Questões de Concurso
Sobre morfologia - pronomes em português
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Texto CB1A2
A expressão racismo ambiental foi criada na década de 80 do século passado pelo Dr. Benjamin Franklin Chavis Jr., em meio a protestos contra o depósito de resíduos tóxicos no condado de Warren, no estado da Carolina do Norte (EUA), onde a maioria da população era negra.
De acordo com a pensadora negra brasileira Tania Pacheco, o racismo ambiental é constituído por injustiças sociais e ambientais que recaem de forma implacável sobre etnias e populações mais vulneráveis. Não se configura apenas por meio de ações que tenham uma intenção racista, mas, igualmente, por meio de ações que tenham impacto “racial”, não obstante a intenção que lhes tenha dado origem.
No Brasil, nas cidades e nos centros urbanos, o racismo ambiental tem um impacto significativo na população que vive em favelas e periferias, onde historicamente a maioria da população é negra. A falta de acesso a serviços básicos, como água potável e saneamento, de estrutura urbana e de condições de moradia digna afeta a saúde e a qualidade de vida dos moradores e agrava ainda mais os impactos das mudanças climáticas, ocasionando enchentes e deslizamentos.
Algumas medidas que podem ser tomadas para diminuir o racismo ambiental incluem a criação de políticas públicas que levem em conta as desigualdades sociais e econômicas, a garantia do direito à participação das comunidades afetadas na tomada de decisão, a promoção da educação ambiental e a valorização do conhecimento tradicional das comunidades.
Internet: <www.gov.br/secom> (com adaptações).
A respeito de aspectos linguísticos do texto CB1A2, julgue o próximo item.
No trecho “não obstante a intenção que lhes tenha dado
origem” (final do segundo parágrafo), a próclise da forma
pronominal “lhes” justifica-se pela presença do vocábulo
“não” no início do trecho.
Texto CB1A1
Um projeto de lei que determina critérios mínimos de qualidade para escolas públicas de educação básica foi aprovado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado Federal, em abril deste ano. Conforme estabelece o projeto de lei, o poder público deverá equipar todas as unidades do ensino básico com bibliotecas, laboratórios de ciências e informática, acesso à Internet, quadras poliesportivas cobertas, instalações com condições adequadas de acessibilidade, energia elétrica, abastecimento de água potável, esgoto sanitário e manejo de resíduos sólidos.
“As condições listadas não constituem luxo ou privilégio, mas requisitos necessários ao estabelecimento de um padrão mínimo de qualidade nas escolas brasileiras e garantia do exercício digno do direito público subjetivo à educação básica”, justifica o autor da proposta.
“O que há no projeto é o mínimo para que uma escola funcione, atendendo os estudantes e os profissionais da educação com dignidade. A ausência de laboratórios, de Internet, de bibliotecas e de uma estrutura física adequada é algo que impacta diretamente na qualidade da educação oferecida aos estudantes, uma vez que a educação não é uma transmissão de conhecimento, mas sim a construção deste”, considera a secretária de assuntos educacionais da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Guelda Andrade.
“Um ar-condicionado, por exemplo, em algumas regiões do país, não é questão de luxo. É uma condição que faz parte dessa estrutura mínima e digna para que a educação aconteça... A falta disso traz prejuízos drásticos tanto no aprendizado dos estudantes quanto no cotidiano dos profissionais da educação”, reforça Guelda Andrade.
Internet: <https://cnte.org.br> (com adaptações).
Acerca das ideias e de aspectos linguísticos do texto CB1A1, julgue o item a seguir.
No último parágrafo, a forma pronominal na contração
‘disso’ remete a ‘Um ar-condicionado’.
Texto 7
Guga poderia virar um assassino?
Dois jovens, quase a mesma idade, poucos meses de diferença, comoveram, na semana passada, o Brasil.
Um deles é branco, 23 anos, ganhou fama com uma raquete de tênis na mão. Outro, negro, 22 anos, ganhou fama com um revólver na mão.
Na segunda-feira, Gustavo Kuerten, o Guga, cercado de fãs, se deixava fotografar em frente à Torre Eiffel, com o troféu que levou no torneio de Roland Garros, que projetou-o para o primeiro lugar do ranking mundial - e o deixou U$ 600 mil mais rico.
Naquele mesmo dia, Sandro do Nascimento, cercado de policiais, depois de um atabalhoado sequestro, era jogado num camburão, onde morreu sufocado - ele queria R$ 1 mil. (…)
Nessa quadra chamada Brasil, Guga e Sandro estavam divididos exatamente pelas linhas que incluem e excluem, que dão ou tiram chances, que fazem prosperar ou regredir.
A quadra que faz derrotados e perdedores. (…)
Os números mostram, com clareza, como o desemprego atinge, mais pesadamente, em particular aqueles com baixa escolaridade.
E também mostram como a renda está caindo especialmente nas regiões metropolitanas.
Deterioração das regiões metropolitanas, baixa escolaridade, desemprego acentuado entre os jovens, são as linhas dessa quadra de exclusão.
Nesse jogo da morte, não há polícia que, de fato, funcione. Nem prisão que abrigue tantos delinquentes.
Vamos seguir produzindo mais chances de Sandros do que Gugas.
Somos, enfim, uma nação de perdedores.
https://www1.folha.uol.com.br/folha/dimenstein/gilberto/ gd100700.htm
Gilberto Dimenstein, Folha de S. Paulo, editado
Analise as afirmativas abaixo sobre o texto 7.
1. No terceiro parágrafo, o pronome oblíquo o foi empregado em situação de ênclise, o que não é admitido pela norma culta neste contexto.
2. A palavra onde no quarto parágrafo deveria ser substituída por aonde, de acordo com a norma culta.
3. Na construção “Deterioração das regiões metropolitanas, baixa escolaridade, desemprego acentuado entre os jovens, são as linhas dessa quadra de exclusão.” (retirada do texto), a vírgula antes do verbo ser está separando sujeito do predicado.
Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.
Texto 3
Carta aberta a Rebeca Andrade
Quando você sobe ao pódio, mais do que medalhas,
vejo a representação de um futuro mais igualitário
Prezada Rebeca,
O espírito olímpico é a personificação da superação e
da união, um ícone da esperança que transcende fronteiras e celebra a capacidade humana de vencer desafios. As Olimpíadas não são apenas uma competição
esportiva; elas são como um altar, capazes de definir
conceitos para a humanidade. Sua presença em Paris,
querida Rebeca, é o testemunho vivo desse espírito
transformador. Quero dizer-lhe porquê.
A icônica imagem —que o futuro sempre celebrará—
em que você recebe homenagens de suas colegas
ginastas americanas é tão poderosa quanto aquelas
das vitórias de Jesse Owens nos Jogos Olímpicos de
1936 em Berlim. Assim como Owens quebrou barreiras raciais e desafiou o regime opressor de Hitler e da
Alemanha nazista, também você está escrevendo uma
nova página na história.
Um pódio da ginástica olímpica composto apenas por
mulheres negras seria por si só um feito. Mas o gesto
dessas ginastas, vindas do Norte, reverenciando você,
uma mulher do Sul, é um símbolo de transformação
na humanidade.
Desde o primeiro salto até a aterrissagem perfeita, você não apenas desafiou as leis da física, mas também quebrou barreiras sociais e culturais. Cada movimento seu foi testemunho da força e da resiliência humanas e uma ode à perseverança e ao talento. Seu pódio, engrandecido pela simultânea vênia das americanas, não é só um cumprimento, é símbolo de um ponto de virada histórico.
https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jose-manueldiogo/2024/08/carta-aberta-a-rebeca-andrade.shtml
Folha de S. Paulo, 07/08/2024, José Manuel Diogo
Leia o texto para responder à questão.
Guterres alerta que o planeta está "à beira do abismo"
“.... Os países devem avaliar cerca de 19 resoluções que cobrem desafios...”
É correto afirmar que a palavra destacada
Guerra que a Rússia é acusada de usar na Ucrânia
A respeito do texto, julgue o item seguinte.
Na linha 11, o pronome possessivo “Seu” refere‑se
às acusações.
Guerra que a Rússia é acusada de usar na Ucrânia
A respeito do texto, julgue o item seguinte.
Na linha 9, o pronome pessoal “as” refere‑se
ao Kremlin.
ferramenta criativa para construção de moléculas
A respeito do texto, julgue o item a seguir.
No título, o vocábulo “que” é um pronome que atua
como sujeito.
Leia a charge a seguir para responder à questão.
Fonte: Quino. Malfada. Disponível em: https://www.instagram.com/p/C6B1HyOu1rk/. Acesso em: 30 jul. 2024.
A respeito da análise linguística da charge, é CORRETO afirmar que:
Leia atentamente o texto I para responder a questão.
Texto I - MEMÓRIA: ESQUECER PARA LEMBRAR
Nossas cabeças estão cada vez mais cheias. Ao mesmo tempo, esquecemos cada vez mais coisas. A explicação disso acaba de ser descoberta – e é surpreendente
Por Bruno Garattoni e Gisela Blanco
Atualizado em 31 mar. 2017, 11h56 - Publicado em 5 fev. 2011, 22h00
Você conhece uma pessoa e logo depois esquece o nome dela? Nunca sabe onde largou as chaves de casa, a carteira, os óculos? Vai ao supermercado e sempre deixa de comprar alguma coisa porque não se lembra? E de vez em quando, bem no meio de uma conversa, para e se pergunta sobre o que é que estava falando mesmo? Você não é o único. Bem-vindo ao mundo moderno. Devem existir uns 6 bilhões de pessoas com o mesmo problema. No meio de tudo o que escolhemos e temos para fazer é difícil se lembrar de alguma coisa. Isso você já sabe. O que você não sabe é que a sua memória tem uma capacidade incrível, muito maior do que jamais imaginou. E a chave para dominá-la não é tentar se lembrar de cada vez mais coisas: é aprender a esquecer.
[...] Por que esquecemos quando queremos lembrar? A resposta acaba de ser descoberta, e vai contra tudo o que sempre se pensou sobre memória. A ciência sempre acreditou que uma memória puxa a outra, ou seja, lembrar-se de uma coisa ajuda a recordar outras. Em muitos casos, isso é verdade (é por isso que, quando você se lembra de uma palavra que aprendeu na aula de inglês, por exemplo, logo em seguida outras palavras vêm à cabeça. Mas um estudo revolucionário, que foi publicado por cientistas ingleses e está causando polêmica entre os especialistas, descobriu o oposto. Quando você se lembra de algo, isso pode gerar uma consequência negativa – enfraquecer as outras memórias armazenadas no cérebro. “O enfraquecimento acontece porque se lembrar de uma coisa é como reaprendê-la”, explica o psicólogo James Stone, da Universidade de Sheffield. Vamos explicar.
As memórias são formadas por conexões temporárias, ou permanentes, entre os neurônios. Suponha que você pegue um papelzinho onde está escrito um endereço de rua. O seu cérebro usa um grupo de neurônios para processar essa informação. Para memorizá-la, fortalece as ligações entre eles – e aí, quando você quiser se lembrar do endereço, ativa esses mesmos neurônios. Beleza. Só que nesse processo parte do cérebro age como se tal informação (o endereço de rua) fosse uma coisa inteiramente nova, que deve ser aprendida. E esse pseudoaprendizado acaba alterando, ainda que só um pouquinho, as conexões entre os neurônios. Isso interfere com outros grupos de neurônios, que guardavam outras memórias, e chegamos ao resultado: ao se lembrar de uma coisa, você esquece outras. [...]
“Esquecer faz parte de uma memória saudável”, afirma o neurocientista Ivan Izquierdo, diretor do centro de memória da PUC-RS e autor do livro A Arte de Esquecer. Até 99% das informações que vão para a memória somem alguns segundos ou minutos depois. Isso é um mecanismo de limpeza que ajuda a otimizar o trabalho do cérebro. Se tudo ficasse na cabeça para sempre, ele viraria um depósito de entulho. Isso nos tornaria incapazes de focar em qualquer coisa e atrapalharia bastante o dia-a-dia. Afinal, para que saber onde você estacionou o carro na semana passada? O importante é se lembrar de onde o deixou hoje de manhã. O esquecimento também é um trunfo da evolução. Imagine se as mulheres pudessem se lembrar exatamente, nos mínimos e mais arrepiantes detalhes, a dor que sentiram durante o parto? Provavelmente não teriam outros filhos. Aliás, recordar-se de tudo pode ter efeitos psicológicos graves. É o caso da americana Jill Price, de 44 anos [...]. Ela sabe tudo o que aconteceu, comeu e fez em cada dia dos últimos 29 anos. Por causa disso, tem problemas psiquiátricos e sofre para levar uma vida normal. “Imagine se você conseguisse se lembrar de todos os erros que já cometeu”, explica. Seria horrível. [...]
GAROTTINI, Bruno; BLANCO, Gisele, Memória: esquecer para lembrar. 31 mar. 2017. Disponível em: https://super.abril.com.br/ciencia/memoria-esquecer-para-Memória:
lembrar. Acesso em: 15 jul. 2024. Adaptado.
No tocante aos aspectos estruturais e semânticos do texto, considere as assertivas que se seguem.
I- O substantivo Beleza (terceiro parágrafo), no terceiro parágrafo, instaura um registro de linguagem impróprio ao propósito comunicativo da reportagem.
II- No texto, as expressões E ai e Beleza (terceiro parágrafo) são expressões do registro informal da linguagem e são empregadas para deixar o texto mais atraente para o seu público-alvo.
III- O pronome demonstrativo Isso (em todo texto) não tem participação na sequenciação textual.
IV- A expressão dia-a-dia (quarto parágrafo) não está escrita corretamente.
É CORRETO o que se afirma apenas em:
LOBATO, Isabela. Fóssil sugere que humanos habitam a América há mais tempo do que se sabia. Disponível em: https://super.abril.com.br/ciencia/fossil
sugere-que-humanos-habitam-a-america-ha-mais-tempo-do-que-se-sabia/. Acesso em 22 de julho de 2024 [com supressões].
I. O pronome „se‟, enclítico à forma verbal „espalhou‟, deveria vir em próclise;
II. A vírgula após o vocábulo „anos‟ está incorretamente empregada;
III. O vocábulo „a‟, antes de „Austrália‟, deveria ter recebido o acento grave.
Marque a opção CORRETA: