Questões de Português - Pontuação para Concurso
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“O neurótico constrói um castelo no ar. O psicótico mora nele. O psiquiatra cobra o aluguel.”
(Jerome Lawrence) Se trocarmos a pontuação entre as frases por conectivos, a forma adequada será:
“Medo todos têm. A diferença é que o covarde não controla o medo, e o corajoso o supera”.
Sobre essa frase, assinale a única afirmação correta.
Considerando as ideias e os aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item a seguir.
O emprego das vírgulas para isolar a oração “que se
convencionou chamar de entidade de fiscalização superior
(EFS)” (último parágrafo) confere a tal oração valor
explicativo.
Considerando as ideias e os aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item a seguir.
No segundo parágrafo, os termos “No Egito”, “na Índia”, “o
Senado Romano” e “na Grécia” são seguidos de vírgula
porque expressam circunstância de lugar no início da oração
em que aparecem.
Eliane Brum. Dois andares abaixo do meu. In: A menina quebrada. Porto
Alegre-RS: Arquipélago Editorial, 2013 (com adaptações).
Com relação aos aspectos linguísticos do texto, julgue o item
A inserção de uma vírgula após “mulheres” (linha 7)
alteraria os sentidos originais do texto.
“Um povo só se deixa guiar quando lhe apontam um futuro; um chefe é um comerciante de esperanças.” Napoleão Bonaparte
A respeito da estruturação do pensamento de Napoleão, assinale
a opção que se mostra adequada.
Estaria garantida a correção gramatical do texto caso fosse inserida uma vírgula imediatamente após o termo “pessoas” (linha 5), visto que a expressão “Cerca de oitocentas mil pessoas” consiste em um adjunto adverbial antecipado.
O emprego da vírgula após “vacina” (linha 3) justifica-se por separar oração subordinada adjetiva explicativa.
Leia o texto.
Marcela
Gastei trinta dias para ir do Rocio Grande ao coração de Marcela, não já cavalgando o corcel do cego desejo, mas o asno da paciência, a um tempo manhoso e teimoso. (…)
Teve duas fases a nossa paixão, ou ligação, ou qualquer outro nome, que eu de nomes não curo; teve a fase consular e a fase imperial. Na primeira, que foi curta, regemos o Xavier e eu, sem que ele jamais acreditasse dividir comigo o governo de Roma; mas, quando a credulidade não pôde resistir à evidência, o Xavier depôs as insígnias, e eu concentrei todos os poderes na minha mão: foi a fase cesariana. Era o meu universo; mas, ai triste! não o era de graça. Foi-me preciso coligir dinheiro, multiplicá-lo, inventá-lo. Primeiro explorei as larguezas de meu pai; ele dava-me tudo o que lhe pedia, sem repreensão, sem demora, sem frieza; dizia a todos que eu era rapaz e que ele o fora também. Mas a tal extremo chegou o abuso, que ele restringiu um pouco as franquezas, depois mais, depois mais. Então recorri a minha mãe, e induzi-a a desviar alguma cousa (sic), que me dava às escondidas. Era pouco; lancei mão de um recurso último: entrei a sacar sobre a herança de meu pai, a assinar obrigações, que devia resgatar um dia com usura. Machado de Assis.
Memórias Póstumas de Brás Cubas. Excerto.
Texto CG2A1-I
Até o final do século XVIII, quando a produção de açúcar começou a ser mecanizada, a maioria das pessoas consumia muito pouco dos chamados açúcares livres, que são adicionados aos alimentos. Um americano médio podia passar a vida inteira sem comer nenhum doce industrializado, muito menos os iogurtes, cereais matinais, bolachas e bebidas adoçadas que encontramos nos supermercados.
Hoje, esse mesmo americano médio ingere nada menos que 19 colheres de chá, ou 76 gramas, de açúcar livre por dia. É assim, também, porque nossos receptores gustativos que detectam o sabor doce são menos sensíveis do que os outros. A língua consegue detectar o sabor amargo mesmo em baixíssimas concentrações, de poucas partes por milhão, mas, para que um copo d’água fique doce, precisamos colocar nele uma colherada de açúcar.
Os humanos evoluíram num ambiente cheio de substâncias tóxicas, por isso são altamente sensíveis a sabores que possam significar perigo. Mas os venenos da natureza geralmente não são doces. Além disso, a coisa mais doce que os hominídeos primitivos tinham para comer eram as frutas. Hoje vivemos cercados por alimentos muito doces, mas nossos receptores ainda estão calibrados para a delicada doçura de uma banana.
Essa discrepância entre os nossos receptores gustativos, que são pouco sensíveis, e a alimentação ultradoce do mundo moderno levou médicos e gurus das dietas a recomendar adoçantes artificiais. O primeiro foi a sacarina, um derivado do alcatrão que chegou ao mercado no final do século XIX. Depois vieram vários outros, dos quais o mais famoso é o aspartame, lançado na década de 80 do século passado. Os adoçantes foram ganhando má reputação — muita gente acha que o seu gosto é ruim e que eles fazem mal à saúde. Em 1951, quando os refrigerantes e sobremesas diet começaram a proliferar, o ciclamato foi banido pela FDA, porque causava câncer de bexiga em ratos. A sacarina também foi banida por muitos anos, depois que alguns estudos preocupantes surgiram na década de 70 do século passado. Hoje, o consenso é que os adoçantes não são cancerígenos nas quantidades em que são consumidos.
Internet:<super.abril.com.br>
I A supressão da vírgula empregada logo após “mecanizada” (primeiro período do primeiro parágrafo) manteria a coesão e a correção textual, uma vez que seu emprego é facultativo no período.
II O emprego do acento indicativo de crase no vocábulo “à”, em “fazem mal à saúde” (quarto período do último parágrafo), é facultativo.
III No último parágrafo, o termo “primeiro” (segundo período) faz referência a “mundo moderno” (primeiro período).
Assinale a opção correta.
Leia o texto.
Bonitas mesmo.
Quando é que uma mulher é realmente bonita? No momento em que sai do cabeleireiro? Quando está numa festa? Quando posa para uma foto? Clic, clic, clic. Sorriso amarelo, postura artificial, desempenho para o público. Bonitas mesmo somos quando ninguém está nos vendo.
Atirada no sofá, com uma calça de ficar em casa, uma blusa faltando um botão, as pernas enroscadas uma na outra, o cabelo caindo de qualquer jeito pelo ombro, nenhuma preocupação se o batom resistiu ou não à longa passagem do dia. Um livro nas mãos, o olhar perdido dentro de tantas palavras, um ar de descoberta no rosto. Linda.
Caminhando pela rua, sol escaldante, a manga da blusa arregaçada, a nuca ardendo, o cabelo sendo erguido num coque malfeito, um ar de desaprovação pelo atraso do ônibus, centenas de pessoas cruzando-se e ninguém enxergando ninguém, ela enxuga a testa com a palma da mão, ajeita a sobrancelha com os dedos. Perfeita.
Saindo do banho, a toalha abandonada no chão, o corpo ainda úmido, as mãos desembaçando o espelho, creme hidratante nas pernas, desodorante, um último minuto de relaxamento, há um dia inteiro pra percorrer e assim que a porta do banheiro for aberta já não será mais dona de si mesma. Escovar os dentes, cuspir, enxugar a boca, respirar fundo. Espetacular.
Dentro do teatro, as luzes apagadas, o riso solto, escancarado, as mãos aplaudindo em cena aberta, sem comandos, seu tronco deslocando-se quando uma fala surpreende, gargalhada que não se constrange, não obedece à adequação, gengiva à mostra, seu ombro encostado no ombro ao lado, ambos voltados pra frente, a mão tapando a boca num breve acesso de timidez por tanta alegria. Um sonho.
O carro estacionado às pressas numa rua desconhecida, uma necessidade urgente de chorar por causa de uma música ou de uma lembrança, a cabeça jogada sobre o volante, as lágrimas quentes, fartas, um lenço de papel catado na bolsa, o nariz sendo assoado, os dedos limpando as pálpebras, o retrovisor acusando os olhos vermelhos e mesmo assim servindo de amparo, estou aqui com você, só eu estou te vendo. Encantadora.
(Martha Medeiros)
“De acordo com o jornal Deming Headlight, uma brasileira morreu de fome e sede ao tentar entrar clandestinamente nos Estados Unidos. Agentes da fronteira do estado do Novo México encontraram o corpo dela nessa semana.
A família da vítima confirmou ao jornal O Globo que ela se chama Lenilda dos Santos e tinha 49 anos. De acordo com o relato dos familiares, ela cruzou a fronteira dos EUA com o México, no entanto, acabou ficando para trás, sem água nem comida em pleno deserto, porque ficou cansada. O grupo prometeu que voltaria para dar ajuda, porém isso não aconteceu.
Lenilda ainda conseguiu falar com a família por mensagens de celular, inclusive com compartilhamento de localização. Ela parou de responder e, então, eles solicitaram ajuda às autoridades do Novo México, estado no sudoeste dos EUA.” (Catraca Livre, 17/09/2021)
A frase abaixo, retirada do texto, que mostra um erro gramatical é:
Um estudante e um professor, que haviam marcado uma reunião de estudos após as aulas, se encontram no corredor e travam o seguinte diálogo:
- Estudante: Oi, Paulo, você vai estar no seu gabinete amanhã às três horas, não é?
- Professor: Bom, não sei...
- Estudante: Mas, o senhor... (se afasta, contrariado)
Sobre essa conversação, é correto afirmar que:
No que se refere aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto anterior, bem como às ideias nele expressas, julgue o item a seguir.
No trecho “vemos claramente que há montanhas, vales,
planícies, florestas, árvores, flores e mato” (sexto período), a
inserção de uma vírgula entre “vemos” e “claramente”
manteria a correção gramatical do texto.