Questões de Português - Morfologia - Pronomes para Concurso

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Q1143365 Português

Leia a charge.


Imagem associada para resolução da questão


Assinale a alternativa correta.

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Q1142467 Português

Considerando as ideias, os sentidos e os aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item que se segue.


No trecho “É verdade que não se poderia contar com ela para nada” (l. 8 e 9), o uso da próclise justifica-se pela presença da palavra negativa “não”.

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Q1142157 Português
Leia o texto para responder à questão.



         Um dia vou contar numa crônica a lenta agonia do meu gato amazonense quando tive de me separar dele para viver em São Paulo. Agora a história é outra: um cachorro…
         Um cão de raça, com pedigree, como se diz. Forte, belo, musculoso, de pelagem castanha, focinho altivo e dentes perfeitos. Um príncipe de quatro patas.
       Uma corrente de aço amarrava-o a um poste, enquanto o dono, que comprava brioches numa das boas padarias afrancesadas de São Paulo, andava livremente.
       Gania como um louco. Às vezes parecia chorar de dor, saudade, solidão ou desamparo. Dava dó. E o dono demorava. Então os transeuntes se apresentaram. Paravam perto do poste, admiravam a beleza do animal e se condoíam com o sofrimento alheio. Alguém se revoltou com tamanha insensibilidade do dono. Uma mulher se agachou, murmurou palavras ternas ao pobre bicho, acariciou-o com dedos cheios de anéis. Esse gesto comoveu o mundo.
         Enfim, ele apareceu à porta da padaria. É natural que o cão tenha sido o primeiro a farejar a presença de seu dono; os transeuntes abriram-lhe passagem, e o reencontro foi um alvoroço, uma festa diurna. “Ele é mimado”, disse o dono, como se falasse de um filho.
       O pelourinho foi banido, e o poste readquiriu sua função de poste. Solto e livre como um verdadeiro cidadão, o cachorro saltou de alegria, enchendo a manhã de esperança; depois, ele e outros bichos foram o centro da conversa. É uma dádiva que, num domingo ensolarado, o assunto não seja política.
       A calçada ficou quase deserta. Um homem a poucos metros do poste permaneceu na mesma posição. É um negro desempregado. Nesse domingo de Ramos ele é também um mendigo. O animal roubou-lhe a atenção, mas o homem ainda mantinha seus gestos. Sentado e com a mão espalmada, o homem pede uma moeda ou restos de comida.
       Outro dia, bem cedo, passei pela calçada da padaria e lá estava o homem. Uma roda de curiosos o observava. Sentado no mesmo lugar, mãos e braços caídos. Morto. Desde quando? Continuei meu passeio fútil. E perguntei a mim mesmo, com curiosidade, por onde andaria aquele belo cachorro.


(Milton Hatoum. “Domingo sem cachorro”.
http://terramagazine.terra.com.br, 17.04.2006. Adaptado)
Nos parênteses, encontra-se expressão equivalente ao trecho antecedente sem prejuízo da norma-padrão quanto ao emprego e à colocação dos pronomes:
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Q1142048 Português

Acerca das ideias, dos sentidos e dos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item seguinte.


Sem prejuízo para a correção gramatical e para os sentidos originais do texto, o trecho “em que se incluem a palavra escrita, as peças teatrais, os filmes, os vídeos, as fotografias, os cartuns, as pinturas, entre outros” (l. 5 a 7) poderia ser reescrito da seguinte forma: onde se incluem a palavra escrita, as peças teatrais, os filmes, os vídeos, as fotografias, os cartuns, as pinturas e entre outros.

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Q1140374 Português

      Há povos que gostam de apelidos. Brasileiros, hispanos e norte-americanos estão entre os principais. Quase ninguém imagina que Bill Clinton seja, na verdade, William Jefferson Clinton. Difícil supor que um Pepe mexicano seja José e um Pancho tivesse chegado ao batistério como Francisco. Bem, qual estrangeiro suporá Chico como apelido de Francisco? Em eras pré-politicamente corretas, abundavam os “japas”, os “chinas”, os “gordos” e os “carecas”. Hoje, tudo implica risco.

      Além do apelido, existem apostos que qualificam mais do que uma simples alcunha. Por vezes, são qualificativos positivos: Alexandre, o Grande; Luís XIV, o Rei-Sol; Luís XV, o Bem-Amado; e, no campo republicano, Simon Bolívar, o Libertador. Podem ser eufemismos para defeitos, como a indecisão crônica de Filipe II da Espanha. A história oficial o registra como Filipe, “o Prudente”. Há as diferenças nacionais. A única rainha do Antigo Regime português é conhecida na terrinha como D. Maria I, a Pia. No Brasil, por vários motivos, ela é “a Louca”.

      Os qualificativos para famosos são uma maneira de defesa dos fracos. Não posso derrubar presidente, não tenho a fama de um craque, não tenho o dinheiro de fulano: tasco-lhe um apelido como a vingança do bagre diante do hipopótamo. Rio um pouco, divulgo diante do meu limitado grupo igualmente ressentido e me sinto vingado. Apelidar de forma negativa é, quase sempre, reconhecer minha inferioridade.

      Fazer graça com a característica alheia pode revelar o mico interno de cada um de nós. Nosso macaquinho é inferior aos grandes símios. Em choques, apenas temos a possibilidade de subir rapidamente em galhos mais finos do que os rivais poderosos poderiam. Escalar e gritar: orangotango bobo, gorila vacilão, chimpanzé flácido! Lá de cima, protegido pela nossa fraqueza-força, rimos do maior. Apelidar é defender-se e tentar, ao menos na fala, vencer quem parece superior a nossas forças. Classificar o outro de tonto traz alívio; por exclusão, eu não sou.


(Leandro Karnal, O nome que eu desejo e o apelido que eu tenho. O Estado de S. Paulo, 03 de julho de 2019. Adaptado)

Assinale a alternativa em que a reescrita da frase obedece à norma-padrão de concordância, regência e emprego de pronome relativo.
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Q1140292 Português

                                           Além das palavras

                 Pesquisadores da USP elaboraram uma lista de gestos,

                   posturas e outras pistas visuais que podem auxiliar o

           médico na avaliação dos pacientes e diagnóstico da depressão.


      No consultório psiquiátrico, apenas uma parte das informações é verbalizada pelos pacientes. Outra tem a ver com o olhar do médico: uma avaliação de gestos, posturas e outros sinais que podem ajudar a compreender o estado de saúde mental em que uma pessoa se encontra. Uma proposta de sistematização desse ‘olho clínico’ foi apresentada por pesquisadores do Instituto de Psiquiatria da Universidade de São Paulo (USP), que elaboraram um checklist de posturas, gestos e expressões típicos de pacientes com depressão.

      O estudo foi realizado no Hospital das Clínicas e no Hospital Universitário, ambos ligados à USP, sob a supervisão da farmacologista Clarice Gorenstein. Em vez de seguirem apenas o protocolo corrente de diagnóstico de depressão, baseado em perguntas e respostas, avaliadores preencheram um formulário detalhado sobre as expressões faciais e corporais dos pacientes durante entrevistas clínicas. As entrevistas também foram filmadas, para análise objetiva do comportamento dos pacientes.

      “Elaboramos uma lista de comportamentos corporais favoráveis ou não ao contato social para analisar os pacientes, além de fazer as perguntas padrão”, relata a pesquisadora e psicóloga Juliana Teixeira Fiquer, que realizou seu pós-doutorado com o estudo. “Sinais como inclinar o corpo para frente na direção do entrevistador, ou encolher os ombros, fazer movimentos afirmativos ou negativos com a cabeça, fazer contato ocular ou não, rir ou chorar são alguns dos 22 comportamentos que selecionamos”, exemplifica.

      Fiquer contou à CH Online que todos os pacientes do grupo com depressão tiveram melhora nos parâmetros sugestivos de contato social. “Os pacientes mostraram, após o período de tratamento, um aumento no contato ocular com o entrevistador, além de sorrir mais e demonstrar avanços em relação a outros comportamentos sugestivos de interesse social”, relata.

      “Queremos criar um método científico que considere aquilo que até então é colocado no território das impressões no diagnóstico da depressão.”

      Para a pesquisadora, o trabalho representa um passo importante na sinalização de que informações emocionais relevantes são transmitidas no contato interpessoal entre clínico e paciente, que até então eram atribuídas exclusivamente à subjetividade do médico na hora de fazer o diagnóstico.

      O psiquiatra e psicanalista Elie Cheniaux, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, sugere que a linguagem não verbal é uma ferramenta importante para mensurar a tristeza, que é um dos componentes da depressão, mas não a única. “A linguagem não verbal não dá uma visão global do quadro do paciente”, argumenta.

(João Paulo Rossini. Instituto Ciência Hoje – RJ. Em abril de 2016. Com adaptações.)

De acordo com a classe de palavras, assinale a correlação INADEQUADA.
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Q1140238 Português

Refugiados: enfim, a Europa se curva

No auge da crise migratória, o continente aceita receber mais estrangeiros.  

O desafio agora é como integrá‐los à sociedade.


      Era abril quando mais de 1.3 mil pessoas haviam morrido na travessia do Mar Mediterrâneo para a Europa, um número recorde, e o filósofo e escritor italiano Umberto Eco foi questionado pelo jornal português Expresso como via a tragédia. “A Europa irá mudar de cor, tal como os Estados Unidos”, disse. Eco se referia à previsão de que, até 2050, os brancos deixarão de ser a maioria da população americana. “Esse é um processo que demorará muito tempo e custará muito sangue.” Diante da atual crise de migrantes e refugiados pela qual passa o continente, que recebeu 350 mil estrangeiros até agosto, o diagnóstico de Eco não poderia ter sido mais preciso. Na semana passada, enquanto cidadãos de diversos países receberam os refugiados com mensagens de boas vindas, alimentos e roupas, as autoridades da União Europeia se curvaram à gravidade da situação, e decidiram abrir as fronteiras para acolher 160 mil pessoas e dividi‐las entre os 22 países do bloco. A maioria vai para Alemanha, França e Espanha. O processo continua sangrento – ao menos 2,5 mil pessoas já desapareceram no Mediterrâneo –, mas pode ser o propulsor de uma nova Europa, talvez mais solidária e certamente mais colorida.

      Cada vez mais, a economia do continente precisa de mão‐de‐obra jovem para continuar avançando e, sobretudo, reduzir a pressão sobre o sistema de aposentadorias e pensões. Por isso, além das óbvias razões humanitárias, receber os refugiados é uma questão prática. Nos cálculos da Comissão Europeia, cada mulher tem, em média, 1,5 filho hoje. O mesmo relatório concluiu que, nos próximos anos, a “população europeia se tornará cada vez mais grisalha”. Na Alemanha, onde, desde 1972, morre mais gente do que nasce, o fator de equilíbrio que tem feito a população crescer é justamente o saldo positivo da chegada de imigrantes.

      A recente onda de solidariedade começou em Berlim, que suspendeu a Convenção de Dublin e permitiu que refugiados sírios pedissem asilo diretamente à Alemanha, mesmo que esse não fosse o primeiro país aonde chegaram. Mais do que isso, num esforço para ajudá‐los a conseguir emprego e torná‐los produtivos, o governo de Angela Merkel prometeu aumentar a oferta de cursos intensivos de alemão e programas de treinamento a pessoas em busca de asilo. Com capacidade para receber meio milhão de refugiados por ano (em 2015, já foram 450 mil), o país deve empregar 6 bilhões de euros nessa crise.

      Enquanto a Europa desperta para a nova realidade, em que a miscigenação ganha importância, a religião permanece como um dos principais entraves para a integração. Ainda que não existam dados consolidados sobre o tema, as nações que mais exportam migrantes, Síria e Afeganistão, são de maioria muçulmana e representantes de países como Hungria, Bulgária e Chipre já disseram preferir os cristãos aos muçulmanos com o argumento de que aqueles se adaptariam melhor aos costumes locais. Indiferente às críticas sobre discriminação, a Áustria foi além. Em fevereiro, o governo austríaco, que tem sido dos mais refratários em relação aos migrantes, aprovou uma lei que regula a prática do islamismo no país. Os muçulmanos de lá tiveram seus feriados religiosos reconhecidos, mas só podem realizar suas atividades de culto em alemão e as mesquitas não podem receber financiamento estrangeiro. A regra não serve para outras religiões. Para os austríacos, ela ajuda na integração dos estrangeiros e evita a radicalização. Para os contrários à lei, o resultado é justamente o oposto. “Por que um muçulmano se torna fundamentalista na França?”, pergunta Umberto Eco. “Acha que isso aconteceria se vivesse num apartamento perto de Notre Dame?”

(Disponível em: http://www.istoe.com.br/reportagens/436154_ REFUGIADOS+ ENFIM+A+EUROPA+SE+CURVA. Acesso em: 14/09/2015.)

“A recente onda de solidariedade começou em Berlim, que suspendeu a Convenção de Dublin e permitiu que refugiados sírios pedissem asilo diretamente à Alemanha, mesmo que esse não fosse o primeiro país aonde chegaram.” (3º§) Os termos sublinhados, de acordo com a classe gramatical de palavras, são classificados, respectivamente, como
Alternativas
Q1139728 Português
Leia o texto para responder à questão.


        Crianças pequenas devem ter acesso a tablets? É preciso controlar as horas de exposição de adolescentes a jogos de computador? Se você está confuso com essas questões, tem bons motivos. Cientistas que estudam como o cérebro lida com meios digitais também estão. Acaba de sair no Brasil “O Cérebro no Mundo Digital”, em que a neurocientista especializada em leitura Maryanne Wolf tenta ao menos mapear o terreno em que pisamos.
      Para Wolf, existem motivos para preocupação, ainda que não para pessimismo. Embora seja cedo para qualquer conclusão definitiva, as evidências até aqui colhidas sugerem que a proliferação dos meios digitais pode ter impactos sobre a formação do cérebro leitor.
      A preocupação maior, diz Wolf, é com a leitura profunda (uma leitura razoavelmente detida, na qual compreendemos não apenas as palavras como extraímos o sentido geral delas e experimentamos as emoções que elas evocam). Crianças e mesmo adultos que leem em um dispositivo digital apresentam menores taxas de compreensão e retenção do texto do que quando o leem em versão impressa.
     A sugestão de Wolf é que tentemos desenvolver uma espécie de bilinguismo literário. Precisamos ser capazes de exercer tanto a leitura rápida cobrada pelos meios digitais — um ser humano médio recebe hoje nos vários dispositivos que acessa 34 gigabytes de informação num único dia, o equivalente a um romance de 100 mil palavras — como, quando for o caso, a leitura profunda, exigida para pensar direito e fruir de tudo aquilo que um bom texto oferece.


(Helio Schwartsman, Computadores contra a leitura (adaptado).
Folha de São Paulo, 23.06.2019)
Assinale a alternativa que apresenta reescrita de um trecho do texto com pronome e colocação pronominal corretos de acordo com a norma-padrão.
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Q1139577 Português

      Uma águia perseguia uma lebre que estava longe de qualquer proteção. Mas, assim que a lebre avistou um escaravelho, o único protetor que a ocasião lhe oferecia, foi até ele e suplicou ajuda. O escaravelho a amparou e, quando viu a águia se aproximando, pôs-se a pedir-lhe que não levasse embora sua protegida. A águia, porém, esnobou a pequenez do escaravelho e devorou a lebre diante dele. Ressentido, o escaravelho passou a espreitar os ninhos da águia e, cada vez que ela punha ovos, subia lá no alto e os fazia rolar e quebrar, até que a águia, encurralada, buscou refúgio junto de Zeus, que a tem como sua ave sagrada, e pediu-lhe que arrumasse um lugar seguro para a ninhada. Zeus lhe deu permissão para botar os ovos no colo dele. Ao ver isso, o escaravelho fez uma pelota de esterco, voou até alcançar o colo de Zeus e soltou-a lá. Foi aí que Zeus se levantou para sacudir o esterco e, sem se dar conta, deixou cair os ovos. Desde então, dizem que, na época em que os escaravelhos aparecem, as águias não fazem o ninho.

(ESOPO. Fábulas completas. Tradução de Maria Celeste Dezotti. São Paulo: Cosac Naify, 2013, p. 42) 

Os termos em negrito estão substituídos, de acordo com a norma-padrão, em:
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Q1139573 Português

      Uma águia perseguia uma lebre que estava longe de qualquer proteção. Mas, assim que a lebre avistou um escaravelho, o único protetor que a ocasião lhe oferecia, foi até ele e suplicou ajuda. O escaravelho a amparou e, quando viu a águia se aproximando, pôs-se a pedir-lhe que não levasse embora sua protegida. A águia, porém, esnobou a pequenez do escaravelho e devorou a lebre diante dele. Ressentido, o escaravelho passou a espreitar os ninhos da águia e, cada vez que ela punha ovos, subia lá no alto e os fazia rolar e quebrar, até que a águia, encurralada, buscou refúgio junto de Zeus, que a tem como sua ave sagrada, e pediu-lhe que arrumasse um lugar seguro para a ninhada. Zeus lhe deu permissão para botar os ovos no colo dele. Ao ver isso, o escaravelho fez uma pelota de esterco, voou até alcançar o colo de Zeus e soltou-a lá. Foi aí que Zeus se levantou para sacudir o esterco e, sem se dar conta, deixou cair os ovos. Desde então, dizem que, na época em que os escaravelhos aparecem, as águias não fazem o ninho.

(ESOPO. Fábulas completas. Tradução de Maria Celeste Dezotti. São Paulo: Cosac Naify, 2013, p. 42) 

Em O escaravelho a amparou e, quando viu a águia se aproximando, pôs-se a pedir-lhe que não levasse embora sua protegida, os termos em negrito constituem, respectivamente, 
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Q1139517 Português

1.       A World Wide Web, ou www, completou três décadas de existência. Sua invenção mudou a cara da internet. A ideia foi do físico britânico Tim Berners-Lee, quando tinha 33 anos. Naquela época, a internet já operava havia duas décadas, mas de forma bem diferente. Com recursos restritos, era usada principalmente para troca de informações entre pesquisadores da área acadêmica.

2.       “A www transformou-se em um componente fundamental da internet moderna”, afirma Fabio Kon, professor do Instituto de Matemática e Estatística da Universidade de São Paulo. “A rede trouxe muitas coisas boas e já não conseguimos mais viver sem as comodidades que ela proporciona. Mas, por outro lado, ela amplifica alguns fenômenos negativos e indesejados que já existiam na sociedade.”

3.       Nas comemorações dos 30 anos da web, Berners-Lee expressou preocupação com o rumo que vem tomando a internet. Em carta aberta, listou três áreas que, para ele, prejudicam a web: intenções maliciosas; projetos duvidosos, entre eles modelos de negócios que recompensam cliques; e consequências negativas não intencionais da rede, com destaque para discussões agressivas e polarizadas.

4.       “Precisamos de um novo contrato para a web”, declarou Berners-Lee em uma conferência sobre tecnologia da internet. “Algumas questões de regulamentação têm que envolver governos. Outras claramente incluem as empresas. Se você for provedor de acesso, precisa se comprometer a entregar neutralidade de rede. Se for uma companhia de rede social, precisa garantir que as pessoas tenham controle sobre seus dados.”

5.       “Desde sua origem, a internet se propôs a ser plural e de acesso amplo”, ressalta a advogada Cíntia Rosa Pereira de Lima, líder do grupo de pesquisa Observatório do Marco Civil da Internet no Brasil

6.       A pesquisadora assinala também alguns problemas decorrentes das mudanças geradas pela internet. “Percebo que, com a proliferação das redes sociais, as pessoas passaram a se preocupar mais com a quantidade de relacionamentos, desconsiderando a qualidade deles”.

7.       Um dos pioneiros da internet no país, o engenheiro Demi Getschko admite que a rede enfrenta problemas, mas defende que o que vemos nela, conforme já expresso pelo matemático Vint Cerf, um de seus fundadores, é a representação daquilo que existe no mundo real. “A maioria das pessoas envolvidas com ela é bem-intencionada, mas existe uma ânsia de participar, de falar sem pensar, que com o tempo, esperamos, vai assentar. Tenho dúvidas sobre a eficiência de normatizações para corrigir os excessos na rede. Como ela não tem fronteiras, qualquer legislação local tende a falhar.”

(Adaptado de: VASCONCELOS, Yuri. Disponível em: revistapesquisa.fapesp.br

Está correto o emprego do elemento sublinhado na frase:
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Q1139062 Português
Leia o texto para responder à questão.


Ética Médica


       Entrou em vigor no país uma nova versão do Código de Ética Médica. O novo diploma, que não traz reviravoltas dramáticas em relação ao texto anterior, de 2009, pode ser mais bem descrito como uma atualização necessária.
        Um bom exemplo de adequação ao espírito dos tempos atuais é a explicitação dos direitos dos médicos que padeçam de deficiências físicas – as quais passaram, ao lado da raça e das posições políticas, a ser elencadas como um dos motivos pelos quais o profissional de saúde não pode ser discriminado.
      Questões de cunho mais sindical, como as situações em que o médico está autorizado a recusar-se a trabalhar, seja por falta de condições, seja por objeções de consciência, também foram disciplinadas com uma dose adicional de detalhe.
      No que provavelmente constitui a novidade mais relevante, o Código autoriza médicos a realizarem pesquisas retrospectivas em prontuários, desde que autorizados por uma comissão de ética em pesquisa. Nesta era de “big data” em que vivemos, os arquivos de hospitais e clínicas escondem informações valiosíssimas na forma de correlações das quais nem suspeitamos.
       Tudo isso está enterrado nos discos de memória dos computadores ou nos mais antiquados arquivos mortos, mas pesquisadores não tinham acesso a esse conhecimento porque era, na prática, impossível obter o consentimento informado de todos os pacientes envolvidos.
    Por fim, há que lamentar pelo que os médicos deixaram de fazer nessa revisão. O disciplinamento da telemedicina, exigência dos tempos modernos, foi jogado para resoluções do Conselho Federal de Medicina. Pela amostra que tivemos no início do ano, o tema se afigura mais polêmico do que deveria.
     Pena também que não se tenha avançado mais no reconhecimento da autonomia dos pacientes maiores de idade e em pleno gozo de suas funções mentais – que deve ser plena, e não limitada.

(Editorial. Folha de S.Paulo, 06.05.2019. Adaptado)

Estão _________ o domínio de hospitais e clínicas arquivos com informações valiosíssimas, e os médicos que estiverem aptos _______ utilizá-los serão autorizados por uma comissão de ética em pesquisa. Dessa forma, os pesquisadores chegarão ________ dados de forma mais ágil e direta.


Em conformidade com a norma-padrão, as lacunas do enunciado devem ser preenchidas, respectivamente, com:

Alternativas
Q1139059 Português

Leia o texto para responder à questão.


A casa do tio Dagoberto


         Quando tia Eva saiu com as crianças, vovó, a sós conosco, afinal, falou. Disse que no mesmo dia ia voltar para Ibaté, porque tio Dagoberto não era um bom filho, não puxara aos pais.

            – Você é uma ovelha negra – ela acusou titio.

           – Que é que eu fiz, mamãe? – meu tio perguntou, estupefato. – Trabalho em dois hospitais, tenho meu consultório...

           – Mentiras! – declarou vovó.

           E disse mais: que ele devia ser um criminoso ou coisa pior. E eu, pobre de mim, logo estaria no mesmo caminho, desrespeitando a própria avó.

         – E não adianta mentir para mim! – afirmou, concluindo a censura: – Sou sua mãe e sei a espécie de bandido que você se tornou!

           – Mas que é que eu fiz, mamãe? – gemeu agoniado tio Dagoberto.

        – O que é que você fez, isso eu não sei! – declarou, toda pomposa, vovó. – Mas, se não tivesse feito nada de errado, não estaria escondido aqui em São Paulo, onde ninguém te conhece!         

         Tio Dagoberto abriu a boca e continuou com a boca aberta.

         Que é que ele podia dizer?

       No meio do silêncio, vovó virou as costas, saiu da sala e ficou trancada no quarto, até o dia seguinte, quando voltou para Ibaté.

        E, durante longos seis meses, não dirigiu mais a palavra a mim nem a tio Dagoberto.


(Orlando de Miranda, “A casa do tio Dagoberto” (fragmento).

Em: Sete faces do humor, 1992. Adaptado)

Assinale a alternativa em que o enunciado atende à norma-padrão de concordância e de colocação pronominal.
Alternativas
Q1139057 Português

Leia o texto para responder à questão.


A casa do tio Dagoberto


         Quando tia Eva saiu com as crianças, vovó, a sós conosco, afinal, falou. Disse que no mesmo dia ia voltar para Ibaté, porque tio Dagoberto não era um bom filho, não puxara aos pais.

            – Você é uma ovelha negra – ela acusou titio.

           – Que é que eu fiz, mamãe? – meu tio perguntou, estupefato. – Trabalho em dois hospitais, tenho meu consultório...

           – Mentiras! – declarou vovó.

           E disse mais: que ele devia ser um criminoso ou coisa pior. E eu, pobre de mim, logo estaria no mesmo caminho, desrespeitando a própria avó.

         – E não adianta mentir para mim! – afirmou, concluindo a censura: – Sou sua mãe e sei a espécie de bandido que você se tornou!

           – Mas que é que eu fiz, mamãe? – gemeu agoniado tio Dagoberto.

        – O que é que você fez, isso eu não sei! – declarou, toda pomposa, vovó. – Mas, se não tivesse feito nada de errado, não estaria escondido aqui em São Paulo, onde ninguém te conhece!         

         Tio Dagoberto abriu a boca e continuou com a boca aberta.

         Que é que ele podia dizer?

       No meio do silêncio, vovó virou as costas, saiu da sala e ficou trancada no quarto, até o dia seguinte, quando voltou para Ibaté.

        E, durante longos seis meses, não dirigiu mais a palavra a mim nem a tio Dagoberto.


(Orlando de Miranda, “A casa do tio Dagoberto” (fragmento).

Em: Sete faces do humor, 1992. Adaptado)

Considere as passagens do texto:



•  – Você é uma ovelha negra – ela acusou titio. (2º parágrafo)


•  E eu, pobre de mim, logo estaria no mesmo caminho, desrespeitando a própria avó. (5º parágrafo)


•  Que é que ele podia dizer? (10 º parágrafo)


•  E, durante longos seis meses, não dirigiu mais a palavra a mim nem a tio Dagoberto. (12º parágrafo)



De acordo com a norma-padrão, no contexto em que estão empregadas, as orações em destaque podem ser substituídas, respectivamente, por:

Alternativas
Q1138898 Português
Leia o conto a seguir para responder à questão .


Tentando alcançar a Lua


        Uma noite, o Rei dos Macacos reparou numa gloriosa Lua dourada que repousava no fundo de uma lagoa. Não se apercebendo de que se tratava apenas de um reflexo, o rei chamou os seus súditos para que lhe fossem buscar aquele tesouro não reclamado.
       – O nosso macaco mais forte agarra-se a esta árvore – ordenou o rei. – E o nosso segundo macaco mais forte agarra-se à mão dele, tenta alcançar a água e pega na Lua dourada.
        Assim fizeram. Mas o segundo macaco não conseguia alcançar a Lua.
      – Quem é o nosso terceiro macaco mais forte? Agarra-te à mão do teu irmão e vai buscar a Lua.
         Mas a Lua continuava fora do alcance deles.
         – Tragam o quarto macaco mais forte. Que desça até junto da lagoa e tente a sua sorte.
     Os macacos formavam agora uma cadeia, cada um pendurado no braço do outro. O quarto macaco usou os braços deles como escada e ficou pendurado na mão do terceiro macaco… mas a Lua continuava fora do seu alcance. E assim continuaram… cinco… seis… sete… oito… macaco após macaco, até que o último conseguia tocar já na superfície da água.
       – Estamos quase conseguindo! – gritaram os macacos.
       – Deixem-me ser o primeiro a agarrá-la! – gritou o rei, que se lançou cadeia abaixo.
     Mas o peso de toda esta loucura tinha-se tornado demasiado para as forças do macaco mais forte, que continuava agarrado ao topo da árvore. Quando o rei ia tocar a água para alcançar a Lua, o macaco mais forte largou o tronco. Um a um, caíram todos na lagoa e afogaram-se, juntamente com o rei.

(Conto tradicional tibetano, com tradução disponível em:
https://contadoresdestorias.wordpress.com. Adaptado)

Em conformidade com a norma-padrão da língua, o trecho equivalente ao destacado em – ... o segundo macaco não conseguia alcançar a Lua. –, com a expressão a Lua substituída pelo pronome correspondente, é:
Alternativas
Q1138732 Português

                   

Com relação à correção gramatical e à coerência das substituições propostas para vocábulos e trechos destacados do texto, julgue o item.


"se faz" (linha 33) por faz-se

Alternativas
Q1138580 Português

Julgue o item no que se refere às estruturas linguísticas do texto.


Na linha 9, o vocábulo “sua” retoma o elemento “linguagem”.

Alternativas
Q1138577 Português

Julgue o item no que se refere às estruturas linguísticas do texto.


O elemento “‐las” em “‘tratá‐las’” (linha 4) faz referência direta a “distúrbios da comunicação” (linha 3).

Alternativas
Q1138576 Português

Julgue o item no que se refere às estruturas linguísticas do texto.


A expressão “dessa ciência” (linha 2) e o vocábulo “ela” (linha 2) retomam o termo “fonoaudiologia” (linha 1).

Alternativas
Respostas
1841: E
1842: C
1843: C
1844: E
1845: E
1846: D
1847: A
1848: B
1849: B
1850: C
1851: B
1852: C
1853: B
1854: D
1855: E
1856: E
1857: C
1858: C
1859: E
1860: C