Questões de Concurso Sobre morfologia em português

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Q1878911 Português
Texto I


Um alerta contemporâneo


O planeta nunca foi o mesmo. Ao longo do tempo, temos passado ao largo dessa questão, como se ela não nos importasse para entendermos melhor onde estamos. E o que enfrentamos, a cada momento, para existir. Um simples dado ignorado sobre o planeta pode nos revelar alguma coisa fundamental sobre nós mesmos. Talvez esse simples dado, sobre a existência do que não conhecemos, nos explique o que não conseguimos explicar até agora.

O calor excessivo na Europa, as cheias no continente asiático, as recentes chuvas de inverno durante o nosso verão devem ser mais uma reação da natureza ao que temos feito de errado no mundo. Cada fenômeno desses é um gesto de nossos parceiros para nos chamar a atenção para o que deve estar errado. Ou, então, uma simples declaração de guerra, sei lá de que tipo.

Quando nossos erros se concluem antes de um desastre final, nossos parceiros deixam para lá, esperam que desvendemos o fracasso de nossas más ideias. Outro dia, um daqueles príncipes do Oriente Médio ofereceu ao Brasil fazer parte da Opep, a organização dos países exportadores de petróleo. Deve ter feito o convite porque quase ninguém mais quer saber da Opep, por causa das novas fontes de energia. Ninguém está mais a fim de gastar fortunas na exploração de petróleo, quando o mundo desenvolve e já usa novas fontes limpas de energia, como a eólica e a solar.

O novo coronavírus é um sinal desse confronto entre o que foi vantagem no passado e hoje não é mais. É uma formação natural de um mundo que ainda não conhecemos, equivalente ao que foi a Gripe Espanhola, no final da Primeira Guerra Mundial. Um alerta contemporâneo.

No dia 11 de novembro de 1918, era assinado o tratado de paz que encerrava a Grande Guerra. Com mais de 16 milhões de vítimas e histórias de arrepiar qualquer um de tanta violência e crueldade, essa guerra seria responsável por um número de mortes que acabou sendo pequeno perto de outra tragédia simultânea: a chamada Gripe Espanhola, que muitos acreditam ter interrompido de 30 a 50 milhões de vidas, em todos os continentes. Curiosamente, como o coronavírus, a trágica epidemia não era uma gripe, mas o resultado do surgimento e multiplicação de um vírus até então desconhecido.

Segundo historiadores da época, apesar do nome da epidemia, o vírus tinha sido trazido da costa leste americana para a Europa, pelos combatentes dos Estados Unidos, que haviam entrado na guerra em abril de 1918. Da Europa, os navios americanos e os de seus aliados o levaram para o resto do mundo, chegando ao Rio de Janeiro no mês de setembro daquele ano, num navio britânico que deixou aqui a gripe que não era gripe espalhada entre as meninas da Praça Mauá. E elas a transmitiram ao resto da cidade, onde a epidemia atingiu 600 mil habitantes, mais da metade da população. Como no caso do coronavírus, os que praticavam viagens transcontinentais eram os responsáveis por espalhar o vírus fatal pelo mundo afora.

O coronavírus, como a Gripe Espanhola, é uma espécie de resistência da natureza às nossas barbaridades. Uma resistência que ajudamos a se tornar de caráter global, graças ao progresso e ao poder, como se fôssemos estimulados por forças que não compreendemos, nem somos capazes de enfrentar. É claro que o coronavírus nos faz mal; por isso devemos combatê-lo. Mas, sempre lembrando que ele vem de um mundo ao qual também pertencemos e ao qual devemos atenção e respeito, até conhecê-lo melhor.


Cacá Diegues. In: O Globo. 16/03/2020. [Adaptado]

(Disponível em: https://oglobo.globo.com/opiniao/um-alertacontemporaneo-24305182)
“sinal desse confronto entre o que foi vantagem no passado e hoje não é mais”. Nesse fragmento do quarto parágrafo, o advérbio em destaque tem o mesmo valor que assume em:
Alternativas
Q1878867 Português
Instrução: A questão refere-se ao texto abaixo. Os destaques ao longo do texto estão citados na questão.


(Disponível em: https://www.fundacaoportuguesadopulmao.org/publicacoes/conteudos/cuidado-com-asondas-de-calor/ – texto adaptado especialmente para esta prova).
No trecho “Evitar bebidas alcoólicas e bebidas com elevados teores de açúcar”, retirado do texto, a palavra “evitar” é um:
Alternativas
Q1878866 Português
Instrução: A questão refere-se ao texto abaixo. Os destaques ao longo do texto estão citados na questão.


(Disponível em: https://www.fundacaoportuguesadopulmao.org/publicacoes/conteudos/cuidado-com-asondas-de-calor/ – texto adaptado especialmente para esta prova).
Assinale a alternativa que apresenta um substantivo masculino.
Alternativas
Q1878858 Português
Instrução: A questão refere-se ao texto abaixo. Os destaques ao longo do texto estão citados na questão.


(Disponível em: https://www.fundacaoportuguesadopulmao.org/publicacoes/conteudos/cuidado-com-asondas-de-calor/ – texto adaptado especialmente para esta prova).
No trecho “Usar roupas leves e frescas”, retirado do texto, há quantos adjetivos?
Alternativas
Q1878293 Português
Instrução: A questão refere-se ao texto abaixo. Os destaques ao longo do texto estão citados na questão.


Analise as assertivas a seguir a respeito da palavra “memorialística”:

I. A palavra possui o mesmo número de fonemas e letras.
II. Trata-se de palavra paroxítona terminada em ”a”, daí o acento gráfico.
III. Trata-se de adjetivo uniforme.

Quais estão corretas?
Alternativas
Q1878242 Português
Instrução: A questão refere-se ao texto abaixo. Os destaques ao longo do texto estão citados na questão.


Assinale a alternativa que indica o número de artigos definidos presentes no trecho a seguir: “Pedro tem seu pai, Henrique, assassinado em uma operação policial, tal fato o leva para o recolher-se e assim poder nascer para o novo momento que irá viver”.
Alternativas
Q1878184 Português

TEXTO 10

TRECHO DA LETRA DO BAIÃO PARAÍBA (LANÇADO EM 1950)


Imagem associada para resolução da questão


HUMBERTO TEIXEIRA | nasceu em Iguatu, Ceará, em 5 de janeiro de 1915, e morreu no Rio de Janeiro, em 3 de outubro de 1979. Advogado, deputado federal, autor e compositor. É nacionalmente conhecido como parceiro de Luiz Gonzaga, o Rei do Baião. Um grande sucesso da dupla é a composição Asa Branca, lançada em 1947.



Quando a lama virou pedra e mandacaru secou

Quando o ribaçã, de sede, bateu asa e voou

Foi aí que eu vim-me embora carregando a minha dor

Hoje eu mando um abraço pra ti, pequenina



Paraíba masculina, muié macho, sim sinhô

Paraíba masculina, muié macho, sim sinhô



(...)



TEXTO 11

TRECHO DA LETRA DE TERRA (LANÇADA EM 1993)



CAETANO VELOSO | Caetano Emanuel Vianna Teles Veloso nasceu em Santo Amaro da Purificação, na Bahia, no dia 07 de agosto de 1942

Ninguém supõe a morena Dentro da estrela azulada Na vertigem do cinema Mando um abraço pra ti Pequenina como se eu fosse O saudoso poeta E fosses a Paraíba... 

Terra! Terra! Por mais distante O errante navegante Quem jamais te esqueceria?... (...)

Do cotejamento dos textos 10 e 11 pode-se inferir que: 

Alternativas
Q1878177 Português

Após realizar a leitura do texto 3, responda à questão.



TEXTO 3

POEMA TECENDO A MANHÃ



      JOÃO CABRAL DE MELO NETO | nasceu em Recife, Pernambuco, em 1920, e morreu no Rio de Janeiro, em 1999. Poeta, acadêmico, diplomata consagrado.



Um galo sozinho não tece uma manhã:

ele precisará sempre de outros galos.

De um que apanhe esse grito que ele

e o lance a outro; de um outro galo

que apanhe o grito que um galo antes

e o lance a outro; e de outros galos

que com muitos outros galos se cruzem

os fios de sol de seus gritos de galo,

se vá tecendo, entre todos os galos.

E se encorpando em tela, entre todos,

se erguendo tenda, onde entrem todos,

se entretendendo para todos, no toldo

(a manhã) que plana livre de armação.

A manhã, toldo de um tecido tão aéreo

que, tecido, se eleva por si: luz balão.

para que a manhã, desde uma teia tênue,

se vá tecendo, entre todos os galos.

E se encorpando em tela, entre todos,

se erguendo tenda, onde entrem todos,

se entretendendo para todos, no toldo

(a manhã) que plana livre de armação.

A manhã, toldo de um tecido tão aéreo

que, tecido, se eleva por si: luz balão.

Ainda a respeito do poema dado, assinale a alternativa INCORRETA.
Alternativas
Q1878164 Português

O que piolhos de múmias revelam sobre povos da América do Sul há 2 mil anos.

(Disponível em: O que piolhos de múmias revelam sobre povos da América

do Sul há 2 mil anos (msn.com)


Pode-se afirmar que "América do Sul", morfologicamente, é: 

Alternativas
Q1878114 Português

A Outra Noite


        Outro dia fui a São Paulo e resolvi voltar à noite, uma noite de vento sul e chuva, tanto lá como aqui. Quando vinha para casa, de táxi, encontrei um amigo e o trouxe até Copacabana; e contei a ele que lá em cima, além das nuvens, estava um luar lindo, de lua cheia; e que as nuvens feias que cobriam a cidade eram, vistas de cima, enluaradas, colchões de sonho, alvas, uma paisagem irreal.

        Depois que o meu amigo desceu do carro, o chofer aproveitou um sinal fechado para voltar-se para mim:

        - O senhor vai me desculpar, eu estava aqui a ouvir sua conversa. Mas tem mesmo luar lá em cima?

        Confirmei: sim, acima da nossa noite preta , enlamaçada e torpe havia uma outra – pura, perfeita e linda .

        - Mas, que coisa...

        Ele chegou a por a cabeça fora do carro para olhar o céu fechado de chuva. Depois continuou guiando mais lentamente. Não sei se sonhava em ser aviador ou pensava em outra coisa.

        - Ora, sim senhor...

        E, quando saltei e paguei a corrida, ele me disse uma “boa noite” e um “muito obrigado ao senhor” tão sinceros, tão veementes como se eu lhe tivesse feito um presente de rei.

(BRAGA, Rubem. A outra noite. In: PARA gostar de ler: crônicas. São Paulo: Ática, 1979.)

No trecho “Depois continuou guiando mais lentamente” a palavra destacada indica:
Alternativas
Q1878103 Português
O texto seguinte servirá de base para responder à questão.


TENDÊNCIAS TECNOLÓGICAS 2022 - texto auxiliar para a questão.


Poder antecipar o futuro é um dos sonhos da humanidade há muito tempo. Hoje, com a capacidade computacional para realizar pesquisas, não é preciso navegar no escuro: o mercado pode ser mais previsível do que aparenta. O relatório com as tendências para 2022 é uma luz, um horizonte para estar à frente na competição.

As doze tendências em tecnologia estão separadas em três grandes esferas: integração tecnológica, pois é preciso construir uma base de TI bem fundamentada; cocriação, já que é preciso trabalhar em conjunto, time de negócios e TI, para construir a inovação; expansão corporativa, em que depois de fundamentar a estrutura e a equipe, é hora de agregar valor.


(Disponível em: https://conteudo.oraex.com.br/12-tendencias-2022? gclid=Cj0KCQiAip-PBhDVARIsAPP2xc3MmTz07q-xR4y5-1DQbWhIkr DGSVzvl3fgIz-Eof8H-Sqx8LlK164aAjPBEALw_wcB. Adaptado.)
"(...) integração tecnológica, pois é preciso construir uma base de TI bem fundamentada (...)".

Assinale a opção CORRETA: 
Alternativas
Q1877921 Português
   No mundo de hoje, as telecomunicações representam muito mais do que um serviço básico; são um meio de promover o desenvolvimento, melhorar a sociedade e salvar vidas. Isso será ainda mais verdade no mundo de amanhã.
  A importância das telecomunicações ficou evidente nos dias que se seguiram ao terremoto que devastou o Haiti, em janeiro de 2010. As tecnologias da comunicação foram utilizadas para coordenar a ajuda, otimizar os recursos e fornecer informações sobre as vítimas, das quais se precisava desesperadamente. A União Internacional das Telecomunicações (UIT) e os seus parceiros comerciais forneceram inúmeros terminais satélites e colaboraram no fornecimento de sistemas de comunicação sem fio, facilitando as operações de socorro e limpeza.
  Saúdo essas iniciativas e, de um modo geral, o trabalho da UIT e de outras entidades que promoveram o acesso à banda larga em zonas rurais e remotas de todo o mundo.
 Um maior acesso pode significar mais progressos no domínio da realização dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio. A Internet impulsiona a atividade econômica, o comércio e até a educação. A telemedicina está melhorando os cuidados com a saúde, os satélites de observação terrestre são usados para combater as alterações climáticas e as tecnologias ecológicas contribuem para a existência de cidades mais limpas.
  Ao passo que essas inovações se tornam mais importantes, a necessidade de atenuar o fosso tecnológico é mais urgente.  

Ban Ki-moon (secretário-geral das Nações Unidas). 
Pronunciamento acerca do Dia Mundial das Telecomunicações e da Sociedade de Informação. 
17 de maio de 2010. Internet: <unicrio.org.br> (com adaptações).  
Com relação às ideias, aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto anterior, julgue o item a seguir. 


No último parágrafo, a expressão “Ao passo que” estabelece uma relação de proporcionalidade entre as orações que formam o período. 
Alternativas
Q1877920 Português
   No mundo de hoje, as telecomunicações representam muito mais do que um serviço básico; são um meio de promover o desenvolvimento, melhorar a sociedade e salvar vidas. Isso será ainda mais verdade no mundo de amanhã.
  A importância das telecomunicações ficou evidente nos dias que se seguiram ao terremoto que devastou o Haiti, em janeiro de 2010. As tecnologias da comunicação foram utilizadas para coordenar a ajuda, otimizar os recursos e fornecer informações sobre as vítimas, das quais se precisava desesperadamente. A União Internacional das Telecomunicações (UIT) e os seus parceiros comerciais forneceram inúmeros terminais satélites e colaboraram no fornecimento de sistemas de comunicação sem fio, facilitando as operações de socorro e limpeza.
  Saúdo essas iniciativas e, de um modo geral, o trabalho da UIT e de outras entidades que promoveram o acesso à banda larga em zonas rurais e remotas de todo o mundo.
 Um maior acesso pode significar mais progressos no domínio da realização dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio. A Internet impulsiona a atividade econômica, o comércio e até a educação. A telemedicina está melhorando os cuidados com a saúde, os satélites de observação terrestre são usados para combater as alterações climáticas e as tecnologias ecológicas contribuem para a existência de cidades mais limpas.
  Ao passo que essas inovações se tornam mais importantes, a necessidade de atenuar o fosso tecnológico é mais urgente.  

Ban Ki-moon (secretário-geral das Nações Unidas). 
Pronunciamento acerca do Dia Mundial das Telecomunicações e da Sociedade de Informação. 
17 de maio de 2010. Internet: <unicrio.org.br> (com adaptações).  
Com relação às ideias, aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto anterior, julgue o item a seguir. 


No trecho “os satélites de observação terrestre são usados para combater as alterações climáticas e as tecnologias ecológicas contribuem para a existência de cidades mais limpas”, a substituição da conjunção “e” por uma vírgula manteria a correção gramatical e a coerência do texto. 
Alternativas
Q1877805 Português

Ela Tem Alma de Pomba

        Que a televisão prejudica o movimento da pracinha Jerônimo Monteiro, em todos os Cachoeiros de Itapemirim, não há dúvida. Sete horas da noite era hora de uma pessoa acabar de jantar, dar uma volta pela praça para depois pegar a sessão das oito no cinema. Agora todo mundo fica em casa vendo uma novela, depois outra novela.

        O futebol também pode ser prejudicado. Quem vai ver um jogo do Cachoeiro F.C. com o Estrela F.C., se pode ficar tomando cervejinha e assistindo a um bom Fla-Flu, ou a um Internacional x Cruzeiro, ou qualquer coisa assim?

        Que a televisão prejudica a leitura de livros, também não há dúvida. Eu mesmo confesso que lia mais quando não tinha televisão.

        Rádio, a gente pode ouvir baixinho, enquanto está lendo um livro. Televisão é incompatível com livro – e com tudo mais nesta vida, inclusive a boa conversa, até o making love.

        Também acho que a televisão paralisa a criança numa cadeira mais do que o desejável. O menino fica ali parado, vendo e ouvindo, em vez de sair por aí, chutar uma bola, brincar de bandido, inventar uma besteira qualquer para fazer. Por exemplo: quebrar o braço.

        Só não acredito que televisão seja “máquina de amansar doido”. Até acho que é o contrário; ou quase o contrário: é máquina de amansar doido, distrair doido, acalmar, fazer doido dormir.

        Quando você cita um inconveniente da televisão, uma boa observação que se pode fazer é que não existe nenhum aparelho de TV, a cores ou em preto e branco, sem um botão para desligar. Mas quando um pai de família o utiliza, isso pode produzir o ódio e o rancor no peito das crianças e até de outros adultos.

         Quando o apartamento é pequeno, a família é grande e a TV é só uma – então sua tendência é para ser um fator de rixas intestinais.

         - Agora você se agarra nessa porcaria de futebol...

        - Mas você não tem vergonha de acompanhar essa besteira de novela?

        - Não sou eu não, são as crianças!

        - Crianças, para a cama!

        Mas muito lhe será perdoado à TV pela sua ajuda aos doentes, aos velhos, aos solitários. Na grande cidade – num apartamentinho de quarto e sala, num casebre de subúrbio, numa orgulhosa mansão – a criatura solitária tem nela a grande distração, o grande consolo, a grande companhia. Ela instala dentro de sua toca humilde o tumulto e o frêmito de mil vidas, a emoção, o “suspense”, a fascinação dos dramas do mundo.

         A corujinha da madrugada não é apenas a companheira de gente importante, é a grande amiga da pessoa desimportante e só, da mulher velha, do homem doente... É a amiga dos entrevados, dos abandonados, dos que a vida esqueceu para um canto... ou dos que estão parados, paralisados, no estupor de alguma desgraça...ou que no meio da noite sofrem o assalto das dúvidas e melancolias... mãe que espera filho, mulher que espera marido...homem arrasado que espera que a noite passe, que a noite passe...

(Rubem Braga. 200 crônicas escolhidas. São Paulo. Círculo do Livro.)

“Também acho que a televisão paralisa a criança numa cadeira mais do que o desejável.”. A classe gramatical da palavra destacada é: 
Alternativas
Q1877764 Português

O homem e a galinha

        Era uma vez um homem que tinha uma galinha. Era uma galinha como as outras. Um dia a galinha botou um ovo de ouro.

        O homem ficou contente. Chamou a mulher:

        – Olha o ovo que a galinha botou.

        A mulher ficou contente:

        – Vamos ficar ricos!

        E a mulher começou a tratar bem da galinha. Todos os dias a mulher dava mingau para a galinha. Dava pão-de-ló, dava até sorvete. E todos os dias a galinha botava um ovo de ouro. Vai que o marido disse:

        – Pra que esse luxo com a galinha? Nunca vi galinha comer pão-de-ló… Muito menos tomar sorvete!

        – É, mas esta é diferente! Ela bota ovos de ouro!

        O marido não quis conversa:

        – Acaba com isso mulher. Galinha come é farelo.

        Aí a mulher disse:

        – E se ela não botar mais ovos de ouro?

        – Bota sim – o marido respondeu.

        A mulher todos os dias dava farelo à galinha. E a galinha botava um ovo de ouro. Vai que o marido disse:

        – Farelo está muito caro, mulher, um dinheirão! A galinha pode muito bem comer milho.

        – E se ela não botar mais ovos de ouro?

        – Bota sim – o marido respondeu.

        Aí a mulher começou a dar milho pra galinha. E todos os dias a galinha botava um ovo de ouro. Vai que o marido disse:

        – Pra que esse luxo de dar milho pra galinha? Ela que procure o de-comer no quintal!

        – E se ela não botar mais ovos de ouro? – a mulher perguntou.

        – Bota sim – o marido falou.

        E a mulher soltou a galinha no quintal. Ela catava sozinha a comida dela. Todos os dias a galinha botava um ovo de ouro. Um dia a galinha encontrou o portão aberto. Foi embora e não voltou mais. Dizem, eu não sei, que ela agora está numa boa casa onde tratam dela a pão-de-ló.

(Ruth Rocha, Enquanto o mundo pega fogo,2. ed.Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 1984.p.14-9.)

A classe gramatical da palavra destacada em “Farelo está muito caro, mulher, um dinheirão!” é:
Alternativas
Q1877762 Português

O homem e a galinha

        Era uma vez um homem que tinha uma galinha. Era uma galinha como as outras. Um dia a galinha botou um ovo de ouro.

        O homem ficou contente. Chamou a mulher:

        – Olha o ovo que a galinha botou.

        A mulher ficou contente:

        – Vamos ficar ricos!

        E a mulher começou a tratar bem da galinha. Todos os dias a mulher dava mingau para a galinha. Dava pão-de-ló, dava até sorvete. E todos os dias a galinha botava um ovo de ouro. Vai que o marido disse:

        – Pra que esse luxo com a galinha? Nunca vi galinha comer pão-de-ló… Muito menos tomar sorvete!

        – É, mas esta é diferente! Ela bota ovos de ouro!

        O marido não quis conversa:

        – Acaba com isso mulher. Galinha come é farelo.

        Aí a mulher disse:

        – E se ela não botar mais ovos de ouro?

        – Bota sim – o marido respondeu.

        A mulher todos os dias dava farelo à galinha. E a galinha botava um ovo de ouro. Vai que o marido disse:

        – Farelo está muito caro, mulher, um dinheirão! A galinha pode muito bem comer milho.

        – E se ela não botar mais ovos de ouro?

        – Bota sim – o marido respondeu.

        Aí a mulher começou a dar milho pra galinha. E todos os dias a galinha botava um ovo de ouro. Vai que o marido disse:

        – Pra que esse luxo de dar milho pra galinha? Ela que procure o de-comer no quintal!

        – E se ela não botar mais ovos de ouro? – a mulher perguntou.

        – Bota sim – o marido falou.

        E a mulher soltou a galinha no quintal. Ela catava sozinha a comida dela. Todos os dias a galinha botava um ovo de ouro. Um dia a galinha encontrou o portão aberto. Foi embora e não voltou mais. Dizem, eu não sei, que ela agora está numa boa casa onde tratam dela a pão-de-ló.

(Ruth Rocha, Enquanto o mundo pega fogo,2. ed.Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 1984.p.14-9.)

No trecho “Era uma galinha como as outras”, a palavra destacada indica: 
Alternativas
Q1877592 Português
   É importante saber o nome das coisas. Ou, pelo menos, saber comunicar o que você quer. Imagine-se entrando numa loja para comprar um... um... como é mesmo o nome?
    “Posso ajudá-lo, cavalheiro?”
    “Pode. Eu quero um daqueles, daqueles...”
    “Pois não?”
    “Um... como é mesmo o nome?”
    “Sim?”
    “Pomba! Um... um... Que cabeça a minha! A palavra me escapou por completo. É uma coisa simples, conhecidíssima.”
    “Sim, senhor.”
    “O senhor vai dar risada quando souber.”
    “Sim, senhor.”
    “Olha, é pontuda, certo?”
    “O quê, cavalheiro?”
   “Isso que eu quero. Tem uma ponta assim, entende? Depois vem assim, assim, faz uma volta, aí vem reto de novo, e na outra ponta tem uma espécie de encaixe, entende? Na ponta tem outra volta, só que esta é mais fechada. E tem um, um... Uma espécie de, como é que se diz? De sulco. Um sulco onde encaixa a outra ponta; a pontuda, de sorte que o, a, o negócio, entende, fica fechado. É isso. Uma coisa pontuda que fecha. Entende?”
    “Infelizmente, cavalheiro...”
    “Ora, você sabe do que eu estou falando.”
    “Estou me esforçando, mas...”
    “Escuta. Acho que não podia ser mais claro. Pontudo numa ponta, certo?”
    “Se o senhor diz, cavalheiro.”

Luís Fernando Veríssimo. Comunicação.
Acerca das ideias, dos sentidos e dos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item a seguir.

Os adjetivos ‘conhecidíssima’ (sétimo parágrafo) e ‘pontuda’ (décimo primeiro parágrafo) qualificam o mesmo termo no texto, mas do emprego do primeiro se depreende mais intensidade que do segundo. 
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Q1877159 Português
Texto IV


O texto abaixo é um fragmento do poema “Navio Negreiro”, da poeta contemporânea Maria Duda. Considere-o para responder à questão.


[...]
Agora, voltando à escravidão
Vocês só a aboliram porque não tiveram opção
Foi o homem branco tremendo
Senhor de engenho correndo
Capataz atrás morrendo Até o sol raiar
Foi quilombola crescendo
Palmares tava dizendo
Enquanto Xangô tava vendo
Até o sol raiar
E os meus atentos ancestrais já percebiam que
vocês estavam
Estremecendo por mais medo do que cabe
E que o negro é forte e resistiu até a morte
Não adianta mais mentir que a gente sabe
(DUDA, Maria. Navio Negreiro. Rio de Janeiro: Malê, 2019, p. 28-29)





O contexto em que uma palavra está inserida deve ser considerado no momento de sua classificação morfológica. Nesse sentido, em “Não adianta mais mentir que a gente sabe” (v.15), temos destacado um exemplo de:
Alternativas
Q1877154 Português
Texto III

Considere o texto abaixo para responder à questão.


Academia Brasileira de Letras inclui novas palavras no vocabulário atualizado da língua portuguesa

Sororidade, home office, lockdown e feminicídio são apenas alguns dos mil novos termos incluídos no Volp



    Criptomoeda, feminicídio, homoparental, infodemia e sororidade. O que essas palavras têm em comum? Além de serem usadas pelos brasileiros, elas vão constar, pela primeira vez, no Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (Volp), da Academia Brasileira de Letras.[...]

    A Comissão de Lexicologia e Lexicografia da ABL, presidida por Evanildo Bechara, vem reunindo novos vocábulos colhidos em textos literários, científicos e jornalísticos ou recebidos como sugestão por quem consulta o Volp.[...]

    Telemedicina, ciberataque, judicialização, Covid-19, pós-verdade, negacionismo, necropolítica, gentrificação e ciclofaixa também são verbetes acrescidos ao Volp. Ainda foram registrados novos estrangeirismos como botox, bullying, compliance, crossfit, home office, lockdown, podcast e emoji.

   De acordo com a ABL, muitos dos acréscimos feitos no Volp se referem a termos oriundos do desenvolvimento científico e tecnológico, do contexto da pandemia do novo coronavírus, do registro mais abrangente de nomes de povos indígenas, assim como de termos técnicos das diversas áreas do conhecimento e novos vocábulos de uso comum, sempre de acordo com os critérios de formação de palavras da línguapadrão.

    O Volp é um levantamento de palavras existentes na língua, com indicação da grafia correta. Com 382 mil entradas, o novo Volp tem mil palavras novas, além de correções e informações complementares nos verbetes, como acréscimos de ortoépia (pronúncia correta), variadas possibilidades de plural e, em alguns casos, significados diversos para palavras que têm a mesma grafia ou mesma pronúncia (homonímia) ou grafia e pronúncia parecidas (paronímia), visando desfazer dúvidas e ambiguidades.


(Disponível: https://www.gaz.com.br/academia-brasileirade-letras-inclui-novas-palavras-no-vocabulario-atualizadoda-lingua-portuguesa/. Acesso em: 30/07/2021)
No quarto parágrafo do texto, empregou-se a expressão “De acordo com” para introduzir uma ideia. Segundo a Gramática Tradicional, tal expressão deve ser classificada como locução: 
Alternativas
Respostas
8481: D
8482: C
8483: B
8484: B
8485: A
8486: D
8487: C
8488: A
8489: D
8490: D
8491: C
8492: D
8493: C
8494: C
8495: A
8496: C
8497: A
8498: C
8499: C
8500: D