Questões de Concurso
Sobre interpretação de textos em português
Foram encontradas 107.016 questões
Texto II, para responder às questões de 6 a 10.
Por que escolher o SESI
1 Formar cidadãos empreendedores, criativos,
socialmente responsáveis e preocupados com o meio
ambiente contribui para o desenvolvimento de mão de obra
4 qualificada. Há sessenta anos, esse é o trabalho do SESI no
setor industrial.
O programa da entidade começa na base, com a
7 educação infantil, e acompanha o jovem até a conclusão do
ensino fundamental. Para quem precisou interromper os
estudos, o SESI presta serviços de alfabetização e educação
10 básica para adultos.
Com metodologias próprias e inovadoras, as
escolas da Rede SESI oferecem ensino qualificado aos filhos
13 dos industriários e a toda a comunidade. Além de aprender
matérias essenciais como português e matemática, as
crianças têm acesso a cultura, lazer e esporte.
16 Na educação para jovens e adultos (EJA), o SESI
oferece horários flexíveis e leva a escola até os alunos,
diminuindo assim a evasão. Os professores da rede recebem
19 treinamento específico para educar de forma adequada seus
alunos — sejam eles adultos ou crianças — sempre com
conteúdos apropriados à faixa etária e às experiências de
22 vida da turma.
O SESI trabalha em parceria com o Serviço
Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), em um
25 programa idealizado pela Confederação Nacional da
Indústria (CNI), o Educação para a Nova Indústria. A
iniciativa é uma resposta ao desafio de aumentar a oferta de
28 oportunidades para a formação de profissionais que atendam
aos requisitos do mercado de trabalho e está sintonizada
com o Mapa Estratégico da Indústria 2007-2015.
31 Com isso, o SESI oferece ensino de qualidade,
associado a oportunidades de desenvolvimento pessoal e
social, guiado por valores básicos de cidadania. Além dos
34 serviços em educação, o SESI desenvolve projetos como
Indústria do Conhecimento, Telecongresso de Educação e
Prêmio SESI de Qualidade na Educação.
Internet: <www.sesi.org.br>
Os termos do texto II a que se referem “está sintonizada” (linha 29) e “guiado” (linha 33) são, respectivamente,
SINGRANDO OS ARES
01 Esta vida airada de saltimbanco das letras ainda me mata.
02 Quando comecei a perpetrar meus livros, os escritores apenas escreviam. Hoje - é o que penso resignadamente, enquanto
03 afivelo o cinto e observo os letreiros de "não fumar" -, há períodos em que o escritor trabalha como funcionário do
04 departamento de vendas da editora e, nesse esforçado mister, às vezes viaja tanto que volta e meia, ao despertar num aposento
05 estranho, leva um certo tempo para descobrir em que cidade está. E eis-me de volta a um avião.
06 Nada como este avião, para lembrar como sou antigo. Tenho a impressão de que, se contasse o que eram as viagens de avião
07 dos velhos tempos, ia ser tido na conta de mentiroso. Escolha de menus na classe econômica, talheres de metal, pratos de
08 louça, refeições quentinhas, precedidas por aperitivos e acompanhadas por vinhos [...].
09 Ninguém pensava em problemas de segurança, não havia a revista e a inspeção a que hoje os passageiros têm de submeter-se.
10 Lembro com um arrepio o dia em que, por eu me encaixar à perfeição num tal perfil do terrorista que algum órgão de
11 segurança americano criou, quiseram me levar em cana em Chicago e quase levam mesmo, tendo os orixás me salvado pelo
12 gongo. E, desse tempo para cá, as coisas só fizeram piorar. Inevitável avaliar as pessoas que embarcaram comigo.
13 O de bigodinho que acaba de se sentar parece um pouco nervoso. Terá inserido em si um supositório explosivo, como agora
14 dizem que é a nova onda, em matéria de terrorismo? Quem vê cara não vê supositório. Só saberei, ou não, depois de chegarmos
15 ao destino.
16 Encaixei-me no que cinicamente chamam de poltrona e pressagiei o dia em que os comissários de bordo empregarão pés-de-
17 cabra para socar nos assentos os passageiros mais graudinhos. Isso com certeza será trombeteado como mais um serviço para
18 maior conforto do passageiro. Não há por que duvidar dessa possibilidade, pois é o mesmo tipo de argumento que vi faz pouco,
19 num comercial de tevê ou num anúncio de revista. Uma empresa agora não dá mais nada aos passageiros, com a possível
20 exceção de um copo de água de torneira. O resto é vendido, mas ela se gaba disso, enquanto anuncia um cardápio baratinho,
21 para os que tiverem uma queda de curva glicêmica durante o voo e precisarem comer alguma coisa. O que antes era incluído
22 no preço agora é cobrado à parte e isso é qualificado como vantagem para o passageiro.
23 Mas talvez a situação no Brasil não seja tão ruim. Já li sobre diversas novidades em matéria de viagem aérea que espero que
24 não sejam adotadas aqui. Uma delas é a cobrança pelo uso do banheiro do avião. Fico imaginando um passageiro sem um
25 vintém no bolso e sem cartão de crédito. Se o problema for xixi, menos mal, talvez. Pode dar para pedir aos demais que olhem
26 para o outro lado, enquanto a questão é resolvida da melhor forma viável, a necessidade é a mãe da invenção. Em casos mais
27 graves, quero crer que, movidos não tanto pela solidariedade quanto pelo instinto de sobrevivência, os passageiros nas
28 proximidades da vítima da infausta premência farão uma vaquinha para pagar o banheiro dela. Nada que, com boa vontade,
29 não possa ser resolvido e, como sempre, o mercado encontrará soluções.
30 Em outro exemplo, a companhia aérea cobra dobrado, se o traseiro do passageiro ultrapassa determinadas proporções. Isso
31 provavelmente é divulgado como um serviço espontâneo em prol da saúde pública, por incentivar a manutenção de um corpo
32 esbelto, sem enxúndias que façam mal ao organismo e ao bolso. No início, acredito que os gordinhos terão os fundilhos
33 medidos por funcionários especializados ou por nadegômetros eletrônicos, mas logo essa tarefa, por acarretar custos quiçá
34 onerosos, será repassada ao consumidor, que, ao comprar a passagem, terá de informar suas medidas posteriores, aceitando ter
35 de tomá-las novamente no check-in, nos casos em que houver a suspeita de que as declaradas não correspondam à realidade.
36 Não existe razão para crer que as mudanças vão parar aí. Não haverá de ser tão impossível assim que, ao menos em viagens
37 curtas como as entre o Rio e São Paulo, passem a ser aceitos passageiros em pé, como nos ônibus e trens urbanos. A preços
38 baixos, essas viagens talvez tivessem uma freguesia apreciável.
39 Quem sabe se, para quem more em Congonhas e se veja surpreendido em Guarulhos pela Mãe de Todos os Engarrafamentos,
40 não seria uma opção prática para voltar para casa antes da meia-noite. Mas chega de mau humor e caturrice, o avião já
41 aterrissou. Ligeiro sobressalto, depois que um comissário fez um pequeno discurso sobre a limpeza da aeronave para os
42 próximos passageiros. Seremos solicitados a realizar essa tarefa? Não, ainda não chegamos lá. Mas, dentro em breve, acho que
43 podemos esperar que nos cobrem uma porcentagem do valor do bilhete como taxa de faxina - mais um serviço de nossa
44 companhia aérea favorita.
RIBEIRO, João Ubaldo. Singrando os ares. O Globo, Domingo, 25 out. 2009.
Faça a correspondência entre a coluna da direita e a da esquerda, relacionando as palavras que expressam mais adequadamente o sentido do texto.
(1)Airada (e. 1)
(2)Perpetrar (e. 2)
(3)Infausta (e. 28)
(4)Enxúndias (e. 32)
( ) Infeliz
( ) Leviana
( ) Gorduras
( ) Cometer
Assinale a alternativa com a sequência CORRETA.
Texto II, para responder às questões de 6 a 10.
Por que escolher o SESI
1 Formar cidadãos empreendedores, criativos,
socialmente responsáveis e preocupados com o meio
ambiente contribui para o desenvolvimento de mão de obra
4 qualificada. Há sessenta anos, esse é o trabalho do SESI no
setor industrial.
O programa da entidade começa na base, com a
7 educação infantil, e acompanha o jovem até a conclusão do
ensino fundamental. Para quem precisou interromper os
estudos, o SESI presta serviços de alfabetização e educação
10 básica para adultos.
Com metodologias próprias e inovadoras, as
escolas da Rede SESI oferecem ensino qualificado aos filhos
13 dos industriários e a toda a comunidade. Além de aprender
matérias essenciais como português e matemática, as
crianças têm acesso a cultura, lazer e esporte.
16 Na educação para jovens e adultos (EJA), o SESI
oferece horários flexíveis e leva a escola até os alunos,
diminuindo assim a evasão. Os professores da rede recebem
19 treinamento específico para educar de forma adequada seus
alunos — sejam eles adultos ou crianças — sempre com
conteúdos apropriados à faixa etária e às experiências de
22 vida da turma.
O SESI trabalha em parceria com o Serviço
Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), em um
25 programa idealizado pela Confederação Nacional da
Indústria (CNI), o Educação para a Nova Indústria. A
iniciativa é uma resposta ao desafio de aumentar a oferta de
28 oportunidades para a formação de profissionais que atendam
aos requisitos do mercado de trabalho e está sintonizada
com o Mapa Estratégico da Indústria 2007-2015.
31 Com isso, o SESI oferece ensino de qualidade,
associado a oportunidades de desenvolvimento pessoal e
social, guiado por valores básicos de cidadania. Além dos
34 serviços em educação, o SESI desenvolve projetos como
Indústria do Conhecimento, Telecongresso de Educação e
Prêmio SESI de Qualidade na Educação.
Internet: <www.sesi.org.br>
De acordo com a estrutura do texto II, assinale a alternativa correta.
Texto II, para responder às questões de 6 a 10.
Por que escolher o SESI
1 Formar cidadãos empreendedores, criativos,
socialmente responsáveis e preocupados com o meio
ambiente contribui para o desenvolvimento de mão de obra
4 qualificada. Há sessenta anos, esse é o trabalho do SESI no
setor industrial.
O programa da entidade começa na base, com a
7 educação infantil, e acompanha o jovem até a conclusão do
ensino fundamental. Para quem precisou interromper os
estudos, o SESI presta serviços de alfabetização e educação
10 básica para adultos.
Com metodologias próprias e inovadoras, as
escolas da Rede SESI oferecem ensino qualificado aos filhos
13 dos industriários e a toda a comunidade. Além de aprender
matérias essenciais como português e matemática, as
crianças têm acesso a cultura, lazer e esporte.
16 Na educação para jovens e adultos (EJA), o SESI
oferece horários flexíveis e leva a escola até os alunos,
diminuindo assim a evasão. Os professores da rede recebem
19 treinamento específico para educar de forma adequada seus
alunos — sejam eles adultos ou crianças — sempre com
conteúdos apropriados à faixa etária e às experiências de
22 vida da turma.
O SESI trabalha em parceria com o Serviço
Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), em um
25 programa idealizado pela Confederação Nacional da
Indústria (CNI), o Educação para a Nova Indústria. A
iniciativa é uma resposta ao desafio de aumentar a oferta de
28 oportunidades para a formação de profissionais que atendam
aos requisitos do mercado de trabalho e está sintonizada
com o Mapa Estratégico da Indústria 2007-2015.
31 Com isso, o SESI oferece ensino de qualidade,
associado a oportunidades de desenvolvimento pessoal e
social, guiado por valores básicos de cidadania. Além dos
34 serviços em educação, o SESI desenvolve projetos como
Indústria do Conhecimento, Telecongresso de Educação e
Prêmio SESI de Qualidade na Educação.
Internet: <www.sesi.org.br>
Com base no texto II, assinale a alternativa incorreta.
Texto I, para responder às questões de 1 a 4.
1 A aprovação da Lei de Diretrizes e Bases da
Educação (LDB) propiciou grande avanço no sistema de
educação de nosso país, com a meta de que a escola se
4 torne um espaço de participação social, valorizando a
democracia, o respeito, a pluralidade cultural e a formação do
cidadão, dando mais vida e significado aos estudantes.
7 O Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE)
surgiu com várias intenções; uma delas foi a inclusão das
metas de qualidade para a educação básica, contribuindo
10 para que escolas e secretarias de educação se organizem no
atendimento aos alunos e, consequentemente, criem uma
base sobre a qual as famílias possam se apoiar para exigir
13 uma educação de maior qualidade.
O plano ainda prevê acompanhamento e assessoria
aos municípios com baixos indicadores de ensino, em busca
16 de melhorar a educação no país.
Vale ressaltar que a evolução da educação no país
requer a participação intensiva da sociedade e um plano de
19 desenvolvimento para educação que deve ser mais que um
projeto de governo, mas de todos os cidadãos que fazem
parte da nação.
22 Educação é direito de todos, e lutar por ela deve ser
uma obrigação de todos os cidadãos. Um país precisa do seu
povo como companheiro fiel na luta por melhores
25 oportunidades e condições de vida, principalmente em busca
da redução da taxa de analfabetismo. Segundo pesquisas, a
taxa de analfabetismo tem apresentado uma queda
28 constante; porém, o número de analfabetos ainda é grande
em diversas regiões do país.
Internet: <www.brasilescola.com> (com adaptações).
Assinale a alternativa incorreta, quanto às relações entre as palavras do texto I.
Texto I, para responder às questões de 1 a 4.
1 A aprovação da Lei de Diretrizes e Bases da
Educação (LDB) propiciou grande avanço no sistema de
educação de nosso país, com a meta de que a escola se
4 torne um espaço de participação social, valorizando a
democracia, o respeito, a pluralidade cultural e a formação do
cidadão, dando mais vida e significado aos estudantes.
7 O Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE)
surgiu com várias intenções; uma delas foi a inclusão das
metas de qualidade para a educação básica, contribuindo
10 para que escolas e secretarias de educação se organizem no
atendimento aos alunos e, consequentemente, criem uma
base sobre a qual as famílias possam se apoiar para exigir
13 uma educação de maior qualidade.
O plano ainda prevê acompanhamento e assessoria
aos municípios com baixos indicadores de ensino, em busca
16 de melhorar a educação no país.
Vale ressaltar que a evolução da educação no país
requer a participação intensiva da sociedade e um plano de
19 desenvolvimento para educação que deve ser mais que um
projeto de governo, mas de todos os cidadãos que fazem
parte da nação.
22 Educação é direito de todos, e lutar por ela deve ser
uma obrigação de todos os cidadãos. Um país precisa do seu
povo como companheiro fiel na luta por melhores
25 oportunidades e condições de vida, principalmente em busca
da redução da taxa de analfabetismo. Segundo pesquisas, a
taxa de analfabetismo tem apresentado uma queda
28 constante; porém, o número de analfabetos ainda é grande
em diversas regiões do país.
Internet: <www.brasilescola.com> (com adaptações).
O parágrafo de encerramento do texto I é composto por três períodos. Analise a estrutura dos dois primeiros deles e assinale a alternativa que apresenta a tipologia textual neles presente.
Texto II, para responder às questões de 5 a 10.
1 Foi tudo muito rápido. A executiva bem-sucedida
sentiu uma pontada no peito, vacilou, cambaleou. Deu um
gemido e apagou. Quando voltou a abrir os olhos, viu-se
4 diante de um imenso portal. Ainda meio zonza, atravessou-o
e viu uma miríade de pessoas, todas vestindo cândidos
camisolões e caminhando despreocupadas. Sem entender
7 bem o que estava acontecendo, a executiva bem-sucedida
abordou um dos passantes:
— Enfermeiro, eu preciso voltar urgente para o meu
10 escritório, porque tenho um meeting importantíssimo. Aliás,
acho que fui trazida para cá por engano, porque meu
convênio médico é classe A, e isto aqui está me parecendo
13 mais um pronto-socorro. Onde é que nós estamos?
— No céu.
— No céu?...
16 — Tipo assim... O céu, CÉU?!... Aquele com
querubins voando e coisas do gênero?
— Certamente. Aqui todos vivemos em estado de
19 gozo permanente.
Apesar das óbvias evidências de nenhuma
poluição, todo mundo sorrindo, ninguém usando telefone
22 celular, custou um pouco à executiva bem-sucedida admitir
que havia mesmo apitado na curva. Tentou, então, o plano B:
convencer o interlocutor, por meio das infalíveis técnicas
25 avançadas de negociação, de que aquela situação era
inaceitável. Porque, ponderou, dali a uma semana, ela iria
receber o bônus anual, além de estar fortemente cotada para
28 assumir a posição de presidente do conselho de
administração da empresa. E foi aí que o interlocutor sugeriu:
— Talvez seja melhor você conversar com Pedro, o
31 síndico.
— É? E como é que eu marco uma audiência? Ele
tem secretária?
34 — Não, não. Basta estalar os dedos, e ele aparece.
— Assim (...)?
— Pois não?
37 A executiva bem-sucedida quase desaba da nuvem.
À sua frente, imponente, segurando uma chave que mais
parecia um martelo, estava o próprio Pedro. Mas a executiva
40 havia feito um curso intensivo de approach para situações
inesperadas e reagiu rapidinho:
— Bom dia. Muito prazer. Belas sandálias. Eu sou
43 uma executiva bem-sucedida e...
— Executiva... Que palavra estranha! De que século
você veio?
46 — Do XXI. O distinto vai me dizer que não conhece
o termo “executiva”?
— Já ouvi falar. Mas não é do meu tempo.
49 Foi então que a executiva bem-sucedida teve um
insight. A máxima autoridade ali no paraíso aparentava ser
um zero à esquerda em modernas técnicas de gestão
52 empresarial. Logo, com seu brilhante currículo tecnocrático,
a executiva poderia rapidamente assumir uma posição
hierárquica, por assim dizer, celestial ali na organização.
55 — Sabe, meu caro Pedro, se você me permite, eu
gostaria de lhe fazer uma proposta. Basta olhar para esse
povo todo aí, só batendo papo e andando à toa, para
58 perceber que aqui no Paraíso há enormes oportunidades
para dar um upgrade na produtividade sistêmica.
— É mesmo?
61 — Pode acreditar, porque tenho PhD em
reengenharia. Por exemplo, não vejo ninguém usando
crachá. Como é que a gente sabe quem é quem aqui, e
64 quem faz o quê?
— Ah, não sabemos.
— Entendeu o meu ponto? Sem controle, há
67 dispersão. E dispersão gera desmotivação. Com o tempo,
isso aqui vai acabar virando uma anarquia. Mas nós dois
podemos consertar tudo isso rapidinho, implementando um
70 simples programa de targets individuais e avaliação de
performance.
— Que interessante...
73 — É claro que, antes de tudo, precisaríamos de uma
hierarquização e um organograma funcional, nada que
dinâmicas de grupo e avaliações de perfis psicológicos não
76 consigam resolver.
— !!!...???....!!!...???...!!!
— Aí, contrataríamos uma consultoria especializada
79 para nos ajudar a definir as estratégias operacionais e
estabeleceríamos algumas metas factíveis de leverage,
maximizando, dessa forma, o retorno do investimento do
82 Grande Acionista... Ele existe, certo?
— Sobre todas as coisas.
— Ótimo.
85 — Impressionante!
— Isso significa que podemos partir para a
implementação?
88 — Não. Significa que você terá um futuro brilhante...
se for trabalhar com o nosso concorrente. Porque você
acaba de descrever, exatamente, como funciona o Inferno...
Max Gehringer. In: Exame (com adaptações)
Com base no texto II, é correto interpretar que a executiva não demonstrou sentir
Texto II, para responder às questões de 5 a 10.
1 Foi tudo muito rápido. A executiva bem-sucedida
sentiu uma pontada no peito, vacilou, cambaleou. Deu um
gemido e apagou. Quando voltou a abrir os olhos, viu-se
4 diante de um imenso portal. Ainda meio zonza, atravessou-o
e viu uma miríade de pessoas, todas vestindo cândidos
camisolões e caminhando despreocupadas. Sem entender
7 bem o que estava acontecendo, a executiva bem-sucedida
abordou um dos passantes:
— Enfermeiro, eu preciso voltar urgente para o meu
10 escritório, porque tenho um meeting importantíssimo. Aliás,
acho que fui trazida para cá por engano, porque meu
convênio médico é classe A, e isto aqui está me parecendo
13 mais um pronto-socorro. Onde é que nós estamos?
— No céu.
— No céu?...
16 — Tipo assim... O céu, CÉU?!... Aquele com
querubins voando e coisas do gênero?
— Certamente. Aqui todos vivemos em estado de
19 gozo permanente.
Apesar das óbvias evidências de nenhuma
poluição, todo mundo sorrindo, ninguém usando telefone
22 celular, custou um pouco à executiva bem-sucedida admitir
que havia mesmo apitado na curva. Tentou, então, o plano B:
convencer o interlocutor, por meio das infalíveis técnicas
25 avançadas de negociação, de que aquela situação era
inaceitável. Porque, ponderou, dali a uma semana, ela iria
receber o bônus anual, além de estar fortemente cotada para
28 assumir a posição de presidente do conselho de
administração da empresa. E foi aí que o interlocutor sugeriu:
— Talvez seja melhor você conversar com Pedro, o
31 síndico.
— É? E como é que eu marco uma audiência? Ele
tem secretária?
34 — Não, não. Basta estalar os dedos, e ele aparece.
— Assim (...)?
— Pois não?
37 A executiva bem-sucedida quase desaba da nuvem.
À sua frente, imponente, segurando uma chave que mais
parecia um martelo, estava o próprio Pedro. Mas a executiva
40 havia feito um curso intensivo de approach para situações
inesperadas e reagiu rapidinho:
— Bom dia. Muito prazer. Belas sandálias. Eu sou
43 uma executiva bem-sucedida e...
— Executiva... Que palavra estranha! De que século
você veio?
46 — Do XXI. O distinto vai me dizer que não conhece
o termo “executiva”?
— Já ouvi falar. Mas não é do meu tempo.
49 Foi então que a executiva bem-sucedida teve um
insight. A máxima autoridade ali no paraíso aparentava ser
um zero à esquerda em modernas técnicas de gestão
52 empresarial. Logo, com seu brilhante currículo tecnocrático,
a executiva poderia rapidamente assumir uma posição
hierárquica, por assim dizer, celestial ali na organização.
55 — Sabe, meu caro Pedro, se você me permite, eu
gostaria de lhe fazer uma proposta. Basta olhar para esse
povo todo aí, só batendo papo e andando à toa, para
58 perceber que aqui no Paraíso há enormes oportunidades
para dar um upgrade na produtividade sistêmica.
— É mesmo?
61 — Pode acreditar, porque tenho PhD em
reengenharia. Por exemplo, não vejo ninguém usando
crachá. Como é que a gente sabe quem é quem aqui, e
64 quem faz o quê?
— Ah, não sabemos.
— Entendeu o meu ponto? Sem controle, há
67 dispersão. E dispersão gera desmotivação. Com o tempo,
isso aqui vai acabar virando uma anarquia. Mas nós dois
podemos consertar tudo isso rapidinho, implementando um
70 simples programa de targets individuais e avaliação de
performance.
— Que interessante...
73 — É claro que, antes de tudo, precisaríamos de uma
hierarquização e um organograma funcional, nada que
dinâmicas de grupo e avaliações de perfis psicológicos não
76 consigam resolver.
— !!!...???....!!!...???...!!!
— Aí, contrataríamos uma consultoria especializada
79 para nos ajudar a definir as estratégias operacionais e
estabeleceríamos algumas metas factíveis de leverage,
maximizando, dessa forma, o retorno do investimento do
82 Grande Acionista... Ele existe, certo?
— Sobre todas as coisas.
— Ótimo.
85 — Impressionante!
— Isso significa que podemos partir para a
implementação?
88 — Não. Significa que você terá um futuro brilhante...
se for trabalhar com o nosso concorrente. Porque você
acaba de descrever, exatamente, como funciona o Inferno...
Max Gehringer. In: Exame (com adaptações)
Ainda com relação a aspectos gramaticais do texto II, assinale a alternativa correta.
Texto II, para responder às questões de 5 a 10.
1 Foi tudo muito rápido. A executiva bem-sucedida
sentiu uma pontada no peito, vacilou, cambaleou. Deu um
gemido e apagou. Quando voltou a abrir os olhos, viu-se
4 diante de um imenso portal. Ainda meio zonza, atravessou-o
e viu uma miríade de pessoas, todas vestindo cândidos
camisolões e caminhando despreocupadas. Sem entender
7 bem o que estava acontecendo, a executiva bem-sucedida
abordou um dos passantes:
— Enfermeiro, eu preciso voltar urgente para o meu
10 escritório, porque tenho um meeting importantíssimo. Aliás,
acho que fui trazida para cá por engano, porque meu
convênio médico é classe A, e isto aqui está me parecendo
13 mais um pronto-socorro. Onde é que nós estamos?
— No céu.
— No céu?...
16 — Tipo assim... O céu, CÉU?!... Aquele com
querubins voando e coisas do gênero?
— Certamente. Aqui todos vivemos em estado de
19 gozo permanente.
Apesar das óbvias evidências de nenhuma
poluição, todo mundo sorrindo, ninguém usando telefone
22 celular, custou um pouco à executiva bem-sucedida admitir
que havia mesmo apitado na curva. Tentou, então, o plano B:
convencer o interlocutor, por meio das infalíveis técnicas
25 avançadas de negociação, de que aquela situação era
inaceitável. Porque, ponderou, dali a uma semana, ela iria
receber o bônus anual, além de estar fortemente cotada para
28 assumir a posição de presidente do conselho de
administração da empresa. E foi aí que o interlocutor sugeriu:
— Talvez seja melhor você conversar com Pedro, o
31 síndico.
— É? E como é que eu marco uma audiência? Ele
tem secretária?
34 — Não, não. Basta estalar os dedos, e ele aparece.
— Assim (...)?
— Pois não?
37 A executiva bem-sucedida quase desaba da nuvem.
À sua frente, imponente, segurando uma chave que mais
parecia um martelo, estava o próprio Pedro. Mas a executiva
40 havia feito um curso intensivo de approach para situações
inesperadas e reagiu rapidinho:
— Bom dia. Muito prazer. Belas sandálias. Eu sou
43 uma executiva bem-sucedida e...
— Executiva... Que palavra estranha! De que século
você veio?
46 — Do XXI. O distinto vai me dizer que não conhece
o termo “executiva”?
— Já ouvi falar. Mas não é do meu tempo.
49 Foi então que a executiva bem-sucedida teve um
insight. A máxima autoridade ali no paraíso aparentava ser
um zero à esquerda em modernas técnicas de gestão
52 empresarial. Logo, com seu brilhante currículo tecnocrático,
a executiva poderia rapidamente assumir uma posição
hierárquica, por assim dizer, celestial ali na organização.
55 — Sabe, meu caro Pedro, se você me permite, eu
gostaria de lhe fazer uma proposta. Basta olhar para esse
povo todo aí, só batendo papo e andando à toa, para
58 perceber que aqui no Paraíso há enormes oportunidades
para dar um upgrade na produtividade sistêmica.
— É mesmo?
61 — Pode acreditar, porque tenho PhD em
reengenharia. Por exemplo, não vejo ninguém usando
crachá. Como é que a gente sabe quem é quem aqui, e
64 quem faz o quê?
— Ah, não sabemos.
— Entendeu o meu ponto? Sem controle, há
67 dispersão. E dispersão gera desmotivação. Com o tempo,
isso aqui vai acabar virando uma anarquia. Mas nós dois
podemos consertar tudo isso rapidinho, implementando um
70 simples programa de targets individuais e avaliação de
performance.
— Que interessante...
73 — É claro que, antes de tudo, precisaríamos de uma
hierarquização e um organograma funcional, nada que
dinâmicas de grupo e avaliações de perfis psicológicos não
76 consigam resolver.
— !!!...???....!!!...???...!!!
— Aí, contrataríamos uma consultoria especializada
79 para nos ajudar a definir as estratégias operacionais e
estabeleceríamos algumas metas factíveis de leverage,
maximizando, dessa forma, o retorno do investimento do
82 Grande Acionista... Ele existe, certo?
— Sobre todas as coisas.
— Ótimo.
85 — Impressionante!
— Isso significa que podemos partir para a
implementação?
88 — Não. Significa que você terá um futuro brilhante...
se for trabalhar com o nosso concorrente. Porque você
acaba de descrever, exatamente, como funciona o Inferno...
Max Gehringer. In: Exame (com adaptações)
Com base em aspectos linguísticos do texto II, assinale a alternativa correta.
Texto II, para responder às questões de 5 a 10.
1 Foi tudo muito rápido. A executiva bem-sucedida
sentiu uma pontada no peito, vacilou, cambaleou. Deu um
gemido e apagou. Quando voltou a abrir os olhos, viu-se
4 diante de um imenso portal. Ainda meio zonza, atravessou-o
e viu uma miríade de pessoas, todas vestindo cândidos
camisolões e caminhando despreocupadas. Sem entender
7 bem o que estava acontecendo, a executiva bem-sucedida
abordou um dos passantes:
— Enfermeiro, eu preciso voltar urgente para o meu
10 escritório, porque tenho um meeting importantíssimo. Aliás,
acho que fui trazida para cá por engano, porque meu
convênio médico é classe A, e isto aqui está me parecendo
13 mais um pronto-socorro. Onde é que nós estamos?
— No céu.
— No céu?...
16 — Tipo assim... O céu, CÉU?!... Aquele com
querubins voando e coisas do gênero?
— Certamente. Aqui todos vivemos em estado de
19 gozo permanente.
Apesar das óbvias evidências de nenhuma
poluição, todo mundo sorrindo, ninguém usando telefone
22 celular, custou um pouco à executiva bem-sucedida admitir
que havia mesmo apitado na curva. Tentou, então, o plano B:
convencer o interlocutor, por meio das infalíveis técnicas
25 avançadas de negociação, de que aquela situação era
inaceitável. Porque, ponderou, dali a uma semana, ela iria
receber o bônus anual, além de estar fortemente cotada para
28 assumir a posição de presidente do conselho de
administração da empresa. E foi aí que o interlocutor sugeriu:
— Talvez seja melhor você conversar com Pedro, o
31 síndico.
— É? E como é que eu marco uma audiência? Ele
tem secretária?
34 — Não, não. Basta estalar os dedos, e ele aparece.
— Assim (...)?
— Pois não?
37 A executiva bem-sucedida quase desaba da nuvem.
À sua frente, imponente, segurando uma chave que mais
parecia um martelo, estava o próprio Pedro. Mas a executiva
40 havia feito um curso intensivo de approach para situações
inesperadas e reagiu rapidinho:
— Bom dia. Muito prazer. Belas sandálias. Eu sou
43 uma executiva bem-sucedida e...
— Executiva... Que palavra estranha! De que século
você veio?
46 — Do XXI. O distinto vai me dizer que não conhece
o termo “executiva”?
— Já ouvi falar. Mas não é do meu tempo.
49 Foi então que a executiva bem-sucedida teve um
insight. A máxima autoridade ali no paraíso aparentava ser
um zero à esquerda em modernas técnicas de gestão
52 empresarial. Logo, com seu brilhante currículo tecnocrático,
a executiva poderia rapidamente assumir uma posição
hierárquica, por assim dizer, celestial ali na organização.
55 — Sabe, meu caro Pedro, se você me permite, eu
gostaria de lhe fazer uma proposta. Basta olhar para esse
povo todo aí, só batendo papo e andando à toa, para
58 perceber que aqui no Paraíso há enormes oportunidades
para dar um upgrade na produtividade sistêmica.
— É mesmo?
61 — Pode acreditar, porque tenho PhD em
reengenharia. Por exemplo, não vejo ninguém usando
crachá. Como é que a gente sabe quem é quem aqui, e
64 quem faz o quê?
— Ah, não sabemos.
— Entendeu o meu ponto? Sem controle, há
67 dispersão. E dispersão gera desmotivação. Com o tempo,
isso aqui vai acabar virando uma anarquia. Mas nós dois
podemos consertar tudo isso rapidinho, implementando um
70 simples programa de targets individuais e avaliação de
performance.
— Que interessante...
73 — É claro que, antes de tudo, precisaríamos de uma
hierarquização e um organograma funcional, nada que
dinâmicas de grupo e avaliações de perfis psicológicos não
76 consigam resolver.
— !!!...???....!!!...???...!!!
— Aí, contrataríamos uma consultoria especializada
79 para nos ajudar a definir as estratégias operacionais e
estabeleceríamos algumas metas factíveis de leverage,
maximizando, dessa forma, o retorno do investimento do
82 Grande Acionista... Ele existe, certo?
— Sobre todas as coisas.
— Ótimo.
85 — Impressionante!
— Isso significa que podemos partir para a
implementação?
88 — Não. Significa que você terá um futuro brilhante...
se for trabalhar com o nosso concorrente. Porque você
acaba de descrever, exatamente, como funciona o Inferno...
Max Gehringer. In: Exame (com adaptações)
Assinale a alternativa correta com relação ao texto II.
Texto II, para responder às questões de 5 a 10.
1 Foi tudo muito rápido. A executiva bem-sucedida
sentiu uma pontada no peito, vacilou, cambaleou. Deu um
gemido e apagou. Quando voltou a abrir os olhos, viu-se
4 diante de um imenso portal. Ainda meio zonza, atravessou-o
e viu uma miríade de pessoas, todas vestindo cândidos
camisolões e caminhando despreocupadas. Sem entender
7 bem o que estava acontecendo, a executiva bem-sucedida
abordou um dos passantes:
— Enfermeiro, eu preciso voltar urgente para o meu
10 escritório, porque tenho um meeting importantíssimo. Aliás,
acho que fui trazida para cá por engano, porque meu
convênio médico é classe A, e isto aqui está me parecendo
13 mais um pronto-socorro. Onde é que nós estamos?
— No céu.
— No céu?...
16 — Tipo assim... O céu, CÉU?!... Aquele com
querubins voando e coisas do gênero?
— Certamente. Aqui todos vivemos em estado de
19 gozo permanente.
Apesar das óbvias evidências de nenhuma
poluição, todo mundo sorrindo, ninguém usando telefone
22 celular, custou um pouco à executiva bem-sucedida admitir
que havia mesmo apitado na curva. Tentou, então, o plano B:
convencer o interlocutor, por meio das infalíveis técnicas
25 avançadas de negociação, de que aquela situação era
inaceitável. Porque, ponderou, dali a uma semana, ela iria
receber o bônus anual, além de estar fortemente cotada para
28 assumir a posição de presidente do conselho de
administração da empresa. E foi aí que o interlocutor sugeriu:
— Talvez seja melhor você conversar com Pedro, o
31 síndico.
— É? E como é que eu marco uma audiência? Ele
tem secretária?
34 — Não, não. Basta estalar os dedos, e ele aparece.
— Assim (...)?
— Pois não?
37 A executiva bem-sucedida quase desaba da nuvem.
À sua frente, imponente, segurando uma chave que mais
parecia um martelo, estava o próprio Pedro. Mas a executiva
40 havia feito um curso intensivo de approach para situações
inesperadas e reagiu rapidinho:
— Bom dia. Muito prazer. Belas sandálias. Eu sou
43 uma executiva bem-sucedida e...
— Executiva... Que palavra estranha! De que século
você veio?
46 — Do XXI. O distinto vai me dizer que não conhece
o termo “executiva”?
— Já ouvi falar. Mas não é do meu tempo.
49 Foi então que a executiva bem-sucedida teve um
insight. A máxima autoridade ali no paraíso aparentava ser
um zero à esquerda em modernas técnicas de gestão
52 empresarial. Logo, com seu brilhante currículo tecnocrático,
a executiva poderia rapidamente assumir uma posição
hierárquica, por assim dizer, celestial ali na organização.
55 — Sabe, meu caro Pedro, se você me permite, eu
gostaria de lhe fazer uma proposta. Basta olhar para esse
povo todo aí, só batendo papo e andando à toa, para
58 perceber que aqui no Paraíso há enormes oportunidades
para dar um upgrade na produtividade sistêmica.
— É mesmo?
61 — Pode acreditar, porque tenho PhD em
reengenharia. Por exemplo, não vejo ninguém usando
crachá. Como é que a gente sabe quem é quem aqui, e
64 quem faz o quê?
— Ah, não sabemos.
— Entendeu o meu ponto? Sem controle, há
67 dispersão. E dispersão gera desmotivação. Com o tempo,
isso aqui vai acabar virando uma anarquia. Mas nós dois
podemos consertar tudo isso rapidinho, implementando um
70 simples programa de targets individuais e avaliação de
performance.
— Que interessante...
73 — É claro que, antes de tudo, precisaríamos de uma
hierarquização e um organograma funcional, nada que
dinâmicas de grupo e avaliações de perfis psicológicos não
76 consigam resolver.
— !!!...???....!!!...???...!!!
— Aí, contrataríamos uma consultoria especializada
79 para nos ajudar a definir as estratégias operacionais e
estabeleceríamos algumas metas factíveis de leverage,
maximizando, dessa forma, o retorno do investimento do
82 Grande Acionista... Ele existe, certo?
— Sobre todas as coisas.
— Ótimo.
85 — Impressionante!
— Isso significa que podemos partir para a
implementação?
88 — Não. Significa que você terá um futuro brilhante...
se for trabalhar com o nosso concorrente. Porque você
acaba de descrever, exatamente, como funciona o Inferno...
Max Gehringer. In: Exame (com adaptações)
Assinale a alternativa que interpreta corretamente ideias do texto II.
Texto I, para responder às questões de 1 a 4.
A semana
1 Para um preso, menos 7 dias
Para um doente, mais 7 dias
Para os felizes, 7 motivos
4 Para os tristes, 7 remédios
Para os ricos, 7 jantares
Para os pobres, 7 fomes
7 Para a esperança, 7 novas manhãs
Para a insônia, 7 longas noites
Para os sozinhos, 7 chances
10 Para os ausentes, 7 culpas
Para um cachorro, 49 dias
Para uma mosca, 7 gerações
13 Para os empresários, 25% do mês
Para os economistas, 0,019 do ano
Para o pessimista, 7 riscos
16 Para o otimista, 7 oportunidades
Para a Terra, 7 voltas
Para o pescador, 7 partidas
19 Para cumprir o prazo, pouco
Para criar o mundo, o suficiente
Para uma gripe, a cura
22 Para uma rosa, a morte
Para a história, nada
Para Época, tudo
Internet: <http://epoca.globo.com> (com adaptações).
Acesso em 7/9/2010.
Assinale a alternativa incorreta acerca do texto I.
Texto I, para responder às questões de 1 a 4.
A semana
1 Para um preso, menos 7 dias
Para um doente, mais 7 dias
Para os felizes, 7 motivos
4 Para os tristes, 7 remédios
Para os ricos, 7 jantares
Para os pobres, 7 fomes
7 Para a esperança, 7 novas manhãs
Para a insônia, 7 longas noites
Para os sozinhos, 7 chances
10 Para os ausentes, 7 culpas
Para um cachorro, 49 dias
Para uma mosca, 7 gerações
13 Para os empresários, 25% do mês
Para os economistas, 0,019 do ano
Para o pessimista, 7 riscos
16 Para o otimista, 7 oportunidades
Para a Terra, 7 voltas
Para o pescador, 7 partidas
19 Para cumprir o prazo, pouco
Para criar o mundo, o suficiente
Para uma gripe, a cura
22 Para uma rosa, a morte
Para a história, nada
Para Época, tudo
Internet: <http://epoca.globo.com> (com adaptações).
Acesso em 7/9/2010.
Com base em conhecimentos relativos à linguagem e no texto I, assinale a alternativa correta.
Texto I, para responder às questões de 1 a 4.
A semana
1 Para um preso, menos 7 dias
Para um doente, mais 7 dias
Para os felizes, 7 motivos
4 Para os tristes, 7 remédios
Para os ricos, 7 jantares
Para os pobres, 7 fomes
7 Para a esperança, 7 novas manhãs
Para a insônia, 7 longas noites
Para os sozinhos, 7 chances
10 Para os ausentes, 7 culpas
Para um cachorro, 49 dias
Para uma mosca, 7 gerações
13 Para os empresários, 25% do mês
Para os economistas, 0,019 do ano
Para o pessimista, 7 riscos
16 Para o otimista, 7 oportunidades
Para a Terra, 7 voltas
Para o pescador, 7 partidas
19 Para cumprir o prazo, pouco
Para criar o mundo, o suficiente
Para uma gripe, a cura
22 Para uma rosa, a morte
Para a história, nada
Para Época, tudo
Internet: <http://epoca.globo.com> (com adaptações).
Acesso em 7/9/2010.
Assinale a alternativa correta com relação à estrutura do texto I.
Leia o texto abaixo e responda às questões propostas.
O mundo para todos
1_____ Durante debate recente, nos Estados Unidos, fui questionado sobre o que pensava da internacionalização da Amazônia. O jovem introduziu a pergunta dizendo que esperava a resposta de um humanista e não de um brasileiro. Foi a primeira vez que um debatedor determinou a ótica humanista como ponto de partida para uma resposta minha.
2_____ De fato, como brasileiro eu simplesmente falaria contra a internacionalização da Amazônia. Por mais que nossos governos não tenham o devido cuidado com esse patrimônio, ele é nosso. Respondi que, como humanista, sentindo o risco da degradação ambiental que sofre a Amazônia, podia imaginar a sua internacionalização, como também de tudo o mais que tem importância para a Humanidade.
3_____ Se a Amazônia, sob uma ótica humanista, deve ser internacionalizada, internacionalizemos também as reservas de petróleo do mundo inteiro. O petróleo é tão importante para o bem-estar da humanidade quanto a Amazônia para o nosso futuro.
4_____ Apesar disso, os donos das reservas sentem-se no direito de aumentar ou diminuir a extração de petróleo e subir ou não o seu preço. Os ricos do mundo, no direito de queimar esse imenso patrimônio da Humanidade.
5_____ Da mesma forma, o capital financeiro de países ricos deveria ser internacionalizado. Se a Amazônia é uma reserva para todos os seres humanos, ela não pode ser queimada pela vontade de um dono, ou de um país. Queimar a Amazônia é tão grave quanto o desemprego provocado pelas decisões arbitrárias dos especuladores globais. Não podemos deixar que as reservas financeiras sirvam para queimar países inteiros na volúpia da especulação. Antes mesmo da Amazônia, eu gostaria de ver a internacionalização de todos os grandes museus do mundo. O Louvre não deve pertencer apenas à França.
6_____ Cada museu do mundo é guardião das mais belas peças produzidas pelo gênio humano. Não se pode deixar que esse patrimônio cultural, como o patrimônio natural amazônico, seja manipulado e destruído pelo gosto de um proprietário ou de um país. Não faz muito, um milionário japonês decidiu enterrar com ele um quadro de um grande mestre. Antes disso, aquele quadro deveria ter sido internacionalizado.
7_____ Durante o encontro em que recebi a pergunta, as Nações Unidas reuniram o Fórum do Milênio, mas alguns presidentes de países tiveram dificuldades em comparecer por constrangimentos na fronteira dos Estados Unidos. Por isso, eu disse que Nova York, como sede das Nações Unidas, deveria ser internacionalizada. Pelo menos Manhatan deveria pertencer a toda a Humanidade. Assim como Paris, Veneza, Roma, Londres, Rio de Janeiro, Brasília, Recife, cada cidade, com sua beleza específica, sua história do mundo, deveria ser do mundo inteiro.
8_____ Se os Estados Unidos querem internacionalizar a Amazônia, pelo risco de deixá-la nas mãos de brasileiros, internacionalizemos todos os arsenais nucleares dos Estados Unidos. Até porque eles já demonstraram que são capazes de usar essas armas, provocando uma destruição milhares de vezes maior do que as lamentáveis queimadas feitas nas florestas do Brasil.
9_____ Nos seus debates, os atuais candidatos à presidência dos Estados Unidos têm defendido a idéia de internacionalizar as reservas florestais do mundo em troca da dívida. Comecemos usando essa dívida para garantir que cada criança no mundo tenha possibilidade de ir à escola. Internacionalizemos as crianças tratando-as, todas elas, não importando o país onde nasceram, como patrimônio que O mundo para todos merece cuidados do mundo inteiro. Ainda mais do que merece a Amazônia.
10____ Quando os dirigentes tratarem as crianças pobres do mundo como um patrimônio da Humanidade, eles não deixarão que elas trabalhem quando deveriam estudar, que morram quando deveriam viver.
11____ Como humanista, aceito defender a internacionalização do mundo. Mas, enquanto o mundo me tratar como brasileiro, lutarei para que a Amazônia seja nossa. Só nossa.
Cristovam Buarque. O Globo, 23 de outubro de 2000.
Na frase abaixo, o termo grifado foi corretamente empregado. Marque a única alternativa que NÃO apresenta a mesma correção.
"...não importando o país onde nasceram..."
Leia o texto abaixo e responda às questões propostas.
O mundo para todos
1_____ Durante debate recente, nos Estados Unidos, fui questionado sobre o que pensava da internacionalização da Amazônia. O jovem introduziu a pergunta dizendo que esperava a resposta de um humanista e não de um brasileiro. Foi a primeira vez que um debatedor determinou a ótica humanista como ponto de partida para uma resposta minha.
2_____ De fato, como brasileiro eu simplesmente falaria contra a internacionalização da Amazônia. Por mais que nossos governos não tenham o devido cuidado com esse patrimônio, ele é nosso. Respondi que, como humanista, sentindo o risco da degradação ambiental que sofre a Amazônia, podia imaginar a sua internacionalização, como também de tudo o mais que tem importância para a Humanidade.
3_____ Se a Amazônia, sob uma ótica humanista, deve ser internacionalizada, internacionalizemos também as reservas de petróleo do mundo inteiro. O petróleo é tão importante para o bem-estar da humanidade quanto a Amazônia para o nosso futuro.
4_____ Apesar disso, os donos das reservas sentem-se no direito de aumentar ou diminuir a extração de petróleo e subir ou não o seu preço. Os ricos do mundo, no direito de queimar esse imenso patrimônio da Humanidade.
5_____ Da mesma forma, o capital financeiro de países ricos deveria ser internacionalizado. Se a Amazônia é uma reserva para todos os seres humanos, ela não pode ser queimada pela vontade de um dono, ou de um país. Queimar a Amazônia é tão grave quanto o desemprego provocado pelas decisões arbitrárias dos especuladores globais. Não podemos deixar que as reservas financeiras sirvam para queimar países inteiros na volúpia da especulação. Antes mesmo da Amazônia, eu gostaria de ver a internacionalização de todos os grandes museus do mundo. O Louvre não deve pertencer apenas à França.
6_____ Cada museu do mundo é guardião das mais belas peças produzidas pelo gênio humano. Não se pode deixar que esse patrimônio cultural, como o patrimônio natural amazônico, seja manipulado e destruído pelo gosto de um proprietário ou de um país. Não faz muito, um milionário japonês decidiu enterrar com ele um quadro de um grande mestre. Antes disso, aquele quadro deveria ter sido internacionalizado.
7_____ Durante o encontro em que recebi a pergunta, as Nações Unidas reuniram o Fórum do Milênio, mas alguns presidentes de países tiveram dificuldades em comparecer por constrangimentos na fronteira dos Estados Unidos. Por isso, eu disse que Nova York, como sede das Nações Unidas, deveria ser internacionalizada. Pelo menos Manhatan deveria pertencer a toda a Humanidade. Assim como Paris, Veneza, Roma, Londres, Rio de Janeiro, Brasília, Recife, cada cidade, com sua beleza específica, sua história do mundo, deveria ser do mundo inteiro.
8_____ Se os Estados Unidos querem internacionalizar a Amazônia, pelo risco de deixá-la nas mãos de brasileiros, internacionalizemos todos os arsenais nucleares dos Estados Unidos. Até porque eles já demonstraram que são capazes de usar essas armas, provocando uma destruição milhares de vezes maior do que as lamentáveis queimadas feitas nas florestas do Brasil.
9_____ Nos seus debates, os atuais candidatos à presidência dos Estados Unidos têm defendido a idéia de internacionalizar as reservas florestais do mundo em troca da dívida. Comecemos usando essa dívida para garantir que cada criança no mundo tenha possibilidade de ir à escola. Internacionalizemos as crianças tratando-as, todas elas, não importando o país onde nasceram, como patrimônio que O mundo para todos merece cuidados do mundo inteiro. Ainda mais do que merece a Amazônia.
10____ Quando os dirigentes tratarem as crianças pobres do mundo como um patrimônio da Humanidade, eles não deixarão que elas trabalhem quando deveriam estudar, que morram quando deveriam viver.
11____ Como humanista, aceito defender a internacionalização do mundo. Mas, enquanto o mundo me tratar como brasileiro, lutarei para que a Amazônia seja nossa. Só nossa.
Cristovam Buarque. O Globo, 23 de outubro de 2000.
Passando a frase abaixo para a voz ativa, encontramos as seguintes formas verbais:
Não se pode deixar que esse patrimônio cultural, como o patrimônio natural amazônico, seja manipulado e destruído pelo gosto de um proprietário ou de um país.
Leia o texto abaixo e responda às questões propostas.
O mundo para todos
1_____ Durante debate recente, nos Estados Unidos, fui questionado sobre o que pensava da internacionalização da Amazônia. O jovem introduziu a pergunta dizendo que esperava a resposta de um humanista e não de um brasileiro. Foi a primeira vez que um debatedor determinou a ótica humanista como ponto de partida para uma resposta minha.
2_____ De fato, como brasileiro eu simplesmente falaria contra a internacionalização da Amazônia. Por mais que nossos governos não tenham o devido cuidado com esse patrimônio, ele é nosso. Respondi que, como humanista, sentindo o risco da degradação ambiental que sofre a Amazônia, podia imaginar a sua internacionalização, como também de tudo o mais que tem importância para a Humanidade.
3_____ Se a Amazônia, sob uma ótica humanista, deve ser internacionalizada, internacionalizemos também as reservas de petróleo do mundo inteiro. O petróleo é tão importante para o bem-estar da humanidade quanto a Amazônia para o nosso futuro.
4_____ Apesar disso, os donos das reservas sentem-se no direito de aumentar ou diminuir a extração de petróleo e subir ou não o seu preço. Os ricos do mundo, no direito de queimar esse imenso patrimônio da Humanidade.
5_____ Da mesma forma, o capital financeiro de países ricos deveria ser internacionalizado. Se a Amazônia é uma reserva para todos os seres humanos, ela não pode ser queimada pela vontade de um dono, ou de um país. Queimar a Amazônia é tão grave quanto o desemprego provocado pelas decisões arbitrárias dos especuladores globais. Não podemos deixar que as reservas financeiras sirvam para queimar países inteiros na volúpia da especulação. Antes mesmo da Amazônia, eu gostaria de ver a internacionalização de todos os grandes museus do mundo. O Louvre não deve pertencer apenas à França.
6_____ Cada museu do mundo é guardião das mais belas peças produzidas pelo gênio humano. Não se pode deixar que esse patrimônio cultural, como o patrimônio natural amazônico, seja manipulado e destruído pelo gosto de um proprietário ou de um país. Não faz muito, um milionário japonês decidiu enterrar com ele um quadro de um grande mestre. Antes disso, aquele quadro deveria ter sido internacionalizado.
7_____ Durante o encontro em que recebi a pergunta, as Nações Unidas reuniram o Fórum do Milênio, mas alguns presidentes de países tiveram dificuldades em comparecer por constrangimentos na fronteira dos Estados Unidos. Por isso, eu disse que Nova York, como sede das Nações Unidas, deveria ser internacionalizada. Pelo menos Manhatan deveria pertencer a toda a Humanidade. Assim como Paris, Veneza, Roma, Londres, Rio de Janeiro, Brasília, Recife, cada cidade, com sua beleza específica, sua história do mundo, deveria ser do mundo inteiro.
8_____ Se os Estados Unidos querem internacionalizar a Amazônia, pelo risco de deixá-la nas mãos de brasileiros, internacionalizemos todos os arsenais nucleares dos Estados Unidos. Até porque eles já demonstraram que são capazes de usar essas armas, provocando uma destruição milhares de vezes maior do que as lamentáveis queimadas feitas nas florestas do Brasil.
9_____ Nos seus debates, os atuais candidatos à presidência dos Estados Unidos têm defendido a idéia de internacionalizar as reservas florestais do mundo em troca da dívida. Comecemos usando essa dívida para garantir que cada criança no mundo tenha possibilidade de ir à escola. Internacionalizemos as crianças tratando-as, todas elas, não importando o país onde nasceram, como patrimônio que O mundo para todos merece cuidados do mundo inteiro. Ainda mais do que merece a Amazônia.
10____ Quando os dirigentes tratarem as crianças pobres do mundo como um patrimônio da Humanidade, eles não deixarão que elas trabalhem quando deveriam estudar, que morram quando deveriam viver.
11____ Como humanista, aceito defender a internacionalização do mundo. Mas, enquanto o mundo me tratar como brasileiro, lutarei para que a Amazônia seja nossa. Só nossa.
Cristovam Buarque. O Globo, 23 de outubro de 2000.
Leia, abaixo, um trecho de uma entrevista com Cristovam Buarque, concedida em 15 de março de 2005, quatro anos após a publicação do texto O mundo para todos:
"Esse questionamento feito pelo jovem americano no debate é uma interpretação apenas dos americanos ou muitos brasileiros também pensam da mesma forma?
C. B. Não sei se muitos brasileiros pensam da mesma forma, no sentido de internacionalização. Agora, alguns falaram comigo quando leram o artigo e discordaram daquela frase final, que afirma que a Amazônia, enquanto não internacionalizarmos tudo, continua nossa. Eles acham que a gente tem de ter uma responsabilidade maior com a Amazônia. Se não, não se justifica essa afirmação. “Um amigo meu, muito conhecido, Sebastião Salgado, me disse que aquele artigo ficaria melhor se não tivesse aquela frase.”
As críticas à conclusão do texto se justificam porque:
Leia o texto abaixo e responda às questões propostas.
O mundo para todos
1_____ Durante debate recente, nos Estados Unidos, fui questionado sobre o que pensava da internacionalização da Amazônia. O jovem introduziu a pergunta dizendo que esperava a resposta de um humanista e não de um brasileiro. Foi a primeira vez que um debatedor determinou a ótica humanista como ponto de partida para uma resposta minha.
2_____ De fato, como brasileiro eu simplesmente falaria contra a internacionalização da Amazônia. Por mais que nossos governos não tenham o devido cuidado com esse patrimônio, ele é nosso. Respondi que, como humanista, sentindo o risco da degradação ambiental que sofre a Amazônia, podia imaginar a sua internacionalização, como também de tudo o mais que tem importância para a Humanidade.
3_____ Se a Amazônia, sob uma ótica humanista, deve ser internacionalizada, internacionalizemos também as reservas de petróleo do mundo inteiro. O petróleo é tão importante para o bem-estar da humanidade quanto a Amazônia para o nosso futuro.
4_____ Apesar disso, os donos das reservas sentem-se no direito de aumentar ou diminuir a extração de petróleo e subir ou não o seu preço. Os ricos do mundo, no direito de queimar esse imenso patrimônio da Humanidade.
5_____ Da mesma forma, o capital financeiro de países ricos deveria ser internacionalizado. Se a Amazônia é uma reserva para todos os seres humanos, ela não pode ser queimada pela vontade de um dono, ou de um país. Queimar a Amazônia é tão grave quanto o desemprego provocado pelas decisões arbitrárias dos especuladores globais. Não podemos deixar que as reservas financeiras sirvam para queimar países inteiros na volúpia da especulação. Antes mesmo da Amazônia, eu gostaria de ver a internacionalização de todos os grandes museus do mundo. O Louvre não deve pertencer apenas à França.
6_____ Cada museu do mundo é guardião das mais belas peças produzidas pelo gênio humano. Não se pode deixar que esse patrimônio cultural, como o patrimônio natural amazônico, seja manipulado e destruído pelo gosto de um proprietário ou de um país. Não faz muito, um milionário japonês decidiu enterrar com ele um quadro de um grande mestre. Antes disso, aquele quadro deveria ter sido internacionalizado.
7_____ Durante o encontro em que recebi a pergunta, as Nações Unidas reuniram o Fórum do Milênio, mas alguns presidentes de países tiveram dificuldades em comparecer por constrangimentos na fronteira dos Estados Unidos. Por isso, eu disse que Nova York, como sede das Nações Unidas, deveria ser internacionalizada. Pelo menos Manhatan deveria pertencer a toda a Humanidade. Assim como Paris, Veneza, Roma, Londres, Rio de Janeiro, Brasília, Recife, cada cidade, com sua beleza específica, sua história do mundo, deveria ser do mundo inteiro.
8_____ Se os Estados Unidos querem internacionalizar a Amazônia, pelo risco de deixá-la nas mãos de brasileiros, internacionalizemos todos os arsenais nucleares dos Estados Unidos. Até porque eles já demonstraram que são capazes de usar essas armas, provocando uma destruição milhares de vezes maior do que as lamentáveis queimadas feitas nas florestas do Brasil.
9_____ Nos seus debates, os atuais candidatos à presidência dos Estados Unidos têm defendido a idéia de internacionalizar as reservas florestais do mundo em troca da dívida. Comecemos usando essa dívida para garantir que cada criança no mundo tenha possibilidade de ir à escola. Internacionalizemos as crianças tratando-as, todas elas, não importando o país onde nasceram, como patrimônio que O mundo para todos merece cuidados do mundo inteiro. Ainda mais do que merece a Amazônia.
10____ Quando os dirigentes tratarem as crianças pobres do mundo como um patrimônio da Humanidade, eles não deixarão que elas trabalhem quando deveriam estudar, que morram quando deveriam viver.
11____ Como humanista, aceito defender a internacionalização do mundo. Mas, enquanto o mundo me tratar como brasileiro, lutarei para que a Amazônia seja nossa. Só nossa.
Cristovam Buarque. O Globo, 23 de outubro de 2000.
O autor conclui o texto, fazendo uso:
Leia o texto abaixo e responda às questões propostas.
O mundo para todos
1_____ Durante debate recente, nos Estados Unidos, fui questionado sobre o que pensava da internacionalização da Amazônia. O jovem introduziu a pergunta dizendo que esperava a resposta de um humanista e não de um brasileiro. Foi a primeira vez que um debatedor determinou a ótica humanista como ponto de partida para uma resposta minha.
2_____ De fato, como brasileiro eu simplesmente falaria contra a internacionalização da Amazônia. Por mais que nossos governos não tenham o devido cuidado com esse patrimônio, ele é nosso. Respondi que, como humanista, sentindo o risco da degradação ambiental que sofre a Amazônia, podia imaginar a sua internacionalização, como também de tudo o mais que tem importância para a Humanidade.
3_____ Se a Amazônia, sob uma ótica humanista, deve ser internacionalizada, internacionalizemos também as reservas de petróleo do mundo inteiro. O petróleo é tão importante para o bem-estar da humanidade quanto a Amazônia para o nosso futuro.
4_____ Apesar disso, os donos das reservas sentem-se no direito de aumentar ou diminuir a extração de petróleo e subir ou não o seu preço. Os ricos do mundo, no direito de queimar esse imenso patrimônio da Humanidade.
5_____ Da mesma forma, o capital financeiro de países ricos deveria ser internacionalizado. Se a Amazônia é uma reserva para todos os seres humanos, ela não pode ser queimada pela vontade de um dono, ou de um país. Queimar a Amazônia é tão grave quanto o desemprego provocado pelas decisões arbitrárias dos especuladores globais. Não podemos deixar que as reservas financeiras sirvam para queimar países inteiros na volúpia da especulação. Antes mesmo da Amazônia, eu gostaria de ver a internacionalização de todos os grandes museus do mundo. O Louvre não deve pertencer apenas à França.
6_____ Cada museu do mundo é guardião das mais belas peças produzidas pelo gênio humano. Não se pode deixar que esse patrimônio cultural, como o patrimônio natural amazônico, seja manipulado e destruído pelo gosto de um proprietário ou de um país. Não faz muito, um milionário japonês decidiu enterrar com ele um quadro de um grande mestre. Antes disso, aquele quadro deveria ter sido internacionalizado.
7_____ Durante o encontro em que recebi a pergunta, as Nações Unidas reuniram o Fórum do Milênio, mas alguns presidentes de países tiveram dificuldades em comparecer por constrangimentos na fronteira dos Estados Unidos. Por isso, eu disse que Nova York, como sede das Nações Unidas, deveria ser internacionalizada. Pelo menos Manhatan deveria pertencer a toda a Humanidade. Assim como Paris, Veneza, Roma, Londres, Rio de Janeiro, Brasília, Recife, cada cidade, com sua beleza específica, sua história do mundo, deveria ser do mundo inteiro.
8_____ Se os Estados Unidos querem internacionalizar a Amazônia, pelo risco de deixá-la nas mãos de brasileiros, internacionalizemos todos os arsenais nucleares dos Estados Unidos. Até porque eles já demonstraram que são capazes de usar essas armas, provocando uma destruição milhares de vezes maior do que as lamentáveis queimadas feitas nas florestas do Brasil.
9_____ Nos seus debates, os atuais candidatos à presidência dos Estados Unidos têm defendido a idéia de internacionalizar as reservas florestais do mundo em troca da dívida. Comecemos usando essa dívida para garantir que cada criança no mundo tenha possibilidade de ir à escola. Internacionalizemos as crianças tratando-as, todas elas, não importando o país onde nasceram, como patrimônio que O mundo para todos merece cuidados do mundo inteiro. Ainda mais do que merece a Amazônia.
10____ Quando os dirigentes tratarem as crianças pobres do mundo como um patrimônio da Humanidade, eles não deixarão que elas trabalhem quando deveriam estudar, que morram quando deveriam viver.
11____ Como humanista, aceito defender a internacionalização do mundo. Mas, enquanto o mundo me tratar como brasileiro, lutarei para que a Amazônia seja nossa. Só nossa.
Cristovam Buarque. O Globo, 23 de outubro de 2000.
Releia os trechos abaixo e indique aqueles que expressam opinião do autor.
I. "Durante debate recente, nos Estados Unidos, fui questionado sobre o que pensava da internacionalização daAmazônia.”
II. "Foi a primeira vez que um debatedor determinou a ótica humanista como ponto de partida para uma resposta minha."
III. "Se a Amazônia, sob uma ótica humanista, deve ser internacionalizada, internacionalizemos também as reservas de petróleo do mundo inteiro."
IV. "Não faz muito, um milionário japonês decidiu enterrar com ele um quadro de um grande mestre."
V. "Assim como Paris, Veneza, Roma, Londres, Rio de Janeiro, Brasília, Recife, cada cidade, com sua beleza específica, sua história do mundo, deveria ser do mundo inteiro."
VI. "Nos seus debates, os atuais candidatos à presidência dos EUA têm defendido a idéia de internacionalizar as reservas florestais do mundo em troca da dívida."
Observe as afirmações abaixo.
1. Em “para tirar nota, para passar de ano, para ganhar presentes ou reconhecimento” há ideia de finalidade.
2. Em “Como seria importante” há ideia de causa.
3. A O acento de cérebro e ênfase obedece à mesma regra de acentuação gráfica.
4. Em “da educação infantil à pós-graduação“, substituindo-se a palavra sublinhada por doutorado o à permanece.
5. A expressão sublinhada, em “a meta do processo educativo”, equivale a o objetivo.
Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.