Questões de Português - Locução Verbal para Concurso

Foram encontradas 445 questões

Q768545 Português
Analise as proposições, quanto à analise dos termos em destaque do período abaixo e assinale a incorreta: “Esta é a lista de pessoas às quais serão enviadas notificações de trânsito.”
Alternativas
Q767016 Português

    Há algum tempo venho afinando certa mania. Nos começos chutava tudo o que achava. [...] Não sei quando começou em mim o gosto sutil. [...]

   Chutar tampinhas que encontro no caminho. É só ver a tampinha. Posso diferenciar ao longe que tampinha é aquela ou aquela outra. Qual a marca (se estiver de cortiça para baixo) e qual a força que devo empregar no chute. Dou uma gingada, e quase já controlei tudo. [...] Errei muitos, ainda erro. É plenamente aceitável a ideia de que para acertar, necessário pequenas erradas. Mas é muito desagradável, o entusiasmo desaparecer antes do chute. Sem graça.

    Meu irmão, tino sério, responsabilidades. Ele, a camisa; eu, o avesso. Meio burguês, metido a sensato. Noivo...

     - Você é um largado. Onde se viu essa, agora! [...]

   Cá no bairro minha fama andava péssima. Aluado, farrista, uma porção de coisas que sou e que não sou. Depois que arrumei ocupação à noite, há senhoras mães de família que já me cumprimentaram. Às vezes, aparecem nos rostos sorrisos de confiança. Acham, sem dúvida, que estou melhorando.

    - Bom rapaz. Bom rapaz.

    Como se isso estivesse me interessando...

Faço serão, fico até tarde. Números, carimbos, coisas chatas. Dez, onze horas. De quando em vez levo cerveja preta e Huxley. (Li duas vezes o “Contraponto” e leio sempre). [...]

Dia desses, no lotação. A tal estava a meu lado querendo prosa. [...] Um enorme anel de grau no dedo. Ostentação boba, é moça como qualquer outra. Igualzinho às outras, sem diferença. E eu me casar com um troço daquele? [...] Quase respondi...

- Olhe: sou um cara que trabalha muito mal. Assobia sambas de Noel com alguma bossa. Agora, minha especialidade, meu gosto, meu jeito mesmo, é chutar tampinhas da rua. Não conheço chutador mais fino.


(ANTONIO, João. Afinação da arte de chutar tampinhas. In: Patuleia: gentes de rua. São Paulo: Ática, 1996) 


Vocabulário: Huxley: Aldous Huxley, escritor britânico mais conhecido por seus livros de ficção científica.

Contraponto: obra de ficção de Huxley que narra a destruição de valores do pós-guerra na Inglaterra, em que o trabalho e a ciência retiraram dos indivíduos qualquer sentimento e vontade de revolução. 

A locução verbal “venho afinando”, presente no primeiro período do texto, constrói um sentido de ação:
Alternativas
Q763424 Português

Texto 5

“A mulher que usa roupas provocativas não pode reclamar se for estuprada.”

        A frase, capaz de provocar calafrios, é alvo de concordância de um em cada três brasileiros, segundo pesquisa Datafolha encomendada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Mesmo entre as mulheres, 30% concordam com esse raciocínio, que culpa a vítima pela violência sexual sofrida.

        No Brasil, uma mulher é estuprada a cada 11 minutos, conforme registros oficiais. Estimativas apontam, no entanto, que apenas 10% dessas agressões sexuais são registradas, o que sugere uma cifra oculta de até 500 mil estupros anuais. O levantamento mostrou também que a porcentagem de concordância com a frase é a mesma entre homens e mulheres: 30%.

        A percepção de que a mulher que usa “roupas provocativas” é culpada caso sofra um estupro é maior entre pessoas que têm apenas o ensino fundamental (41%), moradores de cidades de até 50 mil habitantes (37%) e pessoas acima dos 60 anos (44%). Essa convicção tem menos apelo entre os que possuem ensino superior (16%) e têm até 34 anos (23%).

      Outra frase apresentada aos entrevistados foi “mulheres que se dão ao respeito não são estupradas”, com a qual 37% dos entrevistados concordaram. Nesse caso, o índice foi maior entre os homens (42%) do que entre as mulheres (32%).”

Adaptado de http://noticias.uol.com.br/cotidiano/

ultimas-noticias/2016/09/21/um-em-cada-3-brasileiros-

-concorda-que-mulher-tem-culpa-por-estupro-diz-pesquisa.

htm#comentarios

As aspas são um sinal de pontuação, cuja principal finalidade é destacar alguma parte de um texto, distinguindo-a do restante, com propósitos definidos. São sinais simples que podem expressar sentidos complexos.

Considerada a íntegra do TEXTO 5, é correto afirmar que as aspas utilizadas na expressão “roupas provocativas, no início do terceiro parágrafo servem para destacar que:

Alternativas
Q763181 Português

Tomar remédio é fácil; difícil é tomar rumo

Remédios antidepressivos nem sempre funcionam. Sua eficácia pode depender de quão estressado você está.

Daniel Martins de Barros

    A depressão caminha para se tornar uma das principais doenças da humanidade. Segundo a Organização Mundial da Saúde ela afeta 350 milhões de pessoas, e daqui quatro anos se tornará a principal causa de incapacidade no mundo. Parte desse aumento se deve ao melhor esclarecimento das pessoas e à maior taxa de diagnósticos, mas não é só isso. O suicídio também aumenta mundo afora, indicando que há crescimento real no número de casos. A pergunta principal é: por quê?

    Como todos os transtornos mentais, a depressão não tem uma causa só, bem definida. Sua origem é “multifatorial”, ou seja, múltiplos fatores contribuem para que ela surja. E um dos personagens mais cotados para vilão principal no aumento dos casos é o estresse. Ele não é um problema exclusivo do nosso tempo, sempre existiu, mas hoje em dia, onde quer que procuremos, vamos achar fontes de estresse. Seja vinda do trabalho onde se exige sempre mais; seja do meio cultural, com o fluxo de informação ininterrupto sobrecarregando nossos cérebros; do ambiente doméstico, com relações e papeis sendo redefinidos, gerando insegurança; ou mesmo do simples fato de o mundo passar por uma urbanização crescente, levando para mais gente o bônus, mas também o ônus de se viver em cidades. Uma das maneiras de o estresse levar à depressão é por estimular a resposta inflamatória geral do nosso organismo, desgastando-o lentamente.

    O pior é que esse estresse todo pode não só estar causando, mas também perpetuando a depressão. Um estudo acaba de ser publicado investigando porque os antidepressivos funcionam, mas não para todo mundo. Sabendo desse papel da resposta inflamatória na origem da depressão os cientistas estressaram um grupo de ratos, levando-os a ter alterações comportamentais semelhantes às que ocorrem nos deprimidos. Passaram então a tratá-los com placebo ou com o antidepressivo fluoxetina, mantendo metade no ambiente estressante original e metade num ambiente tranquilo. Resultado? Não só o comportamento desses últimos melhorou mais do que nos outros, como também os parâmetros biológicos de atividade inflamatória diminuíram, enquanto nos pobres ratos estressados a inflamação aumentou.

    Os pesquisadores concluíram algo difícil de discordar: não adianta muito tomar remédio se nós não atuarmos também no ambiente. O que faz todo sentido: se a origem da depressão não é só química, apenas medicamentos dificilmente bastarão para curá-la.

    E como se combate o estresse se ele vem de todos os lados? Pode ser difícil, mas não é impossível. Cuidando bem do sono, por exemplo: a maioria das pessoas que dorme menos do que gostaria tem falta de sono por sua própria culpa, por ficar na TV ou celular por mais tempo do que deveria. E o sedentarismo, então? Não é preciso ter dinheiro para personal trainer: meia hora de caminhada na rua, dia sim, dia não, já combate os sintomas do estresse. Isso para não falar de alimentação – dietas ricas em carboidratos simples (açúcar e farinha) contribuem para também ativar o estado inflamatório do organismo, enquanto dietas saudáveis fazem o oposto.

    Talvez você não possa mudar de chefe, de cidade ou de família. Mas com certeza poderia mudar de vida. Só que, como sempre digo, tomar remédio é fácil. O difícil é tomar rumo.

Texto adaptado de: http://vida-estilo.estadao.com.br/blogs/daniel-martins-de-barros/tomar-remedio-e-facil-dificil-e-tomar-rumo/

Em relação às afirmações a seguir, assinale a alternativa correta.
Alternativas
Q734931 Português

Leia o cartum.

Imagem associada para resolução da questão

(Disponível em http://www.aldeiagaulesa.net/2012/10/cartum-o-fim-do-jornal-de-papel.html#.VlYXmPmrQhc. Acesso em 24/11/2015.)

A partir da leitura do cartum, analise as afirmativas.

I - O termo de papel na expressão jornal de papel classifica-se como locução adjetiva.

II - O termo seu alienadinho, presente na fala do personagem à direita, remete a uma forma carinhosa de tratamento e não ao tamanho do personagem.

III - O verbo haver, presente na fala do personagem à direita, está flexionado no futuro do presente do subjuntivo.

IV - No futuro, presente em ambas as falas, é uma locução adverbial de tempo.

Estão corretas as afirmativas

Alternativas
Respostas
316: A
317: D
318: C
319: C
320: A