Questões de Português - Morfologia - Verbos para Concurso
Foram encontradas 11.861 questões
Leia o texto abaixo e responda às questões 1, 2, 3 e 4.
TEXTO I
Minha Pátria éminha língua, Mangueira meu grande amor
(Samba-Enredo 2007)
Quem sou eu
Tenho a mais bela maneira de expressar
Sou Mangueira ...uma poesia singular
Fui ao Lácio e nos meus versos canto à última flor
Que espalhou por vários continentes
Um manancial de amor
Caravelas ao mar partiram
Por destino encontraram Brasil...
Nos trazendo a maior riqueza
A nossa língua portuguesa
Se misturou com o tupi,
tupinambrasileirou
Mais tarde o canto do
negro ecoou
E assim a língua se modificou
Eu vou dos versos de Camões
As folhas secas caídas de Mangueira
É chama eterna, dom da criação
Que fala ao pulsar do coração
Cantando eu vou
Do Oiapoque ao Chuí ouvir
A minha pátria é minha língua
Idolatrada obra-prima te faço imortal
Que enriqueceram a tua história
Ó meu Brasil...
Dos filhos deste solo és mãe gentil
Hoje a herança portuguesa nos conduz
À Estação da Luz!
Vem no vira da Mangueira vem sambar
Meu idioma tem o dom de transformar
Faz do Palácio do Samba uma casa portuguesa
É uma casa portuguesa com certeza
Pode-se afirmar que a terminação do termo "tupinambrasileirou" insere-o na classe dos
Texto para as questões de 1 a 8
1 Imagino o artista num anfiteatro
Onde o tempo é a grande estrela
Vejo o tempo obrar a sua arte
4 Tendo o mesmo artista como tela
Modelando o artista ao seu feitio
O tempo, com seu lápis impreciso
7 Põe-lhe rugas ao redor da boca
Como contrapesos de um sorriso
Já vestindo a pele do artista
10 O tempo arrebata-lhe a garganta
O velho cantor subindo ao palco
Apenas abre a voz, e o tempo canta
13 Dança o tempo sem cessar, montando
O dorso de exausto bailarino
Trêmulo, o ator recita um drama
16 Que ainda está por ser escrito
No anfiteatro, sob o céu de estrelas
Um concerto eu imagino
19 Onde, num relance, o tempo alcance a glória
E o artista, o infinito.
Chico Buarque de Holanda. Paratodos.
SONOPRESS, BMG, Ariola Discos Ltda.
Assinale a opção em que o verbo arrebatar apresenta o mesmo sentido que ocorre em "O tempo arrebata-lhe a garganta" (v.10).
QUINOA
Na região dos Andes, local onde surgiu há milhares de anos, é chamado de quinua. Aqui, esse grão, dotado de muitas características benéficas à saúde humana, ganhou popularidade com o nome de quinoa. A planta foi introduzida no país na década de 1990, mas só recentemente tornou-se mais conhecido entre os brasileiros.
Espécie de granífera, a quinoa (Chenopodium quinoa) pertece à mesma família do espinafre e da beterraba, a Chenopodiacea. Por muito tempo, seu cultivo ficou restrito à agricultura de subsistência. Porém, com as descobertas de suas inúmeras propriedades nutricionais, o alimento indígena ganhou visibilidade. Fácil de plantar e com o apelo de produto saudável, essa cultura nova no cenário nacional pode se tornar uma alternativa rentável para o agricultor.
Rica em proteína, a quinoa tem boa distribuição de aminoácidos essenciais, que se assemelham à caseína – fração protéica do leite –, podendo, assim, incrementar a composição de mingaus para crianças. O cereal ainda adequa-se muito bem à dieta de pessoas interessadas em alimentos com alto valor nutritivo e baixo colesterol. Inclusive é indicado para pacientes celíacos – pessoas que são alérgicas ao glúten.
Semelhante ao espinafre, quando pequena, e ao sorgo, no período de maturação, a planta é anual, mas com ciclo variável. Tolerante à seca, à acidez do solo e a baixas temperaturas, seu crescimento acelera-se após os primeiros 30 dias de plantio, podendo chegar a dois metros de altura. Entre verde e rósea no início, a coloração passa para o amarelo na inflorescência. O plantio vai bem em locais com temperaturas elevadas.
O produto colhido são pequenas sementes achatadas e sem dormência. Elas são boas fontes de vitamina B e E, e possuem amido, além de conter alta dose de ferro – o dobro da encontrada na cevada e no trigo, e três vezes mais do que no arroz.
A quinoa vai bem cozida, em saladas, sopas e molhos. Derivada do grão, a farinha pode ser usada na alimentação infantil e como ingrediente para pudins, pães, panquecas, biscoitos e até bebidas. Os botões florais, parecidos com brócolis, podem ser consumidos cozidos.
As folhas também são comestíveis, mas sempre misturadas com outras plantas ou em cozidos, para diluir a quantidade de nitrato, prejudicial ao organismo quando em alta dosagem. Para os animais, as folhas da quinoa são muito boas para compor a dieta com forragens, pois carregam bastante proteína, fibras, minerais e vitaminas.
(Texto: João Mathias. Consultor: Wellington Pereira de Carvalho/ Revista Globo Rural, Setembro / 2007)
Em todas as frases abaixo, transcritas do texto, as formas verbais destacadas estão flexionadas no mesmo tempo, EXCETO em:
Associe as colunas de acordo com a voz em que se encontra o verbo e indique a resposta certa:
I. Voz ativa ( ) Muitas pessoas foram envolvidas no episódio.
II. Voz passiva analítica ( ) De súbito, ela arrependeu-se de sua conduta.
III. Voz passiva sintética ( ) Neste local consertam-se sapatos.
IV. Voz reflexiva ( ) O professor chegou cedo hoje.
( ) Quando chegamos, os problemas já estavam resolvidos.
( ) O garoto feriu-se com a faca.
Leia o texto a seguir e responda às questões de nº 01 a 10.
Língua PORTUGUESA: MODO DE USAR
Há muito tempo me fascina a língua portuguesa falada e es-
crita nos hospitais, por médicos, enfermeiros, pacientes, ajudan-
tes diversos, visitas. Em 2006, publiquei um artigo sobre as bulas,
onde dizia: "As bulas de remédios são inúteis para os consumido-
5 res. Além de trazerem informações desnecessárias e assustado-
ras; vêm carregadas de advertências· confusas, que podem aba-
lar a confiança que os clientes têm nos médicos. O objetivo é for-
necer argumentos aos advogados dos laboratórios' em eventuais
ações judiciais. Os consumidores que se danem". E acrescenta-
10 va, então, que "a bula deveria prestar informações indispensáveis
aos consumidores. Mas não o faz com eficiência. A primeira difi-
culdade é o tamanho das letras. Quem lê as bulas? Quase sem-
pre pessoas mais velhas. Ou porque tomam aqueles remédios ou
porque vão administrá-los a quem, mesmo sabendo ler, não en-
15 tenderia o que ali vai escrito. Os laboratórios não pensaram nisso
ao escolher letras tão pequeninas; Ou pensaram e quiseram eco-
nomizar papel. Seus consltores diriam "otimizar recursos".
Pois agora a Agência Nacional de Saúde (Anvisa) definiu um
novo modelo para as bulas. A resolução prescreve que deverão
20 ser impressas em letras Times New Roman, corpo 10, isto é, qua
se o dobro do atualmente usado. E terão um tipo de informações
para os pacientes e outra para os profissionais. Foram incluídas
também nove perguntas respondidas·, que explicam quais as indi-
cações do remédio e quais os males que ele pode causar.
25___Um remédio que tomo com frequência vem com o seguinte avi-
so: "Atenção fenilcetonúricos: contém fenilalanina".A maioria dos di-
donários comete o mesmo erro das bulas: tudo é explicado, nada é
entendido. "É uma doença devida a um defeito congênito do metabo-
lismo da fenilalanina, ou seja, digestão inadequada de um dos ele-
30 mentos da proteína do leite. Também se chama idiotia fenilpirúvica".
Assim diz a melhor explicação dos dicionáriós que consultei. Quanto
à Anvisa, está de parabéns, o que, aliás, negou a este professor e
escritor, um dos primeiros a se insurgir, na mídia, contra o descaso
que os laboratórios têm com os cidadãos que tomam remédios. Ali-
35 ás, os marqueteiros diriam clientes para os primeiros e produtos para
os segundos. Os eufemismos imperam em todo o meio. Em vez de
"este remédio pode matar" lemos "o produto pode causar óbito".
(Deonísio da Silva, Jornal do Brasil, 18 de setembro de 2009, adaptado)
"Há muito tempo me fascina a língua portuguesa falada e escrita nos hospitais..." (l.1/2) − quanto à concordância e em relação ao emprego do verbo fazer, está incorreta a frase:
Leia o texto a seguir e responda às questões de nº 01 a 10.
Língua PORTUGUESA: MODO DE USAR
Há muito tempo me fascina a língua portuguesa falada e es-
crita nos hospitais, por médicos, enfermeiros, pacientes, ajudan-
tes diversos, visitas. Em 2006, publiquei um artigo sobre as bulas,
onde dizia: "As bulas de remédios são inúteis para os consumido-
5 res. Além de trazerem informações desnecessárias e assustado-
ras; vêm carregadas de advertências· confusas, que podem aba-
lar a confiança que os clientes têm nos médicos. O objetivo é for-
necer argumentos aos advogados dos laboratórios' em eventuais
ações judiciais. Os consumidores que se danem". E acrescenta-
10 va, então, que "a bula deveria prestar informações indispensáveis
aos consumidores. Mas não o faz com eficiência. A primeira difi-
culdade é o tamanho das letras. Quem lê as bulas? Quase sem-
pre pessoas mais velhas. Ou porque tomam aqueles remédios ou
porque vão administrá-los a quem, mesmo sabendo ler, não en-
15 tenderia o que ali vai escrito. Os laboratórios não pensaram nisso
ao escolher letras tão pequeninas; Ou pensaram e quiseram eco-
nomizar papel. Seus consltores diriam "otimizar recursos".
Pois agora a Agência Nacional de Saúde (Anvisa) definiu um
novo modelo para as bulas. A resolução prescreve que deverão
20 ser impressas em letras Times New Roman, corpo 10, isto é, qua
se o dobro do atualmente usado. E terão um tipo de informações
para os pacientes e outra para os profissionais. Foram incluídas
também nove perguntas respondidas·, que explicam quais as indi-
cações do remédio e quais os males que ele pode causar.
25___Um remédio que tomo com frequência vem com o seguinte avi-
so: "Atenção fenilcetonúricos: contém fenilalanina".A maioria dos di-
donários comete o mesmo erro das bulas: tudo é explicado, nada é
entendido. "É uma doença devida a um defeito congênito do metabo-
lismo da fenilalanina, ou seja, digestão inadequada de um dos ele-
30 mentos da proteína do leite. Também se chama idiotia fenilpirúvica".
Assim diz a melhor explicação dos dicionáriós que consultei. Quanto
à Anvisa, está de parabéns, o que, aliás, negou a este professor e
escritor, um dos primeiros a se insurgir, na mídia, contra o descaso
que os laboratórios têm com os cidadãos que tomam remédios. Ali-
35 ás, os marqueteiros diriam clientes para os primeiros e produtos para
os segundos. Os eufemismos imperam em todo o meio. Em vez de
"este remédio pode matar" lemos "o produto pode causar óbito".
(Deonísio da Silva, Jornal do Brasil, 18 de setembro de 2009, adaptado)
Em "Ou porque tomam aqueles remédios... " (l. 13), substituindo- se o complemento em destaque por um pronome, obtém-se tomam-nos. Dentre as frases abaixo aquela que apresenta pronome oblíquo de terceira pessoa do plural é:
Leia o texto a seguir e responda às questões de nº 01 a 10.
Língua PORTUGUESA: MODO DE USAR
Há muito tempo me fascina a língua portuguesa falada e es-
crita nos hospitais, por médicos, enfermeiros, pacientes, ajudan-
tes diversos, visitas. Em 2006, publiquei um artigo sobre as bulas,
onde dizia: "As bulas de remédios são inúteis para os consumido-
5 res. Além de trazerem informações desnecessárias e assustado-
ras; vêm carregadas de advertências· confusas, que podem aba-
lar a confiança que os clientes têm nos médicos. O objetivo é for-
necer argumentos aos advogados dos laboratórios' em eventuais
ações judiciais. Os consumidores que se danem". E acrescenta-
10 va, então, que "a bula deveria prestar informações indispensáveis
aos consumidores. Mas não o faz com eficiência. A primeira difi-
culdade é o tamanho das letras. Quem lê as bulas? Quase sem-
pre pessoas mais velhas. Ou porque tomam aqueles remédios ou
porque vão administrá-los a quem, mesmo sabendo ler, não en-
15 tenderia o que ali vai escrito. Os laboratórios não pensaram nisso
ao escolher letras tão pequeninas; Ou pensaram e quiseram eco-
nomizar papel. Seus consltores diriam "otimizar recursos".
Pois agora a Agência Nacional de Saúde (Anvisa) definiu um
novo modelo para as bulas. A resolução prescreve que deverão
20 ser impressas em letras Times New Roman, corpo 10, isto é, qua
se o dobro do atualmente usado. E terão um tipo de informações
para os pacientes e outra para os profissionais. Foram incluídas
também nove perguntas respondidas·, que explicam quais as indi-
cações do remédio e quais os males que ele pode causar.
25___Um remédio que tomo com frequência vem com o seguinte avi-
so: "Atenção fenilcetonúricos: contém fenilalanina".A maioria dos di-
donários comete o mesmo erro das bulas: tudo é explicado, nada é
entendido. "É uma doença devida a um defeito congênito do metabo-
lismo da fenilalanina, ou seja, digestão inadequada de um dos ele-
30 mentos da proteína do leite. Também se chama idiotia fenilpirúvica".
Assim diz a melhor explicação dos dicionáriós que consultei. Quanto
à Anvisa, está de parabéns, o que, aliás, negou a este professor e
escritor, um dos primeiros a se insurgir, na mídia, contra o descaso
que os laboratórios têm com os cidadãos que tomam remédios. Ali-
35 ás, os marqueteiros diriam clientes para os primeiros e produtos para
os segundos. Os eufemismos imperam em todo o meio. Em vez de
"este remédio pode matar" lemos "o produto pode causar óbito".
(Deonísio da Silva, Jornal do Brasil, 18 de setembro de 2009, adaptado)
"...vêm carregadas de advertências confusas..." (l. 6) − O verbo vir está incorretamente flexionado na frase:.
Observe as frases:
I Tantos feriados eram, para ele, verdadeiras bênçãos.
II. Eram tantos degrais, que ele preferiu ir de elevador.
III. São muitos os cidadões que não gostam da segunda-feira.
O plural das palavras destacadas está correto, apenas, em
Assinale a alternativa em que o verbo destacado está no tempo futuro.
O texto a seguir serve de requisito para as questões 1 a 5.
Como você lidar com a frustração?
______A frustração pode ser para você um sinal para desistir ou um estímulo para continuar lutando. Vencedores são pessoas que aprenderam a fechar os ouvidos para as críticas e o desânimo, traduzindo as palavras duras para continuarem sua luta. Vencedores são pessoas que, pelo compromisso com uma visão ou uma fé, saíram de condições sub-humanas e, suportando frustração após frustração, se tomaram pessoas prósperas.
______Pode parecer contraditório, mas a chave do sucesso está na frustração maciça. Por exemplo: lembra-se de seus maiores sucessos... Reveja os caminhos que você percorreu... Perceba que antes de alcançar qualquer grande objetivo, sempre houve muitas frustrações, muitos fracassos. É você quem determina o valor final de sua experiência. Ter uma atitude visionária, além de recompensador, funciona como um antídoto para o medo do amanhã. A atitude de fé é o oposto da reação de medo.
______O medo é uma emoção necessária para defender-se de algo que ameaça a integridade física ou psicológica. Ele é indispensável para a sobrevivência, para lidar com crises e riscos. O problema é que o medo nem sempre vem de uma ameaça real. Algumas vezes brota de fantasias e crenças.
______Então, muitas das decisões que tomamos são para não ser um fracasso, não ficar sozinho, não perder a família... O não marca que a decisão era reativa, defensiva de uma ameaça que nem sempre era real. A partir do medo, desenhamos um mapa de onde não queremos chegar. Para que sua vida seja mais do que uma reação de medo você precisa fazer escolhas a partir de mapas novos. Os mapas construídos na infância não funcionam hoje. É preciso usar mapas com parâmetros de amanhã, do que você quer construir, e não com o que você não quer repetir.
______Entenda que o mapa da infância, que foi válido para chegar até aqui, não é o mesmo que pode te levar aonde você realmente deseja. A pergunta que tantos fazem e parece complicada de responder é: Como criar uma visão pessoal?
AYLMER, Roberto
Escolhas. Rio de Janeiro. Proclama Editora 2001.
Na frase: “Reveja os caminhos que você percorreu...”. O verbo “rever” de acordo com o modo verbal deve estar:
Leia o poema e responda às questões 12 a 14.
A namorada
Havia um muro alto entre nossas casas.
Difícil de mandar recado para ela.
Não havia e-mail.
O pai era uma onça.
A gente amarrava o bilhete numa pedra presa por um cordão
E pinchava a pedra no quintal da casa dela.
Se a namorada respondesse pela mesma pedra
Era uma glória!
Mas por vezes o bilhete enganchava nos galhos da goiabeira
E então era agonia.
No tempo do onça era assim.
Manoel de Barros. Tratado geral das grandezas do infinito. Rio de Janeiro, Record, 2001.
Com relação ao tempo verbal, assinale a alternativa que apresenta o verbo no pretérito imperfeito do subjuntivo.
TEXTO 1 – PARA QUE SERVE A FEBRE
Ana Lúcia Azevedo – revista O Globo, n. 123
A febre é um sinal de alerta de que algo vai mal no organismo. Mas cientistas do Roswell Park Center Institute, nos EUA, afirmam que ela é bem mais do que isso. Segundo um artigo publicado por eles na “Nature Immunology”, a temperatura corporal elevada ajuda o sistema de defesa do organismo a identificar a causa de uma infecção e combatê-la. Num estudo com camundongos, eles viram que quando há febre, o número de linfócitos (tipo de célula de defesa) dobra. A febre funcionaria como um gatilho para o corpo se proteger de infecções.
"...quando há febre, o número de linfócitos (tipo de célula de defesa) dobra"; nesse segmento o verbo dobrar equivale a:
TEXTO 1 – PARA QUE SERVE A FEBRE
Ana Lúcia Azevedo – revista O Globo, n. 123
A febre é um sinal de alerta de que algo vai mal no organismo. Mas cientistas do Roswell Park Center Institute, nos EUA, afirmam que ela é bem mais do que isso. Segundo um artigo publicado por eles na “Nature Immunology”, a temperatura corporal elevada ajuda o sistema de defesa do organismo a identificar a causa de uma infecção e combatê-la. Num estudo com camundongos, eles viram que quando há febre, o número de linfócitos (tipo de célula de defesa) dobra. A febre funcionaria como um gatilho para o corpo se proteger de infecções.
"quando há febre"; a frase abaixo que mostra uma forma ERRADA do verbo haver é:
TEXTO 1 – PARA QUE SERVE A FEBRE
Ana Lúcia Azevedo – revista O Globo, n. 123
A febre é um sinal de alerta de que algo vai mal no organismo. Mas cientistas do Roswell Park Center Institute, nos EUA, afirmam que ela é bem mais do que isso. Segundo um artigo publicado por eles na “Nature Immunology”, a temperatura corporal elevada ajuda o sistema de defesa do organismo a identificar a causa de uma infecção e combatê-la. Num estudo com camundongos, eles viram que quando há febre, o número de linfócitos (tipo de célula de defesa) dobra. A febre funcionaria como um gatilho para o corpo se proteger de infecções.
"A febre funcionaria como um gatilho para o corpo se proteger de infecções".
O emprego da forma do futuro do pretérito funcionaria indica que essa informação sobre a febre:
TEXTO:
Começaria tudo outra vez
É um choque quando muitas pessoas morrem juntas, numa mesma tragédia. Acidente de avião nos desestabiliza. Acidentes de ônibus, carro e atropelamentos têm um teor menor de impacto, mesmo que matem mais gente. Já com avião a catástrofe é cinematográfica e, portanto, está no limiar da ficção – e isso subverte totalmente o que costumamos chamar de vida real.
Junto com a dor vem a necessidade de culpar. Foi falha humana? Falha do equipamento? Governo omisso? Provavelmente um pouco de cada. Acidentes de avião acontecem na França, na Alemanha, na Áustria, por motivos vários. O que devemos seguir cobrando com rigor é a responsabilidade pelo caos que acontece todos os dias em nossos aeroportos, com atrasos e cancelamentos que não se explicam. Ou que talvez se expliquem se colocarmos o dedo onde dói. No caráter nacional.
O Brasil é ótimo em alguns aspectos – natureza, musicalidade, espírito esportivo – mas traz um gene defeituoso que atinge a nação inteira, mesmo que muitas pessoas se excluam dessa análise. “Eu não!” Você não, eu também não, e tantos outros repetirão: nós não! Mas não é momento de se excluir. Todos nós, sim.
O brasileiro, generalizando, sofre de fraqueza moral. A corrupção é um problema que atinge o mundo inteiro, mas aqui essa praga foi institucionalizada, está em todos os setores, em todas as relações. Pais e mães que presenteiam os filhos por tirarem boas notas já introduzem o vírus. Aprende-se que as coisas só funcionam diante de “acertos” prévios. Quando o Gérson fez aquela propaganda em que dizia que o importante era levar vantagem em tudo, estava traduzindo exatamente o que somos e pensamos. Foi na mosca. Doeu de tão verdadeiro. O aceno de um cheque basta para flexibilizar regulamentos e desfazer leis. Temos uma inclinação natural para o lucro a qualquer custo. Claro que há muita gente honesta, mas não em número suficiente para contrabalançar. E mesmo alguns desses honestos têm seu preço.
Eu sei: você não, sua família também não, a minha tampouco. Mas me permita colocar todos no mesmo barco, para não ser mais uma colunista a apontar os defeitos alheios como se estivesse acima do bem e do mal. Mesmo quem nunca fez nada errado já viu fazer e não denunciou, não interferiu. Ninguém é santo neste país, a não ser Frei Galvão.
Ando cansada de malhar apenas os políticos, como se eles tivessem sido criados em cativeiro, como se homens e mulheres com cargos públicos viessem de um país estranho ao nosso, como se o “eles lá” e o “nós aqui” determinassem uma natural fronteira ética. Então eles são a corja e nós somos as vítimas? Simples assim?
Perdoem-me os trabalhadores corretos e incorruptíveis, sei que são muitos, mas, ainda assim, muito poucos. A saída para o Brasil é uma mudança radical de caráter, uma reeducação avassaladora em todos os lares, em toda a sociedade. Como se faz isso? Talvez privilegiando o assunto no currículo escolar, incentivando a delação dos corruptos que agem em pequenas esferas e havendo muito mais rigor na punição. Mas se os próprios agentes punidores são os primeiros a aceitar uma cervejinha, o que nos resta? Nossa dignidade segue restrita a um blábláblá inoperante. Somos os reis da boa intenção, enquanto a gaiatice rola solta. Desculpem a total falta de esperança, mas para sermos um país decente pra valer, só sendo descobertos de novo.
(MEDEIROS, Martha. In: Revista O GLOBO ano 3- Nº 157- 29 de julho de 2007)
“... nada errado já viu fazer...” (5º§). O verbo, sublinhado nesse segmento, aparece também na frase, EXCETO:
O texto II refere-se às questões 6, 7, 8, 9 e 10.
Texto II
A difícil arte de ser feliz
Não deixe que o medo do futuro interfira em sua felicidade e desfrute os momentos presentes com novos olhos
Você me pede que eu fale sobre a difícil arte de ser feliz. Digo primeiro que não é possível ser feliz. Felicidade é coisa muito grande. O máximo que os deuses nos concedem são momentos de alegria que, segundo Guimarães Rosa, acontecem em "raros momentos de distração".
Às vezes a gente fica infeliz por causa de coisas tristes: perde-se o emprego, uma pessoa querida morre ... Quando coisas assim acontecem, o certo é ficar triste. Quem continuar alegre em meio a situações de dor é doente. Alegria nem sempre é marca de saúde mental. Há uma alegria que é marca de loucura.
Mas às vezes a nossa infelicidade se deve à nossa estupidez e cegueira. Cegueira: isso mesmo. Olho bom que não vê. Jesus diz que os olhos são a lâmpada do corpo. Quando a lâmpada espalha luz, o mundo fica colorido. Quando a lâmpada espalha escuridão, o mundo fica tenebroso.
Você diz que é infeliz porque tem medo do futuro. Eu também tenho. A Adélia Prado tem um verso em que diz que o Paraíso vai ser igualzinho a esta vida, tudo do mesmo jeito, com uma única diferença: a gente não vai mais ter medo. Imagine que o presente é uma maçã madura, vermelha, perfumada, deliciosa. Você se prepara para comê-la, mas, de repente, percebe que dentro dela há um verme. O nome dele é medo. De onde ele vem? Do futuro. Estranho isso: o futuro ainda não aconteceu. Ele não existe. Como é que um verme pode nascer do que não existe? Não existe do lado de fora. Existe do lado de dentro. Dentro da imaginação o futuro existe. O verme nasce da alma. Para a alma, aquilo que é imaginado existe. Como diz Guimarães Rosa: "Tudo é real porque tudo é inventado". A alma é o lugar onde o que não existe, existe. Nossa imaginação perturbada enche o futuro de coisas terríveis que assombram o presente. Pode ser até que essas coisas terríveis venham a acontecer. Por isso eu também tenho medo. Mas o certo é viver a sua dor no momento em que ela vier, e não agora, quando ela não existe.
Jesus diz que sabedoria é viver apenas o dia presente. "Por que andais ansiosos pelo dia do amanhã? Olhai os lírios dos campos ... Olhai as aves dos céus ... Qual de vós, com sua ansiedade, será capaz de alterar o curso da vida?" Os lírios do campo serão cortados e morrerão. Também as aves do céu: o momento da sua morte vai chegar. Mas os lírios e as aves não vivem no futuro; vivem no presente. O fato é que aves e lírios vão morrer, mas não sabem que vão morrer. Nós vamos morrer e sabemos que vamos morrer. Em nosso futuro mora um grande medo. É desse grande medo que vem o verme ...
História Zen que já contei: Um homem caminhava por uma floresta. Anoitecia. Escuro. De repente, o rugido de um leão. O homem teve muito medo. Correu. No escuro não viu por onde ia. Caiu num precipício. No terror da queda agarrou-se a um galho que se projetava sobre o abismo. E assim ficou pendurado entre o leão e o vazio. De repente, olhando para a parede do precipício, viu uma plantinha e, nela, uma fruta vermelha. Era um morango. Ele estendeu o seu braço, colheu o morango e o comeu. Estava delicioso ... Aqui termina a história. É preciso ter olhos novos. Olhos que vejam os morangos à beira do abismo ... Carpe diem!
Rubem Alves (escritor, educador e psicanalista) Revista Psique. Ciência & vida. São Paulo: Editora Escala, n. 28, 2009, p.82.
Observe a forma verbal sublinhada abaixo.
"Mas o certo é viver a sua dor no momento em que ela vier... "
Das formas verbais a seguir, a que se encontra no mesmo tempo e modo que vier é
O texto II refere-se às questões 6, 7, 8, 9 e 10.
Texto II
A difícil arte de ser feliz
Não deixe que o medo do futuro interfira em sua felicidade e desfrute os momentos presentes com novos olhos
Você me pede que eu fale sobre a difícil arte de ser feliz. Digo primeiro que não é possível ser feliz. Felicidade é coisa muito grande. O máximo que os deuses nos concedem são momentos de alegria que, segundo Guimarães Rosa, acontecem em "raros momentos de distração".
Às vezes a gente fica infeliz por causa de coisas tristes: perde-se o emprego, uma pessoa querida morre ... Quando coisas assim acontecem, o certo é ficar triste. Quem continuar alegre em meio a situações de dor é doente. Alegria nem sempre é marca de saúde mental. Há uma alegria que é marca de loucura.
Mas às vezes a nossa infelicidade se deve à nossa estupidez e cegueira. Cegueira: isso mesmo. Olho bom que não vê. Jesus diz que os olhos são a lâmpada do corpo. Quando a lâmpada espalha luz, o mundo fica colorido. Quando a lâmpada espalha escuridão, o mundo fica tenebroso.
Você diz que é infeliz porque tem medo do futuro. Eu também tenho. A Adélia Prado tem um verso em que diz que o Paraíso vai ser igualzinho a esta vida, tudo do mesmo jeito, com uma única diferença: a gente não vai mais ter medo. Imagine que o presente é uma maçã madura, vermelha, perfumada, deliciosa. Você se prepara para comê-la, mas, de repente, percebe que dentro dela há um verme. O nome dele é medo. De onde ele vem? Do futuro. Estranho isso: o futuro ainda não aconteceu. Ele não existe. Como é que um verme pode nascer do que não existe? Não existe do lado de fora. Existe do lado de dentro. Dentro da imaginação o futuro existe. O verme nasce da alma. Para a alma, aquilo que é imaginado existe. Como diz Guimarães Rosa: "Tudo é real porque tudo é inventado". A alma é o lugar onde o que não existe, existe. Nossa imaginação perturbada enche o futuro de coisas terríveis que assombram o presente. Pode ser até que essas coisas terríveis venham a acontecer. Por isso eu também tenho medo. Mas o certo é viver a sua dor no momento em que ela vier, e não agora, quando ela não existe.
Jesus diz que sabedoria é viver apenas o dia presente. "Por que andais ansiosos pelo dia do amanhã? Olhai os lírios dos campos ... Olhai as aves dos céus ... Qual de vós, com sua ansiedade, será capaz de alterar o curso da vida?" Os lírios do campo serão cortados e morrerão. Também as aves do céu: o momento da sua morte vai chegar. Mas os lírios e as aves não vivem no futuro; vivem no presente. O fato é que aves e lírios vão morrer, mas não sabem que vão morrer. Nós vamos morrer e sabemos que vamos morrer. Em nosso futuro mora um grande medo. É desse grande medo que vem o verme ...
História Zen que já contei: Um homem caminhava por uma floresta. Anoitecia. Escuro. De repente, o rugido de um leão. O homem teve muito medo. Correu. No escuro não viu por onde ia. Caiu num precipício. No terror da queda agarrou-se a um galho que se projetava sobre o abismo. E assim ficou pendurado entre o leão e o vazio. De repente, olhando para a parede do precipício, viu uma plantinha e, nela, uma fruta vermelha. Era um morango. Ele estendeu o seu braço, colheu o morango e o comeu. Estava delicioso ... Aqui termina a história. É preciso ter olhos novos. Olhos que vejam os morangos à beira do abismo ... Carpe diem!
Rubem Alves (escritor, educador e psicanalista) Revista Psique. Ciência & vida. São Paulo: Editora Escala, n. 28, 2009, p.82.
Nas orações seguintes, o verbo aparece no imperativo
"Olhai os lírios dos campos ... Olhai as aves dos céus ... "
Mantendo-se o imperativo, porém alterando o número, a forma correta seria
TEXTO:
Missa do Galo (excertos)
Nunca pude esquecer a conversação que tive com uma senhora, há muitos anos, contava eu dezessete, ela trinta. Era noite de Natal. Havendo ajustado com um vizinho irmos à missa do galo, preferi não dormir; combinei que eu iria acordá-lo à meia-noite.
A casa em que eu estava hospedado era a do escrivão Meneses, que fora casado, em primeiras núpcias, com uma de minhas primas. A segunda mulher, Conceição, e a mãe desta acolheram-me bem, quando vim de Mangaratiba para o Rio de Janeiro, meses antes, a estudar preparatórios. Vivia tranqüilo, naquela casa assobradada da Rua do Senado, com os meus livros, poucas relações, alguns passeios. A família era pequena, o escrivão, a mulher, a sogra e duas escravas. Costumes velhos. Às dez horas da noite toda a gente estava nos quartos; às dez e meia a casa dormia. Nunca tinha ido ao teatro, e mais de uma vez, ouvindo dizer ao Meneses que ia ao teatro, pedi-lhe que me levasse consigo. Nessas ocasiões, a sogra fazia uma careta, e as escravas riam à socapa; ele não respondia, vestia-se, saía e só tornava na manhã seguinte. Mais tarde é que eu soube que o teatro era um eufemismo em ação. Meneses trazia amores com uma senhora, separada do marido, e dormia fora de casa uma vez por semana. Conceição padecera, a princípio, com a existência da comborça; mas, afinal, resignara-se, acostumara-se, e acabou achando que era muito direito.
Boa Conceição! Chamavam-lhe “a santa”, e fazia jus ao título, tão facilmente suportava os esquecimentos do marido. Em verdade, era um temperamento moderado, sem extremos, nem grandes lágrimas, nem grandes risos. No capítulo de que trato, dava para maometana; aceitaria um harém, com as aparências salvas. Deus me perdoe, se a julgo mal. Tudo nela era atenuado e passivo. O próprio rosto era mediano, nem bonito nem feio. Era o que chamamos uma pessoa simpática. Não dizia mal de ninguém, perdoava tudo. Não sabia odiar; pode ser até que não soubesse amar.
(ASSIS, Machado de. Missa do Galo. In Contos Consagrados – Rio de Janeiro: Ediouro; São Paulo: Publifolha, 1997. P. 75)
“... quando vim de Mangaratiba para o Rio de Janeiro...” (2º§) – o verbo deste segmento aparece também na frase: