Questões de Concurso Sobre orações subordinadas adjetivas: restritivas, explicativas em português

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Q2396452 Português
TEXTO


      TEXTO PARA A QUESTÃO 


O elogio do fracasso

Livro faz cartografia dos erros e mostra que alguns são necessários para que saber avance

17.fev.2024 | Hélio Schwartsman


      Ninguém gosta de fracassar, e isso é um problema. Nossa estrutura psíquica evoluiu para nos afastar de erros. Mas, se varrer falhas para baixo do tapete fazia sentido no Pleistoceno, o mesmo raciocínio não se aplica à modernidade e às suas instituições. A ciência, por exemplo, é um sistema [no qual resultados negativos e hipóteses frustradas são parte indissociável do ecossistema] 1 . O saber não avança sem isso. Não obstante, mesmo sabendo disso, cientistas ficam desapontados quando suas previsões iniciais fracassam. Por vezes, até tentam esconder seus erros —o que pode ser desastroso para o sistema.

        Em "Right Kind of Wrong" (O tipo certo de erro), Amy Edmondson (Harvard) traça uma cartografia dos erros. Eles podem ser básicos, complexos ou inteligentes. Podem ocorrer em situações de baixa, de média ou de alta incerteza. Podem darse em contextos já bem mapeados pelo conhecimento, nos nem tanto ou em terreno desconhecido. Cada combinação produz um resultado. Há desde o erro catastrófico do piloto [que derruba o avião] 2 até os erros que revelam os buracos de uma teoria, abrindo as portas para as chamadas revoluções científicas.

        O ponto central de Edmondson é [que precisamos entender essa paisagem] 3 para desenvolver mecanismos que nos ajudem a evitar os erros "errados" e aprender com os "certos". Criar ambientes que ofereçam segurança psicológica para que as pessoas falem abertamente sobre erros é fundamental para que organizações possam se aprimorar e inovar.

     O livro tem uma pegada de autoajuda que não me agrada tanto, mas Edmondson trata com didatismo um assunto que é fundamental. Ela narra vários casos que ilustram com muita propriedade as questões abordadas. A autora também se preocupa em trazer histórias de inovadores [que pertençam a grupos  historicamente relegados] 4 , como mulheres e negros. Com isso, consegue fugir da repetição das histórias de sempre, comum em livros desse nicho.


SCHWARTSMAN, Hélio. O elogio do fracasso. Folha de São Paulo, 17 de fevereiro de 2024. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/helioschwarts man/2024/02/o-elogio-do-fracasso.shtml. Acesso em: 18 fev. 2024. Adaptado.
Qual das orações identificadas com colchetes e números sobrescritos NÃO se classifica como uma oração subordinada adjetiva?
Alternativas
Ano: 2024 Banca: IVIN Órgão: Prefeitura de Curuçá - PA Provas: IVIN - 2024 - Prefeitura de Curuçá - PA - Assistente Social | IVIN - 2024 - Prefeitura de Curuçá - PA - Professor de Ciências Físicas e Biológicas | IVIN - 2024 - Prefeitura de Curuçá - PA - Educador Físico | IVIN - 2024 - Prefeitura de Curuçá - PA - Énfermeiro | IVIN - 2024 - Prefeitura de Curuçá - PA - Farmacêutico/Bioquímico | IVIN - 2024 - Prefeitura de Curuçá - PA - Fisioterapeuta | IVIN - 2024 - Prefeitura de Curuçá - PA - Médico Veterinário | IVIN - 2024 - Prefeitura de Curuçá - PA - Professor de Artes | IVIN - 2024 - Prefeitura de Curuçá - PA - Professor de Educação Física | IVIN - 2024 - Prefeitura de Curuçá - PA - Professor de Educação Especial | IVIN - 2024 - Prefeitura de Curuçá - PA - Professor de História | IVIN - 2024 - Prefeitura de Curuçá - PA - Professor de Geografia | IVIN - 2024 - Prefeitura de Curuçá - PA - Professor de Informática | IVIN - 2024 - Prefeitura de Curuçá - PA - Professor de Língua Inglesa | IVIN - 2024 - Prefeitura de Curuçá - PA - Professor de Matemática | IVIN - 2024 - Prefeitura de Curuçá - PA - Professor de Religião | IVIN - 2024 - Prefeitura de Curuçá - PA - Professor de Séries Iniciais | IVIN - 2024 - Prefeitura de Curuçá - PA - Psicólogo | IVIN - 2024 - Prefeitura de Curuçá - PA - Terapeuta Ocupacional | IVIN - 2024 - Prefeitura de Curuçá - PA - Professor de Língua Portuguesa | IVIN - 2024 - Prefeitura de Curuçá - PA - Nutricionista |
Q2394525 Português
Ainda sobre o segmento oracional da questão anterior “A professora Tara Spires-Jones, presidente da Associação Britânica de Neurociências, diz...” (13º parágrafo), o termo destacado é um(a):  
Alternativas
Ano: 2024 Banca: IVIN Órgão: Prefeitura de Curuçá - PA Provas: IVIN - 2024 - Prefeitura de Curuçá - PA - Assistente Social | IVIN - 2024 - Prefeitura de Curuçá - PA - Professor de Ciências Físicas e Biológicas | IVIN - 2024 - Prefeitura de Curuçá - PA - Educador Físico | IVIN - 2024 - Prefeitura de Curuçá - PA - Énfermeiro | IVIN - 2024 - Prefeitura de Curuçá - PA - Farmacêutico/Bioquímico | IVIN - 2024 - Prefeitura de Curuçá - PA - Fisioterapeuta | IVIN - 2024 - Prefeitura de Curuçá - PA - Médico Veterinário | IVIN - 2024 - Prefeitura de Curuçá - PA - Professor de Artes | IVIN - 2024 - Prefeitura de Curuçá - PA - Professor de Educação Física | IVIN - 2024 - Prefeitura de Curuçá - PA - Professor de Educação Especial | IVIN - 2024 - Prefeitura de Curuçá - PA - Professor de História | IVIN - 2024 - Prefeitura de Curuçá - PA - Professor de Geografia | IVIN - 2024 - Prefeitura de Curuçá - PA - Professor de Informática | IVIN - 2024 - Prefeitura de Curuçá - PA - Professor de Língua Inglesa | IVIN - 2024 - Prefeitura de Curuçá - PA - Professor de Matemática | IVIN - 2024 - Prefeitura de Curuçá - PA - Professor de Religião | IVIN - 2024 - Prefeitura de Curuçá - PA - Professor de Séries Iniciais | IVIN - 2024 - Prefeitura de Curuçá - PA - Psicólogo | IVIN - 2024 - Prefeitura de Curuçá - PA - Terapeuta Ocupacional | IVIN - 2024 - Prefeitura de Curuçá - PA - Professor de Língua Portuguesa | IVIN - 2024 - Prefeitura de Curuçá - PA - Nutricionista |
Q2394524 Português
Sobre o segmento oracional destacado “A professora Tara Spires-Jones, presidente da Associação Britânica de Neurociências, diz que o implante anunciado por Musk "tem um grande potencial...”” (13º parágrafo), é correto afirmar que: 
Alternativas
Q2392863 Português
Texto II para responder a questão.


      A convivência na cidade é um processo, uma conquista a ser construída, uma espiral de encontros com diversidades, diferenças e criações. É importante iniciar o diálogo afirmando que convivência não é sinônimo de tolerância. Ainda que vivamos uma onda de intolerância no mundo e no Brasil, a superação deste desencontro conservador e anacrônico não é a tolerância, mas a convivência. Sempre mais que aceitar, sempre mais que um “tudo bem” no canto da boca. Precisa-se elevar o respeito e pavimentar o conflito na cidade com as possibilidades de síntese, crescimento, superação e aprendizagem mútuas.

      Elemento fundamental para isso é a superação das desigualdades. Superar desigualdades econômicas, sociais, de acesso às artes, ao conhecimento historicamente acumulado, à mobilidade plena (corporal e simbólica), é um grande desafio. O compromisso de colocar a vida acima do lucro e garantir a vida com dignidade para todas as pessoas precisa ganhar a escala das ações fundamentais. Assim sendo, a estrada a ser seguida precisa apostar nas diferenças e superar as desigualdades.

      Assim, identificar a favela como lugar de potência é o principal registro de que as pessoas que compõem este território são artesãs de ações criativas e inventivas. São ambientes nos quais jorram práticas de superação de suas condições de vida e seus habitantes conquistam centralidade na cidade. Portanto, identificar estes territórios pela carência, invisibilidade, violência, ou pelos termos negativos que percorrem a imprensa formal ou o poder político é um grande equívoco que precisa ser superado.

      Para isso, todos os instrumentos, meios, caminhos e linguagens que envolvem as novas tecnologias precisam ser profundamente lapidados no uso para a liberdade. E nesse processo, o celular, que hoje é um computador de mão e não apenas um telefone, ocupa papel central.

Fonte: Disponível em: https://museudoamanha.org.br/pt-br/convivencia-e-tecnologias-no-seculo-XXIha-desafios. Data: 26/01/2024 às 11:07.
Qual é a função sintática da oração "que hoje é um computador de mão e não apenas um telefone" no contexto do último parágrafo do texto II?
Alternativas
Q2388633 Português
Leia com atenção as colunas abaixo:

Coluna 01
(    )O bairro, que era conhecido pela tranquilidade, passou por uma mudança drástica devido à criminalidade.

(    )Os moradores que testemunharam o crime estão sendo chamados para prestar depoimento à polícia.

(    )As leis que abordam a criminalidade devem ser atualizadas para garantir uma resposta eficiente aos desafios contemporâneos.

(    )A sociedade, que se esforça para promover a segurança, precisa encontrar soluções eficazes contra a criminalidade.

Coluna 02
I.Oração Subordinada Adjetiva Explicativa.
II.Oração Subordinada Adjetiva Restritiva.

Correlacione ambas as colunas de acordo com o tipo de oração subordinada presente em cada afirmativa da Coluna 01. Em seguida, assinale a alternativa com a sequência correta:
Alternativas
Q2380841 Português
A pele exige mais cuidados no verão



O verão é a estação das atividades e eventos ao ar livre. Por conta do aumento da exposição ao sol, aumentam também o risco de queimaduras, câncer da pele e outros problemas, já que nesta época a radiação solar incide com mais intensidade sobre a Terra. Por isso, não dá para deixar a fotoproteção de lado. Nós temos algumas dicas para aproveitar a estação mais quente do ano sem colocar a saúde em risco:


Roupas e acessórios: chapéus e roupas de algodão e linho, de preferência de cor escura, são capazes de bloquear a maior parte da radiação UV. Tecidos sintéticos, como o nylon, bloqueiam apenas 30%. As barracas usadas na praia devem ser feitas de algodão ou lona, materiais que absorvem 50% da radiação UV. Óculos de sol são também de extrema importância porque previnem catarata e outras lesões nos olhos. A aquisição de roupas de tecido com fator de proteção solar (anti-UV) é um bom investimento para o verão.


Filtro solar: o filtro solar deve ser aplicado diariamente nas partes do corpo que ficam expostas ao sol e não somente nos momentos de lazer, nos quais geralmente se expõe o corpo inteiro. Os produtos com fator de proteção solar (FPS) 30 ou superior são os mais indicados e devem ser reaplicados 20 minutos antes da exposição solar e a cada duas horas, dependendo da transpiração e da frequência nos mergulhos de mar ou piscina. Em crianças, deve-se iniciar o uso do filtro a partir dos seis meses de idade e ensinar os pequenos a manter o hábito na vida. Para eles, o protetor mais adequado são os feitos para pele sensível.


Hidratação: por dentro e por fora. Deve-se aumentar a ingestão de líquidos e abusar da água, do suco de frutas e da água de coco. Também é indicado usar um bom hidratante diário, que ajuda a manter a quantidade de água na pele. No banho, recomenda-se usar sabonetes compatíveis com o tipo de pele, porém, sem excesso. A temperatura da água deve ser fria ou morna, para evitar o ressecamento.


Alimentação: alguns alimentos podem ajudar na prevenção contra os danos solares. É o caso da cenoura, da abóbora, do mamão, da maçã e beterraba, pois contêm carotenoides – substância que se deposita na pele e tem importante ação antioxidante. Ela é encontrada em frutas e legumes de cor alaranjada ou vermelha. Vale aproveitar que no verão tendemos a comer de forma mais saudável, consumindo carnes grelhadas, alimentos crus e cozidos, frutas e legumes com alto teor de água e fibras e baixo de carboidrato. Esses alimentos ajudam na hidratação, na prevenção de doenças e a evitar os sinais de envelhecimento.


A combinação sol, areia, praia, piscina e excesso de suor elevam o risco de algumas doenças da pele, que encontram o cenário perfeito para se desenvolver. Entre as mais comuns estão: micoses, brotoejas, manchas e sardas, acne. Vale lembrar que ninguém está livre delas, sejam crianças, jovens, adultos ou idosos. Para evitálas, a dica é usar roupas leves e soltas, não frequentar locais muito abafados e manter os hábitos de higiene – como secar-se bem após o banho em locais públicos. Também deve-se evitar a exposição solar entre 10 e 16 horas (horário de verão).



(https://sbdrj.org.br/a-pele-exige-mais-cuidados-no-verao/ Acesso em 10/01/2024) 
No período: “Também é indicado usar um bom hidratante diário, que ajuda a manter a quantidade de água na pele.”, a oração destacada é uma:
Alternativas
Q2380733 Português
Assinale a frase abaixo em que a oração adjetiva sublinhada foi adequadamente substituída por um adjetivo.
Alternativas
Q2377319 Português
SUSPENSE


      Às vezes a gente se depara com situações difíceis de acreditar, dignas de filmes de suspense, mas que ocorrem no dia a dia de gente simples, aqui bem perto de nós.

      Um trabalhador de uma cidade vizinha aqui do principado viveu um fato no mínimo estranho na última semana. O sujeito, muito religioso, vivia contando aos amigos histórias que ouvia a respeito de espíritos que tomavam o corpo de pessoas, manifestando-se nelas. Ele trabalhava de guarda-noturno e vivia contando essas histórias a alguns colegas de profissão. Alguns acreditavam, mas a maioria zombava dele.

       Na rotina do trabalhador, todas as manhãs, quando chegava em casa, tomava banho e ia até o quarto das filhas, dar-lhes um beijo. Numa manhã chuvosa de inverno, chegou em casa e, como de costume, tomou banho. Logo após, entrou no quarto e viu a filha, já acordada, encolhida sobre a cama, com expressão de medo nos olhos. Perguntou-lhe o que houve e ela, tremendo, disse:

     - Pai, tem uma menina, idêntica a mim, com o mesmo cabelo, os mesmos olhos azuis, escondida dentro do guarda-roupas!

     O pai acalmou a filha, disse que ela podia ter tido um pesadelo, cobriu ela novamente e ia saindo, mas a menina insistiu na história. Então o pai abriu o guarda-roupas e, para sua surpresa, estava lá a menina igual a sua filha. Ele então perguntou:

       - O que você faz aí dentro desse armário?

       A menina, com olhar fixo, cabelos desarrumados e voz grave, respondeu:

       - Ali naquela cama está uma menina igual a mim...

      O pai, então, com o olhar assustado, deu uma bronca nas gêmeas, mandou que se arrumassem para a escola e que parassem com essas brincadeiras idiotas de manhã cedo.


LINHARES, Ramires Sartor. Bom dia, boa tarde, boa noite, conforme a ocasião. Tubarão: Ilivroyou, 2022.

Dado o excerto:


“(...) vivia contando aos amigos histórias que ouvia a respeito de espíritos que tomavam o corpo de pessoas (...)”


Assinale a alternativa que apresenta oração subordinada com a mesma classificação que a oração em destaque:

Alternativas
Q2373511 Português
TEXTO 2


Os certinhos e os seres do abismo

Luís Fernando Veríssimo


           Era assim no meu tempo de frequentador de aulas ("estudante" seria um exagero), mas não deve ter mudado muito. A não ser quando a professora ou o professor designasse o lugar de cada um segundo alguma ordem, como a alfabética – e nesse caso eu era condenado pelo sobrenome a sentar no fundo da sala, junto com os Us, os Zs e os outros Vs –, os alunos se distribuíam pelas carteiras de acordo com uma geografia social espontânea, nem sempre bem definida, mas reincidente.

            Na frente sentava a Turma do Apagador, assim chamada porque era a eles que a professora recorria para ajudar a limpar o quadro-negro e os próprios apagadores. Nunca entendi bem por que se sujar com pó de giz era considerado um privilégio, mas a Turma do Apagador era uma elite, vista pelo resto da aula como favoritos do poder e invejada e destratada com a mesma intensidade. Quando passavam para os graus superiores, os apagadores podiam perder sua função e deixar de ser os queridinhos da tia, mas mantinham seus lugares e sua pose, esperando o dia da reabilitação, como todas as aristocracias tornadas irrelevantes.

          Não se deve confundir a Turma do Apagador com os Certinhos e os Bundas de Aço. Os certinhos ocupavam as primeiras fileiras para não se misturarem com a Massa que sentava atrás, os bundas de aço para estarem mais perto do quadro-negro e não perderem nada. Todos os apagadores eram certinhos, mas nem todos os certinhos eram apagadores, e os bundas de aço não eram necessariamente certinhos. Muitos bundas de aço, por exemplo, eram excêntricos, introvertidos, ansiosos – enfim, esquisitos. Já os certinhos autênticos se definiam pelo que não eram. Não eram nem puxa-sacos como os apagadores, nem estranhos como os bundas de aço, nem medíocres como a Massa, nem bagunceiros como os Seres do Abismo, que sentavam no fundo, e sua principal característica eram os livros encapados com perfeição.

             Atrás dos apagadores, dos certinhos e dos bundas de aço ficava a Massa, dividida em núcleos, como o Núcleo do Nem Aí, formado por três ou quatro meninas que ignoravam as aulas, davam mais atenção aos próprios cabelos e, já que tinham esse interesse em comum, sentavam juntas; o Clube de Debates, algumas celebridades (a garota mais bonita da aula, o cara que desenhava quadrinho de sacanagem) e seus respectivos círculos de admiradores, e nós do Centrão Desconsolado, que só tínhamos em comum a vontade de estar em outro lugar.

            E no fundo sentavam os Seres do Abismo, cuja única comunicação com a frente da sala eram os ocasionais mísseis que disparavam lá de trás e incluíam desde o gordo que arrotava em vários tons até uma proto-dark, provavelmente a primeira da história, com tatuagem na coxa.

              Mas isso, claro, foi na Idade Média.


Disponível em:<http://veja.abril.com.br/especiais/jovens> . Acesso em: 10 abr. 2023. 
Analise o período a seguir.

Quando passavam para os graus superiores, os apagadores podiam perder sua função e deixar de ser os queridinhos da tia, mas mantinham seus lugares e sua pose, esperando o dia da reabilitação, como todas as aristocracias tornadas irrelevantes.

No período, há duas orações
Alternativas
Ano: 2024 Banca: FUNCERN Órgão: Prefeitura de Carnaúba dos Dantas - RN Provas: FUNCERN - 2024 - Prefeitura de Carnaúba dos Dantas - RN - Advogado | FUNCERN - 2024 - Prefeitura de Carnaúba dos Dantas - RN - Administrador | FUNCERN - 2024 - Prefeitura de Carnaúba dos Dantas - RN - Fiscal de Tributos | FUNCERN - 2024 - Prefeitura de Carnaúba dos Dantas - RN - Analista de Controle Interno | FUNCERN - 2024 - Prefeitura de Carnaúba dos Dantas - RN - Contador | FUNCERN - 2024 - Prefeitura de Carnaúba dos Dantas - RN - Assistente Social | FUNCERN - 2024 - Prefeitura de Carnaúba dos Dantas - RN - Dentista | FUNCERN - 2024 - Prefeitura de Carnaúba dos Dantas - RN - Educador Físico (Bacharel) | FUNCERN - 2024 - Prefeitura de Carnaúba dos Dantas - RN - Enfermeiro | FUNCERN - 2024 - Prefeitura de Carnaúba dos Dantas - RN - Engenheiro Civil | FUNCERN - 2024 - Prefeitura de Carnaúba dos Dantas - RN - Farmacêutico / Bioquímico | FUNCERN - 2024 - Prefeitura de Carnaúba dos Dantas - RN - Fisioterapeuta | FUNCERN - 2024 - Prefeitura de Carnaúba dos Dantas - RN - Médico | FUNCERN - 2024 - Prefeitura de Carnaúba dos Dantas - RN - Médico Psiquiatra | FUNCERN - 2024 - Prefeitura de Carnaúba dos Dantas - RN - Nutricionista | FUNCERN - 2024 - Prefeitura de Carnaúba dos Dantas - RN - Pedagogo em Assistência Social | FUNCERN - 2024 - Prefeitura de Carnaúba dos Dantas - RN - Psicólogo | FUNCERN - 2024 - Prefeitura de Carnaúba dos Dantas - RN - Turismólogo | FUNCERN - 2024 - Prefeitura de Carnaúba dos Dantas - RN - Médico Veterinário | FUNCERN - 2024 - Prefeitura de Carnaúba dos Dantas - RN - Consultor Legislativo | FUNCERN - 2024 - Prefeitura de Carnaúba dos Dantas - RN - Jornalista | FUNCERN - 2024 - Prefeitura de Carnaúba dos Dantas - RN - Controlador | FUNCERN - 2024 - Prefeitura de Carnaúba dos Dantas - RN - Arquivista | FUNCERN - 2024 - Prefeitura de Carnaúba dos Dantas - RN - Assessor Jurídico | FUNCERN - 2024 - Prefeitura de Carnaúba dos Dantas - RN - Assessor Contábil | FUNCERN - 2024 - Prefeitura de Carnaúba dos Dantas - RN - Controlador Interno Legislativo | FUNCERN - 2024 - Prefeitura de Carnaúba dos Dantas - RN - Analista Legislativo - Especialidade Tecnologia da Informação | FUNCERN - 2024 - Prefeitura de Carnaúba dos Dantas - RN - Analista Legislativo - Especialidade Redação Parlamentar | FUNCERN - 2024 - Prefeitura de Carnaúba dos Dantas - RN - Procurador Jurídico | FUNCERN - 2024 - Prefeitura de Carnaúba dos Dantas - RN - Controlador - CCS 75 – NS |
Q2372253 Português
O futuro do trabalho ou o trabalho sem futuro?


Marcelo Augusto Vieira Graglia


          Billy Turnbull era um rapaz astuto, nos seus recém-completados 14 anos de vida. Naquela manhã fria de maio de 1831, caminhava pela rua principal de Bedlington em direção à mina que ficava no lado oeste da cidade, próxima à estrada que levava ao norte. Por entre a névoa, Billy já distinguia as pedras da igreja de São Authbert. Cerca de 400 metros abaixo, virou à esquerda, após a casa de Walter Daglass. Três portas acima, havia um arco que levava a um pátio com seis residências e um pomar. As casas eram decrépitas, para dizer o mínimo. O campo de batatas ficava do outro lado da parede dos fundos, seguia por ali para cortar caminho.

        Naquela manhã fria, quando Billy Turnbull finalmente chegou à entrada da mina, a querela já estava armada. Dezenas de homens, vestidos em seus farrapos e com seus rostos tingidos pelo pó preto do carvão, se aglomeravam em torno da máquina a vapor recém-adquirida pelo Sr. Stephens. Com suas pás e picaretas, amotinados, golpeavam o equipamento que respondia emitindo longos chiados. Em pouco tempo, a máquina parecia morta, imóvel e silenciosa. Assustado, Billy viu Brian Llewellin saindo do meio dos mineiros e vindo em sua direção. Quando o amigo se aproximou, perguntou: O que está havendo, Brian? Ao que este respondeu: Não sou Brian, meu nome é Ned Ludd.

        A história acima foi construída a partir de personagens fictícios, mas baseada em fatos históricos. Ned Ludd era a alcunha utilizada por muitos dos trabalhadores envolvidos em protestos e sabotagens. O ludismo foi um movimento de trabalhadores iniciado na Inglaterra, no início do século 19, que utilizou a destruição de máquinas como forma de pressionar os empregadores contra as condições precárias e contra a mecanização que causava demissões e substituição de funções mais qualificadas por outras de pouca exigência técnica e mais mal remuneradas.

      No campo do trabalho humano, é histórico o temor pelos efeitos potencialmente destruidores da tecnologia sobre os postos de trabalho, simbolicamente representado pelo movimento ludista. Nesta segunda década do século 21, novamente a emergência de uma nova onda de inovação tecnológica reacende a polêmica com visões diametralmente opostas: de um lado, a daqueles que vislumbram um futuro brilhante, no qual a tecnologia libertaria a humanidade da obrigação do trabalho duro, repetitivo, desestimulante, ao mesmo tempo que elimina doenças, promove a longevidade, o conforto e o deleite com novas possibilidades lúdicas e sensoriais trazidas por artefatos tecnológicos e ambientes digitais; de outro, em posição antagônica, há aqueles que temem as consequências potencialmente nefastas da proliferação da tecnologia de forma intensa por tantos campos sensíveis. Soma-se ainda o risco da desumanização das relações e da interferência voraz de sistemas de inteligência artificial (IA) em campos eminentemente humanos, num cenário de pós-humanismo cibernético.

       O que alimenta esses temores? Embora a automação tenha sido historicamente confinada a tarefas rotineiras envolvendo atividades baseadas em regras explícitas, a IA está entrando rapidamente em domínios dependentes de reconhecimento de padrões e pode substituir os humanos em uma ampla gama de tarefas cognitivas não rotineiras, seja em relação ao trabalho industrial, de serviço ou de conhecimento. Nessa transformação, há aspectos claramente positivos e outros que inspiram maior reflexão.

       Parafraseando a célebre frase narrada por Tucídides, na colossal obra História da Guerra do Peloponeso, quando a delegação da cidade de Corinto se empenhava em convencer os relutantes espartanos a abandonar seu temor em declarar guerra a Atenas: não devemos temer a tecnologia (Atenas), o que devemos temer são a nossa ignorância, a nossa indiferença e a nossa inércia. A ignorância, no sentido de não entendermos ou não buscarmos entender o processo histórico que ora se movimenta; a indiferença, no sentido de não nos sensibilizarmos com os efeitos deletérios possíveis, especialmente sobre grandes parcelas menos protegidas ou desfavorecidas da nossa sociedade, de ignorarmos os riscos; ademais, a inércia, traduzida pelo não agir, enquanto indivíduos, sociedade e governos não se preparam devidamente, não estabelecem estratégias adequadas, não constroem seus diques, seus programas, projetos e políticas públicas robustas e suficientes para enfrentar um mundo em transformação.

        John Maynard Keynes, em Economic possibilities for our grandchildren (1930), argumentava que o aumento da eficiência técnica havia ocorrido de forma mais rápida do que seria possível para lidar com o problema da absorção da força de trabalho. A depressão mundial – consumada com a quebra da Bolsa de Nova York em 1929 e a enorme anomalia do desemprego que se estabeleceu – impedia a clareza de visão necessária para que muitos pudessem captar as tendências que se afiguravam, como a do desemprego estrutural. Para Keynes, isso significava “desemprego devido à nossa descoberta de meios de economizar o uso do trabalho ultrapassando o ritmo em que podemos encontrar novos usos para o trabalho”. O economista previa que, mantidas as taxas de crescimento da produtividade geradas pela incorporação de tecnologias nos processos produtivos, e outras condições, em 100 anos o problema econômico mundial da escassez poderia ser resolvido. Em contrapartida, esse ganho de produtividade se daria, principalmente, pela substituição do trabalho humano; portanto, não seria necessário, no futuro, um contingente tão grande de pessoas trabalhando. Dessa forma, o principal problema econômico seria de distribuição de riqueza, não mais de escassez.

       A nova onda de inovação tecnológica tem características que a diferem das anteriores, como as da eletricidade, do automóvel, do computador, da internet. Entre elas, a ruptura do padrão de crescimento dos empregos concomitante ao crescimento econômico. Isso nos leva a três questões distintas. Em primeiro lugar, a questão da distribuição de renda enquanto processo a ser revisto e adequado aos novos tempos; em segundo, a questão da transição segura de uma sociedade economicamente baseada na renda do trabalho e emprego para outra em que não haja para muitos; e, por último, mas não menos importante e desafiador, a construção e a viabilização de alternativas para a falta do trabalho enquanto fonte de significado e propósito subjetivos de vida.

         A chegada dos chamados modelos de IA do tipo LLM – Large Language Models –, treinados a partir de algoritmos de aprendizagem profunda, com uso de quantidades colossais de dados, permitiu o desenvolvimento de produtos surpreendentes, como o ChatGPT, o Bard e o Midjourney. Esses produtos furaram a bolha técnica onde essa tecnologia vinha sendo desenvolvida, ao possibilitar que milhões de pessoas e organizações pudessem utilizar seus recursos nas mais diferentes aplicações. Ao mesmo tempo, trouxeram a concretude das possibilidades de substituição de inúmeras tarefas e funções humanas, reacendendo antigos temores.

        Neste momento, há enormes diferenças entre as pesquisas e as projeções sobre o impacto dessas tecnologias. Há argumentos frágeis, e mesmo outros desonestos, tentando desqualificar as preocupações com o risco da eliminação de muitos postos de trabalho. Alguns destes apelam para uma aritmética primitiva e descabida, de que novos empregos e profissões surgirão e compensarão aqueles perdidos. Há dois equívocos nesta lógica: a de que o futuro sempre repete o passado e a de que se trata de uma conta de subtração. A realidade põe por terra esses argumentos: por um lado, milhões de pessoas desempregadas ou subempregadas, por outro, milhares de vagas não preenchidas pelas empresas por conta da sofisticação das competências exigidas. Isto sem falar do fenômeno da precarização do trabalho, bem representado pelos modelos de plataformas digitais. O pensamento de risco sugere que deveríamos considerar um cenário de intensa substituição de postos de trabalho por sistemas, robôs e máquinas e de crescimento da oferta de postos de trabalho precarizados. Não há mal algum, nessas circunstâncias, em nos prepararmos para isto. A história nos mostra o quanto é mais sábio prevenir do que remediar. E, preparados para o adverso, sabendo que a imagem do futuro não está ainda formada, poderemos esperar pela serendipidade. 



Disponível em: <https://revistacult.uol.com.br/.>. Acesso em: 03 nov. 2023.

Analise o período a seguir.



O ludismo foi um movimento de trabalhadores iniciado na Inglaterra, no início do século 19, que utilizou a destruição de máquinas como forma de pressionar os empregadores contra as condições precárias e contra a mecanização que causava demissões e substituição de funções mais qualificadas por outras de pouca exigência técnica e mais mal remuneradas.



A palavra “que” introduz oração 

Alternativas
Q2362068 Português
Texto CB1A1-I


      Gigantes das tecnologias digitais, como Apple, Google e Meta, além de bancos, seguradoras, agências de turismo e outras organizações, estão decididas a levar de volta sua força de trabalho para os ambientes convencionais de trabalho presencial. Há muitos sinais de reocupação dos escritórios e limitação do trabalho remoto a apenas um dia da semana no chamado sistema híbrido.

          Vários fatores explicam essa reversão. Em primeiro lugar, estão sendo reconsiderados os ganhos de produtividade do trabalho remoto encontrados nas primeiras avaliações. Com base em uma metodologia mais robusta, estudos recentes estão revelando que aqueles ganhos eram ilusórios. Quando se analisa com cuidado a relação entre a produção por hora trabalhada remotamente e a qualidade do trabalho realizado, os resultados decepcionam.

         Em segundo lugar, está ficando cada vez mais claro que o trabalho remoto, realizado de forma isolada e sem interação social, empobrece o capital humano das empresas pela falta do feedback imediato e repetido que ocorre nas relações presenciais. Depreciar o seu capital humano é o último desejo das empresas, que, em vista das transformações tecnológicas, precisam de pessoas que pensem bem e rápido para propor inovações no trabalho e que se ajustem rapidamente aos desafios crescentes dos negócios modernos.

           Em terceiro lugar, pesquisas recentes têm mostrado que a falta do contato face a face de forma continuada é um sério inibidor da criatividade. As teleconferências por meio de plataformas virtuais não geram as boas ideias que, normalmente, emergem nas reuniões presenciais, em que todos se observam mutuamente e aproveitam o ambiente de interação social para somar, corrigir e inovar.

            Finalmente, os pesquisadores descobriram o óbvio, ou seja, que os seres humanos não vivem só de produtividade, mas valorizam momentos felizes e agradáveis, que raramente ocorrem na solidão do trabalho remoto ou nos contatos fortuitos das reuniões virtuais.


José Pastore. A reversão do trabalho remoto. Internet: <correiobraziliense.com.br> (com adaptações). 
Assinale a opção em que o segmento extraído do texto CB1A1-I corresponde a uma oração de função adjetiva com sentido explicativo.  
Alternativas
Q2357483 Português
Analise o trecho abaixo

“Aula de botânica à parte, o fato é que quem planta tamareira, mesmo sabendo que não irá saborear os seus frutos, mesmo assim o faz porque sabe que os seus filhos e netos um dia deles poderão desfrutar.” 

Marque a alternativa correta quanto aos trechos em destaque
Alternativas
Q2349816 Português
Gal, Gracinha, Tropical, Fatal  
O canto de Gal esteve por toda parte desde os anos 60,
escutá-la nos faz acreditar no que é lindo

Pedro Duarte

      Imensa, Gal nos deixa muito. Nelson Motta chamou a atenção para como, já no começo de sua trajetória, havia a voz de veludo e a voz de cristal, com afinação impressionante, mas também a voz de labaredas. No disco de estreia, Domingo, de 1967, junto com Caetano, a voz de veludo vinha da Bossa Nova. “João bateu em mim como um destino”, ela dizia. Na participação no Tropicalismo, como em “Mamãe coragem”, era a voz cristalina, lírica. E depois aparece a voz de labaredas em “Divino maravilhoso”. Era novembro de 1968, em um festival da canção televisionado. Gal subiu ao palco, e a garota tímida que era não subiu junto. Os arranjos de Gil, a extravagância na roupa e um cabelo black power ressaltavam os agudos e berros. Ruído na música. Expansiva, desafiadora e dionisíaca, Gal se impôs ao público dividido entre aplausos e vaias. Ela conta que aprendeu a defender o que fazia, olhando direto e firme para quem a atacava. “É preciso estar atento e forte, não temos tempo de temer a morte”, canta o refrão que pede atenção: tudo é divino e maravilhoso, tudo é perigoso. Gracinha, Maria das Graças, como foi conhecida no início, mudava. Seu nome agora seria Gal. Ela devorou antropofagicamente o rock e Janis Joplin. Depois que Caetano e Gil foram presos e exilados, Gal ficou no Brasil e se tornou uma representante dessa geração.


Disponível em:<https://www.quatrocincoum.com.br/br/artigos/musica/gal-
gracinha-tropical-fatal>. Acesso em: 14 nov. 2023. 
O verso “É preciso estar atento e forte, não temos tempo de temer a morte” corresponde a uma oração
Alternativas
Q2348381 Português
Está CORRETO o emprego de ambos os elementos sublinhados na alternativa:
Alternativas
Q2346097 Português
No período: “Os professores desempenham um papel vital nas nossas sociedades, ainda assim a profissão enfrenta uma enorme crise de vocações”, a oração destacada pode ser classificada como: 
Alternativas
Q2344231 Português
TEXTO I


Ao longo dos anos, venho refletindo sobre uma noção de texto que contemple outras linguagens que ultrapassam a verbal. Após muitas leituras, reflexões e compartilhamentos, conceituo texto como uma manifestação constituída de elementos verbais e / ou não verbais, intencionalmente selecionados e organizados, que ocorre durante uma atividade sociointerativa, de modo a permitir aos agentes da interação duas ações simultâneas: a depreensão e geração de sentido, em decorrência da ativação de processos e estratégias de ordem cognitiva, e a atuação responsiva, em consonância a práticas socioculturais instituídas.

Então, um livro é um texto? Se o livro compreende uma manifestação que reúne linguagens verbais – e, ocasionalmente, linguagens não verbais, como ilustrações, figuras, fotos – selecionadas de modo intencional e organizadas sociointerativamente de maneira a permitir aos leitores tanto a geração de sentido, ao ativarem estruturas cognitivas que levam a determinadas compreensões, quanto a ações em resposta ao que leram, ao pensarem sobre o que foi lido, tomando como base práticas sociais e culturais já instauradas na comunidade, o livro é um texto. Um texto passível de comentários, críticas e manifestações diversas. E como todo texto, um livro provoca reações.

Pensando em provocar reações, organizei este livro que reúne relatos de experiências de professores da rede estadual de Minas Gerais. Essas experiências merecem ser compartilhadas, uma vez que é importante dar voz ao professor que assume, em suas aulas, a missão de transformar seus alunos em pessoas comprometidas com sua participação no mundo e solidárias umas com as outras para promover o bem-estar das comunidades em que vivem.

Assim, este livro, sem qualquer pretensão grandiosa, é instrumento de reflexão para professores, educadores e alunos em formação que acreditam que educar ainda é o melhor meio para a construção de uma sociedade sadia. Ao todo são 16 artigos, que tratam de diversos temas e que têm em comum o interesse em divulgar experiências mineiras de sala de aula que podem ser adotadas em outras turmas em qualquer lugar deste país.


DELL’ISOLA, Regina L. P. Um livro para chamar de seu. In: Práticas de linguagem no Ensino Fundamental. Brasil-Argentina: Editora Cognoscere, 2019. p. 5-9.
Analise sintaticamente os períodos a seguir e assinale a alternativa em que o termo destacado está corretamente classificado nos parênteses.
Alternativas
Q2344044 Português
A volta do filho pródigo


Meus pais não me compreendem, ele pensava sempre. As brigas, em casa, eram frequentes. Os pais reclamavam do som muito alto, das roupas estranhas, das tatuagens. Revoltado, decidiu fugir de casa. Sabia que, para seus velhos, aquilo seria uma dura prova: afinal, ele era filho único. Mas estava na hora de mostrar que não era mais criança. Estava na hora de dar a eles uma lição. Botou algumas coisas na mochila e, numa madrugada, deixou o apartamento. Tomou um ônibus e foi para uma cidade distante onde tinha amigos.

Ali ficou por vários meses. Não foi uma experiência gratificante, longe disso. Os amigos só o ajudaram na primeira semana. Depois disso ficou entregue à própria sorte. Teve de trabalhar como ajudante de cozinha, morava num barraco, foi assaltado várias vezes, até fome passou. Finalmente resolveu voltar. Mandou um e-mail, dizendo que estaria em casa daí a dois dias. E, lembrando que a mãe era uma grande leitora da Bíblia, assinou-se como “Filho Pródigo”.

Chegou de noite, cansado, e foi direto para o prédio onde morava. Como já não tinha a chave do apartamento, bateu à porta. E aí a surpresa, a terrível surpresa.

O homem que estava ali não era seu pai. Na verdade, ele nem sequer o conhecia. Mas o simpático senhor sabia quem era ele: você deve ser o Fábio, disse, e convidou-o a entrar. Explicou que tinha comprado o apartamento em uma imobiliária:

– Seus pais não moram mais aqui. Eles se separaram.

A causa da separação tinha sido exatamente a fuga do Fábio:

– Depois que você foi embora, eles começaram a brigar, um responsabilizando o outro por sua fuga. Terminaram se separando. Seu pai foi para o exterior. De sua mãe, não sei. Parece que também mudou de cidade, mas não sei qual.

Fábio não aguentou mais: caiu em prantos. O homem se aproximou dele, abraçou-o. Entre aqui no seu antigo quarto, disse, tenho uma coisa para lhe mostrar. Ainda soluçando, Fábio entrou. E ali estavam, claro, o pai e a mãe, ambos rindo e chorando ao mesmo tempo. Tinha sido tudo uma encenação. Abraçaram-se, Fábio jurando que nunca mais sairia de casa.

A verdade, porém, é que não gostou da brincadeira, mesmo que ela tenha lhe ensinado muita coisa. Os pais, ele acha, não podiam ter feito aquilo. Se fizeram, é por uma única razão: não o compreendem. Um dia, ele terá de sair de casa. Mais tarde, naturalmente, quando for homem, quando tiver sua própria casa. Só que aí levará os pais junto. Pais travessos como os que ele tem precisam ser controlados.


SCLIAR, Moacyr. A volta do filho pródigo. Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/ ff0404200505.htm. Acesso em: 8 ago. 2023. 
Assinale a alternativa em que a oração destacada tem função adjetiva. 
Alternativas
Q2343828 Português

Considere as seguintes sentenças:


I. Ele disse que estará disponível no sábado.

II. Que bagunça é essa?

III. Eles terão que me ouvir!


Nas sentenças dadas, a palavra “que” atua, respectivamente, como:

Alternativas
Q2341000 Português
Texto CB1A1


          O crescimento sustentável em longo prazo constitui um desafio crucial para as economias mundiais, especialmente para países em desenvolvimento como o Brasil. Pesquisas recentes nessa área têm enfatizado a importância de aumentar a produtividade de maneira sustentável e de identificar os fatores que influenciam esse crescimento. Especialistas apontam que a produtividade agregada pode ser prejudicada pela má alocação de recursos causada por fatores internos e sistêmicos. Entre esses fatores está a estrutura tributária, com suas consequências para a alocação produtiva eficiente.

         Tributos desempenham um papel vital no financiamento de governos e na distribuição de riqueza, contribuindo para o crescimento econômico. Para ser eficaz e justo, um sistema tributário requer equidade, simplicidade, elasticidade, conformidade de baixo custo e eficiência econômica.

              No cenário brasileiro, é frequente o debate acerca da adequação da carga tributária ao perfil socioeconômico do país, especialmente em relação à sua estrutura produtiva. Recentemente, a complexidade do sistema tributário também ganhou destaque devido aos seus efeitos potencialmente prejudiciais. Embora os impostos sejam vitais para financiar serviços públicos e investimentos cruciais para o desenvolvimento do país, eles também podem produzir efeitos negativos ao gerar distorções nas decisões econômicas, causando perdas de eficiência. Por isso, é imprescindível analisar os impactos da carga tributária na estrutura produtiva.


João Maria de Oliveira. Propostas de reforma tributária e seus impactos: uma avaliação comparativa. Carta de Conjuntura n.º 60 Nota de Conjuntura 1 — 3.° trimestre de 2023. Internet: <ipea.gov.br>  (com adaptações).

Em relação às ideias e a aspectos linguísticos do texto CB1A1, julgue o seguinte item.



A inserção de uma vírgula imediatamente depois do vocábulo “fatores” (segundo período do primeiro parágrafo) prejudicaria os sentidos do texto porque, no contexto em questão, a oração que sucede o referido termo é obrigatoriamente restritiva.  

Alternativas
Q2340106 Português
Texto 1


Tecnologia: o uso excessivo e os impactos na saúde mental

          Pesquisas norte-americanas recentes revelam o quão solitários os americanos se sentem, tendo como prevalência os jovens, que tiveram o tempo de qualidade em suas relações, com amigos e colegas, reduzido por mais de 50%.

       Outro estudo, lançado em 2021, sobre o tempo de exposição a telas, de crianças e adolescentes, revelam que o Brasil está em terceiro lugar no ranking dos países que mais utilizam celular ou dispositivos eletrônicos, passando até nove horas diárias consumindo conteúdos pela internet.

              Considerando que podemos resolver muitas coisas virtualmente, sem precisar sair de casa, temos poucas motivações para sair do conforto e segurança do lar. Desta forma, temos cada vez mais homens e mulheres, jovens e crianças, com poucas interações sociais e maior isolamento. A pandemia acelerou um processo natural que já vinha acontecendo, e assim, este fenômeno tecnológico foi potencializado.

              A vida já estava sendo desenhada para favorecer o isolamento, mas esse caminho não era apresentado como isolamento, mas como privacidade, como algo bom. Porém, a privacidade não pode levar ao isolamento.

             Perguntemos para nossos avós, como era a convivência com a vizinhança na época em que eram crianças? Como viviam, brincavam, e como os nossos bisavós viviam? Precisamos resgatar os bons exemplos! A tecnologia trouxe inúmeros benefícios, sem dúvidas, mas é preciso saber usá-la sem que nos adoeça.

           Quanto mais tempo na internet, menos tempo presencialmente teremos com as pessoas e, automaticamente, mais chances de nos sentirmos solitários. Afinal, existe uma diferença muito grande entre o virtual e o real!

            As alterações neuroquímicas provocadas pela internet, especialmente pelas mídias sociais, são semelhantes às de uma pessoa que possui um vício, nunca fica satisfeita, sempre quer mais e mais. Nessa busca por mais, muitos caem no vazio, na depressão, sofrem por não conseguir lidar com pequenas frustrações e, às vezes, atentam contra a própria vida.

              É como se entrasse em uma roda gigante, onde não se sabe mais o início e o fim dela, pois a busca pelo prazer e realização na internet vai levando ao isolamento, que gera um buraco dentro do peito, que sufoca a ponto de perder o sentido da vida. Repito: Não é que devamos parar de usar a internet e a tecnologia! Afinal de contas, se você está lendo este texto neste momento é graças a essa tecnologia que te alcança, com esse grande benefício.

            Porém, não se pode fechar os olhos para os malefícios de algo vivido de forma desordenada. Faça as seguintes perguntas a você neste momento: Tenho me sentido sozinho(a), mesmo tendo muitas pessoas ao meu redor? Quanto tempo tenho passado na internet? Esse tempo tem me privado de fazer algo importante, de conviver com pessoas que amo? Quando estou em uma roda de conversa, em uma festa, ou até mesmo em casa, com minha família, estou inteiro (a) ou divido minha atenção com a tela mais próxima? Quantas vezes saio de casa durante a semana? Quanto tempo me exponho ao ar livre? Qual foi a última vez que me senti feliz?

              Perguntas “fáceis” que precisam ser respondidas de tempo em tempo, com o objetivo de nos mover para uma vida ativa e rica de sentido, e não uma vida enjaulada dentro de um aparelho em uma casa fria e vazia. Mas atenção! Se você já se percebe com uma dor no peito que parece não ter fim e, mesmo estando rodeado de pessoas, se sente sozinho e não sabe por onde começar para mudar a sua história, procure ajuda! Você não precisa passar por isso sozinho, e nem deve ter vergonha de recorrer a alguém próximo ou a um profissional da área da saúde que possa ajudar.

                  Viva a alegria de uma vida na verdade!


(RODRIGUES, Aline https://www.hojeemdia.com.br/opiniao/opiniao/tecnologiao-uso-excessivo-e-os-impactos-na-saude-mental-1.988232 Acesso em 16/11/2023)
No enunciado: “... nem deve ter vergonha de recorrer a alguém próximo ou a um profissional da área da saúde que possa ajudar.”, a oração em destaque é denominada como subordinada:
Alternativas
Respostas
121: C
122: A
123: D
124: D
125: C
126: B
127: C
128: C
129: A
130: A
131: B
132: A
133: C
134: D
135: A
136: C
137: B
138: A
139: C
140: E