Questões de Concurso Sobre morfologia em português

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Q1870580 Português

Instrução: A questão refere-se ao texto 2, abaixo. 


Assinale a alternativa correta, do ponto de vista gramatical, considerando a substituição das formas verbais entender (l. 06) e enviar (l. 07) por mexer e entregar, respectivamente.
Alternativas
Q1870573 Português

Instrução: A questão refere-se ao texto 1, abaixo.


Assinale a alternativa que contenha apenas adjetivos retirados do texto. 
Alternativas
Q1870572 Português

Instrução: A questão refere-se ao texto 1, abaixo.


Assinale V (verdadeiro) ou F (falso) nas afirmações a seguir.

( ) A palavra socioeconômicas (l. 06) é formada por composição.

( ) A palavra decrescer (l. 10) é formada por derivação sufixal.

( ) A palavra sistematicamente (l. 10) é formada por derivação parassintética.

A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é

Alternativas
Ano: 2022 Banca: FEPESE Órgão: Prefeitura de Guatambú - SC Provas: FEPESE - 2022 - Prefeitura de Guatambú - SC - Professor de Educação Infantil - Edital nº 002 | FEPESE - 2022 - Prefeitura de Guatambú - SC - Professor de Artes - Edital nº 002 | FEPESE - 2022 - Prefeitura de Guatambú - SC - Professor de Educação Especial - Edital nº 002 | FEPESE - 2022 - Prefeitura de Guatambú - SC - Professor de Educação Física - Edital nº 002 | FEPESE - 2022 - Prefeitura de Guatambú - SC - Professor de Ensino Fundamental - 1ª a 5ª série - Edital nº 002 | FEPESE - 2022 - Prefeitura de Guatambú - SC - Pedagogo Social - Edital nº 001 | FEPESE - 2022 - Prefeitura de Guatambú - SC - Assistente Social - Edital nº 001 | FEPESE - 2022 - Prefeitura de Guatambú - SC - Procurador do Município - Edital nº 001 | FEPESE - 2022 - Prefeitura de Guatambú - SC - Controlador Interno - Edital nº 001 | FEPESE - 2022 - Prefeitura de Guatambú - SC - Contador - Edital nº 001 | FEPESE - 2022 - Prefeitura de Guatambú - SC - Auditor Fiscal - Edital nº 001 | FEPESE - 2022 - Prefeitura de Guatambú - SC - Fiscal de Vigilância Sanitária - Edital nº 001 | FEPESE - 2022 - Prefeitura de Guatambú - SC - Fisioterapeuta - Edital nº 001 | FEPESE - 2022 - Prefeitura de Guatambú - SC - Médico 20/40 h - Edital nº 001 | FEPESE - 2022 - Prefeitura de Guatambú - SC - Odontólogo 20/40h - Edital nº 001 | FEPESE - 2022 - Prefeitura de Guatambú - SC - Enfermeiro - Edital nº 001 | FEPESE - 2022 - Prefeitura de Guatambú - SC - Engenheiro Civil - Edital nº 001 | FEPESE - 2022 - Prefeitura de Guatambú - SC - Farmacêutico - Edital nº 001 | FEPESE - 2022 - Prefeitura de Guatambú - SC - Fiscal de Obras - Edital nº 001 | FEPESE - 2022 - Prefeitura de Guatambú - SC - Tesoureiro - Edital nº 001 | FEPESE - 2022 - Prefeitura de Guatambú - SC - Psicólogo - Edital nº 001 | FEPESE - 2022 - Prefeitura de Guatambú - SC - Técnico em Recursos Humanos - Edital nº 001 |
Q1870234 Português

Leia o texto de Luís Fernando Veríssimo.


Foi numa festa de família, dessas de fim de ano. Já que o bisavô estava morre não morre, decidiram tirar uma fotografia de toda a família reunida, talvez pela última vez.

A bisa e o bisa sentados, filhos, filhas, noras, genros e netos em volta, bisnetos na frente, esparramados pelo chão. Castelo, o dono da câmara, comandou a pose, depois tirou o olho do visor e ofereceu a câmara a quem ia tirar a fotografia. Mas quem ia tirar a fotografia? – Tira você mesmo, ué. – Ah, é? E eu não saio na foto?

O Castelo era o genro mais velho. O primeiro genro. O que sustentava os velhos. Tinha que estar na fotografia. – Tiro eu - disse o marido da Bitinha. – Você fica aqui - comandou a Bitinha. Havia uma certa resistência ao marido da Bitinha na família. A Bitinha, orgulhosa, insistia para que o marido reagisse. “Não deixa eles te humilharem, Mário Cesar”, dizia sempre. O Mário Cesar ficou firme onde estava, do lado da mulher.

A própria Bitinha fez a sugestão maldosa: – Acho que quem deve tirar é o Dudu… O Dudu era o filho mais novo de Andradina, uma das noras, casada com o Luiz Olavo. Havia a suspeita, nunca claramente anunciada, de que não fosse filho do Luiz Olavo. O Dudu se prontificou a tirar a fotografia, mas a Andradina segurou o filho. – Só faltava essa, o Dudu não sai.

E agora? – Pô, Castelo. Você disse que essa câmara só faltava falar. E não tem nem timer!

O Castelo impávido. Tinham ciúmes dele. Porque ele tinha um Santana do ano. Porque comprara a câmara num duty free da Europa. Aliás, o apelido dele entre os outros era “Dutifri”, mas ele não sabia.

– Revezamento - sugeriu alguém. – Cada genro bate uma foto em que ele não aparece, e… A ideia foi sepultada em protestos. Tinha que ser toda a família reunida em volta da bisa. Foi quando o próprio bisa se ergueu, caminhou decididamente até o Castelo e arrancou a câmara da sua mão. – Dá aqui. – Mas seu Domício… – Vai pra lá e fica quieto. – Papai, o senhor tem que sair na foto. Senão não tem sentido! – Eu fico implícito - disse o velho, já com o olho no visor. E antes que houvesse mais protestos, acionou a câmara, tirou a foto e foi dormir.

Considerando as frases retiradas do texto:

1. “Não deixa eles te humilharem, Mário Cesar”, dizia sempre.

2. O Mário Cesar ficou firme onde estava, do lado da mulher.

Assinale a alternativa correta.

Alternativas
Q1869692 Português

Leia o texto para responder à questão.


O celular e a Rainha Má

    Recentemente, eu estava caminhando pela calçada quando vi uma mulher vindo na minha direção. O rosto dela estava colado ao celular e ela não estava prestando atenção para onde estava indo. Como secretamente sou uma pessoa má, eu parei de repente e dei meia volta. A mulher trombou nas minhas costas, derrubando seu celular. Ela balbuciou um pedido de desculpas, enquanto eu gentilmente lhe disse para não se preocupar, já que hoje em dia essas coisas acontecem o tempo todo.

     Nós mal conversamos face a face hoje em dia, nem refletimos sobre assuntos importantes de vida e morte, portanto, nem mesmo olhamos para a paisagem enquanto passa pela nossa janela. Em vez disso, nós conversamos obsessivamente em nossos celulares, raramente sobre algo particularmente urgente, desperdiçando nossas vidas em um diálogo com alguém que nem mesmo vemos.

     Hoje, estamos vivendo em uma era na qual, pela primeira vez, a humanidade conseguiu realizar um dos três desejos persistentes que por séculos apenas a magia podia satisfazer. O primeiro é a capacidade de voar – não em um avião, mas com nossos próprios corpos, batendo nossos braços. Outro é a habilidade de afetar diretamente nossos inimigos – ou entes queridos – ao espetar agulhas em um boneco ou proferindo palavras arcanas. E o terceiro é a capacidade de comunicação instantânea por longas distâncias.

     Por que as pessoas demonstraram tamanha inclinação a práticas mágicas ao longo dos séculos? Pressa.

    Nós sabemos que a ciência e a tecnologia avançam lentamente por meio de pesquisa cuidadosa – mas mesmo assim queremos uma cura para o câncer já, não amanhã.

    O relacionamento entre nosso entusiasmo pelas conveniências tecnológicas e nossa inclinação pelo pensamento mágico forma um nó estreito que está atado profundamente à nossa esperança religiosa na ação rápida como um raio dos milagres.

    Será que há uma conexão entre aqueles que prometem uma cura instantânea para o câncer, místicos como o Padre Pio, celulares e a Rainha Má de “Branca de Neve”? De certo modo há. A mulher no início da minha história estava vivendo em um universo de contos de fadas, encantada pelo celular em seu ouvido, em vez de um espelho mágico.


(ECO, Umberto. Disponível em: https://noticias.uol.com.br. Acesso em 18.05.2018.Adaptado)

Considere as frases do texto para responder à questão.

I. Nós sabemos que a ciência e a tecnologia avançam lentamente por meio de pesquisa cuidadosa…
II. … enquanto eu gentilmente lhe disse para não se preocupar, já que hoje em dia essas coisas acontecem o tempo todo.
III. … a humanidade conseguiu realizar um dos três desejos persistentes que por séculos apenas a magia podia satisfazer.

Os termos destacados nas frases estabelecem, respectivamente, circunstância de
Alternativas
Q1869610 Português

Analise as afirmativas a seguir:

I. Os pronomes pessoais, tomados em seu sentido literal, representam as três pessoas do discurso, variando de acordo com as funções exercidas mediante um contexto linguístico. Assim sendo, dividem-se em pronomes pessoais do caso reto e do caso oblíquo.


II. O advérbio de lugar ajuda a caracterizar o lugar ao qual o verbo refere-se por meio da noção de posição e direção. Alguns exemplos de advérbios de lugar são “perto”, “longe”, “dentro”, “fora”, “aqui”, “ali”, “lá” e “atrás”. 


III. As preposições são palavras usadas para marcar as relações gramaticais que substantivos, adjetivos, verbos e advérbios desempenham no discurso. Em outras palavras, as preposições são unidades linguísticas dependentes de outras, ou seja, elas não aparecem sozinhas no discurso e servem justamente para estabelecer a ligação entre dois termos.


Marque a alternativa CORRETA:

Alternativas
Q1869608 Português
Analise as afirmativas a seguir:

I. A variação de grau, concernente aos adjetivos, torna-se materializada quando se deseja comparar ou intensificar as características a que lhes são atribuídas. Para tanto, este se subdivide em duas modalidades: o grau absoluto e o elementar.
II. Os artigos se perfazem de determinadas características que lhes são específicas, dentre elas o fato de serem passíveis de flexões, tanto de número quanto de gênero. Como visivelmente demarcadas em: o garoto, a garota e as crianças.
III. Classificam-se como substantivos simples aqueles que, em termos estruturais, apresentam somente um radical. Exemplos: guarda-roupa – girassol – passatempo – pombo-correio. Os compostos são aqueles que apresentam mais de um radical. Exemplos: livro – caneta – papel – casa – flor.

Marque a alternativa CORRETA
Alternativas
Q1869573 Português
Leia o texto para responder à questão.

Gari ‘gato’ que faz sucesso nas redes sociais
vai concorrer ao ‘mister BH'

    O gari Tales Alves ficou famoso, ganhou as ruas de Belo Horizonte (MG) e as redes sociais depois de publicar um vídeo contando a sua profissão na internet.
      "Às vezes, a ficha custa a cair. Para mim tudo é novo”, disse o gari.
     Tales tem 30 anos e duas filhas, uma de 5 anos e outra de 12, a Júlia, que ajudou o pai a baixar o aplicativo de vídeos e o ensinou a usar as ferramentas disponíveis na rede.
    Há menos de cinco meses, ele não tinha perfil em nenhuma rede social. O motivo de ter se mantido off-line na época é que ele tinha feito este combinado com quem namorava à época. Mas foi só criar um perfil e publicar o primeiro vídeo que Alves já ficou famoso.
   “Eu não tinha noção da proporção que ia tomar. Nas ruas, as pessoas estão me reconhecendo, pedindo para tirar fotos.”
      Tales Gari foi chamado para participar do concurso de mister BH. Ao todo, 30 homens concorrerão ao título.
      Alves já passou por diversas profissões. Ele já serviu à aeronáutica e já foi office boy, cobrador, repositor de supermercado e, por fim, gari. Mas por que não modelo?
     “Muita gente pergunta se eu sou modelo, mas ainda não”, diz o gari. Ele conta que vai tentar ao máximo conciliar as duas coisas, que lutou muito pelo emprego que tem hoje e, por isso, ainda não pretende deixá-lo. Ele trabalhava em um supermercado, quando viu, na empresa que recolhia lixo no local, uma oportunidade de ganhar melhor e insistiu até conseguir uma vaga.
    “O emprego não me faz sentir vergonha, comecei a gostar muito. É o melhor serviço que já tive até hoje”, diz Alves, sobre a profissão de gari.
     Tales Gari tem tentado levar o assédio nas redes e nas ruas da melhor forma. “Estou tentando absorver isso da melhor maneira, mas tem algumas situações complicadas. Tem gente que sai fora do padrão, extrapola”, diz ele, referindo-se ao assédio.
     Alves disse que as pessoas têm carinho por ele e, por isso, não fica com raiva e leva na esportiva cantadas como “Ô, lá em casa” e “Vai recolher lixo lá em casa”. Mas não são apenas xavecos que ele ganha. “Tem gente que passa de carro e me deseja sorte e sucesso no concurso”.
    O gari ainda não fez nenhum trabalho como modelo e vai concorrer ao homem mais bonito de Belo Horizonte.

(Por Mikaela Salachenski, G1 Minas. Belo Horizonte 27/08/2020 06h00.
Atualizado há um ano. Adaptado)

(https://www.opovo.com.br/noticias/brasil/2020/08/27/
gari--gato--que-faz-sucesso-nas-redes-sociais-vai-concorrerao
-mister-bh.html Acesso em 15.11.2021)
Adjetivo é a palavra que modifica um substantivo, com este concordando em gênero e número. No texto, o termo que exerce essa função é:
Alternativas
Ano: 2022 Banca: FAURGS Órgão: SES-RS Provas: FAURGS - 2022 - SES-RS - Administrador - Edital nº 15 | FAURGS - 2022 - SES-RS - Enfermeiro - Edital nº 15 | FAURGS - 2022 - SES-RS - Educador Físico - Edital nº 15 | FAURGS - 2022 - SES-RS - Bibliotecário - Edital nº 15 | FAURGS - 2022 - SES-RS - Biólogo - Edital nº 15 | FAURGS - 2022 - SES-RS - Contador - Edital nº 15 | FAURGS - 2022 - SES-RS - Designer Gráfico - Edital nº 15 | FAURGS - 2022 - SES-RS - Economista - Edital nº 15 | FAURGS - 2022 - SES-RS - Bioquímico - Edital nº 15 | FAURGS - 2022 - SES-RS - Administrador de Banco de Dados - Edital nº 15 | FAURGS - 2022 - SES-RS - Arquivista - Edital nº 15 | FAURGS - 2022 - SES-RS - Analista de Desenvolvimento de Sistemas - Edital nº 15 | FAURGS - 2022 - SES-RS - Analista de Sistemas - Edital nº 15 | FAURGS - 2022 - SES-RS - Engenheiro Ambiental - Edital nº 15 | FAURGS - 2022 - SES-RS - Analista de Suporte - Edital nº 15 | FAURGS - 2022 - SES-RS - Assessor Jurídico - Edital nº 15 | FAURGS - 2022 - SES-RS - Físico - Edital nº 15 | FAURGS - 2022 - SES-RS - Fisioterapeuta - Edital nº 15 | FAURGS - 2022 - SES-RS - Fonoaudiólogo - Edital nº 15 | FAURGS - 2022 - SES-RS - Médico Veterinário - Edital nº 15 | FAURGS - 2022 - SES-RS - Nutricionista - Edital nº 15 | FAURGS - 2022 - SES-RS - Médico Clínico Geral - Edital nº 15 | FAURGS - 2022 - SES-RS - Farmacêutico - Edital nº 15 | FAURGS - 2022 - SES-RS - Engenheiro de Produção - Edital nº 15 | FAURGS - 2022 - SES-RS - Gestor em Saúde - Edital nº 15 | FAURGS - 2022 - SES-RS - Médico - Edital nº 15 | FAURGS - 2022 - SES-RS - Gestor Financeiro - Edital nº 15 | FAURGS - 2022 - SES-RS - Engenheiro de Segurança do Trabalho - Edital nº 15 | FAURGS - 2022 - SES-RS - Assistente Social - Edital nº 15 | FAURGS - 2022 - SES-RS - Engenheiro Agrônomo - Edital nº 15 | FAURGS - 2022 - SES-RS - Pedagogo - Edital nº 15 | FAURGS - 2022 - SES-RS - Analista de Políticas Públicas - Edital nº 15 | FAURGS - 2022 - SES-RS - Psicólogo - Edital nº 15 | FAURGS - 2022 - SES-RS - Terapeuta Ocupacional - Edital nº 15 | FAURGS - 2022 - SES-RS - Sociólogo - Edital nº 15 | FAURGS - 2022 - SES-RS - Químico - Edital nº 15 | FAURGS - 2022 - SES-RS - Engenheiro Civil - Edital nº 15 |
Q1869422 Português
Instrução: A questão refere-se ao texto abaixo.


Excerto adaptado de: CENSON, Dianine; BARCELOS, Marcio.
O papel do estado na gestão da crise ocasionada
 pela covid-19: visões distintas sobre federalismo e
 as relações entre união e municípios. Revista Brasileira
de Gestão e Desenvolvimento Regional,v. 16, n. 4, 2020. Disponível em: 
https://www.rbgdr.net/revista/index.php/rbgdr/article/view/5977.
Acesso em: 30 de setembro de 2021.

Em relação à expressão entes subnacionais (l. 20), é correto afirmar que
Alternativas
Q1869395 Português
A conjunção destacada em “mas não são.” (l. 19) pode ser substituída, sem alteração do sentido, por
Alternativas
Q1869394 Português
A classe da palavra destacada difere da classe das destacadas nas demais opções em: 
Alternativas
Q1869378 Português
A locução conjuntiva destacada em “ainda que você seja jovem.” (l. 48) pode ser substituída, sem alterar o sentido da frase, por
Alternativas
Q1868927 Português
O substantivo abstrato cujo sentido NÃO caracteriza a atitude do profissional num momento crucial de decisão é
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Q1868893 Português

Investimento em educação na primeira

infância como “estratégia anticrime”


            James Heckman já era vencedor do Nobel de Economia quando começou a se dedicar ao assunto pelo qual passaria a ser realmente conhecido: a primeira infância (de 0 a 5 anos de idade), sua relação com a desigualdade social e o potencial que há nessa fase da vida para mudanças que possam tirar pessoas da pobreza.

            Em grande parte por causa de seus estudos, o assunto tem ganhado mais atenção nos últimos anos. Heckman concluiu que o investimento na primeira infância é uma estratégia eficaz para o crescimento econômico. Ele calcula que o retorno financeiro para cada dólar gasto é dos mais altos.

            Isso ocorre porque, na etapa entre o nascimento e os cinco anos de idade, o cérebro se desenvolve rapidamente e é mais maleável. Assim, é mais fácil incentivar habilidades cognitivas e de personalidade – atenção, motivação, autocontrole e sociabilidade – necessárias para o sucesso na escola, saúde, carreira e na vida.

            No início dos anos 2000, Heckman começou a se debruçar sobre os dados do Perry Preschool Project, experimento social que mudou a vida de seus participantes. Ele funcionou assim: em 1962, na pequena cidade de Ypslanti, no Estado do Michigan, nos Estados Unidos, 123 alunos da mesma escola foram divididos aleatoriamente em dois grupos. Um deles, com 58 crianças, recebeu uma educação pré-escolar de alta qualidade, e o outro, com 65, não participou das mesmas atividades – este último é o grupo de controle. A proposta era testar se o acesso a uma boa educação infantil melhoraria a capacidade de crianças desfavorecidas de obter sucesso na escola e na vida.

            “O consenso quando comecei a analisar os dados era de que o programa não tinha sido bem-sucedido porque o QI dos participantes era igual ao de não participantes”, lembra ele, anos depois, em conversa com a BBC News Brasil.

            Heckman e colegas resolveram analisar os resultados do experimento por outro ângulo. “Nós olhamos não para o QI, mas para as habilidades sociais e emocionais que os participantes demonstraram em etapas seguintes da vida e vimos que o programa era, na verdade, muito mais bem-sucedido do que as pessoas achavam. Constatamos que os participantes tinham mais probabilidade de estarem empregados e tinham muito menos chance de ter cometido crimes”, diz o economista.

            Sua análise do programa Perry chegou à conclusão de que houve um retorno sobre o investimento de 7 a 10% ao ano, com base no aumento da escolaridade e do desempenho profissional, além da redução dos custos com reforço escolar, saúde e gastos do sistema penal.

(Luiza Franco. BBC News Brasil. 21 de maio de 2019. Adaptado)

No trecho do 6º parágrafo do texto “Nós olhamos não para o QI, mas para as habilidades sociais e emocionais que os participantes demonstraram em etapas seguintes da vida...”, a expressão em destaque pode ser substituída corretamente por:
Alternativas
Q1868890 Português

Investimento em educação na primeira

infância como “estratégia anticrime”


            James Heckman já era vencedor do Nobel de Economia quando começou a se dedicar ao assunto pelo qual passaria a ser realmente conhecido: a primeira infância (de 0 a 5 anos de idade), sua relação com a desigualdade social e o potencial que há nessa fase da vida para mudanças que possam tirar pessoas da pobreza.

            Em grande parte por causa de seus estudos, o assunto tem ganhado mais atenção nos últimos anos. Heckman concluiu que o investimento na primeira infância é uma estratégia eficaz para o crescimento econômico. Ele calcula que o retorno financeiro para cada dólar gasto é dos mais altos.

            Isso ocorre porque, na etapa entre o nascimento e os cinco anos de idade, o cérebro se desenvolve rapidamente e é mais maleável. Assim, é mais fácil incentivar habilidades cognitivas e de personalidade – atenção, motivação, autocontrole e sociabilidade – necessárias para o sucesso na escola, saúde, carreira e na vida.

            No início dos anos 2000, Heckman começou a se debruçar sobre os dados do Perry Preschool Project, experimento social que mudou a vida de seus participantes. Ele funcionou assim: em 1962, na pequena cidade de Ypslanti, no Estado do Michigan, nos Estados Unidos, 123 alunos da mesma escola foram divididos aleatoriamente em dois grupos. Um deles, com 58 crianças, recebeu uma educação pré-escolar de alta qualidade, e o outro, com 65, não participou das mesmas atividades – este último é o grupo de controle. A proposta era testar se o acesso a uma boa educação infantil melhoraria a capacidade de crianças desfavorecidas de obter sucesso na escola e na vida.

            “O consenso quando comecei a analisar os dados era de que o programa não tinha sido bem-sucedido porque o QI dos participantes era igual ao de não participantes”, lembra ele, anos depois, em conversa com a BBC News Brasil.

            Heckman e colegas resolveram analisar os resultados do experimento por outro ângulo. “Nós olhamos não para o QI, mas para as habilidades sociais e emocionais que os participantes demonstraram em etapas seguintes da vida e vimos que o programa era, na verdade, muito mais bem-sucedido do que as pessoas achavam. Constatamos que os participantes tinham mais probabilidade de estarem empregados e tinham muito menos chance de ter cometido crimes”, diz o economista.

            Sua análise do programa Perry chegou à conclusão de que houve um retorno sobre o investimento de 7 a 10% ao ano, com base no aumento da escolaridade e do desempenho profissional, além da redução dos custos com reforço escolar, saúde e gastos do sistema penal.

(Luiza Franco. BBC News Brasil. 21 de maio de 2019. Adaptado)

Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas da seguinte frase:


A pesquisa procurou testar se o acesso ________ educação infantil corresponderia _______ necessidade de crianças desfavorecidas ___________ aprimorar suas habilidades sociais e emocionais.

Alternativas
Q1868738 Português

Uma geração de extraterrestres


            Penso que Michel Serres seja a mente filosófica mais aguda na França de hoje e, como todo bom filósofo, é capaz de dedicar-se também à reflexão sobre a atualidade. Uso despudoradamente (à exceção de alguns comentários pessoais) um belíssimo artigo de Serres publicado em março de 2010 que recorda coisas que, para os leitores mais jovens, dizem respeito aos filhos e, para nós, mais velhos, aos netos.

            Só para começar, estes filhos ou netos nunca viram um porco, uma vaca, uma galinha. Os novos seres humanos não estão mais habituados a viver na natureza, e só conhecem as cidades. Trata-se de uma das maiores revoluções antropológicas depois do neolítico* .

            Há mais de sessenta anos, os jovens europeus não conhecem guerras, beneficiam-se de uma medicina avançada e não sofrem como sofreram seus antepassados. Então, que obras literárias poderão apreciar, visto que não conheceram a vida rústica, as colheitas, os monumentos aos caídos, as bandeiras dilaceradas pelas balas inimigas, a urgência vital de uma moral?

            Foram formados por meios de comunicação concebidos por adultos que reduziram a sete segundos o tempo de permanência de uma imagem e a quinze segundos o tempo de resposta às perguntas. São educados pela publicidade que exagera nas abreviações e nas palavras estrangeiras e faz com que percam o senso da língua materna. A escola não é mais o local da aprendizagem e, habituados aos computadores, esses jovens vivem boa parte da sua vida no virtual. Nós vivíamos num espaço métrico perceptível, e eles vivem num espaço irreal onde vizinhanças e distâncias não fazem mais a menor diferença.

            Não vou me deter nas reflexões de Serres acerca das possibilidades de administrar as novas exigências da educação. Em todo caso, sua panorâmica nos fala de um período semelhante, pela subversão total, ao da invenção da escrita e, séculos depois, da imprensa. Só que estas novas técnicas hodiernas mudam em grande velocidade. Por que não estávamos preparados para esta transformação?

            Serres conclui que talvez a culpa seja também dos filósofos, que, por profissão, deveriam prever as mudanças dos saberes e das práticas e não o fizeram de maneira suficiente porque, “empenhados na política de todo dia, não viram chegar a contemporaneidade”. Não sei se Serres tem toda razão, mas alguma ele tem.

*Última divisão da Idade da Pedra, caracterizada pelo desenvolvimento da agricultura e a domesticação de animais.

(Umberto Eco. Pape Satàn aleppe: crônicas de uma sociedade líquida.

2 ed. – Rio de Janeiro: Record, 2017. Excerto adaptado)

O termo destacado na frase do 1º parágrafo – Uso despudoradamente (à exceção de alguns comentários pessoais) um belíssimo artigo de Serres... – exprime circunstância de
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Q1868684 Português

A ditadura do algoritmo    

  

            Recentemente, durante uma reunião com o time de marketing digital que assessora minha empresa, ouvi a expressão “o algoritmo1 não ficou feliz com esse post 2”. Por ser jurássico na área de tecnologia, tendo iniciado há quase 40 anos como programador, sei muito bem o que é um algoritmo. Desenvolvi vários, mas, até hoje, nunca esperei que algum deles ficasse feliz ou triste com algo que eu declarasse, publicasse ou apresentasse.

           Provoquei, perguntando como deixar o sensível algoritmo “feliz”. Ouvi uma sequência de ações para que qualquer informação das redes sociais seja publicada para um número significativo de pessoas. Em outras palavras, é necessária uma série de ações para que o algoritmo fique “feliz” e lhe conceda, magnanimamente, um espaço no ambiente no qual é soberano.

            Considerando-se que, na política, uma ditadura caracteriza-se por um governo autoritário ou totalitário, não vejo diferença entre a ditadura política e viver num mundo onde um robô ou uma inteligência artificial interpreta, aprende e provoca contínua e quase naturalmente emoções humanas a partir de um volume monstruoso de informações publicadas a cada segundo. É a ditadura do algoritmo. Por sinal, nunca a expressão “escravo do sistema” fez tanto sentido.

            No caso das redes sociais, o objetivo do “ditador algoritmo” é apresentar a melhor experiência possível a quem estiver navegando, disponibilizando algum conteúdo que seja agradável à pessoa e bloqueando o que não a agrade, garantindo fidelidade ao aplicativo e a todas as suas variantes. Mas isso vai além de proporcionar uma boa experiência, pois o perfil de consumo também é mapeado, facilitando a oferta de produtos e serviços aderentes aos anseios da pessoa.

            Essa ditadura do “soberano algoritmo” chega a ser até mais cruel que a ditadura política, pois é camuflada por imagens agradáveis, frases de incentivo e áudios que tornam o pensamento dos que consomem tudo isso alinhado aos anseios daqueles que criam armadilhas que levam a uma interpretação equivocada do mundo, conduzindo a decisões irracionais que atendam às expectativas do “algoz algoritmo”. Que triste estar num mundo em que tudo é feito para que se leia, ouça ou veja somente aquilo que queremos ler, ouvir e ver. A ausência do contraditório, da discrepância e do discordante infantiliza qualquer relação e impede que se mantenha a visão sobre o mundo e sobre a vida em evolução contínua.

1 Algoritmo: conjunto das regras e procedimentos lógicos que levam à solução de um problema.

2 Post: postagem, conteúdo publicado em plataformas de comunicação ou sites da internet.

(Edson S. Moraes. https://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2021/08/

a-ditadura-do-algoritmo.shtml. 21.08.2021. Adaptado)

Considere o trecho redigido a partir do texto:


     A ideia de que seríamos escravos do sistema remete muito significativamente _______ forma como os conteúdos veiculados na internet nos induzem _______ fazer certas escolhas, em consonância _______ propósitos com que são criados. Por trás do aparentemente despretensioso objetivo de possibilitar uma experiência agradável, está a busca _____ estimular o consumo, subsidiada pelo mapeamento de informações que permite _____ empresas oferecerem produtos compatíveis ______ perfil de cada usuário da internet.


De acordo com a norma-padrão da língua, as lacunas do texto devem ser preenchidas, correta e respectivamente, com:

Alternativas
Q1868682 Português

A ditadura do algoritmo    

  

            Recentemente, durante uma reunião com o time de marketing digital que assessora minha empresa, ouvi a expressão “o algoritmo1 não ficou feliz com esse post 2”. Por ser jurássico na área de tecnologia, tendo iniciado há quase 40 anos como programador, sei muito bem o que é um algoritmo. Desenvolvi vários, mas, até hoje, nunca esperei que algum deles ficasse feliz ou triste com algo que eu declarasse, publicasse ou apresentasse.

           Provoquei, perguntando como deixar o sensível algoritmo “feliz”. Ouvi uma sequência de ações para que qualquer informação das redes sociais seja publicada para um número significativo de pessoas. Em outras palavras, é necessária uma série de ações para que o algoritmo fique “feliz” e lhe conceda, magnanimamente, um espaço no ambiente no qual é soberano.

            Considerando-se que, na política, uma ditadura caracteriza-se por um governo autoritário ou totalitário, não vejo diferença entre a ditadura política e viver num mundo onde um robô ou uma inteligência artificial interpreta, aprende e provoca contínua e quase naturalmente emoções humanas a partir de um volume monstruoso de informações publicadas a cada segundo. É a ditadura do algoritmo. Por sinal, nunca a expressão “escravo do sistema” fez tanto sentido.

            No caso das redes sociais, o objetivo do “ditador algoritmo” é apresentar a melhor experiência possível a quem estiver navegando, disponibilizando algum conteúdo que seja agradável à pessoa e bloqueando o que não a agrade, garantindo fidelidade ao aplicativo e a todas as suas variantes. Mas isso vai além de proporcionar uma boa experiência, pois o perfil de consumo também é mapeado, facilitando a oferta de produtos e serviços aderentes aos anseios da pessoa.

            Essa ditadura do “soberano algoritmo” chega a ser até mais cruel que a ditadura política, pois é camuflada por imagens agradáveis, frases de incentivo e áudios que tornam o pensamento dos que consomem tudo isso alinhado aos anseios daqueles que criam armadilhas que levam a uma interpretação equivocada do mundo, conduzindo a decisões irracionais que atendam às expectativas do “algoz algoritmo”. Que triste estar num mundo em que tudo é feito para que se leia, ouça ou veja somente aquilo que queremos ler, ouvir e ver. A ausência do contraditório, da discrepância e do discordante infantiliza qualquer relação e impede que se mantenha a visão sobre o mundo e sobre a vida em evolução contínua.

1 Algoritmo: conjunto das regras e procedimentos lógicos que levam à solução de um problema.

2 Post: postagem, conteúdo publicado em plataformas de comunicação ou sites da internet.

(Edson S. Moraes. https://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2021/08/

a-ditadura-do-algoritmo.shtml. 21.08.2021. Adaptado)

Considere as frases do 1º parágrafo:


•  ... “o algoritmo não ficou feliz com esse post”.

•  ... sei muito bem o que é um algoritmo.

•  ... nunca esperei que algum deles ficasse feliz...


Os termos destacados nas frases referem-se, respectivamente, a algoritmos: 

Alternativas
Q1868647 Português

Cabia aos repórteres descobrir se a cúpula da Igreja Católica em Boston tinha conhecimento dos atos de pedofilia que alguns padres da cidade cometiam contra crianças de famílias carentes. (l. 15-17)


Na frase acima, o trecho introduzido pela conjunção sublinhada caracteriza-se como:

Alternativas
Q1868581 Português

Muitos anos depois da publicação de Quarto de despejo, diário de uma favelada, novas escritoras negras brasileiras, inspiradas na obra de Carolina Maria de Jesus, formam o livro Carolinas: a nova geração de escritoras negras brasileiras, publicado em 2021, do qual se extrai o texto abaixo.


Entre a rua, este quarto e o ser

(Camila de Oliveira Silva)


Recebo a manhã de pé. Consciente da minha insone madrugada, eu estou à beira das 6h. Pressinto o dia longo, que vai arrastar esse corpo que sequer se esticou. Pronto o café, pronta uma manhã e nem importa que eu não esteja preparada para absolutamente nada hoje. Alguma vez já quis pedir ao dia que me levante. Não sei seguir por essa hora em chamas, nesse amarelo que cai sobre o dia, que não me socorre. Às vezes, antes de ir à rua, me pego querendo ir direto para a noite. Algo me vem em cheio nessas horas e não é a saudade que ontem, sem razão, me consumia de vida e morte. 

E de repente já estou na rua, rumando, rearrumando e esfregando meus olhos secos. Esforçando em segurar lágrimas e sabendo que preciso, agora, despejar meu olhar sobre o mundo: o mais seco que eu quiser. Desejo despejar meu olhar dentro dos olhos de todo mundo. Ando, e sinto que os passos só escorrem para alcançar sentido. Quando estou aqui, parece que a rua é tudo o que tenho, sou e tudo o que sobrei. [...] 

(LUDEMIR, Julio (org.). Carolinas: a nova geração

de escritoras negras brasileiras. Rio de Janeiro:

Bazar do Tempo: Flup, 2021)

O título do texto, além de ser constituído por substantivos, também apresenta outros vocábulos que cumprem papéis específicos. Dentre esses vocábulos, assinale o único que indica uma relação de proximidade entre o substantivo e o emissor do texto.
Alternativas
Respostas
8601: B
8602: B
8603: B
8604: B
8605: C
8606: D
8607: B
8608: B
8609: A
8610: C
8611: C
8612: A
8613: E
8614: A
8615: D
8616: A
8617: B
8618: A
8619: C
8620: C