Questões de Português - Orações subordinadas adverbiais: Causal, Comparativa, Consecutiva, Concessiva, Condicional... para Concurso
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Leia o texto para responder a questão.
#Trashtag Challenge: o desafio online que está levando
internautas a recolherem lixo em locais públicos
Não é sempre que uma hashtag viraliza para além das redes sociais.
Mas um desafio online que estimula participantes a recolher lixo de locais públicos tem levado dezenas de milhares de pessoas a fazer exatamente isso.
No chamado "Trashtag Challenge" - algo como hashtag "Desafio do Lixo", em português - os participantes escolhem um lugar poluído, limpam esse local e postam fotos mostrando o antes e o depois.
A iniciativa tem ajudado a mudar o cenário em praias, parques e estradas e também a conscientizar sobre a quantidade de lixo plástico que produzimos.
Como surgiu o Trashtag Challenge
O Trashtag Challenge não é um desafio novo. Foi criado em 2015 pela fabricante de produtos de camping UCO Gear, como parte de uma campanha para proteger áreas silvestres.
Mas foi com um post publicado na semana passada no Facebook, voltado a "adolescentes entediados", que aparentemente a ideia ganhou novo fôlego e a hashtag acabou viralizando.
"Aqui está um novo #desafio para vocês, adolescentes entediados. Tire uma foto de uma área que precise de alguma limpeza ou manutenção, depois tire uma foto mostrando o que fez em relação a isso e poste a imagem. Aqui estão as pessoas fazendo isso #BasuraChallenge #trashtag Challenge, junte-se à causa. #BasuraChallengeAZ", diz a postagem.
Nas redes sociais, imagens de ações realizadas por participantes começaram então a se espalhar.
"Eu não tenho foto de antes e depois, mas aqui estão imagens com a minha família apanhando lixo na marginal da rodovia, sempre que paramos para descansar", postou uma usuária do Twitter, da Argélia, com a hashtag do desafio.
Na Índia, outros usuários usaram o Instagram para mostrar que também estão participando. Mais de 25 mil postagens apareceram na rede social com a hashtag #trashtag - variações incluíam #trashtagchallenge e #trashchallenge.
Em espanhol, ela foi traduzida como #BasuraChallenge.
"Aqui estamos.. Com uma pequena contribuição para o meio ambiente... Nós tentamos recolher parte do plástico que a população local jogou em Laldhori, Junagadh, uma das áreas mais bonitas de Girnar (na Índia)", disse um dos que aderiram.
"É nosso humilde dever manter o MEIO AMBIENTE LIMPO E VERDE e LIVRE do lixo de PLÁSTICO e de outros tipos de LIXO, para que a próxima geração possa desfrutar da beleza original de GIRNAR".
Este outro grupo em Novosibirsk, na Rússia, disse ter enchido 223 sacolas com lixo, das quais 75% seriam enviadas para reciclagem.
Usuários no Brasil também comentaram o assunto, elogiando o desafio como "um que realmente vale à pena".
Há quem tenha aderido à iniciativa, como esta internauta de Curitiba: “O que que o Brasil tá esperando pra se juntar ao desafio da #trashtag? Vamo galera!!”
E este outro do México, que partiu para a ação: "Hoje completamos o primeiro dia em que nos propusemos a limpar um terreno baldio bem grande, em que colônias vizinhas se acostumaram a jogar lixo e entulho. Anexo o pequeno primeiro avanço. Aceita-se ajuda para os próximos dias de limpeza. #basurachallenge", postou ele.
E quais serão os rumos dessa história?
"Tirar o plástico do meio ambiente é importante", disse Mark Butler, diretor de políticas do Centro Canadense de Ação Ecológica (EAC, da sigla em inglês), ao jornal Star de Halifax.
"Mas nós precisamos fazer mais do que apenas ir atrás de quem está jogando esse lixo e mais do que limpar essas áreas. Nós precisamos fechar a torneira do plástico", disse ele, se referindo à produção desse tipo de resíduo e acrescentando que espera que a campanha leve a mudanças fundamentais sobre plásticos descartáveis, por exemplo.
"Existe a hierarquia dos resíduos, que é recusar, reduzir, reutilizar, reciclar. Se nós não fizermos isso, tudo o que vai nos restar é ficar recolhendo o lixo sem parar."
Disponível em https://www.bbc.com/portuguese/salasocial-47540113
Atenção: Para responder à questão considere a fábula abaixo.
Em Atenas, um devedor, ao ter sua dívida cobrada pelo credor, primeiro pôs-se a pedir-lhe um adiamento, alegando estar com dificuldade. Como não o convenceu, trouxe uma porca, a única que possuía, e, na presença dele, colocou-a à venda. Então chegou um comprador e quis saber se a porca era parideira. Ele afirmou que ela não apenas paria, mas que ainda o fazia de modo extraordinário: para as festas da deusa Deméter, paria fêmeas e, para as de Atena, machos. E, como o comprador estivesse assombrado com a resposta, o credor disse: “Mas não se espante, pois nas festas do deus Dioniso ela também vai lhe parir cabritos.”
(Esopo. Fábulas completas. Tradução de Maria Celeste Dezotti. São Paulo: Cosac Naify, 2013, p. 22)
Como não o convenceu, trouxe uma porca, a única que possuía, e, na presença dele, colocou-a à venda.
Em relação ao trecho que o sucede, o trecho sublinhado tem sentido de
(Disponível em: https://www.contioutra.com/se-voce-ama-sofre-senao-ama-adoece/. Texto adaptado especialmente para esta prova. Acesso em: 11/07/2019.)
Em “(...) algumas mães gostam tanto de seus filhos que acabam com o namoro deles (...)” (4º§), tem-se um período composto concluído por uma oração:
como você encara uma tatuagem? A carga de preconceitos que herdamos é pesada. Tatuados foram representados nos últimos dois séculos como pessoas do mal, em romances de aventuras, na crônica policial, no cinema, em gibis, nas histórias de piratas( ... ).
A conotação com o mal persiste em imagens recentes da televisâo. Ê clichê . close nas tatuagens do Facinoroso personagem cigano, da novela Senhoras do destino. Glose nas tatuagens de escorpião nos braços da Freira Dorolhy Stang, no Pará. Glose nos braços dos pitboys toda vez que eles aprontam alguma. Como quem diz: é tatuado, gente boa não pode ser.
Mas a coisa virou moda jovem e é preciso encará-la.
Um dicionário me informa que a palavra tattoo, do inglês moderno, veio do Taiti, da palavra "tatu", que significa marca, introduzida pelo explorador britânico James Cook, o célebre capitão Cook, em 1769. A precisâo da data me espanta. Foi também então que a técnica taitiana de gravar figuras na pele se disseminou pelos portos da Europa. Depois pelo mundo .
Vemos centenas d e lojas tattoo no centro da cidade e nos bairros. As praias brasileiras, sejam populares ou da burguesia, oferecem preço e Facilidade. Em Búzios, as agulhadas decorativas sâo aplicadas em uma Kombi-estúdio na descolada rua das pedras. Surfistas sem tatuagem não estão com nada, nem suas gatas( ... ). Pitboys desafiam olhares mortais. Garotas desenham pequeninas flores, a Fada Sininho, na virilha, no cóccix, na nuca. Ê tempo de corpos desenhados.
Se é complicado, então por quê?Tatuagem é um recado, uma fala. Os chineses antigos achavam que era uma forma de se comunicar com as forças celestes. Quando um marinheiro tatuava no br aço "Amor só de mãe', queria dizer: não confio nas mulheres. Em culturas primitivas era um signotribal sentido que ecoa hoje em tribos urbanas. Desenhos na pele com figuras de animais, como o touro, o tigre e o escorpião, eram feitos para a pessoa apropriar-se
das virtudes do animal. Quanto dessa mística se mantém?
Há meninas que gravam o nome do namorado. E se o amor acabar? Ah, dirão, não serão essas as piores marcas do amor Finito. Em pretérito mais que perfeito uma triste moça notuma me mostrou na coxa a marca "Joãozinho". Marca de posse, como em escravo ou gado. Gravar o nome do amor é mais antigo do que 2500 anos; está lá, na fala do esposo, no Cântico dos cânticos: "Grava-me como selo em teu coração, como selo em teu braço•. Ê prova de pertença ainda em uso.
Grava-se alguém para chamar atenção? Pode ser, o significado do apelo seria: estou aqui. Para se afirmar? Talvez, significando: sou como sou. Se enfeitar? Provável: gosto de um toque exótico. Seduzir? Desafiar?
Chega de enrolação. Estou pensando tudo isso porque minha Filha se tatuou.
ANGELO, Ivan. Corpos desenhados. Veja SP, 23/03/2005.
A oração destacada em "QUANDO UM MARINHEIRO TATUAVA NO BRAÇO 'AMOR SÓ DE MÃE", queria dizer: não confio nas mulheres: classifica-se como subordinada:
O primeiro período do trecho em destaque é composto, porque apresenta
Considerando-se o contexto em que está empregada a conjunção destacada no último parágrafo em “Espera-se, assim, que a maior parte dos ministros que...”, conclui-se corretamente que expressa sentido de:
Uma viúva tinha uma galinha que punha um ovo todo dia. “Dando-lhe um pouco mais de cevada, ela porá dois”, disse ela. Mas deu-lhe tanta cevada que a galinha ficou entupida e não conseguida pôr nem mais uma vez por dia. Moral: por querer sempre mais, perdes até o que já tens.
(ESOPO. Fábulas de Esopo. Porto Alegre: L&PM, 2012, p.37)
Releia a frase retirada do texto: “Mas deu-lhe tanta cevada que a galinha ficou entupida e não conseguida pôr nem mais uma vez por dia.” O que a parte destacada da frase indica sobre a parte não destacada?
— Estou esperando!
— Não quero!
— Deixá-lo passar!
— Naufragou!
Eu vinha vindo com o frescor da manhã por aquele trecho da praia de Santa Luzia, tão suave e tão formoso, onde se amontoam as coisas lúgubres da cidade - a Santa Casa, o Necrotério, o serviço de enterramentos. [...] Dois olhavam com avidez os bondes que vinham da rua do Passeio; dois estavam totalmente voltados para o lado da Faculdade. Ao aparecer um bonde, um magrinho bradou:
— Largo!
Prestei atenção. Do tramway em movimento saltou um cavalheiro defronte do Necrotério.
[...]
A um tempo falavam todos, e o cavalheiro, coberto de luto, com o lenço empapado de suor e de lágrimas, murmurava, como se estivesse a receber pêsames:
— Muito obrigado! Muito obrigado!
Aproximei-me de um dos funcionários do serviço mortuário.
— Que espécie de gente é essa?
— Oh! não conhece”? São os urubus!
— Urubus?
— Sim, OS corvos... E o nome pelo qual são conhecidos aqui os agenciadores de coroas e fazendas para o luto. Não é muito numerosa a classe, mas que faro, que atividade!
Totalmente interessado, tive uma dessas exclamações de pasmo que lisonjeiam sempre os informantes e nada exprimem de definitivo. Ele sorriu, tossiu e falou. Foi prodigioso.
— Os agenciadores de coroas levantam-se de madrugada e compram todos os jornais para ver quais os homens importantes falecidos na véspera. Defunto pobre não precisa de luxo, e coroa é luxo. Logo que tomam as notas disparam para a casa do morto e propõem adiantar o que for necessário para o enterro, com a condição de se lhes comprarem as coroas. [...]. E os títulos dessas casas davam para um tratado de psicologia recreativa. Há os poéticos, os delicados, os floridos, os babosos, os fúnebres — Tributo da Saudade, Coroa de Violetas, Flor de Lis, Bogari, A Jardineira, Coroa de Rosas...
— Mas... e estes homens aqui?
— Estes homens, são os urubus de Santa Luzia, serviço especial e maçônico. Três ficam à entrada principal da Santa Casa. Quando avistam um tipo, brada o primeiro: estou esperando!
Se o tipo não tem casa de enterro: não quero! Deixá-lo passar. Se o homem vem de tilburi, correm até aqui a acompanhá-lo... Se o tilburi segue, bradam: naufragou! E voltam ao lugar donde não saíram os outros. E interessante ouvir-lhes o diálogo. Tu é que não correste! Conheço o homem; Antes fosse, era meu o negócio...
— Mas é horrível!
— É avida, meu caro.
[...]
Os urubus devem ter nome?
— Têm, são urubus urbanos. Vê o senhor aquele? E o Chico Basílio. Há cerca de trinta anos exerce a profissão. Está vendo aquele grupo? Encontra lã o Brasilino, o Caranguejo, o Bilu, o Espanhol da Saúde, o Mangonga. Os outros são o Joaquim, o Tatuí, o Paulino, o Cá e Lá, o Buriti, o Manduca...
[...]
Eu ouvia o meu informante um pouco melancólico. Que diabo! Por que urubus, naquele pedaço da cidade que cheira a cadáveres e a morte?
Não há terra onde prospere como nesta a flora dos sem-ofício e dos parasitas que não trabalham. Esses sujeitinhos vestem bem, dormem bem, chegam a ter opiniões, sistema moral, ideias políticas.
[...]
Despedi-me, comecei a andar devagar. Um dos urubus aproximou-se.
— Estiveram contando coisas a nosso respeito”?
— Não, absolutamente.
— Que se há de fazer? A comissão é tão pequena! Quando quiser uma coroa...
— Deus queira que não! —fiz assustado.
E apertei a mão do homem-urubu com um tremor de superstição e de susto.
RIO, João do. Os urubus. In: ANTELO, Raúl (Org). A alma encantadora do Rio. São Paulo: Companhia das Letras, 1977.
As frases de um texto organizam-se em torno de relações semânticas que lhes dão coesão e coerência. No caso da frase “AO APARECER UM BONDE, um magrinho bradou”, a oração em destaque apresenta a seguinte relação:
Na oração destacada nesse período, a locução conjuntiva “tão… que” expressa circunstância de:
“Quando chegam à universidade, os jovens se deparam com novos desafios”.
Por que suamos ao sentir calor? Para refrescar o organismo. Quando o corpo sente calor durante ou depois de alguma atividade física, ou quando estamos com febre, pequenas glândulas na pele produzem o suor. Ele é um líquido levemente salgado, composto por 99% de água. Essa água evapora e ajuda a absorver o calor da pele, deixando o corpo mais fresco. Mas se o lugar é quente e úmido, a água não evapora e o suor acaba não refrescando.
Marcelo Duarte. O guia dos curiosos.
Avalie a veracidade das afirmativas abaixo com base no texto.
1. Podemos afirmar que a primeira linha do texto já responde à pergunta do título. As explicações subsequentes aprofundam a resposta dada.
2. A resposta dada à pergunta do texto é uma oração subordinada adverbial final reduzida de infinitivo.
3. No segundo período, o termo sublinhado é o sujeito da oração principal.
4. O último período do texto apresenta uma ideia em adição ao que foi exposto anteriormente e esse sentido, coerentemente, foi introduzido pela conjunção adversativa “mas”.
5. A expressão “durante ou depois de alguma atividade física” é um complemento da palavra “calor”, por isso é um complemento nominal.
Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.
Embora o desperdício alimentar seja socialmente mal visto, o que geralmente é uma das primeiras lições aprendidas em casa, os maus hábitos superam as boas intenções. Na Dinamarca, o esforço dos últimos cinco anos deu frutos: o país reduziu as perdas de alimentos em 25% graças ao impulso popular do movimento encabeçado pela plataforma Stop Spild Af Mad ("basta de desperdiçar comida", no idioma local). Esse grupo é o motor, mas já embarcaram na ideia gigantes como Nestlé e Unilever, chefs famosos e redes de supermercados como a Rema 1000. De tanto ser martelada, em meia década essa mensagem impregnou a sociedade.
Numa loja da Rema 1000 em Copenhague, há um saco de cenouras e outro de cherovias (uma raiz semelhante à cenoura) ao lado da balança onde frutas e hortaliças são pesadas. Esse dois produtos, muito populares, são vendidos por unidade, e não em maços ou sacos. É simples e ajuda o consumidor a comprar só o que necessita. Um pouco mais adiante, junto às geladeiras de laticínios, são guardados os ovos. Ficam refrigerados a 12ºC para prolongar seu uso sem problemas de toxicidade. Os sacos de pão de forma apresentam meias porções, e as de bolinhos vêm com apenas cinco. Nos freezers das carnes, bifes e peitos de frango com prazo de validade muito exíguo têm um adesivo chamativo e preço reduzido. Em nenhum lugar há ofertas do tipo "leve três e pague dois".
" Se você for analisar, faz sentido. Para que comprar mais do que o necessário? E, no entanto, todos nós fazemos isso", diz Anne-Marie Jensen Kersten, consultora alimentar da Federação de Comerciantes Varejistas (DSK, na sigla em dinamarquês). Em 2008, essa foi a primeira rede de supermercados da Dinamarca a eiminar os descontos por volume, como o 3x2, preferindo oferecer produtos unitários a preços baixos. "Não só não atrapalhou as vendas como o cliente tende a levar a quantidade exata", comenta Jense Kerstens.
O caminho dinamarquês contra o desperdício de alimentos - todos os caminhos, na verdade - levam a Selina Juul, uma designer gráfica transformada em ativista que abalou as consciências. Nascida em Moscou em 1980, chegou à Dinamarca com 13 anos e logo percebeu um fato para ela inconcebível. "As pessoas jogavam foram os restos de comida, quando em Moscou não sabíamos o que íamos comer no dia seguinte", lembra a criadora de Stop Spild Af Mad em um restaurante do centro perto do Ministério de Alimentação, Agricultura e Pesca. É uma de suas piscadelas típicas. Isso e sua determinação a transformaram na Dinamarques do Ano em 2014. De cidadã irritada com o desperdício de alimentos (um total de 700.000 toneladas por ano, das quais 260.000 correspondem ao consumidor), Juul transformou Stop Spild Af Mad na maior ONG de seu tipo no país.
Isabel Rerrer. El País, 15/10/2016
No trecho: “SE VOCÊ FOR ANALISAR, faz sentido.”, a oração destacada classifica-se como subordinada adverbial:
Yuval Noah Harari. 21 lições para o século 21. Trad. Paulo Geiger. 1.ª ed.
São Paulo: Companhia das Letras, 2018, p. 138-41 (com adaptações).
Com relação às propriedades gramaticais e à coerência do texto 9A2-I, julgue o item a seguir.
A oração “se você adoecer” (l.24) estabelece uma hipótese.