Questões de Concurso
Sobre morfologia - pronomes em português
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O instrutor não ____ deu as instruções precisas; apenas ____ segurou as mãos, desejando-____ boa sorte.
"Quando um deles disse que estava ali sem querer, que estava interno compulsoriamente, outros se encorajaram...”
Sobre as palavras destacadas, assinale a alternativa FALSA.
( ) Em “deu por mim”, há próclise, pois o pronome pessoal oblíquo tônico está após o verbo.
( ) Em “me pegaram”, a posição do pronome é proclítica.
( ) Em “me botaram”, há mesóclise, pois o pronome pessoal oblíquo átono aparece no meio da oração.
( ) Em “me botaram”, a posição do pronome pessoal oblíquo átono está conforme as regras da ênclise.
Referindo-se à devida colocação pronominal, coloque (V) verdadeiro ou (F) falso e marque a alternativa correta.
( ) A ênclise é a regra geral da Língua Portuguesa, isto é, se não houver situação determinante da próclise ou da mesóclise, usamos sempre o pronome depois do verbo.
( ) A ênclise é obrigatória no início das orações e após sinal de pontuação indicativo de pausa: a oração não pode ser iniciada com pronome oblíquo (me, lhe, te, etc), nem mesmo pode ele ser colocado antes do verbo, imediatamente, depois de sinal de pontuação que demanda pausa na leitura (vírgula, ponto e vírgula, dois-pontos, etc). Exemplos: Aplicaram-lhe a punição merecida; Na noite passada, ouvi-o andar pela casa.
( ) Quanto à mesóclise, ela está em franco desuso em nosso idioma. Não obstante, a norma padrão exige-a em dois casos, desde que não se trate de próclise obrigatória conforme os critérios: a) Verbos no futuro do presente do indicativo, o pronome deve estar mesoclítico (Ver-nos-emos amanhã); b) Verbos no futuro do pretérito do indicativo (Gostei deste carro, comprá-lo-ia se pudesse).
( ) A próclise (anteposição do pronome átono em relação ao verbo), devemos usá-la também, depois de palavras negativas. Exemplos: Não se engane; nunca me vire as costas.
Analise a frase abaixo:
“Eu amo o Lucas e a Maria”.
Assinale a alternativa que substitui corretamente os substantivos sublinhados pelo pronome átono correspondente.
Assinalar a alternativa em que o “que” sublinhado é utilizado como um pronome relativo.
I. Nas linhas 08-09, em “só o faço”, a palavra “o” é pronome pessoal e tem como referente a expressão “discurso verbal” na linha 09.
II. Na linha 16, em “a maioria delas”, “delas” tem como referente a palavra “convicções”, também na linha 16.
III. Na linha 29, o pronome pessoal “as” em “garimpando-as” tem como referente a palavra “qualidades” na mesma linha.
Quais estão corretas?
(Disponível em: www.gauchazh.clicrbs.com.br/donna/colunistas/claudia-tajes/ – texto adaptado especialmente
para esta prova).
(Disponível em: www.gauchazh.clicrbs.com.br/colunistas/carpinejar/noticia/2024/04/nem-sempre-e-amorclv6pwbnc01yh013wgm0eniiq.html – texto adaptado especialmente para esta prova).
O texto seguinte servirá de base para responder à questão.
Pellets de hidrogel removem água do biodiesel
No início dos anos 2010, pesquisadores da Faculdade de Engenharia Química da Universidade Estadual de Campinas (FEQ-Unicamp) perceberam que, como a proporção de biodiesel misturada ao diesel de origem fóssil iria crescer, seria exigida a adoção de tecnologias para controle do teor de água no combustível, já que o biodiesel tem grande afinidade com a água. Naquela época, a mistura era de 5% de biodiesel e o aumento gradual nos anos seguintes dessa proporção era previsto pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE). O diesel tradicional é usado como combustível em caminhões, ônibus e alguns automóveis. Ocorre que, para os motores funcionarem a contento com a mistura de diesel e biodiesel, seria necessário remover a água presente no biocombustível, fabricado no Brasil principalmente a partir de soja ou gordura animal. Altos teores de água, entre outros problemas, podem causar corrosão em tanques e tubulações, além do entupimento de bicos de injeção, ocasionando problemas nos veículos.
"O primeiro passo foi entender a afinidade de cada um dos combustíveis com a água", conta o engenheiro químico Leonardo Fregolente, um dos membros da equipe e desde 2017 professor da FEQ-Unicamp. Um dos trabalhos iniciais do grupo, composto também pelas pesquisadoras Maria Regina Wolf Maciel e Patrícia Fregolente, foi publicado em 2012 na Journal of Chemical and Engineering Data . O estudo mostrou que o biodiesel tem capacidade de carregar de 1.500 a 1.980 miligramas (mg) de água por quilograma (kg) de combustível, cerca de 10 a 15 vezes mais do que o diesel fóssil, dependendo da sua temperatura − quanto mais quente, maior a absorção. Além disso, o biodiesel tem alta capacidade de absorver umidade do ar, 6,5 vezes mais do que o diesel.
Segundo o trabalho divulgado na Journal of Chemical and Engineering Data , em 10 dias o combustível fica saturado com a água que tira do ar. No entanto, se durante o processo ou depois a temperatura cair, a capacidade de reter a água diminuirá e parte dela se separará do combustível, acumulando-se no fundo de tanques e outros equipamentos.
No início de junho deste ano, o professor Fregolente não escondeu a satisfação ao mostrar à Revista Pesquisa FAPESP o resultado de mais de uma década de trabalho: tubinhos ou pellets transparentes vazados, com cerca de 5 milímetros (mm) de comprimento, mergulhados em um líquido, um tipo de biodiesel. Tecnicamente conhecidos como recheios, os tubinhos de hidrogel podem ser feitos com um polímero sintético, a poliacrilamida, pertencente a um grupo de compostos químicos que têm como característica a capacidade de atrair as moléculas de água.
Em laboratório, o material passou por uma reação química chamada hidrólise: foi tratado com hidróxido de sódio (NaOH), também conhecido como soda cáustica, e sua capacidade de absorver água livre aumentou quase 27 vezes — de 37 gramas (g) de água para cada g de hidrogel para 987 g de água —, como detalhado em artigo de 2023 na Chemical Engineering Science.
Os recheios de hidrogel poderiam em princípio ser usados para reduzir a umidade durante a produção, no transporte, nos postos de combustível ou diretamente nos tanques dos veículos. "Controlando o teor de água, é possível manter a qualidade da mistura do biodiesel com o diesel por mais tempo", diz Fregolente, acrescentando que o material pode ser utilizado várias vezes.
A engenheira química Letícia Arthus, que trabalha com o pesquisador, explica que o tipo de hidrogel que conseguem fazer pode ser modulado dependendo da aplicação e da necessidade de remoção de água. "A acrilamida, principal matéria-prima do hidrogel de poliacrilamida, custa R$ 5 por kg, e 1 g de hidrogel absorve até 35 g de água", diz ela. "Se o hidrogel for produzido a partir do acrilato de sódio, que custa em torno de R$ 400 por kg, sua capacidade de reter água sobe para quase 1 kg de água por grama de hidrogel." Estudos de custos da inovação, que chegou ao estágio de protótipo, estão em andamento e serão importantes para revelar o impacto de sua adoção sobre o custo final do combustível. O grupo já solicitou o registro de cinco patentes.
Retirado e adaptado de: FLORESTI, Felipe.;
FIORAVANTI, Carlos. Pellets de hidrogel removem água
do biodiesel. Revista Pesquisa FAPESP. Disponível em:
https://revistapesquisa.fapesp.br/pellets-de-hidrogel-remo
vem-agua-do-biodiesel/ Acesso em: 09 jul., 2024.