Questões de Concurso Sobre orações subordinadas adverbiais: causal, comparativa, consecutiva, concessiva, condicional... em português

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Q2356754 Português
A oração iniciada por ‘conforme’ (l.04) relacionada sintaticamente com a anterior, possui a nomenclatura de:
Alternativas
Q2356475 Português
Estudo aponta para vitamina que reduz risco de câncer de intestino



Um estudo recente lançou uma nova perspectiva sobre a prevenção do câncer de intestino, ou colorretal, destacando que a vitamina B9, também conhecida como folato, pode desempenhar um papel significativo na redução do risco da doença.


A descoberta foi publicada no The American Journal of Clinical Nutrition. A pesquisa é de cientistas do Imperial College London.


A pesquisa, a maior desse tipo até o momento, analisou dados de mais de 70 mil indivíduos para identificar variantes genéticas relacionadas à forma como o folato, seus suplementos e o folato total podem influenciar o risco de câncer colorretal.


Resultados
Os resultados revelaram que para aqueles que mantêm uma dieta rica em folato, presente em vegetais de folhas verdes como espinafre, repolho e brócolis, o risco de desenvolver câncer de intestino diminuiu em até 7% para cada 260 microgramas de aumento no consumo de folato. Isso corresponde a 65% da quantidade diária recomendada, que é de 400 microgramas.


Quais são os benefícios do folato para a saúde?
Além de sua contribuição na prevenção do câncer colorretal, o folato desempenha um papel essencial na produção de glóbulos vermelhos, sendo particularmente crucial para mulheres grávidas ou que estão tentando engravidar.


O estudo também explorou interações genéticas comuns e o folato, assim como o uso de ácido fólico em relação ao risco de câncer colorretal. Os pesquisadores concluíram que uma região específica do genoma pode modificar a relação entre os suplementos de folato e o risco de câncer, embora seja necessário realizar mais pesquisas para identificar os genes envolvidos e sua influência.


O estudo enfatiza a relevância dos alimentos ricos em folato como parte de uma dieta saudável e sugere promissores indícios de como o folato pode influenciar o risco de câncer através de diferentes genes, abrindo espaço para futuras investigações. 




https://catracalivre.com.br/saude-bem-estar/estudo-aponta-para-vitamina-quereduz-risco-de-cancer-de-intestino/
Em “... embora seja necessário realizar mais pesquisas para identificar os genes envolvidos e sua influência”, as relações semânticas estabelecidas pelas palavras destacadas são respectivamente de
Alternativas
Q2356221 Português

Texto para o item abaixo.




Internet:: <anahp.com.br>  (com adaptações).

Acerca dos aspectos linguísticos do texto, julgue o item.


O vocábulo que inicia os segmentos “como qualquer outra infecção” (linhas 39 e 40) e “Como se pode observar” (linha 43) indica circunstância de conformidade em ambas as ocorrências. 

Alternativas
Q2356081 Português

Texto para o item abaixo.



Internet: <tjdft.jus.br>  (com adaptações)

Considerando os aspectos linguísticos do texto, julgue o item.


A oração “quando já estão sentindo alguma dor” (linha 28) expressa, em relação à oração anterior, circunstância de tempo.

Alternativas
Q2356032 Português
A INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL ESTÁ MUDANDO O MUNDO, MAS PRECISAMOS PROTEGÊ-LO


Dora Kaufman 


        No início de 2023, Geoffrey Hinton, considerado o “padrinho da IA” e vencedor do Prêmio Turing (Nobel da tecnologia), declarou à revista Technology review: “De repente, mudei minha opinião sobre se essas coisas (máquinas movidas por inteligência artificial) serão mais inteligentes do que nós. Acho que elas estão muito próximas disso agora e serão muito mais inteligentes do que nós no futuro.” A cientista da computação Melanie Mitchell reconhece, na revista Science, que é uma afirmação extraordinária, mas que exige evidências igualmente extraordinárias. “Nós, humanos, somos propensos ao antropomorfismo, projetando inteligência e compreensão em sistemas que fornecem até mesmo um indício de competência linguística”, pondera. Mitchell refuta cada um dos testes realizados para comprovar a semelhança entre as capacidades cognitivas da IA generativa e as dos seres humanos, concluindo que, a partir das evidências fornecidas, não é possível afirmar que os sistemas de IA em breve igualarão ou excederão a inteligência humana.
             Para o Prêmio Nobel Judea Pearl, autor de The book of why: the new science of cause and effect (Basic Books, 2018), estamos longe de produzir máquinas com inteligência semelhante à humana. A diferença profunda é a ausência de um modelo mental da realidade onde a imaginação acontece. Para ir mais longe, pondera Pearl, precisamos desenvolver um modelo causal, e não apenas modelos de correlação como as técnicas atuais de IA. “Se quisermos que os robôs respondam ‘por quê?’ ou mesmo que entendam o significado, devemos equipá-los com um modelo causal e ensiná-los a responder a perguntas contrafactuais”, argumenta Pearl, lembrando que as intuições humanas são organizadas em torno de relações causais, não estatísticas.
           Abstraindo as controvérsias sobre o futuro da inteligência artificial, o que temos hoje é um sistema estatístico de probabilidade, fundamentalmente modelos baseados na técnica de redes neurais profundas (deep learning), com inúmeras limitações a começar pela variável de incerteza intrínseca aos sistemas estatísticos; soluções como o ChatGPT preveem o próximo token em uma sequência com base em uma lógica de probabilidade. A subjetividade humana permeia toda a cadeia de desenvolvimento da IA. São os humanos que tomam as decisões ao longo do processo, bem como são os humanos que interpretam os resultados e decidem como utilizá-los.
             Ainda que limitada, a IA tem demonstrado um potencial revolucionário em diversas áreas, como saúde, transporte, educação, segurança e na otimização de processos operacionais. No entanto, seu uso também traz desafios e preocupações, como viés algorítmico discriminatório, privacidade, responsabilidade civil e impacto no mercado de trabalho. Regulamentar adequadamente a IA torna-se crucial para garantir sua aplicação ética, segura e responsável, especialmente porque as legislações existentes não abrangem a totalidade dos riscos associados a esses sistemas. Embora a regulamentação da IA seja essencial, trata-se de um desafio complexo; não por acaso ainda não temos, no mundo ocidental, um marco regulatório, o processo mais avançado é o europeu – “AI Act”, em debate público desde abril de 2021, 3.000 emendas em novembro de 2022, segunda versão votada no Parlamento Europeu em 14 de julho de 2023 –, com fortes críticas tanto do mercado quanto da academia.
              Regulamentar a IA não é como regular um produto ou um serviço, não é trivial pré-identificar e isolar nos sistemas os riscos e suas consequências. A eficácia da lei na efetiva proteção da sociedade depende da convergência de diretrizes compartilhadas globalmente, autorregulação e arcabouço regulatório. Regulamentação é um projeto coletivo, que inclui legisladores, partes interessadas, setor privado, academia e sociedade civil. A lacuna de conhecimento sobre IA dos reguladores é uma grande barreira na regulamentação (e posterior fiscalização/enforcement); entender como funcionam as cadeias de suprimento dos sistemas de IA, e como atribuir responsabilidades distintas demanda tempo e capacitação. Entre os especialistas, forma-se um consenso de que a efetividade de qualquer regulamentação da IA depende de estabelecer padrões (tipo ISO).
       Reconhecendo o tamanho do desafio, as organizações multilaterais estão convocando os especialistas. A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, por exemplo, formou o grupo OECD.AI, coordenado pelo britânico Stuart Russell, com o propósito de equipar os governos com o conhecimento e instrumentos necessários para desenvolver políticas voltadas para o futuro da IA. A ONU está capitaneando diversas iniciativas gerais e setoriais, como a reunião promovida pela Unesco com 40 ministros da educação para avaliar as oportunidades, desafios e riscos no curto e longo prazo das tecnologias de IA. Pesquisa global da Unesco, em mais de 450 escolas e universidades, revelou que apenas 10% desenvolveram políticas institucionais e/ou orientações formais sobre o uso de sistemas de IA generativa.
Com base nesse cenário, o órgão está elaborando um conjunto de diretrizes políticas, bem como estruturas de competências de IA para alunos e professores, a ser lançado na “Digital Learning Week”, no segundo semestre de 2023 em sua sede em Paris.
            Os governos nacionais igualmente estão se movimentando. Na Europa e nos EUA, os órgãos executivos estão formando equipes de formuladores de política com os parlamentares, agregando acadêmicos e especialistas de mercado. A administração Biden-Harris anunciou um grupo de trabalho do Instituto Nacional de Padrões e Tecnologias (AI@NIST) com voluntários, especialistas dos setores público e privado.
          No Brasil, o projeto de lei para criação do Marco Regulatório da Inteligência Artificial, Projeto de Lei 2338, em tramitação no Senado, é um bom ponto de partida, mas requer aperfeiçoamentos, no geral, para: (a) reduzir os custos de conformidade que afetam negativamente a inovação e positivamente a concentração de mercado (empresas médias, pequenas e startups não terão capacidade de atender às exigências legais); e (b) especificar os direitos do usuário afetado, evitando uma enxurrada de ações judiciais. É imprescindível padronizar os critérios de avaliação para classificar o risco, o teor dos documentos de avaliação e os parâmetros a serem utilizados pela autoridade competente para reclassificar e avaliar o impacto algorítmico. A categorização de risco é inadequada para regulamentar os grandes modelos de linguagem (LLMs) ou modelos de fundação, que têm aplicações versáteis e imprevisíveis e trazem preocupações sobre proteção de dados e direito autoral.
          Para ter algum protagonismo nesse novo ambiente, o Brasil precisa de investimentos em infraestrutura, plataforma de código aberto e banco de dados robusto em português. A hegemonia da língua inglesa não só compromete a eficiência e confiabilidade para usuários não falantes de inglês, mas também tende a gerar hegemonia da cultura americana (monocultura). A questão ambiental, tema fora da pauta dos reguladores de IA, é estratégica na relação do Brasil com o resto do mundo, e o caminho de avanço da IA com sistemas cada vez mais ricos em dados tem uma pegada de carbono significativa em função do consumo de energia dos data centers para rodar sistemas robustos e de emissões associadas à produção de equipamentos e dispositivos. A regulamentação da IA deve incluir obrigações para reduzir o impacto de carbono (otimização dos processos de treinamento e implantação e uso de fontes de energia renováveis). Regular a IA é urgente, mas sem açodamento. O processo é tão importante quanto o resultado final. 


Disponível em https://revistacult.uol.com.br/. Acesso em: 17 out. 2023. (texto adaptado)
Ao se referir à Inteligência Artificial, no primeiro período do quarto parágrafo, a autora expressa um raciocínio 
Alternativas
Q2355617 Português
Um pé de milho 

    Os americanos, através do radar, entraram em contato com a Lua, o que não deixa de ser emocionante. Mas o fato mais importante da semana aconteceu com o meu pé de milho.
       Aconteceu que no meu quintal, em um monte de terra trazido pelo jardineiro, nasceu alguma coisa que podia ser um pé de capim – mas descobri que era um pé de milho. Transplantei-o para o exíguo canteiro na frente da casa. Secaram as pequenas folhas, pensei que fosse morrer. Mas ele reagiu. Quando estava do tamanho de um palmo veio um amigo e declarou desdenhosamente que na verdade aquilo era capim. Quando estava com dois palmos veio outro amigo e afirmou que era cana.
      Sou um ignorante, um pobre homem de cidade. Mas eu tinha razão. Ele cresceu, está com dois metros, lança as suas folhas além do muro – e é um esplêndido pé de milho. Já viu o leitor um pé de milho? Eu nunca tinha visto. Tinha visto centenas de milharais – mas é diferente. 
        Um pé de milho sozinho, em um canteiro, espremido, junto do portão, numa esquina de rua – não é um número numa lavoura, é um ser vivo e independente. Suas raízes roxas se agarram no chão e suas folhas longas e verdes nunca estão imóveis. Detesto comparações surrealistas – mas na glória de seu crescimento, tal como o vi em uma noite de luar, o pé de milho parecia um cavalo empinado, as crinas ao vento – e em outra madrugada parecia um galo cantando. 
        Anteontem aconteceu o que era inevitável, mas que nos encantou como se fosse inesperado: meu pé de milho pendoou. Há muitas flores belas no mundo, e a flor de milho não será a mais linda. Mas aquele pendão firme, vertical, beijado pelo vento do mar, veio enriquecer nosso canteirinho vulgar com uma força e uma alegria que fazem bem. É alguma coisa de vivo que se afirma com ímpeto e certeza. Meu pé de milho é um belo gesto da terra. E eu não sou mais um medíocre homem que vive atrás de uma chata máquina de escrever: sou um rico lavrador da Rua Júlio de Castilhos.


(Crônica extraída da obra 200 crônicas escolhidas. Rio de Janeiro: Record, 2014.) 
No fragmento “Quando estava do tamanho de um palmo veio um amigo e declarou desdenhosamente que na verdade aquilo era capim. Quando estava com dois palmos veio outro amigo e afirmou que era cana. (2º§), a palavra destacada expressa ideia de 
Alternativas
Q2353255 Português
Leia o texto a seguir:

Crianças com deficiência visitam a Casa do Papai Noel em Volta Redonda

Cinquenta e três crianças com atraso no desenvolvimento, Transtorno do Espectro Autista e transtornos conectados visitaram atração

A Casa do Papai Noel, localizada na Vila Santa Cecília, em Volta Redonda, recebeu visitantes especiais na tarde desta quarta-feira (13). Cinquenta e três crianças com deficiência assistidas pelo espaço Evoluir – Habilitação e Reabilitação ganharam presente das mãos do Papai Noel, com prioridade no atendimento. Depois da foto com o Bom Velhinho, as crianças apresentaram uma coreografia da música “Vem que está chegando o Natal”, de Aline Barros.

O prefeito Antonio Francisco Neto, que se recupera de uma cirurgia durante as férias, afirmou que o “Natal da Cidadania” da Prefeitura de Volta Redonda está cada vez mais inclusivo. “A prefeitura está desenvolvendo diversos projetos voltados para a inclusão das Pessoas com Deficiência (PCD), e a Casa do Papai Noel não podia ficar de fora. Tenho certeza de que nossa equipe está bem treinada para receber esse público com o carinho de sempre”, afirmou.

De acordo com o gestor do Banco da Cidadania, Ricardo Ballarini, um dos organizadores do “Natal da Cidadania”, a visita foi agendada previamente, facilitando o trabalho da equipe na hora de garantir a prioridade na fila.

“Antes das 14h, horário de abertura da Casa do Papai Noel, as crianças já estavam na fila e entraram, uma a uma, com os responsáveis. Para a Pessoa com Deficiência (PCD), é fundamental o acolhimento e a agilidade no atendimento”, falou, lembrando que, caso alguma instituição queira agendar uma visita, deve entrar em contato pelo telefone (24) 3339-2449, do Banco da Cidadania, de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h.

Fabiana Campos Ferreira estava com os filhos Bernardo, de nove anos, e Pedro, de dois anos e meio, que é autista. “Os meninos adoraram o passeio. A organização da fila foi perfeita, quase não esperamos, o que é muito importante quando se trata de crianças com deficiência. Além disso, o Papai Noel foi muito atencioso com as crianças. Pensei que o Pedro fosse ficar receoso, mas logo se distraiu com a roupa e os acessórios natalinos”, contou.

Sabrina Frias é mãe do Nícolas, de três anos, e também aprovou a iniciativa. “Esse tipo de atividade, que promove interação social, é importante para as PCD. E o ambiente aqui é organizado e tranquilo. Ficamos muito felizes”, falou.


Fonte: https://odia.ig.com.br/volta-redonda/2023/12/6758219-criancascom-deficiencia-visitam-a-casa-do-papai-noel-em-volta-redonda.html. Excerto adaptado. Acesso em: 14 dez. 2023.
Em “De acordo com o gestor do Banco da Cidadania, Ricardo Ballarini, um dos organizadores do “Natal da Cidadania”, a visita foi agendada previamente, facilitando o trabalho da equipe na hora de garantir a prioridade na fila” (3º parágrafo), a expressão destacada veicula sentido de:
Alternativas
Q2352565 Português
Leia os trechos abaixo e depois marque a alternativa que contém corretamente o que indica cada termo sublinhado respectivamente:

I- A gente cuida para preservar a pele II- A gente se acostuma a abrir o celular e ver anúncios III- Se o trabalho está duro a gente se consola e pensa no fim do expediente.
Alternativas
Q2352419 Português
Texto 2

A história de Palmeira dos Índios

Palmeira dos Índios é um município situado no semiárido alagoano, cuja história de origem é marcada por conflitos territoriais entre os povos indígenas Xukuru e Kariri, primeiros habitantes na região, e não indígenas que colonizaram a região em fins do século XVIII, ocupando as melhores áreas a partir da expulsão dos índios das planícies férteis onde, posteriormente, foi fundado um aldeamento que deu origem à cidade. Como resultado desse povoamento colonizatório, os indígenas foram forçados a fugir para outras áreas, se estabelecendo principalmente nas serras ao entorno do vale que abrigou o núcleo urbano.
Na primeira metade do século XX, o município experimentou um considerável desenvolvimento urbano, se tornando um dos principais centros comerciais do estado, com a produção e comércio de algodão e de outros produtos relacionados à indústria têxtil, esse momento "áureo" de sua história lhe rendeu o título de "Princesa do Sertão", alcunha forjada por memorialistas palmeirenses que buscavam escrever a história local, destacando as virtudes da cidade. Atualmente, o município tem como atividades econômicas principais o comércio, a prestação de serviços, a agricultura familiar e a agropecuária, estando a maior parte de suas terras concentradas por latifundiários, membros de famílias ricas que se destacam na política e detém boa parte do controle econômico local.
Em se tratando da história local, o século XX, notadamente as últimas décadas da primeira metade e meados da segunda, foi um momento de crescente interesse sobre a escrita da história palmeirense. Nesse cenário, destacaramse escritores locais que assumiram a função de memorialistas, escrevendo uma narrativa "historiográfica" para o município. As obras de memorialistas palmeirenses se ocuparam com as mais variadas temáticas relacionadas à história, cultura, política e curiosidades cotidianas, narrativas que visavam contar a história do surgimento do município. 
Portanto, esses escritores procuraram destacar a presença indígena no passado local como um elemento singular da história palmeirense. Destarte, procuraram ir além da simples explicação do nome do município, como uma associação ao Xukuru-Kariri e a abundância de palmeiras na região, buscaram preencher as lacunas existentes na história local, incorporando os indígenas como primeiros habitantes e símbolos do município, uma vez que acreditavam na inevitável incorporação assimilação dos indígenas à sociedade não indígena.


SOARES, Brunemberg Silva. O Museu Xucurus de História, Artes e Costumes como recurso didático para o ensino de história sobre Palmeira dos Índios/AL. Revista de Estudos Indígenas de Alagoas - Campiô Palmeira dos Índios, v. 2, n. 1, p. 4-19. 2023. Disponível em: https://periodicosuneal.emnuvens.com.br/campio/article/vi ew/425/373. Acesso em: 29 de nov. 2023 (adaptado) 
Com base no texto “A história de Palmeira dos Índios”, analise as afirmativas a seguir:

I. Em: “buscaram preencher as lacunas existentes na história local, incorporando os indígenas como primeiros habitantes e símbolos do município, uma vez que acreditavam na inevitável incorporação assimilação dos indígenas à sociedade não indígena.”, o trecho destacado é uma oração subordinada adverbial de modo, identificada, dentre outros fatores, pela função adverbial assumida pelo verbo principal, em decorrência da forma nominal no gerúndio.
II. Em: “Palmeira dos Índios é um município situado no semiárido alagoano, cuja história de origem é marcada por conflitos territoriais entre os povos indígenas Xukuru e Kariri, primeiros habitantes na região, e não indígenas que colonizaram a região em fins do século XVIII”, todos os trechos destacados são locuções adverbiais, sendo as duas primeiras, de lugar, e a última, de tempo. 

Marque a alternativa correta: 
Alternativas
Q2351021 Português




FONTE: https://minhalinguaeeu.blogspot.com/2010/03/lingua-eidioma.html.

Um elemento de coesão utilizado no último quadrinho do texto é a conjunção subordinativa adverbial concessiva “Embora”. Outro recurso que poderia ser utilizado no mesmo contexto, mantendo-se a correção gramatical e o sentido seria a conjunção/locução conjuntiva:
Alternativas
Q2350576 Português
Uma esperança


     Aqui em casa pousou uma esperança. Não a clássica que tantas vezes verifica‐se ser ilusória, embora mesmo assim nos sustente sempre. Mas a outra, bem concreta e verde: o inseto.

     Houve um grito abafado de um dos meus filhos:

     – Uma esperança! E na parede bem em cima de sua cadeira! Emoção dele também que unia em uma só as duas esperanças, já tem idade pra isso. Antes surpresa minha: esperança é coisa secreta e costuma pousar diretamente em mim, sem ninguém saber, e não acima de minha cabeça numa parede. Pequeno rebuliço: mas era indubitável, lá estava ela, e mais magra e verde não podia ser.

     – Ela quase não tem corpo, queixei‐me.

     – Ela só tem alma, explicou meu filho e, como filhos são uma surpresa para nós, descobri com surpresa que ele falava das duas esperanças.

     Ela caminhava devagar sobre os fiapos das longas pernas, por entre os quadros da parede. Três vezes tentou renitente uma saída entre dois quadros, três vezes teve que retroceder caminho. Custava a aprender.

     – Ela é burrinha, comentou o menino.

     – Sei disso, respondi um pouco trágica.

     – Está agora procurando outro caminho, olhe, coitada, como ela hesita.

     – Sei, é assim mesmo.

     – Parece que esperança não tem olhos, mamãe, é guiada pelas antenas.

     – Sei, continuei mais infeliz ainda.

     Ali ficamos, não sei quanto tempo olhando. Vigiando‐a como se vigiava na Grécia ou em Roma o começo de fogo do lar para que não apagasse.

     – Ela se esqueceu de que pode voar, mamãe, e pensa que só pode andar devagar assim. Andava mesmo devagar – estaria por acaso ferida? Ah não, senão de um modo ou de outro escorreria sangue, tem sido sempre assim comigo.

     Foi então que farejando o mundo que é comível, saiu de trás de um quadro uma aranha. Não uma aranha, mas me parecia “a” aranha. Andando pela sua teia invisível, parecia transladar‐se maciamente no ar. Ela queria a esperança. Mas nós também queríamos e, oh! Deus, queríamos menos que comê‐la. Meu filho foi buscar a vassoura. Eu disse fracamente, confusa, sem saber se chegara infelizmente a hora certa de perder a esperança:

     – É que não se mata aranha, me disseram que traz sorte...

     – Mas ela vai esmigalhar a esperança! Respondeu o menino com ferocidade. 

     – Preciso falar com a empregada para limpar atrás dos quadros – falei sentindo a frase deslocada e ouvindo o certo cansaço que havia na minha voz. Depois devaneei um pouco de como eu seria sucinta e misteriosa com a empregada: eu lhe diria apenas: você faz o favor de facilitar o caminho da esperança.

     O menino, morta a aranha, fez um trocadilho, com o inseto e a nossa esperança. Meu outro filho, que estava vendo televisão, ouviu e riu de prazer. Não havia dúvida: a esperança pousara em casa, alma e corpo.

     Mas como é bonito o inseto: mais pousa que vive, é um esqueletinho verde, e tem uma forma tão delicada que isso explica por que eu, que gosto de pegar nas coisas, nunca tentei pegá‐la.

     Uma vez, aliás, agora é que me lembro, uma esperança bem menor que esta, pousara no meu braço. Não senti nada, de tão leve que era, foi só visualmente que tomei consciência de sua presença. Encabulei com a delicadeza. Eu não mexia o braço e pensei: “E essa agora? Que devo fazer?” Em verdade nada fiz. Fiquei extremamente quieta como se uma flor tivesse nascido em mim. Depois não me lembro mais o que aconteceu. E, acho que não aconteceu nada.


(LISPECTOR, Clarice. 1925‐1977. Felicidade Clandestina: Contos – Rio de Janeiro: Rocco, 1998.)
As palavras destacadas pertencem à mesma classe gramatical, EXCETO:
Alternativas
Q2346980 Português
Na frase "Embora estivesse cansado, ele continuou trabalhando", identifique a relação estabelecida pelas orações.
Alternativas
Q2345958 Português
Os amantes 

    Nos dois primeiros dias, sempre que o telefone tocava, um de nós esboçava um movimento, um gesto de quem vai atender. Mas o movimento era cortado no ar. Ficávamos imóveis, ouvindo a campainha bater, silenciar, bater outra vez. Havia um certo susto, como se aquele trinado repetido fosse uma acusação, um gesto agudo nos apontando.
    Era preciso que ficássemos imóveis, talvez respirando com mais cuidado, até que o aparelho silenciasse. Então tínhamos um suspiro de alívio. Havíamos vencido mais uma vez os nossos inimigos. Nossos inimigos eram toda a população da cidade imensa, que transitava lá fora nos veículos dos quais nos chegava apenas um ruído distante de motores, a sinfonia abafada das buzinas, às vezes o ruído do elevador.
    Sabíamos quando alguém parava o elevador em nosso andar; tínhamos o ouvido apurado, pressentíamos os passos na escada antes que eles se aproximassem. A sala da frente estava sempre de luz apagada. Sentíamos, lá fora, o emissário do inimigo. Esperávamos quietos. Um segundo, dois – e a campainha da porta batia, alto, rascante. Ali, a dois metros, atrás da porta escura, estava respirando e esperando um inimigo. Se abríssemos, ele – fosse quem fosse – nos lançaria um olhar, diria alguma coisa – e então o nosso mundo seria invadido.
    No segundo dia ainda hesitamos; mas resolvemos deixar que o pão e o leite ficassem lá fora; o jornal era remetido por baixo da porta, mas nenhum de nós o recolhia. Nossas provisões eram pequenas; no terceiro dia já tomávamos café sem açúcar, no quarto a despensa estava praticamente vazia. No apartamento mal iluminado íamos emagrecendo de felicidade. Devíamos estar ficando pálidos, e às vezes, unidos, olhos nos olhos, nos perguntávamos se tudo não era um sonho.
   O relógio parara, havia apenas aquela tênue claridade que vinha das janelas sempre fechadas. Mais tarde essa luz do dia distante, do dia dos outros, ia se perdendo, e então era apenas uma pequena lâmpada no chão que projetava nossas sombras nas paredes do quarto e vagamente escoava pelo corredor, lançava ainda uma penumbra confusa na sala, onde não íamos mais. Pouco falávamos: se o inimigo estivesse escutando às nossas portas, mal ouviria vagos murmúrios; e a nossa felicidade imensa era ponteada de alegrias menores e inocentes, a água forte e grossa do chuveiro, a fartura festiva de toalhas limpas, de lençóis de linho.
    O mundo ia pouco a pouco desistindo de nós; o telefone batia menos e a campainha da porta quase nunca. Ah, nós tínhamos vindo de muito e muito amargor, muita hesitação, longa tortura e remorso; agora a vida era nós dois apenas. Sabíamos estar condenados; os inimigos, os outros, o resto da população do mundo nos esperava para lançar olhares, dizer coisas, ferir com maldade ou tristeza o nosso mundo, nosso pequeno mundo que ainda podíamos defender um dia ou dois, nosso mundo trêmulo de felicidade, sonâmbulo, irreal, fechado, e tão louco e tão bobo e tão bom como nunca mais haverá.
    No sexto dia sentimos que tudo conspirava contra nós. Que importa a uma grande cidade que haja um apartamento fechado em alguns de seus milhares edifícios – que importa que lá dentro não haja ninguém, ou que um homem e uma mulher ali estejam, pálidos, se movendo na penumbra como dentro de um sonho? Entretanto, a cidade, que durante uns dois ou três dias parecia nos haver esquecido, voltava subitamente a atacar.
    O telefone tocava, batia dez, quinze vezes, calava-se alguns minutos, voltava a chamar: e assim três, quatro vezes sucessivas. Alguém vinha e apertava a campainha; esperava; apertava outra vez; experimentava a maçaneta da porta; batia com os nós dos dedos, cada vez mais forte, como se tivesse certeza de que havia alguém lá dentro.
    Ficávamos quietos, abraçados, até que o desconhecido se afastasse, voltasse para a rua, para a sua vida, nos deixasse em nossa felicidade que fluía num encantamento constante. Eu sentia dentro de mim, doce, essa espécie de saturação boa, como um veneno que tonteia, como se os meus cabelos já tivessem o cheiro de seus cabelos, como se o cheiro de sua pele tivesse entrado na minha.
    Nossos corpos tinham chegado a um entendimento que era além do amor, eles tendiam a se parecer no mesmo repetido jogo lânguido, e uma vez que, sentado de frente para a janela, por onde filtrava um eco pálido de luz, eu a contemplava tão pura e nua, ela disse: “Meu Deus, seus olhos estão esverdeando”. Nossas palavras baixas eram murmuradas pela mesma voz, nossos gestos eram parecidos e integrados, como se o amor fosse um longo ensaio para que um movimento chamasse outro; inconscientemente compúnhamos esse jogo de um ritmo imperceptível como um lento bailado.
    Mas naquela manhã ela se sentiu tonta, e senti também minha fraqueza; resolvi sair, era preciso dar uma escapada para obter víveres; vesti-me, lentamente, calcei os sapatos como quem faz algo de estranho; que horas seriam? Quando cheguei à rua e olhei, com um vago temor, um sol extraordinariamente claro me bateu nos olhos, na cara, desceu pela minha roupa, senti vagamente que aquecia meus sapatos.
    Fiquei um instante parado, encostado à parede, olhando aquele movimento sem sentido, aquelas pessoas e veículos irreais que se cruzavam; tive uma tonteira, e uma sensação dolorosa no estômago. Havia um grande caminhão vendendo uvas, pequenas uvas escuras; comprei cinco quilos, o homem fez um grande embrulho; voltei, carregando aquele embrulho de encontro ao peito, como se fosse a minha salvação. 
    E levei dois, três minutos, na sala de janelas absurdamente abertas, diante de um desconhecido, para compreender que o milagre se acabara; alguém viera e batera à porta e ela abrira pensando que fosse eu, e então já havia também o carteiro querendo recibo de uma carta registrada e, quando o telefone bateu, foi preciso atender, e nosso mundo foi invadido, atravessado, desfeito, perdido para sempre – senti que ela me disse isto num instante, num olhar entretanto lento (achei seus olhos muito claros, há muito tempo que não os via assim, em plena luz) um olhar de apelo e de tristeza, onde, entretanto, ainda havia uma inútil, resignada esperança.

(Disponível em: 200 crônicas escolhidas: as melhores de Rubem Braga. Record. 1977.) 
Considerando a relação semântica estabelecida em “Nossas palavras baixas eram murmuradas pela mesma voz, nossos gestos eram parecidos e integrados, como se o amor fosse um longo ensaio para que um movimento chamasse outro; inconscientemente compúnhamos esse jogo de um ritmo imperceptível como um lento bailado.” (10º§), é possível afirmar que a expressão “como” denota: 
Alternativas
Q2345636 Português

Texto para o item.



Com base na leitura do texto, julgue o item.



A oração “para que as empresas possam corrigir todas as questões” (linhas 16 e 17) deve ser classificada como subordinada adverbial final.

Alternativas
Q3046254 Português
Que animais o homem já enviou ao espaço?

Animais no espaço: até moscas já foram enviadas para fora da Terra. 


Entre os terráqueos, o homem não foi o pioneiro no espaço. Mas foi o responsável por enviar várias espécies de animais antes de Yuri Gagarin e Neil Armstrong. Moscas, peixes, tartarugas, lesmas, minhocas e abelhas já tiveram sua experiência extraterrena. Até mesmo aranhas foram enviadas para testar suas habilidades de tecer uma teia em ambiente de microgravidade.


A viagem de animais ao espaço começou em 1947, quando os americanos enviaram moscas-das-frutas em uma cápsula. A partir de então, Rússia e EUA passaram a mandar animais maiores. Primatas eram os preferidos pelos astronautas (NASA/União Europeia), enquanto os cães eram os escolhidos dos cosmonautas (russos). Já na França, um gato ficou famoso por ser o primeiro, e único, felino escolhido para desbravar o cosmos.


Entre todos os animais que estiveram no espaço, a cadela Laika é a mais famosa. Em 4 de outubro de 1957, a era espacial teve início com o lançamento da Sputnik 1. Um mês depois, a cadela foi enviada ao espaço, a bordo da Sputnik 2, sem chances de retornar com vida. Embora sua morte tenha provocado revolta, Laika e os outros animais que ultrapassaram os limites terrenos abriram caminho para os humanos.


De acordo com Douglas Galante, doutor em Astronomia pelo Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo (IAG-USP), esse pioneirismo animal foi importante para entender os possíveis efeitos que o ambiente espacial poderia provocar nos seres humanos. “Um dos objetivos na época era o de enviar humanos ao espaço. Nesse cenário, as naves espaciais e os sistemas de manutenção de condições vitais no espaço foram testados sucessivamente, com animais maiores e mais complexos (dos insetos aos macacos), até que houvesse uma confiança grande o suficiente para enviar o primeiro astronauta”, argumenta.


Adaptado
https://www.terra.com.br
GHX Comunicação - maio/2013
A viagem de animais ao espaço começou em 1947, quando os americanos enviaram moscas-das-frutas em uma cápsula.” 2º§
A oração sublinhada nessa frase transmite ideia de:
Alternativas
Q3045474 Português
Como se classifica sintaticamente a oração grifada no trecho abaixo, tendo em vista sua relação com a oração indicada entre os colchetes?

“E dá-me vontade de dizer-lhe: — A senhora, D. Camila, [amou tanto a mocidade e a beleza], que atrasou o seu relógio, a fim de ver se podia fixar esses dois minutos de cristal.”

MACHADO DE ASSIS, Joaquim Maria. Uma senhora. In: Histórias sem data.
Disponível em: http://machado.mec.gov.br/obra-completalista/itemlist/category/24-conto. 
Alternativas
Q3039775 Português
Leia o texto a seguir para responder à questão.


8 BILHÕES DE PESSOAS, UMA HUMANIDADE.
Assuntos da ONU
13 nov. 2022

Secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, fala sobre chegada da população mundial a oito bilhões em meados de novembro/22.

A população mundial chegará a oito bilhões em meados de novembro – resultado dos avanços científicos e das melhorias na alimentação, na saúde pública e no saneamento. No entanto, à medida que a nossa família humana cresce, está também cada vez mais dividida.

Bilhões de pessoas estão em dificuldades; centenas de milhões passam fome ou estão até subnutridas. Um número recorde de pessoas procura oportunidades, o alívio de dívidas e de dificuldades, das guerras e dos desastres climáticos.

Se não reduzirmos o enorme fosso entre os que têm e os que não têm, estaremos construindo um mundo de oito bilhões de pessoas repleto de tensões, desconfiança, crises e conflitos.
Os fatos falam por si só. Um pequeno grupo de bilionários possui a mesma riqueza que a metade mais pobre da população mundial. Os que estão entre os 1% mais ricos do mundo detêm um quinto do rendimento mundial. As pessoas nos países mais ricos podem viver até 30 anos a mais do que nos países mais pobres. À medida que o mundo se tornou mais rico e saudável nas últimas décadas, essas desigualdades também se agravaram.

Além dessas tendências de longo prazo, a aceleração da crise climática e a recuperação desigual da pandemia de COVID19 aumentam as desigualdades. Estamos na direção de uma catástrofe climática, com as emissões e as temperaturas em contínuo crescimento. Inundações, tempestades e secas estão devastando países que em quase nada contribuíram para o aquecimento global.

A guerra na Ucrânia agrava as atuais crises alimentar, energética e financeira, que atingem mais duramente as economias em desenvolvimento. Estas desigualdades têm um maior impacto nas mulheres e nas meninas e em grupos marginalizados que já são discriminados. Muitos países do sul global enfrentam enormes dívidas, o agravamento da pobreza e da fome e os impactos crescentes da crise climática, tendo poucas oportunidades de investir numa recuperação sustentável da pandemia, na transição para as energias renováveis ou na educação e formação para a era digital. [...]

As divisões tóxicas e a falta de confiança causam atrasos e impasses numa série de questões, do desarmamento nuclear ao terrorismo, passando pela saúde. Devemos frear estas tendências prejudiciais, curar relações e encontrar soluções conjuntas para os nossos desafios comuns.

O primeiro passo passa por reconhecer que essas desigualdades desenfreadas são uma escolha que os países desenvolvidos têm a responsabilidade de reverter – já a partir deste mês na Conferência sobre as Mudanças Climáticas das Nações Unidas (COP27), no Egito, e na Cúpula do G20, em Bali. Espero que a COP27 resulte em um Pacto de Solidariedade Climática histórico sob o qual as economias desenvolvidas e emergentes se unam em torno de uma estratégia comum e combinem as suas capacidades e recursos para o benefício da humanidade. Os países mais ricos devem dar apoio financeiro e técnico às principais economias emergentes para a transição dos combustíveis fósseis. Esta é a nossa única esperança para cumprir as nossas metas climáticas.

Também apelo aos líderes da COP27 que cheguem a um acordo sobre um modelo de compensação aos países do sul global pelas perdas e os danos relacionados com o clima que já causam um enorme sofrimento.

A Cúpula do G20, em Bali, será uma oportunidade para abordar a situação dos países em desenvolvimento. Pedi às economias do G20 que adotem um pacote de estímulos que proporcionará aos governos do sul global investimentos e liquidez, e ajudará a aliviar e a reestruturar as suas dívidas. Enquanto pressionamos, para que estas medidas de médio prazo sejam implementadas, estamos também trabalhando sem parar com todas as partes interessadas para impedir a crise mundial de alimentos. [...]

No entanto, entre todos estes sérios desafios, há também algumas boas notícias. O nosso mundo de oito bilhões de pessoas pode gerar enormes oportunidades para alguns dos países mais pobres, onde o crescimento populacional é mais elevado. [...]

Acredito no talento da humanidade e tenho uma enorme fé na solidariedade humana. Nestes tempos difíceis, seria bom lembrarmos as palavras de um dos observadores mais sábios da humanidade, Mahatma Gandhi: “O mundo tem o suficiente para as necessidades de todos – mas não para a ganância de todos”.

Os grandes encontros mundiais deste mês devem ser uma oportunidade para começar a reduzir as divisões e a restaurar a confiança, com base na igualdade de direitos e de liberdades de cada membro desta forte família humana de oito bilhões de pessoas.

Adaptado
https://news.un.org
A ideia expressa pelo articulador sintático sublinhado não corresponde ao que está determinado entre parênteses em: 
Alternativas
Q2762370 Português
1. Existem muitas histórias do seu Justinho.

2. Uma vez o Alaor, que era um grande gozador, recebeu o seu Justinho no escritório, de manhã, com uma pergunta.

3. — Seu Justinho, o senhor abotoa a camisa de cima para baixo ou de baixo para cima?

4. - O seu Justinho pensou um pouco. depois respondeu: .

5. — De baixo para cima, como todo mundo.

6. — Epa - protestou o Simas. — Como todo mundo não. Eu abotõo de cima para baixo.

7. O Alaor propôs um plebiscito no escritório. .

8. — Quantos abotoam a camisa de cima para baixo e quantos abotoam de baixo para cima?

9. Curiosamente, fora o seu Justinho e o Simas, ninguém se lembrava como abotoava a camisa. Alguns começaram a tirar a camisa ali mesmo, para ver como as recolocariam. já que nunca tinham reparado naquilo. Mas o seu Justinho os deteve. Tirar a camisa no escritório, onde já se vira? Todos ao trabalho antes que aparecesse o chefe.

10. Mas durante todo o dia o seu Justinho ficou preocupado. No fim do expediente, dirigiu-se ao Alaor.

11. — Não gostei disso que você começou.

12. — Que foi que eu comecei?

13. — Essa história das camisas.

14. — Por que, seu Justinho?

15. — É desagregadora. Vai criar confusão.

16. E, realmente, no dia seguinte não foram poucos os que se declararam perplexos com a questão. Naquela manhã, pela primeira vez em suas vidas, tinham prestado atenção na forma como abotoavam a camisa. Era uma coisa banal, uma ação cotidiana e corriqueira, e, no entanto, todos tinham vivido até então sem saber se abotoavam a camisa de baixo para cima ou de cima para baixo. Era como se não se conhecessem. Um funcionário, inclusive, não compareceu ao trabalho e no outro dia deu a razão: simplesmente ficara paralisado no momento de aboioar a camisa, sem saber se começava por baixo ou por cima. À mulher até pensara que ele estivesse tendo alguma coisa.

17. — Que foi?

18. — Eu não consigo vestir a minha camisa. Eu não consigo vestir a minha camisa!

19. — Deixa que eu ajudo.

20. — Não! Você não vê? Eu é que tenho que vestir. E não consigo decidir se começo a abotoar por baixo ou por cima!

21. Como ele resolvera o problema, para vir trabalhar um dia depois? Botara uma camisa sem botão.

22. Seu Justinho não estava gostando nada daquilo. E nos dias seguintes passou a gostar ainda menos. Notou que todos estavam abalados com a experiência. De repente, por causa dos botões de suas camisas, estavam todos às voltas com graves indagações existenciais, sobre a gratuidade de todas as coisas, sobre os limites do livre arbitro e o lugar do homem num universo aleatório. E aquilo estava prejudicando o serviço. 

23. — Viu o que você fez? — perguntou o seu Justinho, brabo, para o Alaor.

24, — Mas era só uma brincadeira!

25. A brincadeira deixara todos angustiados. Até que seu Justinho decidiu tomar uma atitude. Como bom burocrata, baixou uma norma, gue mandou afixar no quadro de avisos.

26. “Neste escritório, todos os homens abotoam a camisa de baixo para cima, revogadas as disposições em contrário.”

27. Houve um certo alívio no ambiente, o que seu Justinho tomou como mais um triunfo da burocracia que afinal não passava de um método para pôr ordem no caos, segundo ele.

28. Mal sabia o seu Justinho que, depois de ler a sua determinação no quadro, todos tinham começado a abotoar a camisa de cima para baixo. A questão não era mais a extensão da liberdade humana num universo indiferente, a questão era contrariar o seu Justinho. Quem ele pensava que era, mandando até nas suas camisas?


(Adaptado de: VERISSIMO, Luis Fernando. Pai não entende nada. Porto Alegre: L&PM, 1996)
Estabelece relação de condição o termo sublinhado em:
Alternativas
Q2705668 Português
     Ainda hoje, quando lanço o olhar ao mar, imagino a vida de meus avós como ilhas distantes, cercadas pela vastidão de um oceano de histórias (muitas delas guardadas na linha de um horizonte que não pode mais ser lido). No alto do Morro de São Sebastião, contemplo o sol nascente e me inspiro a iniciar estas linhas. Talvez elas não contenham toda a verdade, talvez haja imprecisões e deslizes históricos, mas foi assim que eu as recebi, pela boca dos que sobreviveram.

    leiri-san inspecionava as conversas dos navios que nasciam no estaleiro que dirigia com disciplina. Há décadas os japoneses iniciaram a colonização da ilha de Taiwan, tomada da China após a guerra sino-japonesa. Para lá a família leiri emigrou para prosperar. Chiyoko, filha do patriarca leiri, cresceu entre finas bonecas de porcelana, tendo os melhores instrutores, tornando-se de pianista a carateca. Sempre ávida por conhecimento, aprendeu com seu tio diversos procedimentos, tais como a realização de partos e, sobretudo, a quiropraxia. Chiyoko se transformou em uma mulher extraordinária, nadando em alto-mar e, apesar de sua compleição esguia, aventurando-se até a praticar sumô. Após aprender tantas coisas, não poderia ter se tomado outra coisa a não ser professora.

      Naquele dia, apesar da triste guerra, Chiyoko estava feliz. Era o dia do aniversário de seu pai. Não importava a ela que seu otosan estivesse em um leito de hospital nem que o medo rondasse cada esquina. Ela tinha conseguido, a grande custo, algumas iguarias que seu pai gostava de comer. Era para comemorar a data, para celebrar a vida. E seus passos eram alegres quando a sirene tocou. E era alegre o dia quando as bombas caíram.

     O hospital em que seu pai estava foi atingido. A vida naufragou. [...] Por ter aprendido tantas coisas com o tio médico, Chiyoko auxiliava os feridos durante a guerra, que estava para ser perdida.



(Adaptado de: KONDO, André. Origens. Editora do Brasil, 2019. Edição Eletrônica)
Por ter aprendido tantas coisas com o tio médico, Chiyoko auxiliava os feridos durante a guerra. (4º parágrafo)

A oração subordinada do trecho acima estabelece ideia de 
Alternativas
Ano: 2023 Banca: IDIB Órgão: Prefeitura de Trindade - GO
Q2646716 Português

Texto para as questões de 1 a 20.


Drogas e tratamentos


Antônio Carlos Prado


1 Existem três modalidades no campo da institucionalização de dependentes

químicos. A internação compulsória é aquela determinada pela Justiça e ocorre, sobretudo,

quando o usuário de substância psicoativa comete algum grave ato dissocial – homicídio,

por exemplo. Nesse caso, se comprovado cientificamente que o delito aconteceu devido à

5dependência que retirou do autor a capacidade de crítica e _________¹, o juiz pode

considerar o indivíduo irresponsável pelo crime — ou seja, o delito lhe é inimputável.

Em vez de sentença penal condenatória é aplicada, então, medida de segurança

com encaminhamento a hospital de custódia.

Quanto à internação involuntária: o dependente químico, mesmo já colocando em

10risco a sua vida e a de outras pessoas, recusa-se a ser internado. Nesse caso, basta

autorização de um médico e de um parente direto para a institucionalização se consumar.

Finalmente, existe a voluntária: o usuário concorda em ir para uma instituição com

a finalidade de ser tratado e largar definitivamente o uso nocivo e abusivo.

Embora seja a mais discutida no País, a chamada Cracolândia, na cidade de São

15Paulo, onde dependentes químicos se drogam dia e noite a céu aberto, não é a única do

Brasil — o assunto aqui abordado tem, portanto, interesse nacional. Ao que se assiste na

capital paulista, porém, é a Prefeitura tomar atitudes com boas intenções (afinal, quer

salvar vidas), mas que terão poucos resultados. Circulam pela Cracolândia traficantes que

deveriam ser presos — basta uma semana de operações e o tráfico acaba. Seria possível,

20então, cuidar dos dependentes que perambulam perdidos em um mundo no qual não mais

percebem o quanto aceleram o próprio passo para a morte.

A Prefeitura defende a internação involuntária de usuários que usam drogas há mais

de cinco anos – nesse espaço de tempo, em se falando de crack, os pulmões estão

lesados.

25 É sabido, no entanto, que internações involuntárias podem ou não surtirem bons

efeitos, e não devem elas estar fundamentadas somente em doenças pulmonares.

A internação não voluntária, importante repetir, vale em situações em que o usuário

coloca em risco a sua vida ou a de terceiros. Esse aspecto registra-se em não mais que

6% dos cerca de seis mil atendimentos feitos anualmente pela Unifesp.

30 É preciso, isso sim, que se enviem médicos especializados diariamente ao local e

que se prendam os traficantes. São necessárias ações de convencimento para tratamentos

ambulatoriais ou internações voluntárias. O problema é de dificílima solução, a Prefeitura

paulistana está empenhada com seriedade e boa vontade em encontrar soluções, mas o

caminho seguido não é o mais adequado.


Disponível em: https://istoe.com.br/drogas-e-tratamentos/. Acesso em 09/02/2023

No período “A internação compulsória é aquela determinada pela Justiça e ocorre, sobretudo, quando o usuário de substância psicoativa comete algum grave ato dissocial” é correto afirmar sobre a palavra em destaque que ela

Alternativas
Respostas
401: C
402: A
403: E
404: C
405: B
406: B
407: D
408: D
409: B
410: B
411: C
412: C
413: B
414: C
415: C
416: E
417: B
418: D
419: B
420: E