Questões de Concurso
Sobre orações subordinadas adverbiais: causal, comparativa, consecutiva, concessiva, condicional... em português
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“Os erros nos educam quando tomamos consciência deles, mas não nos ensinam suas fontes múltiplas e permanentes, não nos dizem seu papel enorme e muitas vezes nefasto”.
No enunciado acima, os elementos linguísticos sublinhados expressam, CORRETA e respectivamente, sentidos de:
Texto 02
Disponível em: https://br.pinterest.com/pin/723320390128745982/. Acesso em: 28 set. 2024.
I- A vírgula depois de “prática” foi usada de acordo com a norma, para separar orações que possuem sujeitos diferentes.
II- Em “obedecer a uma teoria” o uso do sinal indicativo de crase seria obrigatório se fosse retirado o artigo indefinido “uma”.
III- O termo “para” pertence à classe gramatical das preposições e foi usada para inserir, no texto, uma ideia de finalidade.
IV- As formas nominais, infinitivo e particípio, foram usadas para formar as locuções verbais que compõem o texto; verifica-se a ausência da forma nominal gerúndio.
V- Os dois usos do artigo definido “a”, antes das palavras “teoria” e “prática”, poderiam ser dispensados sem que se alterasse o sentido global do texto.
Estão CORRETAS as afirmativas
Sobre a presença das vírgulas nessa passagem, é CORRETO afirmar que foram usadas, de acordo com a norma, para intercalar uma
Embora o autor mencione problemas sociais e ambientais atuais, o foco principal do texto é fornecer uma análise jurídica sobre o Código Florestal brasileiro, buscando uma revisão legislativa sem envolver questões éticas ou debates sobre a relação entre desenvolvimento sustentável e justiça social.
No contexto, o conectivo "embora" estabelece uma relação. Assinale a alternativa que apresenta corretamente a relação estabelecida pelo conectivo "embora":


Em relação a aspectos linguísticos do texto, julgue o item a seguir.
O segundo período do último parágrafo é iniciado por uma oração subordinada adverbial que expressa circunstância de finalidade em relação à oração que a sucede.
A um ausente
Tenho razão de sentir saudade,
tenho razão de te acusar.
Houve um pacto implícito que rompeste
e sem te despedires foste embora.
Detonaste o pacto.
Detonaste a vida geral, a comum aquiescência
de viver e explorar os rumos de obscuridade
sem prazo sem consulta sem provocação
até o limite das folhas caídas na hora de cair.
Antecipaste a hora.
Teu ponteiro enlouqueceu, enlouquecendo nossas horas.
Que poderias ter feito de mais grave
do que o ato sem continuação, o ato em si,
o ato que não ousamos nem sabemos ousar,
porque depois dele não há nada?
Tenho razão para sentir saudade de ti,
de nossa convivência em falas camaradas,
simples apertar de mãos, nem isso, voz
modulando sílabas conhecidas e banais
que eram sempre certeza e segurança.
Sim, tenho saudades.
Sim, acuso-te porque fizeste
o não previsto nas leis da amizade e da natureza,
nem nos deixaste sequer o direito de indagar
por que o fizeste, por que te foste.
ANDRADE, Carlos Drummond. Farewell. 6ª Ed. Rio de Janeiro: Record, 1998.
A palavra alegria vem do latim alacer,alecris, que significa animado, vivaz, alegre, jovial ou risonho. Então, o estado de alegria é uma emoção boa, cheia de satisfação, plenitude e confiança. Quando estamos alegres, temos a sensação de que devemos seguir em frente. Sentimos vontade de realizar coisas, enfim, de viver.
A alegria é uma atitude, por isso, não devemos esperar que os outros nos alegrem. Aliás, é muito ruim quando a gente depende das ações dos outros. Afinal, achamos que eles é que tem a obrigação de trazer ânimo e satisfação para as nossas vidas. Entenda que você é o único responsável pelas suas emoções!
https://blog.eurekka.me/alegria/?ist_privacy_policy=accepted
Sou composta por urgências: minhas alegrias são intensas, minhas tristezas, absolutas. Me entupo de ausências, me esvazio de excessos. Eu não caibo no estreito, eu só vivo nos extremos. Eu caminho, desequilibrada, em cima de uma linha tênue entre a lucidez e a loucura. De ter amigos eu gosto porque preciso de ajuda para sentir, embora quem se relacione comigo saiba que é por conta própria e alto-risco. O que tenho de mais obscuro, é o que me ilumina. E a minha lucidez é que é perigosa (como dizia Clarice Lispector). Se eu pudesse me resumir, diria que sou irremediável!
Marla de Queiroz
https://www.pensador.com/frase/NjA3NDgy/
Avanço da Inteligência Artificial traz vantagens, mas abre questões éticas, morais e sociais
Fernando Osório destaca os principais problemas que podem ser provocados pelo uso da tecnologia, e alerta para a necessidade de criação de regras e leis regulatórias.
O uso da tecnologia e, consequentemente, da Inteligência Artificial (IA), é cada vez maior em todas as áreas do conhecimento, nas mais simples atividades do dia a dia de qualquer ser humano e em qualquer parte do mundo, sem nem mesmo que as pessoas percebam sua presença.
É possível resumir a Inteligência Artificial a um campo das ciências da computação em que máquinas ou algoritmos realizam tarefas. Assim, é usada em buscas na internet, compras no comércio eletrônico, serviços bancários virtuais, aplicativos e smartphones, entre diversos outros produtos e serviços.
Mas, assim como a Inteligência Artificial pode trazer inúmeras vantagens, como praticidade, velocidade e qualidade dos serviços, também esbarra em questões éticas, morais e sociais e pode oferecer riscos, caso seja usada irresponsavelmente ou para fins negativos.
Vantagens e desvantagens da IA
“Toda tecnologia sempre oferece riscos, se for mal utilizada; assim como ocorre com as armas ou a energia nuclear, por exemplo”, comenta Fernando Osório, professor do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos. Especialista do Centro de Inteligência Artificial (C4AI), também da USP, Osório afirma que, quanto mais avançada a tecnologia – como ocorre ano após ano –, mais a sociedade deve ser impactada.
Entre os principais riscos, o especialista cita a falsificação de informações. Com ela, pode-se gerar fake news e os chamados deepfakes (imagens criadas por Inteligência Artificial que reproduzem aparência, expressões e até a voz de uma pessoa); manipular a sociedade; utilizar para fins militares e até mesmo para a morte de pessoas.
Confiar cegamente na Inteligência Artificial, só porque é uma máquina mais sofisticada, é algo muito perigoso, destaca o professor. Apesar disso, Osório ressalta que máquinas não têm consciência nem vontade própria, apenas seguem os comandos dados pelos humanos. “Se uma Inteligência Artificial ou um robô fizerem ações ruins, é porque alguém teve a intenção de programá-los para fazerem isso.”
Perda de empregos para a tecnologia não deve acontecer
Outro possível risco do rápido crescimento da Inteligência Artificial diz respeito ao temor dos humanos de serem substituídos por robôs, máquinas e algoritmos. O pesquisador garante que esse não é o papel da Inteligência Artificial e que a preocupação com o desemprego poderia ser muito maior caso não houvesse uma modernização, já que “essa tecnologia não destrói empregos, ela desloca empregos, criando muitos novos empregos e oportunidades”.
Osório cita, como exemplo, as operadoras telefônicas e os ascensoristas, que deram lugar à tecnologia conforme o tempo passou. São profissões que desapareceram, mas que abrem espaço para postos melhores que, de acordo com o professor, seguem gerando muitos outros empregos nas áreas de produção, vendas, instalação e manutenção. A Inteligência Artificial produz mais, com melhor qualidade e menor custo. Dessa forma, a empresa cresce, vende mais e emprega mais pessoas. “Adotar uma produção otimizada e inteligente gera crescimento, evita falências, torna competitivas as empresas e, consequentemente, multiplica empregos.”
Riscos de concentração de poder controlados com regras e leis
Um grande problema dessa tecnologia é que seu domínio está nas mãos de poucas grandes empresas e até mesmo governos, lembra o professor, afirmando ser necessário democratizar a Inteligência Artificial e os conhecimentos dela advindos para evitar o monopólio. Osório destaca o poder do conhecimento aberto para compreender melhor os riscos e as formas de defesa contra ameaças tecnológicas.
Para que isso aconteça, o professor defende a necessidade de criar regras de uso dessa tecnologia, o que, segundo ele, já vem sendo debatido por pesquisadores, desenvolvedores e pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). No Brasil, por exemplo, foram criados recentemente a Estratégia Brasileira de Inteligência Artificial (Ebia) e diversos Centros de Pesquisa e Aplicação da Inteligência Artificial, “para regulamentar e dominar essa tecnologia”.
O pesquisador defende ainda a regulamentação e a criação de órgãos de controle para que as empresas se preocupem em realocar seus funcionários em novas funções, evitando também o monopólio de grandes conglomerados. “Somente com muita educação e investimentos em estudos, pesquisas, conhecimentos, tecnologias e inovação poderemos garantir um futuro melhor.”
(Robert Siqueira. Disponível em: https://jornal.usp.br/atualidades/ Acesso em:setembro de 2024.)
INSTRUÇÃO: Leia, com atenção, o texto 01 e, a seguir, responda a questão, que a ele se refere.
Texto 01
A borboleta azul que desfila sobre o concreto da cidade
Kaká Werá
No turbilhão de concreto e asfalto que é São Paulo, onde a pressa dita o ritmo frenético das horas e os ruídos dos motores abafam qualquer suspiro de natureza, eis que surge um intruso inesperado: uma borboleta azul.
Não, não é um devaneio primaveril, tampouco uma ilusão de ótica. É real. Uma borboleta azul, resplandecente em sua singularidade, desafia a monotonia do cinza urbano.
É como se um pedaço do céu tivesse se desprendido e decidido dançar entre os carros engarrafados, deslizando entre os edifícios impessoais que se erguem como muralhas de concreto.
Onde não há verde, onde não se avistam parques ou jardins, e onde até mesmo as sacadas dos prédios se mostram despidas de vida vegetal, ali ela está, a borboleta azul, um paradoxo ambulante na selva de pedra.
Preso em minha própria rotina, questiono a origem e a missão desse ser com um par de azul na forma de asas. De onde teria vindo? Para onde se dirige?
Será que, em meio ao caos e à melhoria da metrópole, ela busca algo além do simples sobreviver? Seria sua missão deixar um rastro de cor e beleza na vastidão monocromática da selva urbana?
Enquanto o trânsito avança a passos lentos, a borboleta mantém o voo solitário, independente da frenética ao seu redor. Dessa forma, seu azul brilhante é uma pequena nota de esperança em um cenário, muitas vezes, desolador.
Assim, enquanto as buzinas e as sirenes ecoam pelas ruas, a borboleta azul segue seu curso, talvez sem destino definido.
Mas certamente deixando para trás uma marca indelével da beleza efêmera que pode florescer até nos ambientes mais inóspitos.
Talvez, só talvez, ela seja a própria poesia em voo, uma lembrança de que, mesmo no coração da cidade, a natureza encontra uma maneira de se fazer presente.
Essa suave visita me lembrou, por associação, um poema de Carlos Drummond de Andrade, chamado A flor e a náusea.
Em determinado momento, o poeta se espanta com uma flor que brotou por uma fresta em uma calçada áspera e cinzenta.
Admirado, ele escreve: “[G] uma flor nasceu na rua. Passem de longe bondes, ônibus, rio de aço do trânsito. Uma flor ainda desbotada ilude a polícia, rompe o asfalto. Façam completo silêncio, paralisem os negócios, garantam que uma flor nasceu”.
No meu caso, garanto que uma borboleta azul, como por exemplo as que povoam jardins encantados, driblou em voo o trânsito opaco da rotina da cidade.
Disponível: vidasimples.co/colunista/a-borboleta-azul-que-desfila-sobre-o-concreto-da-cidade/. Acesso em: 4 jun. 2024.
Considere a seguinte passagem do texto: “Enquanto o trânsito avança a passos lentos, a borboleta mantém o voo solitário, indiferente ao frenesi ao seu redor. Dessa forma, seu azul brilhante é uma pequena nota de esperança em um cenário, muitas vezes, desolador.” Analise as afirmativas a seguir, tendo em vista a estrutura morfossintática da referida passagem.
I- A conjunção “enquanto” insere um adjunto adverbial oracional, o qual indica uma circunstância de tempo.
II- O termo “azul” passou pelo processo de derivação imprópria, já que se encontra substantivado.
III- A vírgula usada depois de “lentos”, é facultativa, pois separa um adjunto adverbial deslocado.
IV- O acento agudo em “mantém” indica o uso do verbo “manter” na terceira pessoa do plural.
V- O termo “muitas vezes” aparece intercalado por vírgulas, de acordo com a norma, porque se trata de uma expressão adverbial que se encontra antecipada.
Estão CORRETAS as afirmativas