Questões de Português - Noções de Fonética para Concurso
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TODAS AS QUESTÕES SERÃO AVALIADAS COM BASE NO
REGISTRO CULTO E FORMAL DA LÍNGUA.
O timbre da vogal tônica do substantivo, quando escrito no plural, altera de fechado para aberto em
Etimologia. Sobre as formas verbais latinas potes,
'pode', potui, "pude", poteìram, "pudera", poteìro, 'poderei',
potens, potentis, 'aquele que pode' etc. (todos do verbo lat.
posse, 'poder, ter o poder de, ser capaz de'), forma-se o
infinitivo lat. vulg. poteìre, 'poder, ter o poder de, ser capaz
de', que conviveu com o lat. cláss. posse até suplantá-lo por
volta do séc. VIII d.C. Poteìre é a origem do port. esp.
poder, do século XII-XIII, it. potere, fr. pouvoir, ambos do
séc. XII, ing. power, de 1297-1325, que já se registram
como substantivo nessas datas. O vocábulo al. Macht traduz
o port. esp. poder e demais vernacularizações.
Enciclopédia Mirador Internacional. São Paulo - Rio de Janeiro: Encyclopaedia
Britannica do Brasil. Publicações Ltda. 1977, p. 9.001 (com adaptações).
Julgue os itens subseqüentes, relativos ao sentido e às
estruturas morfossintática, semântica e discursiva do texto I.
Com base no texto acima, julgue os itens subseqüentes.
A rotina nos atrapalha e até nos limita, mas é tão confortável e tão segura que nos acostumamos a ela tão cedo que a ignoramos. No entanto, o conto da vaca é uma daquelas histórias que funcionam como um toque de atenção, um despertar para o que não vemos em nossas vidas diárias, mas que nos afeta mais do que pensamos. Graças a essa história, descobrimos o que essa vaca realmente significa, o que obtemos dela e o quão dependentes podemos nos tornar daquilo que ela nos dá.
Certa vez, um mestre caminhava pelo campo com seu discípulo. Um dia eles encontraram uma humilde casa de madeira, buginganga habitada por um casal e seus três filhos. Eles estavam todos _______ vestidos, seus pés estavam descalços e o ambiente denotava extrema pobreza. O mestre perguntou ao pai da família como eles sobreviveram, já que não _______ indústrias, comércio e nem mesmo riqueza naquele lugar. Calmamente, o pai respondeu: “olha, nós temos uma vaca que nos fornece vários litros de leite todos os dias. Uma parte nós vendemos e com o dinheiro compramos outras coisas; a outra parte usamos para nosso próprio consumo. Desta forma nós sobrevivemos”. O mestre agradeceu a informação, despediu-se e foi embora. Ao se afastar, disse ao seu discípulo: “procure a vaca, leve-a para o penhasco e empurre-a para dentro da ravina”. O jovem ficou assustado, já que a vaca era o único meio de subsistência daquela família humilde. Com grande pesar, levou o animal ao precipício e o empurrou. Essa cena ficou gravada em sua mente por muitos anos.
Depois de um tempo, o discípulo decidiu deixar o mestre e voltar _______ lugar para pedir desculpas _______ família a quem causara tantos danos. Ao se aproximar, ele observou que tudo havia mudado. Uma bela casa foi cercada por árvores onde muitas crianças brincavam e havia um carro estacionado. O jovem inicialmente sentiu-se triste e desesperado porque achava que aquela família humilde teria vendido tudo para tentar sobreviver. Foi apenas um susto, pois em seguida percebeu que o local era habitado pela mesma família de outrora. Então, ele perguntou ao pai o que tinha acontecido, e este, com um sorriso largo, respondeu: “tivemos uma vaca que nos fornecia leite e com a qual sobrevivemos, mas ela caiu de um penhasco e morreu. Fomos forçados a desenvolver outras habilidades que nunca imaginávamos possuir. Assim, começamos a prosperar e nossa vida mudou”.
Como o discípulo, podemos ter ficado chocados com a decisão do mestre pelo aniquilamento da vaca. Esta história, entretanto, é uma metáfora sobre as limitações geradas pelo conforto em nossa vida. No momento em que aquela pobre família ficou sem o sustento ao qual estava apegada para sobreviver, ela não teve outro caminho senão procurar alternativas. Mas, em vez de descobrir mais pobreza, encontrou uma maneira de prosperar, algo que nunca havia imaginado. Se a vaca nunca tivesse desaparecido de sua vida, continuaria a viver na pobreza, sem acreditar que poderia ir mais longe.
Muitas pessoas agradecem que existam momentos em sua vida que, apesar de dolorosos e difíceis, levam-nas a sair da zona de conforto em que se instalaram e permaneceram presas. O conto da vaca nos impele a superar o que nos limita, seja, por exemplo, um trabalho de que não gostamos, mas cujo salário no final do mês nos dá segurança, ou a satisfação de poupar para viajar, cuja incerteza em relação a possíveis imprevistos nunca faz com que esta viagem se torne realidade… Trata-se de uma excelente história que nos permite refletir sobre a maneira como vivemos, especialmente se vivemos nos queixando a respeito da nossa existência. Não é necessário esperar que um mestre chegue para ser lançada de um precipício aquela pequena vaca que nos limita muito. Podemos, a partir de hoje, olhar além de nossos confortos para nos conscientizarmos do potencial que temos. Porque não estamos limitados. Somos nós que colocamos obstáculos.
(Texto adaptado especialmente para esta prova. Disponível em: https://
www.contioutra.com/o-conto-da-vaca-quando-a-rotina-nos-limita/.
Acesso em: 25/07/ 2019.)
A boa pronunciação das palavras constitui objeto de estudo da ortoépia. Quem lê “buginganga” (2º§) é induzido a pronunciar incorretamente a palavra “bugiganga”, que deveria ser grafada sem a letra “n” na segunda sílaba. Partindo-se dessa premissa, analise afirmativas a seguir.
I. É correto escrever “degladiar” em vez de “digladiar”.
II. É errôneo escrever “aterrisagem” em vez de “aterrissagem”.
III. É incorreto escrever “abstêmio” em vez de “abstênio”.
Estão corretas as afirmativas