Questões de Português - Morfologia - Verbos para Concurso

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Q3031198 Português
As formas nominais de um verbo são três: infinitivo, particípio e gerúndio. Assinale a alternativa que apresenta um verbo no gerúndio:
Alternativas
Q3031039 Português
Veja a importância da leitura para a saúde mental e neurológica

   Com frequência, ouve-se dizer que a leitura é fundamental para uma boa educação, o que é algo inegável. Livros acadêmicos, religiosos, contos, poesias, romances e, até mesmo, aqueles pertencentes à cultura pop oferecem ao leitor um conhecimento amplo e diversificado sobre diversos assuntos, bem como uma melhoria no vocabulário.
    Contudo, um tema que também deveria ser mais debatido é sobre a importância da leitura para a saúde mental e neurológica. Isso porque ela trabalha diferentes regiões do cérebro, que vão desde a área visual até a de processamento e memorização. Por isso, oferece diversos benefícios a curto e longo prazo. Segundo o Dr. Lucas Pizetta de Amorim, psiquiatra da Clínica Revitalis, o hábito de ler aprimora o foco, a concentração e a atenção aos detalhes.
   A longo prazo, por sua vez, a atividade promove o retardo do declínio cognitivo. “Estudos indicam que pessoas que leem regularmente têm um risco menor de desenvolver doenças neurodegenerativas como a demência e o Alzheimer”, acrescenta.
   Além disso, a Dra. Priscila Mageste, médica do sono e curadora de Neurologia na Conexa – ecossistema digital de saúde integral –, revela que, a longo prazo, o hábito de ler beneficia a neuroplasticidade (capacidade cerebral de aprender e se reprogramar), o que leva a melhoras no aprendizado e na interpretação.
   Assim como a saúde neurológica, o bem-estar da mente também é beneficiado pela leitura. Andrea Deis, gestora empresarial e especialista em Neurociências, comenta que a atividade ajuda a reduzir a ansiedade e o estresse, bem como aprimorar as habilidades interpessoais.
    Além disso, esse hábito influencia o comportamento empático. “A leitura nos permite vivenciar diferentes perspectivas e experiências por meio das histórias. Isso pode aumentar nossa empatia e capacidade de compreender emocionalmente o outro”, explica Carolina Porfírio, psicóloga e coordenadora de Saúde Mental na Conexa.
    Para obter os benefícios da leitura, não basta apenas ler uma página de livro por dia, é preciso regularidade. De acordo com Marta Siqueira, psicanalista e psicoterapeuta, o período mínimo indicado de leitura é de quatro horas semanais, podendo ser dividido em sessões diárias de 30 a 60 minutos.
    A profissional também ressalta que, caso precise ler por muito tempo em um determinado dia, o indicado é realizar intervalos de 15 a 20 minutos a cada uma hora. Isso porque o cérebro só consegue se manter concentrado em qualquer atividade por um período de até 90 minutos seguidos. Após isso, ele fica sobrecarregado e a concentração começa a cair.
   Além de estipular um tempo para a leitura, também é preciso encontrar espaços e momentos adequados para a prática. Marta Siqueira comenta que o recomendado é um ambiente iluminado e silencioso. Em relação aos períodos, a profissional sugere os intervalos durante o dia, de manhã e antes de dormir. “Ler antes de dormir pode ajudar a relaxar e melhorar a qualidade do sono. Ler pela manhã pode ser uma ótima maneira de começar o dia com uma mente fresca”, complementa. 
   Adquirir o hábito de ler diariamente requer um pouco de tempo e técnicas certas. Segundo a especialista em Neurociências Andrea Deis, começar com leituras leves e com temas que te interessam, bem como participar de clubes do livro e utilizar aplicativos digitais para ler, são táticas que podem te ajudar nessa empreitada.
   Outra dica é variar o gênero e os autores lidos. “Explore diferentes tipos de livros. Se você não está gostando de um livro, não hesite em abandoná-lo. A diversidade de leituras mantém o hábito interessante e estimulante”, pontua a psicóloga Carolina Porfírio.
   Muitas pessoas que não apresentam o costume de ler já podem ter sido leitoras assíduas um dia. Contudo, esse hábito saudável pode ter sido deixado de lado. A psicoterapeuta Marta Siqueira explica que isso ocorre devido a três fatores principais: falta de propósito, o indivíduo não entende o que a leitura acrescentará em sua vida; falta de tempo, compromissos diários podem reduzir o tempo disponível para leitura; distrações digitais, uso excessivo das redes sociais.
  Portanto, para reverter essa situação, a profissional recomenda estabelecer um propósito inabalável, estimular-se com pequenas recompensas, reduzir o tempo nas redes sociais e colocar a leitura na agenda.
(Disponível em: https://jovempan.com.br/edicase/ Acesso em: julho de 2024.)
Analise o verbo aplicado no título do texto – “Veja a importância da leitura para a saúde mental e neurológica” – e assinale a alternativa correta.
Alternativas
Q3030967 Português
Caixa de sapato

     “Preciso de um tempo.” Foi o que ela disse...Ou melhor, foi o que ela quis dizer.
     Nas entrelinhas do que escreveu, estava lá: me dê um tempo. Motivo, ou desculpa, também havia. Não chamaria de motivo bobo; pelo contrário, era um motivo que eu respeitava, assim como respeitaria qualquer decisão dela.
    O problema é que eu estava cego... Cego de amor. Confesso que mesmo que parecesse tão claro o que aconteceria em seguida, ainda me restou uma dúvida, uma esperança. Foi como se ela me jogasse de um precipício, mas segurasse uma de minhas mãos enquanto eu estava pendurado; e a esperança de que ela me desse sua outra mão, e me puxasse de volta, não passou de uma ilusão. Eu caí.
     Talvez o problema tenha sido eu, mas não me arrependo de nada que fiz.
    A todo momento fui sincero sobre o que sentia; mas talvez ela devesse ter dito a verdade logo de uma vez: foi lindo o que aconteceu com a gente, mas não dá mais. Me pouparia do sofrimento e a pouparia de usar uma desculpa.
   “Eu te amo”, ela disse. Mas um amor como ela descrevia não se acabaria em dias, em semanas. Pensava comigo mesmo: “talvez eu não fosse bom pra ela”, mas esse não é o ponto. Tudo o que fiz foi tratá-la com respeito, com afeto, com amor; mas parece que, pra ela, eu fui só mais um.
    Ela precisava de um tempo, e eu dei esse tempo, mesmo eu não querendo isso. Mas foi o melhor a se fazer.
    De que adiantaria tê-la ao meu lado, se o que, ou quem, ela queria não estava ali? Eu mesmo respondo: nada.
    Eu apenas estaria me enganando.
   “Nunca vou esquecer o que aconteceu com a gente, o nosso amor”; não, farei o possível para esquecer, porque, por mais lindo que tenha sido, aquela gota de esperança que ela deixou pingar sobre mim, me machucou ainda mais hoje.
   Guardei os bons momentos em uma caixa, e essa caixa... Bem, essa caixa sempre estará ali, quando quiser me lembrar de tudo; mas, como uma caixa de sapato, que guardamos no fundo de um armário, e esquecemos lá, espero que o mesmo aconteça com essas lembranças.
    O amor? Não o culpo, mas quero esquecer. Não por raiva, não por ódio a ele, mas por mim, pra que eu possa me sentir bem. Apesar de o amor ser aquilo que nos mantêm vivos, eu não estaria vivo por dentro mesmo que eu quisesse. Eu a amei incondicionalmente, com todas as minhas verdades, mas se não era o suficiente: paciência.
    Quem sabe, um dia, encontrar alguém para quem o que eu tenho a oferecer realmente valha a pena, alguém que me ame da mesma forma. Até lá desejo a ela toda felicidade do mundo, e pra mim... Bom, pra mim eu desejo que cada dia mais aquelas lembranças sejam esquecidas, e que todas as palavras ditas e digitadas voem pelo ar, e se dispersem com o vento, e, além disso, felicidade plena, aguardando, não desesperadamente, mas sim que inevitavelmente ela apareça; não qualquer uma, mas aquela que Deus modelou.

(TROVA, Vitor. Pensador, Crônicas para se ler em qualquer lugar, 2022. Adaptado.)
Os trechos a seguir foram retirados do texto. Quanto ao tempo verbal, assinale o vocábulo em destaque que se DIFERENCIA dos demais.
Alternativas
Q3030826 Português
O texto seguinte servirá de base para responder à questão.


Tecnologia e emprego: uma nova escola para o jovem do futuro

A digitalização permeia todos os setores produtivos, amplia a automação, substitui atividades repetitivas ou de baixa complexidade

O envelhecimento da população, a flexibilização das relações de trabalho e as mudanças climáticas são discussões atuais que impactam o futuro da população brasileira e devem ser debatidas pelo governo, formadores de opinião e, claro, nossos jovens que ainda estão no ensino médio. Estes últimos, iniciam a trajetória produtiva daqui a alguns anos e sofrerão o impacto da crescente digitalização da economia.

Essas tendências estão no estudo "Futuro do Mundo do Trabalho para as Juventudes Brasileiras" − realizado em parceria entre Fundação Telefônica Vivo, Itaú Educação e Trabalho, Fundação Roberto Marinho, Fundação Arymax e GOYN SP, e liderado pelo Instituto Cíclica com o Instituto Veredas.

A digitalização permeia todos os setores produtivos, amplia a automação, substitui atividades repetitivas ou de baixa complexidade e atinge em cheio o mercado de trabalho, impactando a atuação humana. Segundo o Relatório sobre o Futuro dos Empregos 2023, do Fórum Econômico Mundial, até 2027, 83 milhões de empregos podem ser substituídos, enquanto 69 milhões novos postos podem surgir a partir de oportunidades e necessidades geradas por esses novos cenários, especialmente as associadas à tecnologia. O estudo estima ainda que a oferta de vagas como de cientistas de dados, especialistas em Big Data, Inteligência Artificial e segurança cibernética cresça em média 30% até 2027.

Nesse contexto tão incerto quanto vasto em possibilidades é que se torna eminente a necessidade de desenvolver competências e habilidades tecnológicas, fundamentais para a inserção produtiva dos nossos jovens desde o início da fase escolar. A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) já traz, a cultura digital como competência geral em todas as etapas, da educação básica e prevê a inserção da computação para todos, os estudantes. Investir em letramento digital é essencial para garantir a real compreensão das potencialidades das tecnologias e de como aplicá-las de maneira crítica para o trabalho e para o pleno exercício da cidadania.

Quase todos (98%) os jovens que estão hoje no Ensino Médio das redes públicas querem uma escola diferente, que os prepare para o mercado de trabalho, como mapeou a "Pesquisa de opinião com estudantes do Ensino Médio", encomendada pelo Todos Pela Educação em parceria com a Fundação Telefônica Vivo, o Instituto Natura e o Instituto Sonho Grande, realizada pelo Datafolha no ano passado. . Mas, para isso, precisam receber apoio e orientação para fazer as melhores escolhas profissionais.

Falta cursos de qualificação profissional e técnica adequados para o acesso dos diferentes perfis de jovens brasileiros; os currículos dos cursos existentes são muitas vezes dessintonizados das vagas existentes no mercado; há falta de professores nessas áreas na escala que o Brasil precisaria; e, muitas empresas ainda têm barreiras de entrada para egressos de cursos técnicos.

Os setores produtivos precisarão de profissionais com perfis tech, especialmente os das novas economias verde, criativa, digital e prateada (com foco na população 50+). O futuro está logo ali e garantir que as nossas diferentes juventudes estejam com as ferramentas adequadas é dever de governos, iniciativa privada e sociedade em geral. O jovem que tiver a chance de expandir seus conhecimentos sobre tecnologia será um cidadão mais apto a viver e trabalhar em um mundo que evolui rapidamente.


(https://www.terra.com.br/noticias/educacao/opiniao/lia-glaz/tecnologiae-emprego-uma-nova-escola-para-o-jovem-do-futuro adaptado)
Em "...já traz a cultura digital como competência geral em todas as etapas da educação básica e prevê a inserção da computação para todos os estudantes", a forma verbal "prevê" é acentuada, assim como os verbos da alternativa abaixo, EXCETO: 
Alternativas
Q3030554 Português

TEXTO II


RAPIDINHO


    Todos nos beneficiamos e nos orgulhamos das conquistas da vida moderna, especialmente da crescente velocidade com que fazemos as coisas acontecerem. Mudanças que antigamente levavam séculos para se efetivarem, agora podem ser realizadas em poucas semanas, ou até em poucos dias.

    Nas sociedades tradicionais, as normas de conduta, as leis tinham uma extraordinária capacidade de perdurar. Tudo se modificava, mas sempre muito devagar. Também na utilização dos meios de transporte, o tempo transcorria com lentidão. A partir da metade do século XIX, foram sendo adotados meios de locomoção mais velozes. Na utilização dos meios de comunicação, o que existia foi substituído pelas maravilhas da eletrônica contemporânea. Não somos bobos, tratamos de aproveitar as possibilidades criadas por todos os novos recursos tecnológicos. Para que perder tempo, se podemos fazer depressa o que nossos antepassados só conseguiam fazer devagar, por que não haveríamos de acelerar nossas ações?

    Um dos expoentes do espírito pragmático da modernidade, o americano Benjamin Franklin, já ensinava no século XIII: “Tempo é dinheiro”. E explicava: se você desperdiça a possibilidade de ganhar uma moeda, não está perdendo apenas a moeda que deixou de ganhar, mas de fato está se privando das muitas pilhas de moedas que poderia adquirir por meio de bons e oportunos investimentos. Foi para assimilar a lição de Franklin que passamos a necessitar de relógios cada vez mais precisos e aperfeiçoados. Devemos medir rigorosamente o tempo para poder aproveitá-lo com rigor.

    Dedicamo-nos, então, a uma frenética corrida contra os ponteiros do relógio. Para sermos eficientes, competitivos, apressamos cada vez mais nossos movimentos. Saímos de casa correndo para o trabalho, somos cobrados para dar conta correndo de nossas tarefas e — habituados à corrida — alimentamo-nos às pressas, para depois voltarmos, correndo para casa. Sabemos que, na nossa sociedade, os mais rápidos são os vitoriosos. 

    Impõem-se, contudo, algumas perguntas: nas condições em que somos obrigados a viver, não estaremos pagando um preço altíssimo, mesmo se formos bons corredores e nos mostrarmos aptos para vencer? Uma reflexão condenada a desenvolver-se num exíguo prazo predeterminado não será, inevitavelmente, superficial? O pensamento que se formula rapidinho não tende a ser sempre meio oco?


(KONDER,Leandro,in O Globo,29 set.1996. Apud:A palavra: expressão e criatividade. Gil Carlos Pereira. São Paulo: Moderna. 1997. P. 47. Texto adaptado.).

Considere o fragmento: “...por que não haveríamos de acelerar nossas ações?” . Marque a alternativa que apresenta o tempo e o modo verbal nos quais o verbo “haveríamos” está flexionado:
Alternativas
Respostas
101: D
102: B
103: C
104: B
105: B