Questões de Português - Orações subordinadas adverbiais: Causal, Comparativa, Consecutiva, Concessiva, Condicional... para Concurso

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Q3046455 Português
Atenção! Leia o trecho da obra O alienista (1882), de Machado de Assis, para responder à próxima questão.


      As crônicas da vila de Itaguaí dizem que em tempos remotos vivera ali um certo médico, o Dr. Simão Bacamarte, filho da nobreza da terra e o maior dos médicos do Brasil, de Portugal e das Espanhas. Estudara em Coimbra e Pádua. Aos trinta e quatro anos regressou ao Brasil, não podendo el-rei alcançar dele que ficasse em Coimbra, regendo a universidade, ou em Lisboa, expedindo os negócios da monarquia.
      — A ciência, disse ele a Sua Majestade, é o meu emprego único; Itaguaí é o meu universo.
      Dito isso, meteu-se em Itaguaí, e entregou-se de corpo e alma ao estudo da ciência, alternando as curas com as leituras e demonstrando os teoremas com cataplasmas. Aos quarenta anos casou com D. Evarista da Costa e Mascarenhas, senhora de vinte e cinco anos, viúva de um juiz de fora, e não bonita nem simpática. Um dos tios dele (...) admirou-se de semelhante escolha e disselho. Simão Bacamarte explicou-lhe que D. Evarista reunia condições fisiológicas e anatômicas de primeira ordem, digeria com facilidade, dormia regularmente, tinha bom pulso, e excelente vista; estava assim apta para dar-lhe filhos robustos, sãos e inteligentes. Se além dessas prendas, únicas dignas da preocupação de um sábio, D. Evarista era mal composta de feições, longe de lastimá-lo, agradecia-o a Deus, porquanto não corria o risco de preterir os interesses da ciência na contemplação exclusiva, miúda e vulgar da consorte.

DE ASSIS, Machado. O alienista. Porto Alegre: L&PM, 1998. Adaptado.
Assinale a alternativa que apresenta o valor semântico do termo destacado na frase. 
Alternativas
Q3046254 Português
Que animais o homem já enviou ao espaço?

Animais no espaço: até moscas já foram enviadas para fora da Terra. 


Entre os terráqueos, o homem não foi o pioneiro no espaço. Mas foi o responsável por enviar várias espécies de animais antes de Yuri Gagarin e Neil Armstrong. Moscas, peixes, tartarugas, lesmas, minhocas e abelhas já tiveram sua experiência extraterrena. Até mesmo aranhas foram enviadas para testar suas habilidades de tecer uma teia em ambiente de microgravidade.


A viagem de animais ao espaço começou em 1947, quando os americanos enviaram moscas-das-frutas em uma cápsula. A partir de então, Rússia e EUA passaram a mandar animais maiores. Primatas eram os preferidos pelos astronautas (NASA/União Europeia), enquanto os cães eram os escolhidos dos cosmonautas (russos). Já na França, um gato ficou famoso por ser o primeiro, e único, felino escolhido para desbravar o cosmos.


Entre todos os animais que estiveram no espaço, a cadela Laika é a mais famosa. Em 4 de outubro de 1957, a era espacial teve início com o lançamento da Sputnik 1. Um mês depois, a cadela foi enviada ao espaço, a bordo da Sputnik 2, sem chances de retornar com vida. Embora sua morte tenha provocado revolta, Laika e os outros animais que ultrapassaram os limites terrenos abriram caminho para os humanos.


De acordo com Douglas Galante, doutor em Astronomia pelo Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo (IAG-USP), esse pioneirismo animal foi importante para entender os possíveis efeitos que o ambiente espacial poderia provocar nos seres humanos. “Um dos objetivos na época era o de enviar humanos ao espaço. Nesse cenário, as naves espaciais e os sistemas de manutenção de condições vitais no espaço foram testados sucessivamente, com animais maiores e mais complexos (dos insetos aos macacos), até que houvesse uma confiança grande o suficiente para enviar o primeiro astronauta”, argumenta.


Adaptado
https://www.terra.com.br
GHX Comunicação - maio/2013
A viagem de animais ao espaço começou em 1947, quando os americanos enviaram moscas-das-frutas em uma cápsula.” 2º§
A oração sublinhada nessa frase transmite ideia de:
Alternativas
Q3045474 Português
Como se classifica sintaticamente a oração grifada no trecho abaixo, tendo em vista sua relação com a oração indicada entre os colchetes?

“E dá-me vontade de dizer-lhe: — A senhora, D. Camila, [amou tanto a mocidade e a beleza], que atrasou o seu relógio, a fim de ver se podia fixar esses dois minutos de cristal.”

MACHADO DE ASSIS, Joaquim Maria. Uma senhora. In: Histórias sem data.
Disponível em: http://machado.mec.gov.br/obra-completalista/itemlist/category/24-conto. 
Alternativas
Q3041929 Português
Julgue o item subsequente. 

As orações subordinadas são aquelas que podem estar coordenadas entre si, podem ser as principais, podem ser independentes ou propriamente subordinadas (desenvolvidas ou reduzidas). 
Alternativas
Q3039775 Português
Leia o texto a seguir para responder à questão.


8 BILHÕES DE PESSOAS, UMA HUMANIDADE.
Assuntos da ONU
13 nov. 2022

Secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, fala sobre chegada da população mundial a oito bilhões em meados de novembro/22.

A população mundial chegará a oito bilhões em meados de novembro – resultado dos avanços científicos e das melhorias na alimentação, na saúde pública e no saneamento. No entanto, à medida que a nossa família humana cresce, está também cada vez mais dividida.

Bilhões de pessoas estão em dificuldades; centenas de milhões passam fome ou estão até subnutridas. Um número recorde de pessoas procura oportunidades, o alívio de dívidas e de dificuldades, das guerras e dos desastres climáticos.

Se não reduzirmos o enorme fosso entre os que têm e os que não têm, estaremos construindo um mundo de oito bilhões de pessoas repleto de tensões, desconfiança, crises e conflitos.
Os fatos falam por si só. Um pequeno grupo de bilionários possui a mesma riqueza que a metade mais pobre da população mundial. Os que estão entre os 1% mais ricos do mundo detêm um quinto do rendimento mundial. As pessoas nos países mais ricos podem viver até 30 anos a mais do que nos países mais pobres. À medida que o mundo se tornou mais rico e saudável nas últimas décadas, essas desigualdades também se agravaram.

Além dessas tendências de longo prazo, a aceleração da crise climática e a recuperação desigual da pandemia de COVID19 aumentam as desigualdades. Estamos na direção de uma catástrofe climática, com as emissões e as temperaturas em contínuo crescimento. Inundações, tempestades e secas estão devastando países que em quase nada contribuíram para o aquecimento global.

A guerra na Ucrânia agrava as atuais crises alimentar, energética e financeira, que atingem mais duramente as economias em desenvolvimento. Estas desigualdades têm um maior impacto nas mulheres e nas meninas e em grupos marginalizados que já são discriminados. Muitos países do sul global enfrentam enormes dívidas, o agravamento da pobreza e da fome e os impactos crescentes da crise climática, tendo poucas oportunidades de investir numa recuperação sustentável da pandemia, na transição para as energias renováveis ou na educação e formação para a era digital. [...]

As divisões tóxicas e a falta de confiança causam atrasos e impasses numa série de questões, do desarmamento nuclear ao terrorismo, passando pela saúde. Devemos frear estas tendências prejudiciais, curar relações e encontrar soluções conjuntas para os nossos desafios comuns.

O primeiro passo passa por reconhecer que essas desigualdades desenfreadas são uma escolha que os países desenvolvidos têm a responsabilidade de reverter – já a partir deste mês na Conferência sobre as Mudanças Climáticas das Nações Unidas (COP27), no Egito, e na Cúpula do G20, em Bali. Espero que a COP27 resulte em um Pacto de Solidariedade Climática histórico sob o qual as economias desenvolvidas e emergentes se unam em torno de uma estratégia comum e combinem as suas capacidades e recursos para o benefício da humanidade. Os países mais ricos devem dar apoio financeiro e técnico às principais economias emergentes para a transição dos combustíveis fósseis. Esta é a nossa única esperança para cumprir as nossas metas climáticas.

Também apelo aos líderes da COP27 que cheguem a um acordo sobre um modelo de compensação aos países do sul global pelas perdas e os danos relacionados com o clima que já causam um enorme sofrimento.

A Cúpula do G20, em Bali, será uma oportunidade para abordar a situação dos países em desenvolvimento. Pedi às economias do G20 que adotem um pacote de estímulos que proporcionará aos governos do sul global investimentos e liquidez, e ajudará a aliviar e a reestruturar as suas dívidas. Enquanto pressionamos, para que estas medidas de médio prazo sejam implementadas, estamos também trabalhando sem parar com todas as partes interessadas para impedir a crise mundial de alimentos. [...]

No entanto, entre todos estes sérios desafios, há também algumas boas notícias. O nosso mundo de oito bilhões de pessoas pode gerar enormes oportunidades para alguns dos países mais pobres, onde o crescimento populacional é mais elevado. [...]

Acredito no talento da humanidade e tenho uma enorme fé na solidariedade humana. Nestes tempos difíceis, seria bom lembrarmos as palavras de um dos observadores mais sábios da humanidade, Mahatma Gandhi: “O mundo tem o suficiente para as necessidades de todos – mas não para a ganância de todos”.

Os grandes encontros mundiais deste mês devem ser uma oportunidade para começar a reduzir as divisões e a restaurar a confiança, com base na igualdade de direitos e de liberdades de cada membro desta forte família humana de oito bilhões de pessoas.

Adaptado
https://news.un.org
A ideia expressa pelo articulador sintático sublinhado não corresponde ao que está determinado entre parênteses em: 
Alternativas
Respostas
21: E
22: C
23: E
24: E
25: B