em 2003.

------------Dona de uma simpatia contagiante e com um

-----grande círculo de amigos artistas plásticos interna-

10 --cionais, Hetty pensava na melhor maneira de aliar a

-----arte a um fim social. Ela queria, além disso, que todos

-----se divertissem com esse trabalho. Então imaginou

-----reunir vários pintores em um lugar paradisíaco para que

-----eles fizessem quadros que depois seriam leiloados em

15 --benefício das comunidades carentes. Mais: essas telas

-----seriam feitas a partir dos desenhos que retratavam os

-----sonhos das crianças de lugares pobres, recolhidos por

-----voluntários numa etapa anterior.

------------Assim todos ficavam contentes: as crianças por

20 --terem expressado seus sonhos, os artistas por traba-

-----lharem em lugares lindos, as pousadas que os acolhem

-----de graça e as galerias que vendem suas obras sem

-----comissão por colaborarem com um fim social sem sair

-----dos seus ramos de atividade. E os compradores, por

25 --ajudar a realizar sonhos infantis. “Ela conseguiu um

-----milagre: deixar todo mundo satisfeito sem ter de criar

-----uma ONG que onere o processo. Tudo é fruto de um

-----trabalho voluntário e prazeroso”, diz Myrine Vlavianos,

-----sócia da galeria Multipla, que faz as exposições do

30 --Paint a Future em São Paulo e Florianópolis. E, assim,

-----sonhos ganham cores e formas.


ALVES, Liane

Disponível em: http://vidasimples.abril.uol.com.br /edicoes/073/mente_aberta/conteudo_399745.shtml

Quanto ao gênero e à tipologia, o Texto II classifica-se, respectivamente, como

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Q2882908 Português

Texto II


Pinte o sonho


------------Quais os sonhos das crianças que moram em

-----comunidades carentes? Uma casinha para a família

-----com flores no jardim? Uma piscina para a vizinhança?

-----Ou uma bicicleta? Não importa qual seja, o projeto Paint

5 --a Future (Pinte um Futuro) vai, de certa forma, realizá-lo.

-----A ideia surgiu com a pintora holandesa Hetty van der

-----Linden, em 2003.

------------Dona de uma simpatia contagiante e com um

-----grande círculo de amigos artistas plásticos interna-

10 --cionais, Hetty pensava na melhor maneira de aliar a

-----arte a um fim social. Ela queria, além disso, que todos

-----se divertissem com esse trabalho. Então imaginou

-----reunir vários pintores em um lugar paradisíaco para que

-----eles fizessem quadros que depois seriam leiloados em

15 --benefício das comunidades carentes. Mais: essas telas

-----seriam feitas a partir dos desenhos que retratavam os

-----sonhos das crianças de lugares pobres, recolhidos por

-----voluntários numa etapa anterior.

------------Assim todos ficavam contentes: as crianças por

20 --terem expressado seus sonhos, os artistas por traba-

-----lharem em lugares lindos, as pousadas que os acolhem

-----de graça e as galerias que vendem suas obras sem

-----comissão por colaborarem com um fim social sem sair

-----dos seus ramos de atividade. E os compradores, por

25 --ajudar a realizar sonhos infantis. “Ela conseguiu um

-----milagre: deixar todo mundo satisfeito sem ter de criar

-----uma ONG que onere o processo. Tudo é fruto de um

-----trabalho voluntário e prazeroso”, diz Myrine Vlavianos,

-----sócia da galeria Multipla, que faz as exposições do

30 --Paint a Future em São Paulo e Florianópolis. E, assim,

-----sonhos ganham cores e formas.


ALVES, Liane

Disponível em: http://vidasimples.abril.uol.com.br /edicoes/073/mente_aberta/conteudo_399745.shtml

A passagem “sonhos ganham cores e formas.” (𝓁. 31) refere-se, semanticamente, à(ao)

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Q2882906 Português

Texto II


Pinte o sonho


------------Quais os sonhos das crianças que moram em

-----comunidades carentes? Uma casinha para a família

-----com flores no jardim? Uma piscina para a vizinhança?

-----Ou uma bicicleta? Não importa qual seja, o projeto Paint

5 --a Future (Pinte um Futuro) vai, de certa forma, realizá-lo.

-----A ideia surgiu com a pintora holandesa Hetty van der

-----Linden, em 2003.

------------Dona de uma simpatia contagiante e com um

-----grande círculo de amigos artistas plásticos interna-

10 --cionais, Hetty pensava na melhor maneira de aliar a

-----arte a um fim social. Ela queria, além disso, que todos

-----se divertissem com esse trabalho. Então imaginou

-----reunir vários pintores em um lugar paradisíaco para que

-----eles fizessem quadros que depois seriam leiloados em

15 --benefício das comunidades carentes. Mais: essas telas

-----seriam feitas a partir dos desenhos que retratavam os

-----sonhos das crianças de lugares pobres, recolhidos por

-----voluntários numa etapa anterior.

------------Assim todos ficavam contentes: as crianças por

20 --terem expressado seus sonhos, os artistas por traba-

-----lharem em lugares lindos, as pousadas que os acolhem

-----de graça e as galerias que vendem suas obras sem

-----comissão por colaborarem com um fim social sem sair

-----dos seus ramos de atividade. E os compradores, por

25 --ajudar a realizar sonhos infantis. “Ela conseguiu um

-----milagre: deixar todo mundo satisfeito sem ter de criar

-----uma ONG que onere o processo. Tudo é fruto de um

-----trabalho voluntário e prazeroso”, diz Myrine Vlavianos,

-----sócia da galeria Multipla, que faz as exposições do

30 --Paint a Future em São Paulo e Florianópolis. E, assim,

-----sonhos ganham cores e formas.


ALVES, Liane

Disponível em: http://vidasimples.abril.uol.com.br /edicoes/073/mente_aberta/conteudo_399745.shtml

O conector “além disso,” (𝓁. 11) introduz um enunciado que, em relação ao período anterior, caracteriza-se como um(a)

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Q2882905 Português

Texto I


Há escolas que são gaiolas

e há escolas que são asas.


-----------Escolas que são gaiolas existem para que os

-----pássaros desaprendam a arte do voo. Pássaros

-----engaiolados são pássaros sob controle. Engaiolados, o

-----seu dono pode levá-los para onde quiser. Pássaros

5 --engaiolados sempre têm um dono. Deixaram de ser

-----pássaros. Porque a essência dos pássaros é o voo.

-----------Escolas que são asas não amam pássaros

-----engaiolados. O que elas amam são pássaros em voo.

-----Existem para dar aos pássaros coragem para voar.

10 --Ensinar o voo, isso elas não podem fazer, porque o voo

-----já nasce dentro dos pássaros. O voo não pode ser

-----ensinado. Só pode ser encorajado.


ALVES, Rubem

Disponível em: http://www.pensador.info/p/ _cronica_escolas_gaiolas_escolas_asas_rubem_alves/1/

Em “Porque a essência dos pássaros é o voo.” (𝓁. 6), o sentido sofre ALTERAÇÃO, ao substituirmos o vocábulo destacado por

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Q2882903 Português

Texto I


Há escolas que são gaiolas

e há escolas que são asas.


-----------Escolas que são gaiolas existem para que os

-----pássaros desaprendam a arte do voo. Pássaros

-----engaiolados são pássaros sob controle. Engaiolados, o

-----seu dono pode levá-los para onde quiser. Pássaros

5 --engaiolados sempre têm um dono. Deixaram de ser

-----pássaros. Porque a essência dos pássaros é o voo.

-----------Escolas que são asas não amam pássaros

-----engaiolados. O que elas amam são pássaros em voo.

-----Existem para dar aos pássaros coragem para voar.

10 --Ensinar o voo, isso elas não podem fazer, porque o voo

-----já nasce dentro dos pássaros. O voo não pode ser

-----ensinado. Só pode ser encorajado.


ALVES, Rubem

Disponível em: http://www.pensador.info/p/ _cronica_escolas_gaiolas_escolas_asas_rubem_alves/1/

Que passagem do 2o parágrafo do Texto I repete, semanticamente, a passagem “...a essência dos pássaros é o voo.” (𝓁. 6)?

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Q2882901 Português

Texto I


Há escolas que são gaiolas

e há escolas que são asas.


-----------Escolas que são gaiolas existem para que os

-----pássaros desaprendam a arte do voo. Pássaros

-----engaiolados são pássaros sob controle. Engaiolados, o

-----seu dono pode levá-los para onde quiser. Pássaros

5 --engaiolados sempre têm um dono. Deixaram de ser

-----pássaros. Porque a essência dos pássaros é o voo.

-----------Escolas que são asas não amam pássaros

-----engaiolados. O que elas amam são pássaros em voo.

-----Existem para dar aos pássaros coragem para voar.

10 --Ensinar o voo, isso elas não podem fazer, porque o voo

-----já nasce dentro dos pássaros. O voo não pode ser

-----ensinado. Só pode ser encorajado.


ALVES, Rubem

Disponível em: http://www.pensador.info/p/ _cronica_escolas_gaiolas_escolas_asas_rubem_alves/1/

No segundo parágrafo do Texto I, o 2o período, em relação ao 1o , caracteriza-se, semanticamente, como uma

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Q2882900 Português

Texto I


Há escolas que são gaiolas

e há escolas que são asas.


-----------Escolas que são gaiolas existem para que os

-----pássaros desaprendam a arte do voo. Pássaros

-----engaiolados são pássaros sob controle. Engaiolados, o

-----seu dono pode levá-los para onde quiser. Pássaros

5 --engaiolados sempre têm um dono. Deixaram de ser

-----pássaros. Porque a essência dos pássaros é o voo.

-----------Escolas que são asas não amam pássaros

-----engaiolados. O que elas amam são pássaros em voo.

-----Existem para dar aos pássaros coragem para voar.

10 --Ensinar o voo, isso elas não podem fazer, porque o voo

-----já nasce dentro dos pássaros. O voo não pode ser

-----ensinado. Só pode ser encorajado.


ALVES, Rubem

Disponível em: http://www.pensador.info/p/ _cronica_escolas_gaiolas_escolas_asas_rubem_alves/1/

Considerando o 1o parágrafo do Texto I, os elementos destacados a seguir que apresentam, entre si, uma relação semântica de oposição são:

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Q2882888 Português

Para responder às questões de 1 a 4, leia a crônica abaixo.


Somos todos vítimas

Ivan Angelo


Num domingo frio de início do inverno, a população de São Paulo ficou chocada com uma cena jamais vista na cidade. A capa do jornal Estadinho trazia uma fotografia que ocupava toda a largura da página e mostrava uma família de seis pessoas, homem, mulher e quatro crianças, louros, de olhos azuis, morando sob o Viaduto do Chá, sem ter o que comer, com apenas a roupa do corpo e uma cuia de chimarrão que o homem tomava. O assunto dominou as conversas naquele 2 de junho de 1918 e invadiu a semana. Como era possível tal cena na metrópole que mais crescia no país? Que gente era aquela? O homem, argentino, trabalhara na grande fazenda de café do milionário Martinho Prado, havia contraído maleita, fora despedido e depositado com a família na capital, entregue à própria má sorte.


Noventa e cinco anos depois, as cenas mais vistas na cidade são de famílias dormindo na rua, sem ter o que comer, sem roupas e sem chimarrão, e de bandos de miseráveis drogados. No passado, vimos chocados um caso inédito; hoje, olhamos com anestesia da indiferença para a malta de zumbis e grupos de desvalidos, quando não os vemos com silenciosa revolta ou cauteloso receio. Como deixaram nossa cidade chegar a esse ponto? Como não fomos capazes de impedir esse horror quando era possível?


Foram vindo. Das injustiças sociais vieram, dos fracassos pessoais, das famílias desestruturadas, das fugas, das frustrações, das secas nordestinas e amorosas vieram, do abandono, das fragilidades e inseguranças, das revoltas sem rumo vieram, do alcoolismo, dos pais ausentes, da escola ausente, das bravatas imaturas, dos reformatórios vieram, dos abusos, dos maus-tratos, dos baratos, das baladas, da má educação, das carências, da falta de lugar, da doença mental vieram, da baixa estima, das prisões, do risco mal calculado, dos refúgios da alma vieram... — e formaram essas multidões que nos assustam.


Há alguns anos (dez?) dizia-se: é a Cracolândia, estão restritos à Cracolândia. Aquela água envenenada começou a vazar: Luz, Sé, brás, bom Retiro, Centro, Parque Dom Pedro, Cambuci, Mooca, Tatuapé, Campos Elíseos, Santa Cecília, Higienópolis, Avenida Paulista, baixos dos viadutos Rebouças e Doutor Arnaldo. Os moradores de Perdizes veem, consternados, que os caídos já amanhecem dormindo na porta dos seus prédios e casas. As ações espasmódicas das autoridades o que fizeram foi espalhá-los pela cidade.


Que fazer?


Pobres de nós, perplexos. brotam sentimentos xenófobos até nos melhores. São um risco para a saúde pública, dizem, disseminam doenças, aids, hepatites, tuberculose, sarna, micoses. Perguntam o que é pior para o conceito de cidade limpa: uma placa irregular, que vai gerar propina, ou um maltrapilho defecando e urinando na rua? Se alguém bem vestido fizer isso,será levado para a delegacia, enquadrado em algum ato de atentado ao pudor. Esses bandos de crianças e adolescentes que perambulam pelas ruas praticando furtos e fumando crack são as peças de reposição da malta de zumbis, advertem. Perguntam, punitivos: são infratores, malfeitores, criminosos ou o quê? Em que lei se enquadram? É enquadrá-los e agir. Afirmam: estão sendo exportados para São Paulo, as autoridades devem mandá-los de volta, cuidar dos nossos e mandar o resto de volta.


Estamos precisados de tanta coisa para nos tornar melhores e vem essa coisa a nos empurrar para o lado mais escuro de nós. Precisamos nos lembrar de que há uma mãe procurando seu menino desaparecido no meio daqueles bandos, para oferecerlhe um banho quente entre uma queda e outra; há uma irmã que guardou a boneca da caçula para quando a encontrar; há uma filha tentando salvar o pai já idoso e perdido; há uma esposa com filho à procura do marido, ainda com esperança... Há histórias... Há lágrimas... Há vítimas dos dois lados

Considere as afirmativas a seguir.

I. No início do século XX, a família na rua chocou a população apenas porque o homem era estrangeiro.

II. O autor apoia integralmente as medidas higienizadoras da cidade, que expulsam os moradores da rua.

De acordo com o texto, está correto o que se afirma em

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Q2882819 Português

Analise a figura abaixo.


Imagem associada para resolução da questão

(Disponível em: http://www.defensoriapublica.mt.gov.br/portal/media/k2/items/cache/907fc55f05f0809da6943756073cdaa7_XL.jpg. Acesso em: 22/04/2013.)


Sob o ponto de vista semântico, a expressão “meter a colher” significa

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Q2882697 Português

INSTRUÇÃO: Leia com atenção o Texto 1 para responder às questões 01 a 05:


TEXTO 1:


Manual de Policiamento Comunitário

Apresentação: Nancy Cardia

O policiamento comunitário, hoje em dia, encontra-se amplamente disseminado nos países economicamente mais desenvolvidos. Sem dúvida isso é uma conquista desses países, pois essa é a forma de policiamento que mais se aproxima das aspirações da população: ter uma polícia que trabalhe próxima da comunidade e na qual ela possa crer e confiar.

Acreditar e confiar na polícia são considerados elementos essenciais para que a polícia possa ter legitimidade para aplicar as leis, isto é, para a polícia ser percebida pela população como tendo um direito legítimo de restringir comportamentos, retirar a liberdade de cidadãos e, em casos extremos, até mesmo a vida.

Ter legitimidade para aplicar as leis significa poder contar com o apoio e a colaboração da população para exercer seu papel. Isso difere da falta de reação da população às ações da polícia, quer por apatia ou por medo, ou ainda, da reação daqueles que delínquem. Em qualquer um desses casos a reação da população já sugere que há um déficit de confiança na polícia.

Nos países economicamente mais desenvolvidos, a adoção do policiamento comunitário decorreu da constatação de que os modelos de policiamento em vigência não eram mais eficazes diante dos novos padrões de violência urbana que emergiram no fim dos anos 1960 e meados dos anos 1970. Ao longo desse período, cresceram, em muitos desses países, tanto diferentes formas de violência criminal como também manifestações coletivas (pacíficas ou não) por melhor acesso a direitos. O desempenho das polícias em coibir a violência criminal ou ao conter (ou reprimir) as manifestações coletivas adquiriu grande visibilidade e saliência, resultando em muitas críticas. Em decorrência disso, houve, em vários países, forte deterioração da imagem das forças policiais junto à população.

Uma pior imagem tem impacto na credibilidade da população na polícia. A falta ou baixa credibilidade afeta o desempenho da polícia no esclarecimento de delitos e, até mesmo, no registro de ocorrências. De maneira geral, quando não há confiança, a população hesita em relatar à polícia que foi vítima de violência ou, até mesmo, de fornecer informações que poderiam auxiliar a polícia a esclarecer muitos delitos.

O policiamento comunitário foi adotado nesses países como uma forma de melhorar o relacionamento entre a polícia e a sociedade. Para isso, procurou reconstruir a credibilidade e a confiança do público na polícia e, desse modo, melhorar o desempenho dela na contenção da violência urbana.

A adoção desse tipo de policiamento não só exige empenho das autoridades e da comunidade, mas, sobretudo, mudança na cultura policial: requer retreinamento dos envolvidos, alteração na estrutura de poder de tomada de decisão com maior autonomia para os policiais que estão nas ruas; alteração nas rotinas de administração de recursos humanos, com a fixação de policiais a territórios; mudanças nas práticas de controle interno e externo e de desempenho, entre outros. Essas mudanças, por sua vez, exigem também que a decisão de implementar o policiamento comunitário seja uma política de governo, entendendo-se que tal decisão irá atravessar diferentes administrações: o policiamento comunitário leva anos para ser totalmente integrado pelas forças policiais.

No Brasil, ocorreram, ao longo dos últimos 18 anos, várias tentativas de implementar o policiamento comunitário. Quase todas as experiências foram, nos diferentes Estados, lideradas pela Polícia Militar: a) em 1991, a Polícia Militar de São Paulo promoveu um Seminário Internacional sobre o Policiamento Comunitário, abordando os obstáculos para esse tipo de policiamento; b) em 1997, ainda em São Paulo, projetos piloto foram implantados em algumas áreas da capital; c) nessa mesma época, no Espírito Santo e em algumas cidades do interior do Estado, também houve experimentos com policiamento comunitário; o mesmo se deu na cidade do Rio de Janeiro, nos morros do Pavão e Pavãozinho, com a experiência do GEPAE.

Apesar de não ter havido uma avaliação dessas experiências, os relatos dos envolvidos, tanto de policiais como da população, revelam satisfação com o processo e com os resultados e insatisfação com o término das mesmas.

Ao longo desses últimos anos, a violência urbana continuou a crescer e passou a atingir cidades que antes pareciam menos vulneráveis - aquelas de médio e pequeno porte. Nesse período, a população continuou a cobrar das autoridades uma melhora na eficiência das polícias. Essa melhora não depende só das autoridades, depende também da crença que a população tem na polícia: crença que as pessoas podem ajudar a polícia com informações e que essas serão usadas para identificar e punir responsáveis por delitos e não para colocar em risco a vida daqueles que tentaram ajudar a polícia a cumprir seu papel.

Sem a colaboração do público, a polícia não pode melhorar seu desempenho e essa colaboração exige confiança. A experiência tem demonstrado que o policiamento comunitário é um caminho seguro para se reconstruir a confiança e credibilidade do público na polícia. [...]


Fonte: Manual de Policiamento Comunitário: Polícia e Comunidade na Construção da Segurança [recurso eletrônico] / Núcleo de Estudos da Violência da Universidade de São Paulo (NEV/USP), 2009. p. 10.

É CORRETO afirmar sobre o texto 1:

Alternativas
Q2882640 Português

SINGRANDO OS ARES

01 Esta vida airada de saltimbanco das letras ainda me mata.

02 Quando comecei a perpetrar meus livros, os escritores apenas escreviam. Hoje - é o que penso resignadamente, enquanto

03 afivelo o cinto e observo os letreiros de "não fumar" -, há períodos em que o escritor trabalha como funcionário do

04 departamento de vendas da editora e, nesse esforçado mister, às vezes viaja tanto que volta e meia, ao despertar num aposento

05 estranho, leva um certo tempo para descobrir em que cidade está. E eis-me de volta a um avião.

06 Nada como este avião, para lembrar como sou antigo. Tenho a impressão de que, se contasse o que eram as viagens de avião

07 dos velhos tempos, ia ser tido na conta de mentiroso. Escolha de menus na classe econômica, talheres de metal, pratos de

08 louça, refeições quentinhas, precedidas por aperitivos e acompanhadas por vinhos [...].

09 Ninguém pensava em problemas de segurança, não havia a revista e a inspeção a que hoje os passageiros têm de submeter-se.

10 Lembro com um arrepio o dia em que, por eu me encaixar à perfeição num tal perfil do terrorista que algum órgão de

11 segurança americano criou, quiseram me levar em cana em Chicago e quase levam mesmo, tendo os orixás me salvado pelo

12 gongo. E, desse tempo para cá, as coisas só fizeram piorar. Inevitável avaliar as pessoas que embarcaram comigo.

13 O de bigodinho que acaba de se sentar parece um pouco nervoso. Terá inserido em si um supositório explosivo, como agora

14 dizem que é a nova onda, em matéria de terrorismo? Quem vê cara não vê supositório. Só saberei, ou não, depois de chegarmos

15 ao destino.

16 Encaixei-me no que cinicamente chamam de poltrona e pressagiei o dia em que os comissários de bordo empregarão pés-de-

17 cabra para socar nos assentos os passageiros mais graudinhos. Isso com certeza será trombeteado como mais um serviço para

18 maior conforto do passageiro. Não há por que duvidar dessa possibilidade, pois é o mesmo tipo de argumento que vi faz pouco,

19 num comercial de tevê ou num anúncio de revista. Uma empresa agora não dá mais nada aos passageiros, com a possível

20 exceção de um copo de água de torneira. O resto é vendido, mas ela se gaba disso, enquanto anuncia um cardápio baratinho,

21 para os que tiverem uma queda de curva glicêmica durante o voo e precisarem comer alguma coisa. O que antes era incluído

22 no preço agora é cobrado à parte e isso é qualificado como vantagem para o passageiro.

23 Mas talvez a situação no Brasil não seja tão ruim. Já li sobre diversas novidades em matéria de viagem aérea que espero que

24 não sejam adotadas aqui. Uma delas é a cobrança pelo uso do banheiro do avião. Fico imaginando um passageiro sem um

25 vintém no bolso e sem cartão de crédito. Se o problema for xixi, menos mal, talvez. Pode dar para pedir aos demais que olhem

26 para o outro lado, enquanto a questão é resolvida da melhor forma viável, a necessidade é a mãe da invenção. Em casos mais

27 graves, quero crer que, movidos não tanto pela solidariedade quanto pelo instinto de sobrevivência, os passageiros nas

28 proximidades da vítima da infausta premência farão uma vaquinha para pagar o banheiro dela. Nada que, com boa vontade,

29 não possa ser resolvido e, como sempre, o mercado encontrará soluções.

30 Em outro exemplo, a companhia aérea cobra dobrado, se o traseiro do passageiro ultrapassa determinadas proporções. Isso

31 provavelmente é divulgado como um serviço espontâneo em prol da saúde pública, por incentivar a manutenção de um corpo

32 esbelto, sem enxúndias que façam mal ao organismo e ao bolso. No início, acredito que os gordinhos terão os fundilhos

33 medidos por funcionários especializados ou por nadegômetros eletrônicos, mas logo essa tarefa, por acarretar custos quiçá

34 onerosos, será repassada ao consumidor, que, ao comprar a passagem, terá de informar suas medidas posteriores, aceitando ter

35 de tomá-las novamente no check-in, nos casos em que houver a suspeita de que as declaradas não correspondam à realidade.

36 Não existe razão para crer que as mudanças vão parar aí. Não haverá de ser tão impossível assim que, ao menos em viagens

37 curtas como as entre o Rio e São Paulo, passem a ser aceitos passageiros em pé, como nos ônibus e trens urbanos. A preços

38 baixos, essas viagens talvez tivessem uma freguesia apreciável.

39 Quem sabe se, para quem more em Congonhas e se veja surpreendido em Guarulhos pela Mãe de Todos os Engarrafamentos,

40 não seria uma opção prática para voltar para casa antes da meia-noite. Mas chega de mau humor e caturrice, o avião já

41 aterrissou. Ligeiro sobressalto, depois que um comissário fez um pequeno discurso sobre a limpeza da aeronave para os

42 próximos passageiros. Seremos solicitados a realizar essa tarefa? Não, ainda não chegamos lá. Mas, dentro em breve, acho que

43 podemos esperar que nos cobrem uma porcentagem do valor do bilhete como taxa de faxina - mais um serviço de nossa

44 companhia aérea favorita.

RIBEIRO, João Ubaldo. Singrando os ares. O Globo, Domingo, 25 out. 2009.

A interrogação pode ser expressa por meio de uma oração, cuja parte final apresenta entoação ascendente, ou por uma oração iniciada por pronome ou advérbio interrogativo. Há, também, um tipo de interrogação, chamada indireta, que se faz por meio de um período composto, em que a pergunta está contida numa oração subordinada de entonação descendente. Assinale a alternativa que apresenta uma interrogação indireta.

Alternativas
Respostas
7441: E
7442: C
7443: A
7444: C
7445: D
7446: B
7447: A
7448: A
7449: B
7450: E
7451: A
7452: A
7453: D
7454: C
7455: B
7456: D
7457: D
7458: C
7459: D
7460: C