Questões de Concurso
Sobre paralelismo sintático e semântico em português
Foram encontradas 656 questões
Leia o texto a seguir para responder às questões de números 06 a 12.
Estudo confirma o impacto das mudanças climáticas na saúde
1. Desde o início do século 19 , com a Revolução Industrial , o impacto das ações do homem sobre o clima já provocou um aquecimento médio de mais de 1 ºC na Terra . Embora o número ainda não seja suficiente para provocar um cataclisma , já prejudica a vida de milhões de pessoas ao redor do planeta e coloca em risco todos os avanços em saúde pública dos últimos 50 anos. É o que mostra um relatório publicado pela Lancet, uma prestigiada publicação científica de medicina .
2. Elaborado com a contribuição de 24 instituições acadêmicas e organizações intergovernamentais , o Lancet Countdown levanta dados de saúde em todos os continentes , contando com uma equipe que inclui ecologistas , cientistas , economistas , engenheiros e especialistas em comida , transporte, energia e saúde pública .
3 . De acordo com o relatório , uma das principais evidências do impacto da mudança climática são as ondas de calor , cada vez mais intensas e frequentes . Entre 2000 e 2016 , 125 milhões de adultos em situação de vulnerabilidade no mundo sofreram com elas. Com o clima mais quente , as pessoas têm menos resistência , ocasionando uma redução de 5,3% da força mundial de trabalho . Em 2016 , tirou mais de 920 mil pessoas em todo mundo da força de trabalho , com 418 mil delas somente na Índia.
4 . Os desastres relacionados ao clima também estão mais frequentes , com um crescimento de 46 % desde 2000. A economia também sofre , com crescentes perdas desde 1990 . Em 2016 a economia global perdeu US$ 12 9 bilhões com eventos relacionados ao clima . O relatório também aponta o aumento de 10 % no número de mosquitos da dengue desde 1950 como resultado do aquecimento global.
5 . Os estragos não param por aí , já que, somente em 2015 , mais de 803 .000 mortes prematuras e evitáveis aconteceram em 21 países asiáticos foram devido a poluição do ar . Mas é na comida o principal impacto. A mudança climática provocou um declínio de 6 % na produtividade global do trigo e um declínio de 10 % nas safras de arroz . Se tudo continuar assim , mais de um bilhão de pessoas em todo o mundo enfrentarão a necessidade de migrar dentro dos próximos 90 anos devido ao aumento do nível do mar causado pelo colapso da plataforma de gelo .
6 . O Brasil também sofre com as consequências : de acordo com o estudo , o volume médio de partículas finas em suspensão no ar é de 15 ug/m3 , enquanto a Organização Mundial de Saúde recomenda que o número não ultrapasse 1 O ug/m3 . A pior situação fica na pequena cidade de Santa Gertrudes , no interior de São Paulo , considerada a mais poluída do País . São 44 ug/m3 de partículas suspensas , principalmente devido a ação da indústria de cerâmica .
7 . Para o professor Anthony Costello, co-presidente da Lance! Countdown e um dos diretores da Organização Mundial da Saúde , a situação requer ação imediata . "A mudança climática está acontecendo e hoje é um problema de saúde para milhões em todo o mundo . A perspectiva é desafiadora , mas ainda temos a oportunidade de transformar uma emergência médica iminente no avanço mais significativo para a saúde pública neste século ", afirma . "Precisamos de medidas urgentes para reduzir as emissões de gases de efeito estufa. Os benefícios econômicos e de saúde oferecidos são enormes . O custo da inação será contado em perdas evitáveis de vidas em larga escala ".
Autor não é ide ntificado, Portal da R evista Galileu (03/11/20177) Te x to adap tado - Versão origin al, na íntegr a e sem alterações dispon/ve l em http s:l/re vistagaf ileu . globo.co m/ Ciencialnoticia/201 71 11 /estudo-confirma-o -im pacto-das-muda ncas-climaticas -n a-saude . htmf
Assinale a única alternativa cujo vocábulo sublinhado não poderia ser substituído por aquele entre parênteses.
O ZELADOR DO LABIRINTO
Tem também a história do zelador do labirinto. Todos os dias ele saía de casa cedo, com sua marmita, e entrava no labirinto. Seu trabalho era percorrer todo o labirinto, inspecionando as paredes e o chão, vendo onde precisava um retoque, talvez uma mão de tinta, etc.
Era um homem metódico. Pela manhã, fazia a ronda do labirinto, anotando tudo que havia para ser consertado, depois saía do labirinto, almoçava, descansava um pouquinho, e entrava de novo no labirinto, agora com o material que necessitaria para seu trabalho. Quando não havia nada para ser consertado, ele apenas varria todo o labirinto e, ao anoitecer, ia para casa. Um dia, enquanto fazia a sua ronda , o zelador encontrou um grupo de pessoas apavoradas. Queriam saber como sair dali. O zelador não entendeu bem.
- Como, sair?
- A saída! Onde fica a saída?
- É por ali - apontou o zelador, achando estranha a agitação do grupo.
Mais tarde, no mesmo dia, enquanto varria um dos corredores, o zelador encontrou o mesmo grupo. Não tinham encontrado a saída. Estavam ainda mais apavorados. Alguns choravam. Alguém precisava lhes mostrar a saída! Com uma certa impaciência, o zelador começou a dar a direção. Era fácil.
- Saiam por ali e virem à esquerda. Depois à direita, depois à esquerda outra vez, direita, direita, esquerda .... - Espere! - gritou alguém. - Ponha isso num papel.
Sacudindo a cabeça com divertida resignação, o zelador pegou seu caderno de notas e toco de lápis e começou a escrever.
- Deixa eu ver. Esquerda, direita, esquerda, esquerda ...
Hesitou.
- Não, direita. É isso. Direita, direita, esquerda ... Ou direita outra vez?
O zelador atirou o papel e o lápis no chão como se estivesse pegando fogo. Saiu correndo, com todo o grupo atrás. Também estava apavorado. Aquilo era terrível. Ele nunca tinha se dado conta de como aquilo era terrível. Corredores davam para corredores que davam para corredores que davam numa parede. Era preciso voltar pelos mesmos corredores, mas como saber se eram os mesmos corredores? A saída! Onde fica a saída?
A administração do labirinto teve que procurar um novo zelador, depois que o desaparecimento do outro completou um mês. Podia adivinhar o que tinha acontecido. O novo zelador não devia ter muita imaginação. Era preferível que nem soubesse ler e escrever. E em hipótese alguma devia falar com estranhos.
O Zelador do Labirinto. Revista lcaro, 230, RMC Editora, Setembro de 2003, p. 34.Questão 01
"Sacudindo a cabeça com divertida RESIGNAÇÃO (...)"
o contexto em que está inserida, a palavra em destaque estabelece a relação semântica de:
Leia o texto a seguir para responder as questões sobre seu conteúdo.
A moça em prantos
O poeta encontrou uma pedra no meio do caminho, nunca esqueceu dessa pedra, que lhe deu assunto para o seu poema mais conhecido. Não sendo poeta, encontrei não uma, mas infinitas pedras no meio do caminho, e não só no meio, mas no início e no fim de cada caminho. Não me renderam um único poema, nem mesmo uma modesta crônica.
Mas jamais esqueci a primeira moça que vi chorando. Eu devia ter seis ou sete anos, achava que só as crianças podiam e deviam chorar, tinham motivos bastante para isso, desde as fraldas molhadas nos primeiros meses de existência até a inexpugnável barreira dos “não pode”, que emparedam a infância e criam neuras para o resto da vida.
Um adulto chorando era incompreensível para mim, um acontecimento pasmoso, uma aberração da natureza, pois os adultos podiam tudo e tudo lhes é permitido. E a moça era um adulto, ao menos para mim, embora ela fosse realmente moça, aí pelos 15 anos ou pouco mais.
E chorava. Não abrindo o berreiro como as crianças, mas dolorosamente, e na certa misturando motivos.
Mesmo assim fiquei imaginando a causa do seu pranto. Faltara à escola e por isso ficara sem sobremesa? Fora proibida de brincar na calçada? Queria ganhar uma bicicleta e fora convencida a continuar com o insípido velocípede?
Vi muita gente chorando depois, homens feitos, mulheres maduras. Eu mesmo, quando levo meus trancos, repito o menino que ia para debaixo da mesa de jantar para poder chorar sem passar recibo da minha dor. Hoje, ficaria feio esconder-me debaixo das mesas, mas sei que é um bom lugar para isso. Melhor do que a cama, onde devemos fazer outras coisas. A moça que chorava não se escondera, chorava de mansinho, na verdade nem parecia estar chorando. Devia apenas estar muito triste porque misturava todos os motivos para a sua tristeza.
(Carlos Heitor Cony, Folha de São Paulo, 04/05/2003)
Assinale a alternativa que apresenta o mesmo significado que a palavra INEXPUGNÀVEL:
A violência em Roraima é contra a imagem no espelho
Os venezuelanos encarnam o pesadelo real de que toda estabilidade é provisória e o pertencimento é sempre precário
Eliane Brum
- Não se compreende a violência dos brasileiros
- contra os venezuelanos sem entender o que é
- estar na fronteira e se saber à beira do mapa,
- a borda como o precipício que lembra a quem
- se agarra ao lado de cá que há uma fera
- rosnando no desconhecido. Com exceção dos
- povos indígenas, a população não indígena de
- Roraima é formada por migrantes recentes, a
- maioria da segunda metade do século XX. E
- sempre chegando de um outro lugar em que o
- chão se tornou movediço embaixo dos pés.
- Muitos não desembarcaram em Roraima
- diretamente do lugar em que nasceram, mas
- antes tentaram pertencer a outros pontos do
- mapa e não puderam se fixar por falta de
- trabalho ou outras faltas. Quem alcança um
- estado como Roraima vindo das regiões mais
- pobres do Brasil — ou das porções mais
- pobres dos estados rico s— sabe que alcançou
- uma espécie de território limite. Dali pra
- frente não há mais para onde andar. Talvez o
- que um brasileiro de Roraima vislumbre num
- venezuelano desesperado e sem lugar seja o
- retrato de si mesmo. Uma velha foto bem
- conhecida empurrada para o fundo de uma
- gaveta da qual ninguém quer lembrar, mas
- que nunca pôde ser totalmente esquecida.
- Diante dos venezuelanos famintos, doentes e
- assustados, desejando desesperadamente
- entrar, a imagem se materializa como um
- espelho que é preciso destruir. O que
- destroem no corpo do outro é a imagem de si
- mesmos cujo retorno não podem aceitar.
- A angústia de não pertencer rugia dentro da
- maioria das pessoas que entrevistei em
- Roraima, em diferentes momentos. Mas isso
- jamais era admitido. Ao contrário. Como
- costuma acontecer neste tipo de fenômeno,
- ela se expressava como uma identidade feroz,
- a de ser o único cidadão legítimo, o único com
- o direito de estar ali, o único que trabalha e
- quer progredir. Isso se manifestava em três
- comportamentos clássicos: a hostilidade
- contra estrangeiros de outra língua,
- especialmente americanos, a desconfiança
- com relação a brasileiros não migrantes, o
- desejo de apagar as populações nativas,
- ainda que pela assimilação ou pela supressão
- de direitos. (...)
- A identidade roraimense é fomentada na
- população por velhas e novas elites locais a
- partir da ideia de que o Brasil é contra eles
- (ou os ignora ou só aparece para se meter
- onde não devia, como na atual disputa pelo
- fechamento da fronteira com a Venezuela), os
- “gringos” querem tomar a Amazônia de seus
- legítimos donos e os indígenas impedem o
- progresso do estado e também de cada
- indivíduo que ali chegou com o sonho de fazer
- história, fortuna e, principalmente casa —
- lugar de pertencimento para quem tanto
- peregrinou pelo mapa do Brasil até finalmente
- alcançar a sua borda. Essa é sempre a
- condição de fronteira entre aqueles que as
- disputam. (...) A fronteira é um espaço de
- sobreviventes, que já conheceram o pior de
- vários mundos, sofreram estigmas,
- preconceitos e indignidades, e estão lutando
- por um lugar e sabem muito bem o porquê.
- (...)
- A imagem dos venezuelanos entrando e
- entrando, desesperados, miseráveis e
- famintos, é a imagem que um migrante mais
- teme para si mesmo. É também a prova de
- que a estabilidade é sempre provisória, de
- que é possível perder tudo mais uma vez. É a
- evidência viva, encarnada, de que não há
- lugar seguro, de que o pertencimento é
- sempre precário. De que do outro lado da
- borda, o abismo espreita com olhos injetados
- de sangue. Quem viveu escorregando de
- todos os mapas sente a dor dessa experiência
- no corpo.
Fonte:
https://brasil.elpais.com/brasil/2018/08/27/opinion.html
Acesso em 06/09/2018. Adaptação.
Assinale a opção em que a palavra “mapa” está empregada em um sentido metafórico e abstrato mais saliente.
Texto 1
- ESTRANGEIRO: – Pois bem: nas ciências teóricas
- nós começamos por distinguir uma parte diretiva, e
- nesta, uma divisão a que chamamos, por analogia,
- autodirigente. A criação dos animais foi, por sua vez,
- considerada como uma das divisões da ciência auto-
- diretiva, da qual é um gênero e certamente não o
- menor; a criação de animais nos deu a espécie da
- criação em rebanho, e a criação em rebanho, por
- sua vez, deu-nos a arte de criar os animais pedes-
- tres; e a seguir, esta arte de criar os animais pedes-
- tres nos deu, como seção principal, a arte que cria
- raça de animais sem chifres; e, ainda, esta raça de
- animais sem chifres inclui uma parte que só poderá
- ser compreendida por um único termo pela adição
- necessária de três nomes; ela se chamará: “a arte
- de criar raças que não se cruzam”. Por fim, a última
- subdivisão restante, nos rebanhos bípedes, será a
- arte de dirigir os homens. É precisamente o que pro-
- curamos; a arte que se honra por dois nomes: políti-
- ca e real.
PLATÃO. Diálogos – Fédon, Sofista, Político. Trad. Jorge Paleikat; João Cruz Costa. Rio de Janeiro: Ediouro, s.d. p. 177.
Releia o Texto 1 e leia o Texto 2 para responder às questões de 06 a 10.
Texto 2
Admirável gado novo
- Vocês que fazem parte dessa massa
- Que passa nos projetos do futuro
- É duro tanto ter que caminhar
- E dar muito mais do que receber
- E ter que demonstrar sua coragem
- À margem do que possa parecer
- E ver que toda essa engrenagem
- Já sente a ferrugem lhe comer
- Êh, ôô, vida de gado
- Povo marcado
- Êh, povo feliz!
- Lá fora faz um tempo confortável
- A vigilância cuida do normal
- Os automóveis ouvem a notícia
- Os homens a publicam no jornal
- E correm através da madrugada
- A única velhice que chegou
- Demoram-se na beira da estrada
- E passam a contar o que sobrou!
- Êh, ôô, vida de gado
- Povo marcado
- Êh, povo feliz!
- O povo foge da ignorância
- Apesar de viver tão perto dela
- E sonham com melhores tempos idos
- Contemplam esta vida numa cela
- Esperam nova possibilidade
- De verem esse mundo se acabar
- A arca de Noé, o dirigível,
- Não voam, nem se pode flutuar
- Êh, ôô, vida de gado
- Povo marcado
- Êh, povo feliz!
RAMALHO, Zé. Zé Ramalho da Paraíba. Discobertas. © Avohai Editora (EMI) BRSME9700721, 2008. Disponível em: <http://www.zeramalho.com.-br/sec_discografia_view.php?id=65>. Acesso em: 15 fev. 2018.
No Texto 2, os termos “massa” e “gado” adquirem um sentido semelhante a “rebanho”, no Texto 1. Essa semelhança de sentido deve-se
Assinale a alternativa que apresenta o antônimo da palavra “beleza”.
O ZELADOR DO LABIRINTO
Tem também a história do zelador do labirinto. Todos os dias ele saía de casa cedo, com sua marmita, e entrava no labirinto. Seu trabalho era percorrer todo o labirinto, inspecionando as paredes e o chão, vendo onde precisava um retoque, talvez uma mão de tinta, etc.
Era um homem metódico. Pela manhã, fazia a ronda do labirinto, anotando tudo que havia para ser consertado, depois saía do labirinto, almoçava, descansava um pouquinho, e entrava de novo no labirinto, agora com o material que necessitaria para seu trabalho. Quando não havia nada para ser consertado, ele apenas varria todo o labirinto e, ao anoitecer, ia para casa. Um dia, enquanto fazia a sua ronda , o zelador encontrou um grupo de pessoas apavoradas. Queriam saber como sair dali. O zelador não entendeu bem.
- Como, sair?
- A saída! Onde fica a saída?
- É por ali - apontou o zelador, achando estranha a agitação do grupo.
Mais tarde, no mesmo dia, enquanto varria um dos corredores, o zelador encontrou o mesmo grupo. Não tinham encontrado a saída. Estavam ainda mais apavorados. Alguns choravam. Alguém precisava lhes mostrar a saída! Com uma certa impaciência, o zelador começou a dar a direção. Era fácil.
- Saiam por ali e virem à esquerda. Depois à direita, depois à esquerda outra vez, direita, direita, esquerda .... - Espere! - gritou alguém. - Ponha isso num papel.
Sacudindo a cabeça com divertida resignação, o zelador pegou seu caderno de notas e toco de lápis e começou a escrever.
- Deixa eu ver. Esquerda, direita, esquerda, esquerda ... Hesitou.
- Não, direita. É isso. Direita, direita, esquerda ... Ou direita outra vez?
O zelador atirou o papel e o lápis no chão como se estivesse pegando fogo. Saiu correndo, com todo o grupo atrás. Também estava apavorado. Aquilo era terrível. Ele nunca tinha se dado conta de como aquilo era terrível. Corredores davam para corredores que davam para corredores que davam numa parede. Era preciso voltar pelos mesmos corredores, mas como saber se eram os mesmos corredores? A saída! Onde fica a saída?
A administração do labirinto teve que procurar um novo zelador, depois que o desaparecimento do outro completou um mês. Podia adivinhar o que tinha acontecido. O novo zelador não devia ter muita imaginação. Era preferível que nem soubesse ler e escrever. E em hipótese alguma devia falar com estranhos.
O Zelador do Labirinto. Revista lcaro, 230, RMC Editora, Setembro de 2003, p. 34.Questão 01
"Sacudindo a cabeça com divertida RESIGNAÇÃO ( ... )"
No contexto em que está inserida, a palavra em destaque estabelece a relação semântica de:
Instrução: As questões de números 01 a 10 referem-se ao texto abaixo. Os destaques ao longo do texto estão citados nas questões.
Famílias postiças contra a sigilosa epidemia da solidão
- Rosa enviuvou em agosto e desde então carrega nos ombros um pesado silêncio. Só o
- telefonema de uma amiga todos os dias ___ nove da noite diminui um pouco o seu vazio. Rosa
- vive na Galícia, uma região chuvosa no norte da Espanha, onde impera o caráter introspectivo
- e estoico. Além disso, ela mora em uma aldeia, em Betanzos (província de A Coruña) que há
- anos não para de perder população. Esse telefonema é praticamente o único momento em que
- se comunica com alguém. “Conversamos durante meia hora. Não criticamos ninguém, mas
- comentamos coisas e a faço rir”, conta Pilar, a voz amiga de Rosa e uma das colaboradoras do
- projeto de iniciativa da ordem religiosa dos franciscanos na Galícia para combater a epidemia
- silenciosa da solidão, que se estende sem freio nos lares ocidentais.
- Enquanto no Reino Unido o Governo acaba de criar uma Secretaria de Estado contra a
- Solidão, em Betanzos foi colocado ___ disposição o convento de San Francisco de Betanzos –
- sem vida desde que ...... dois anos as últimas freiras residentes cruzaram a porta – para criar
- uma família com pessoas “que estejam ou se sintam sozinhas”. Os participantes passariam o
- dia nas instalações, tomando café da manhã, almoçando e jantando, compartilhando a
- lavanderia e os gastos, fazendo companhia uns aos outros.
- “Não se trata de uma unidade de atendimento ___ terceira idade nem de beneficência,
- nem de um local social, mas de um espaço de autogestão que não se financia com subvenções
- e no qual queremos imitar o ambiente de uma família qualquer, com liberdade para entrar e
- sair sem compromisso e sem exigências de vínculo religioso”, explica o frei Enrique Roberto
- Lista sobre um projeto aberto ___ moradores de qualquer prefeitura e cujos responsáveis
- gostariam de estender no futuro a outros edifícios eclesiásticos vazios, como as casas
- sacerdotais das paróquias.
- Se no Brasil o número de pessoas que vivem sós duplicou entre 2005 e 2015, sobretudo
- entre as com mais de 60 anos, segundo o IBGE, na Espanha a situação não é melhor. Ali vivem
- sozinhas cerca de 4,5 milhões de pessoas, segundo os dados apresentados pelos franciscanos.
- Mais de 70% das almas que habitam esses lares sofrem de solidão, um problema que afeta
- igualmente mais da metade de quem tem companhia em suas casas.
- O projeto começou a ser posto em prática em Betanzos com nove mulheres e, conforme
- explica a trabalhadora social Antía Leira, vem enfrentando dificuldades para superar “o estigma
- da solidão, a vergonha”. “É difícil para as pessoas que a sofrem reconhecer a situação e até
- mesmo identificá-la porque muitas vezes convivem com alguém”, afirma Leira. “É uma
- necessidade oculta: todo mundo admite o problema, e as notícias de idosos que morrem sem
- que ninguém fique sabendo se multiplicam, mas custa dar o passo para combatê-la.”
- Uma solidão mais uma solidão é companhia, o remédio para o problema está nas pessoas
- que sofrem esse ......”, observa o frei Lista, criador do projeto, enquanto no refeitório deste
- convento do século XIV os primeiros membros passam um ao outro a cafeteira e as bandejas
- de biscoitos e bolos. A amiga de Pilar que se sente tão sozinha ainda não deu o passo para se
- integrar ___ essa família postiça: “É desconfiada e retraída, e isso lhe custa, mas eu digo que
- isto seria fantástico para ela se oxigenar.”
- A tristeza pelo isolamento social não é um achaque só da idade. “Há pessoas muito jovens
- que também estão sós”, diz Adriana García, colaboradora do projeto. “Esta sociedade te
- empurra para a solidão. Há menos filhos, a família se dispersa, por um lado as tecnologias te
- conectam, mas por outro te levam a se fechar. E ...... jornadas de trabalho que não te deixam
- tempo para a amizade e a família. Racionalizar os horários seria uma grande contribuição para
- combater isso.”
(Fonte: https://brasil.elpais.com/brasil/2018/02/02/internacional/1517571336_119656.html – Texto adaptado)
Analise as seguintes assertivas sobre a acentuação de palavras do texto:
I. Com a reforma ortográfica, o verbo ‘para’ (l.05) não é mais grafado com acento, assim como as formais verbais ‘por’ e ‘pode’, não havendo mais distinção com suas homógrafas.
II. As palavras ‘silêncio’ e ‘últimas’ continuariam existindo na língua portuguesa mesmo sem a presença do acento, mas assumiriam outra classe gramatical.
III. As palavras ‘café’ e ‘sós’ são acentuadas em função da mesma regra gramatical.
Quais estão INCORRETAS?
Pronomes
1----Antes de apresentar o Carlinhos para a turma, Carolina pediu:
— Me faz um favor?
— O quê?
4---— Você não vai ficar chateado?
— O que é?
— Não fala tão certo.
7----— Como assim?
— Você fala certo demais. Fica meio esquisito.
— Por quê?
10---— É que a turma repara. Sei lá, parece…
— Soberba?
— Olha aí, “soberba”. Se você falar “soberba”, ninguém vai
13---saber o que é. Não fala “soberba”. Nem “todavia”. Nem
“outrossim”. E cuidado com os pronomes.
— Os pronomes? Não posso usá‐los corretamente?
16---— Está vendo? Usar eles. Usar eles!
O Carlinhos ficou tão chateado que, junto com a turma, não
falou nem certo nem errado. Não falou nada. Até
19-- comentaram:
— Ó, Carol, teu namorado é mudo?
Ele ia dizer “Não, é que, falando, sentir‐me‐ia vexado”, mas
22---se conteve a tempo. Depois, quando estavam sozinhos, a
Carolina agradeceu, com aquela voz que ele gostava.
— Comigo você pode botar os pronomes onde quiser,
25---Carlinhos.
Aquela voz de cobertura de caramelo.
Luis Fernando Verissimo. Contos de verão. In: O Estado de
S. Paulo, Caderno 2, Cultura, p. D2, jan./2000.
Com relação às ideias e aos aspectos linguísticos do texto, julgue os itens de 1 a 12.
O termo ‘soberba’ (linha 13) tem o sentido de presunção, cujo antônimo é pretensão.
“Parônimo, adj.,s.m. Gram. Ling. 1. Diz-se de ou cada um dos dois ou mais vocábulos que são quase homônimos, diferenciando-se ligeiramente na grafia e na pronúncia”
(Dicionário Houaiss, 2009, p. 1437).
Considerando-se a ocorrência da paronímia, marque a frase correta.
Enumere a segunda coluna pela primeira associando o sentido dos parônimos:
( 1 ) dispensa ( ) próximo
( 2 ) despensa ( ) concede
( 3 ) flui ( ) corre
( 4 ) frui ( ) líder
( 5 ) dirigente ( ) aplicado
( 6 ) diligente ( ) dispõe
( 7 ) eminente ( ) armazém
( 8 ) iminente ( ) elevado
( 9 ) defere ( ) aprova
( 10 ) difere ( ) discorda
Instrução: As questões de números 01 a 10 referem-se ao texto abaixo. Os destaques ao longo do texto estão citados nas questões.
Seu aparelho de ar-condicionado está deixando o planeta mais quente
1 Sol, praia, calor. O Brasil é tipicamente conhecido por suas características tropicais. Apesar
2 disso, pouca gente nega um bom ar-condicionado em dias quentes. No verão do ano passado, a
3 venda desses aparelhos bateu recorde. Temos, atualmente, um total de 139 milhões de unidades
4 funcionando. Mas não é só o brasileiro que ama um friozinho artificial — Estados Unidos e Japão
5 detêm a maior parte dos exemplares mundiais. Porém, de acordo com um relatório divulgado pela
6 Agência Internacional de Energia (IEA), um irônico paradoxo foi confirmado: o aumento na
7 quantidade de aparelhos de ar-condicionado está deixando o mundo mais quente. No mundo, a
8 quantidade de ares-condicionados está concentrada em um pequeno número de países (nos
9 Estados Unidos, 90% das residências possuem). Mas à medida que a renda aumenta e as
10 populações crescem nas nações emergentes, especialmente em regiões quentes, o uso dos
11 aparelhos se torna cada vez mais comum. E as estatísticas provam: o funcionamento de ares-
12 condicionados e ventiladores já representa cerca de um quinto do total da eletricidade gasta em
13 edifícios de todo o mundo — ou 10% do consumo global.
14 Os números ficam cada vez mais exorbitantes: hoje, temos cerca de 1,6 bilhão de
15 aparelhos funcionando. Para 2050, a perspectiva é de impressionantes 5,6 bilhões. Considerando
16 também o crescimento populacional, na metade do século teremos uma estimativa de um ar-
17 condicionado para cada duas pessoas do mundo. E a demanda pelo uso de climatizadores vai
18 mais que triplicar: eles consumirão a mesma quantidade de energia que China e Índia juntas.
19 Ok, você já entendeu que temos muitos ares-condicionados pelo mundo. Mas voltemos à
20 questão principal: como eles estão tornando o planeta mais quente? Para começar, a população
21 usa “errado”. Os consumidores atuais não se preocupam em comprar aparelhos mais eficientes,
22 que gastem menos energia. A competência média dos exemplares comprados hoje é menos da
23 metade do que está normalmente disponível para venda, com cerca de um terço da tecnologia
24 dos mais eficientes. Isso pode se converter no fator econômico: geralmente os mais baratos são
25 mais simples. Mas a questão crucial é, lógico, a influência que esses bilhões de aparelhos exercem
26 na temperatura do planeta. As emissões de gases estufa liberados pelas usinas de carvão e gás
27 natural ao gerar eletricidade para os ares-condicionados quase dobrariam — de 1,25 bilhão de
28 toneladas em 2016 para 2,28 bilhões de toneladas em 2050. Essas emissões impactariam
29 significativamente o aquecimento global — o que aumentaria ainda mais a demanda por ar-
30 condicionado.
31 Sim, é um ciclo vicioso. O conforto tem um preço, e ele é bem alto. E o relatório cita
32 exemplos bem ilustrativos da situação: quanto mais aumenta a renda de uma família, cresce
33 também o número de eletrodomésticos como geladeiras e televisores. Esses aparelhos geram
34 calor, deixando o ambiente mais quente. Solução: comprar um ar-condicionado. E a maioria dos
35 ares-condicionados funcionam, em parte, “jogando” o ar quente para o lado de fora, também
36 tornando a vizinhança mais quente. Segundo estimativas, o aparelho pode elevar a temperatura
37 durante a noite em cerca de um grau Celsius em algumas cidades. Ou seja, se um número
38 suficiente de vizinhos comprar um ar-condicionado, a temperatura da sua casa pode aumentar a
39 ponto de você precisar fazer o mesmo.
40 Apesar do aparente caos cíclico sem solução, o relatório termina esperançoso. Ele fala
41 sobre o “Cenário de Refrigeração Eficiente”, um caminho que se baseia numa forte ação política
42 para limitar o uso de energia com a finalidade de resfriar os espaços. E, principalmente, fala sobre
43 investir em aparelhos mais competentes. Essa simples atitude pode reduzir a demanda futura de
44 energia pela metade — em comparação com as suposições feitas baseadas no consumo atual.
45 Também torna tudo mais barato: seguindo os padrões do Cenário de Refrigeração Eficiente, pode-
46 se reduzir os custos de investimento, combustíveis e outros gastos gerados por essa indústria do
47 frio em três trilhões de dólares até 2050. E, por último, esse cenário reduziria as emissões de
48 gases estufa pela metade. Ele está de acordo com os objetivos climáticos previstos no Acordo de
49 Paris. Então lembre-se, pelo bem do futuro do planeta, quando for comprar um ar-condicionado,
50 tenha certeza de que as especificações de eficiência são as melhores possíveis.
Texto especialmente adaptado para esta prova. Disponível em https://super.abril.com.br/ciencia/seu-aparelho-de-ar-condicionado-esta-deixando-o-planeta-mais-quente/. Acesso em 17 mai. 2018.
O termo “exorbitantes” corresponde mais precisamente ao antônimo de:
Instrução: As questões de números 01 a 10 referem-se ao texto abaixo. Os destaques ao longo do texto estão citados nas questões.
Plástico: nós o criamos, dependemos dele, mas ele nos ameaça.
Por Laura Parker
- ____Se o Mayflower, o barco dos pioneiros colonos ingleses – os chamados Peregrinos, que
- saíram de Plymouth, na Inglaterra, rumo à América do Norte –, estivesse cheio de garrafinhas
- plásticas de água, esse lixo ainda restaria entre nós, quatro séculos depois. Se os Peregrinos
- tivessem feito o que muita gente costuma fazer, jogado ao mar garrafas e embalagens, as
- ondas e a radiação solar no Atlântico teriam desgastado todos esses objetos de plástico,
- reduzindo-os a fragmentos minúsculos. Esses fragmentos poderiam estar flutuando até agora
- nos oceanos do planeta, absorvendo toxinas que iriam aderir ______ já presentes neles, e
- acabariam sendo ingeridos por algum peixe ou ostra. E talvez terminassem no prato de um de
- nós.
- ____“Temos de ser gratos aos pioneiros por não usarem nada de plástico”, pensei pouco
- tempo atrás, no trem que me levava até Plymouth, na costa sul da Inglaterra. O motivo da
- viagem era entrevistar uma pessoa que me ajudaria a entender a confusão em que estamos
- metidos graças aos resíduos plásticos, sobretudo nos mares. Como o plástico só foi inventado
- no final do século 19, e a sua produção tornou-se de fato relevante por volta de 1950, temos
- de lidar com meros 8,3 bilhões de toneladas do material. Desse total, mais de 6,3 bilhões já
- viraram resíduos, _______ a quantidade assombrosa de 5,7 bilhões de toneladas jamais
- ______ por nenhum tipo de reciclagem – resultado que chocou os cientistas que calcularam
- tais números em 2017.
- ____Ninguém faz ideia da efetiva proporção desse lixo plástico não reciclado que acaba nos
- oceanos. Em 2015, uma professora que leciona engenharia ambiental na Universidade da
- Geórgia, nos Estados Unidos, atraiu a atenção geral com uma estimativa: a cada ano, entre
- 4,8 milhões e 12,7 milhões de toneladas de resíduos chegam ao mar. A maior parte do lixo
- não vem dos navios, como explicam ela e os seus colegas, mas é descartada em terra e nas
- margens dos rios, sobretudo na Ásia. Só depois tais resíduos são carregados, pelo vento e pela
- água, até o oceano. Basta imaginarmos 15 sacolinhas repletas de tralha plástica boiando a
- cada metro de toda a linha da costa ao redor do mundo: isso corresponderia ______ de 8
- milhões de toneladas, a sua estimativa média da quantidade de lixo que os oceanos recebem
- a cada ano. E não está claro quanto tempo leva para esse plástico se desintegrar por completo
- em suas moléculas constituintes. As estimativas variam de 450 anos a nunca.
- ____Por outro lado, é bem provável que todo esse plástico venha causando a morte de
- milhões de animais marinhos a cada ano. Já se comprovou que quase 700 espécies, incluindo
- algumas em risco de extinção, foram afetadas por resíduos plásticos. Em algumas delas, o
- dano é evidente, como os animais estrangulados por itens descartados: sacolas, redes de
- pesca etc.. Em muitos outros casos, porém, os prejuízos são invisíveis ......... espécies de
- todos os tamanhos, de plâncton a baleias, agora ingerem micropartículas de plástico,
- fragmentos ínfimos que medem menos de 5 milímetros. No Havaí, em uma praia que
- aparentemente deveria estar intocada (pois não há acesso por estrada pavimentada), senti os
- meus pés afundando em crepitantes micropartículas de plástico. Depois dessa experiência,
- entendi .......... há pessoas que veem no acúmulo de resíduos plásticos nos oceanos um sinal
- de catástrofe iminente, algo tão alarmante quanto as mudanças climáticas.
(Fonte: https://www.nationalgeographicbrasil.com/2018/05/lixo-plastico-planeta-poluicao-lixaoconsumo - Texto adaptado especialmente para esta prova.)
Assinale a alternativa que apresenta os sinônimos mais adequados para afetadas (l. 32), crepitantes (l. 38) e iminente (l. 40), respectivamente, segundo o contexto em que esses vocábulos aparecem.

I - Ambas possuem independência sintática em relação à mensagem do primeiro quadrinho.
II - Ambas possuem dependência semântica da mensagem do primeiro quadrinho.
III - Apenas as orações do terceiro quadrinho dependem semanticamente do primeiro quadrinho.
A alternativa correta é:
População está envelhecendo? Imigrantes podem ser a solução, segundo o FMI
Luiz Felipe de Alencastro
Disponível em https://noticias.uol.com.br/blogs-e-colunas/coluna/luiz-felipe-alencastro/2018/04/11/fmi-faz-alerta-sobreenvelhecimento-populacional-e-imigracao.htm
Acessado em 25/08/2018
Vivemos tão apressados que estamos perdendo a habilidade de observar detalhadamente o que nos cerca. Por outro lado, somos tão bombardeados por imagens e por estímulos visuais que, para nos proteger do excesso, aprendemos a não perceber o que está em volta, aprendemos a nos proteger. Por isso, a propaganda fica cada vez mais agressiva. Os produtos precisam, a qualquer custo, chamar a atenção do possível comprador, até que sejamos capazes de “ver sem olhar”. Ou seja, mesmo sem estarmos interessados, não podemos escapar de perceber uma imagem de propaganda. Isso nos tem levado à autoproteção ou a uma atitude passiva, já que não é preciso fazer nenhum esforço, pois a propaganda e as imagens se encarregam de nos invadir. Entretanto, para apreciar a arte e saber ler imagens, uma primeira habilidade que precisamos renovar, estimular e desenvolver é a observação. Ela deve deixar de ser passiva para tornar-se ativa, voluntária: observo o que quero, porque quero, como quero, da forma que quero, quando quero observar. Se pedirmos a um amigo que descreva alguém, ele pode dizer genericamente: alto, magro, de meia-idade: ou então ser bem específico: tem aproximadamente 1 metro e oitenta, é magro, está vestido com uma calça azul, camisa branca, tênis, jaqueta de couro marrom, tem cabelos escuros, encaracolados, curtos, olhos azuis, usa costeletas, tem um sinal escuro do lado direito do rosto e cerca de 40 anos. Essa segunda descrição é mais detalhada e demonstra mais observação. Naturalmente, se eu estiver procurando tal pessoa, a partir dessa descrição detalhada, posso encontrá-la com mais facilidade.
OLIVEIRA, J. e GARCEZ, L. Explicando a Arte. Ed. Nova Fronteira. 2001
“Ela deve deixar de ser passiva para tornar-se ativa, voluntária: observo o que quero, porque quero, como quero, da forma que quero, quando quero observar.”
O trecho acima fala de vários aspectos da observação; assinale a opção que apresenta o aspecto cujo valor semântico está explicitado erradamente.
Leia com atenção o texto do Hino de Campos do Jordão, com letra e melodia por João de Sá, oficializado por Lei Municipal de 1959 e responda as questões 1, 2 e 3.
Obs.: Algumas palavras foram grafadas incorretamente e sua correção é objeto de uma das questões a seguir.
Campos do Jordão
Maravilha da minha terra
Campos do Jordão
Joia do alto da serra
Campos do Jordão
Obra suprema do divino mestre
Que fez de ti um paraizo terrestre!
Entre as matas verdejantes
E os pinheirais gigantes
Correm rios murmurantes
Sob o céu primaveril
És o meu rincão paulista
O encanto do turista
E o orgulho do Brasil!
Há no auvor das floradas
Poesias imortais
E no tempo das geadas
Lindas manhãs hibernais
Pois em ti a naturesa
Reuniu tanta beleza
Que ninguém esquece mais!
No texto, as expressões grifadas: suprema, matas, rincão e hibernais, têm respectivamente o significado de:
Assinale a alternativa onde há polissemia.