Questões de Português - Pontuação para Concurso
Foram encontradas 8.352 questões
I. Os dois-pontos da linha 23 ficam corretamente substituídos por vírgula. II. As vírgulas da linha 16 marcam um aposto. III. A omissão dos parênteses das linhas 32 e 33 não implicaria incorreção à estrutura da frase.
Quais estão corretas?
Texto para a questão.
Internet: <medicina.ufmg.br> (com adaptações).
Texto para a questão.
Internet: <corrreiobraziliense.com.br> (com adaptações).
Segundo estudo, perder 15% do peso corporal pode frear o diabetes tipo 2
Proposta é defendida por cientistas que constataram efeito em estudo com 5 mil adultos monitorados ao longo de cinco anos
Paloma Oliveto - Correio Braziliense
Perder peso pode retardar o avanço ou mesmo reverter o diabetes 2, além de reduzir potenciais complicações da doença, segundo um estudo publicado na revista The Lancet e apresentado ontem, on-line, na reunião anual da Associação Europeia para o Estudo do Diabetes (Easd). De acordo com os autores, no caso dos pacientes que não apresentam problemas cardiovasculares, o foco do tratamento deve ser a eliminação da obesidade, uma condição que pode levar ao desenvolvimento do distúrbio metabólico e, ao mesmo tempo, piorar o prognóstico de quem já foi diagnosticado.
Para os autores, a perda de peso deve ser a medida central do controle da doença. "Essa abordagem teria o benefício adicional de se direcionar não apenas ao açúcar elevado no sangue, mas a outras complicações relacionadas à obesidade, como fígado gorduroso, apneia obstrutiva do sono, osteoartrite, pressão alta e perfil elevado de gorduras no sangue, tendo, assim, um impacto na saúde geral da pessoa muito maior do que apenas controlar a glicemia", disse, em uma coletiva de imprensa, a coautora Ildiko Lingvay, da Universidade do Texas, nos EUA.
A defesa da perda de peso como principal meio de controle do diabetes é resultado de um estudo, o DiRECT, que incluiu dados de mais de 5 mil adultos monitorados por até seis anos. O objetivo era identificar o impacto de uma intervenção baseada em mudanças no estilo de vida de pacientes de diabetes 2 com sobrepeso ou obesidade. "O tratamento da obesidade para atingir a perda sustentada de 15% do peso corporal demonstrou ter um grande impacto na progressão do diabetes tipo 2 e até mesmo resultar na remissão do diabetes em alguns pacientes", acrescentou a coautora Priya Sumithran, da Universidade de Melbourne, na Austrália.
Os dados apresentados mostram que, em dois anos, 70% dos pacientes que perderam 15kg ou mais - no começo do estudo, eles pesavam 100kg, em média - entraram em remissão da doença. Além dos resultados do DiRECT, os autores analisaram pesquisas clínicas que investigaram o impacto da perda de peso em pessoas com obesidade no controle do diabetes. Eles se concentraram nos artigos sobre cirurgia bariátrica e de drogas já disponíveis no mercado.
"Estudos sobre a cirurgia também mostraram benefícios imediatos e sustentados para pacientes com diabetes 2 e obesidade, reduzindo a necessidade de medicamentos para baixar a glicose alguns dias após a cirurgia e melhorando vários indicadores de saúde a longo prazo", diz Sumithran. Um acompanhamento de 12 anos de um estudo observacional mostrou, por exemplo, que o procedimento levou à perda de 27% do peso total dos pacientes e que, passados 12 anos, 51% das pessoas que se submeteram à técnica ainda estavam em remissão da doença.
Remédios
Os autores também discutiram, no artigo, os tratamentos medicamentosos disponíveis no mercado para a perda de peso. Eles se concentraram em estudos que avaliaram a eficácia de cinco substâncias aprovadas por várias agências regulatórias: orlistat, fentermina-topiramato, naltrexona-bupropiona, liraglutida e semaglutida, que têm indicação para o controle crônico da obesidade. Além disso, incluíram informações sobre fármacos que ainda estão sendo estudados. De acordo com o artigo, alguns desses compostos foram capazes de estimular uma perda de mais de 15% do peso corporal em mais de 25% dos participantes com diabetes 2, ajudando também no controle da glicemia na maioria dos casos.
Baseado em resultados de estudos, Lingvay afirma que de 40% a 70% dos pacientes de diabetes chegaram a essa condição devido à obesidade. "As principais características que identificam as pessoas nas quais o aumento da gordura corporal é um contribuinte fundamental para o diabetes tipo 2 são a presença de adiposidade central (gordura ao redor da cintura), aumento da circunferência da cintura, múltiplas marcas de pele, pressão alta e doença hepática gordurosa", diz. "Nessa população, propomos uma meta de tratamento de perda de peso total de pelo menos 15%, com a intenção de não apenas melhorar o controle do açúcar no sangue, mas, sim, como a forma mais eficaz de interromper a fisiopatologia central do diabetes tipo 2 e, assim, mudar seu curso a longo prazo e prevenir as complicações metabólicas associadas."
Os autores fazem considerações importantes ao redefinir os objetivos do tratamento para pacientes de diabetes 2 focado na perda sustentada de peso. Em primeiro lugar, dizem, a iniciativa deve ser impulsionada pela atualização das diretrizes do manejo da doença. Os sistemas de saúde, alegam, devem se concentrar nos benefícios da redução da obesidade na prevenção ou no controle do distúrbio metabólico, evitando, assim, os altos custos de tratar alguém com a condição avançada, que sempre é acompanhada por um conjunto de complicações.
"Também é vital que o gerenciamento da prática médica deva se concentrar efetivamente no controle de peso para pacientes com diabetes tipo 2", diz Lingvay. "Os profissionais de saúde, especialmente aqueles que tratam rotineiramente de pessoas com diabetes, devem ser treinados e ter experiência em todos os aspectos do controle da obesidade. A equipe de apoio deve ser treinada para apoiar os pacientes em suas jornadas para perder peso e deve-se considerar a necessidade de uma equipe especializada para fornecer o componente educacional das novas estratégias de tratamento propostas."
Segundo os autores, "esse é o momento certo para considerar a adição da perda substancial de peso como principal alvo para o tratamento de muitos pacientes com diabetes 2, pois essa abordagem contempla a patologia do processo da doença". No mundo, a Federação Internacional de Diabetes calcula que a prevalência do distúrbio é de 9,3%, sendo que 90% dos casos são do tipo 2. "Essa mudança nos objetivos do tratamento reconheceria a obesidade como uma doença com complicações reversíveis e exigiria uma mudança no atendimento clínico", conclui o artigo.
Para Roy Talyor, endocrinologista da Universidade de Newcastle, no Reino Unido, que participou da reunião anual da Associação Europeia para o Estudo do Diabetes, mesmo se o índice de massa corporal (IMC) do paciente de diabetes 2 não caracterizar obesidade (acima de 30kg por m²), o emagrecimento pode ser necessário. De acordo com o médico, que também apresentou um trabalho no evento científico, uma análise de dados de um estudo britânico chamado ReTUNE mostrou que dois terços dos adultos com diabetes e um IMC de menor que 27 kg/m2 foram capazes de alcançar a remissão do diabetes depois de participarem de uma intervenção para perda de peso.
Disponível em: https://www.em.com.br/app/noticia/ciencia/2021/10/01/
interna_ciencia,1310522/segundo-estudo-perder-15-do-peso-corporal-
pode-frear-o-diabetes-tipo-2.shtml Acesso em: 08 de outubro de 2021.
Leia o trecho a seguir:
“Para os autores, a perda de peso deve ser a medida central do controle da doença. "Essa abordagem teria o benefício adicional de se direcionar não apenas ao açúcar elevado no sangue, mas a outras complicações relacionadas à obesidade, como fígado gorduroso, apneia obstrutiva do sono, osteoartrite, pressão alta e perfil elevado de gorduras no sangue, tendo, assim, um impacto na saúde geral da pessoa muito maior do que apenas controlar a glicemia", disse, em uma coletiva de imprensa, a coautora Ildiko Lingvay, da Universidade do Texas, nos EUA.”
O uso da vírgula pode ser justificado devido a várias regras de pontuação. Assinale a alternativa que justifica CORRETAMENTE o uso das vírgulas no trecho sublinhado.
O texto a seguir, da obra “Dom Casmurro”, de Machado de Assis, refere-se à questão.
“Você não me ouve, Capitu.
Eu? Ouço perfeitamente.
O que é que eu dizia?
Você… você falava de Sírius.
Qual Sírius, Capitu. Há vinte minutos que eu falei de Sírius.
Falava de… falava de Marte – emendou ela apressada.”
Considere as sugestões de alteração da posição de termos e da pontuação do seguinte trecho do texto.
O Brasil, aliás, é o país que recebe mais raios em todo o mundo. Só entre os anos de 2010 e 2016, foram pelo menos 78 milhões segundo dados do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), que é um órgão federal dedicado aos estudos meteorológicos.
I. A palavra aliás poderia ser deslocada para o início da frase (desconsideradas as mudanças de iniciais maiúscula e minúscula), mas continuaria separada por vírgula.
II. O fragmento segundo dados do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) poderia ser deslocado para o início da respectiva frase (desconsideradas as mudanças de iniciais maiúscula e minúscula), mas deveria ser seguido da oração que é um órgão federal dedicado aos estudos meteorológicos, separada por vírgulas.
III. Poderia ser suprimida a vírgula antes da última oração (antes de que).
Quais preservam a correção e o sentido do texto?
A esse respeito, informe se é verdadeiro (V) ou falso (F) o que se afirma sobre os sinais de pontuação nas frases a seguir.
( ) Os travessões possuem função análoga à dos parênteses em “(...) o único lugar habitável por nós no Universo – nosso frágil e pálido ponto azul – e torná-lo um lugar melhor para se viver.”
( ) Na frase “Não o tipo de imaginação que ilustra a capa dos livros de ficção científica; mas o tipo que nos leva a universos expandidos (...)”, o ponto e vírgula foi colocado para separar itens de enunciados enumerativos.
( ) Em “O foco deles não está exclusivamente no espaço, mas por que eles colocam bilhões para enviar humanos para lá?”, o ponto de interrogação foi empregado no final de uma pergunta indireta, porque a indagação não exige resposta.
( ) A vírgula foi colocada para separar oração coordenada com sujeito diferente em “Ciência e arte sempre foram de alguma forma financiadas pelos interesses excêntricos dos ricos, e a combinação sempre resultou em uma mistura heterogênea.”
De acordo com as afirmações, a sequência correta é
Leia o texto para responder a questão.
Especialista esclarece mitos e verdades sobre
a alimentação saudável
Da Redação, com Melhor da Tarde
Levar uma vida saudável é o dilema para muitos brasileiros.
Uma alimentação saudável ajuda na melhora do sistema imunológico,
na qualidade do sono, humor, na perda de peso e até na capacidade de concentração.
Por estes motivos, o Melhor Da Tarde entrevistou nesta quinta-feira, 3, o especialista Cláudio Mutti, nutrólogo que esclareceu dúvidas, mitos e verdades sobre os alimentos que são bons e aqueles que são uma verdadeira bomba-relógio para o nosso corpo. Veja a seguir:
Tomar leite faz bem para a saúde?
Mito. Segundo Mutti, o leite faz bem para saúde do bezerro. O leite para o ser humano é inflamatório e não faz bem pois ele é a secreção da vaca. Ele esclarece que o leite tem a caseína, que chega a ser pior que a lactose. O nutrólogo recomenda dar leite a criança até os 8 anos, após isso não mais. Ele recomenda os derivados que também são ruins, mas não tanto quanto o leite.
O adoçante é melhor que o açúcar?
Mito. Ambos são ruins, porém o adoçante é péssimo pois cada vez que consumimos o adoçante aumentamos a insulina do nosso corpo, a insulina é o hormônio mais inflamatório que temos e doenças como infarto, derrame, Alzheimer e Parkinson são causadas por inflamação. Então, ambos são ruins para a saúde. O aconselhável é diminuir a quantidade até o corpo se acostumar a ficar sem.
O ovo é o vilão do colesterol alto?
Mito, pois o próprio corpo produz o próprio colesterol. Mutti deixa claro que obviamente tudo que consumimos em grande quantidade é muito ruim. Quando se tem um aumento do colesterol no corpo, significa que seus hormônios não estão funcionando bem. Segundo o nutrólogo, o colesterol não é o vilão da história e o ovo também não. O ovo é considerado o segundo melhor alimento do mundo e o consumo dele sem exageros é aceitável.
Consumir ou não consumir legumes por causa dos agrotóxicos?
Segundo o nutrólogo, se você tiver condições de consumir os legumes orgânicos, consuma, mas caso não seja possível é melhor consumir legumes que usam agrotóxicos do que consumir alimentos industrializados. Ele aconselha a fazer “mais feira” e “menos mercado”.
Suco de fruta faz bem?
Segundo ele, suco é ruim. As frutas tem de ser consumidas com a casca para obtermos as fibras. O suco natural de laranja irá se transformar em frutose e depois irá se tornar gordura, então o suco nunca é bom. Caso tenha que beber, escolha o natural. Ao invés de mandar suco de caixinha para escola com seu filho substitua por água de coco.
Melhor gordura de porco ou óleo de soja?
Óleo de soja jamais, utilize óleo de coco. A gordura de porco é boa, mas é preciso saber a procedência dessa gordura e desse porco. A gordura boa é daquele porco que é criado sem o consumo de hormônios, então por via das dúvidas utilize o óleo de coco.
Alimentos integrais são realmente mais nutritivos que os considerados “normais”?
Os integrais são bem melhores, pois têm mais fibras e ajudam o nosso intestino. Os produtos com poucas fibras são mais inflamatórios.
Manteiga ou margarina? Qual melhor opção?
A margarina, segundo o nutrólogo, é um veneno para o nosso corpo e aumenta chances de desenvolver doenças. A manteiga é boa para flora intestinal, então ela é a melhor opção.
Leite de soja gera disfunção sexual nos homens?
Isso é uma verdade. Segundo Mutti, o leite de soja não deve ser consumido por homens, principalmente os meninos. O leite diminui a velocidade do desenvolvimento dos homens e para as meninas também podem ter uma menstruação precoce. A soja não é boa pois é um alimento transgênico, mudou a genética da soja então foi contra a natureza. Para o nutrólogo, o alimento é péssimo.
Disponível em https://www.band.uol.com.br/entretenimento/especialista-esclarece-mitos-e-verdades-sobre-a-alimentacao-saudavel-16318002
Leia o texto para responder a questão.
Especialista esclarece mitos e verdades sobre
a alimentação saudável
Da Redação, com Melhor da Tarde
Levar uma vida saudável é o dilema para muitos brasileiros.
Uma alimentação saudável ajuda na melhora do sistema imunológico,
na qualidade do sono, humor, na perda de peso e até na capacidade de concentração.
Por estes motivos, o Melhor Da Tarde entrevistou nesta quinta-feira, 3, o especialista Cláudio Mutti, nutrólogo que esclareceu dúvidas, mitos e verdades sobre os alimentos que são bons e aqueles que são uma verdadeira bomba-relógio para o nosso corpo. Veja a seguir:
Tomar leite faz bem para a saúde?
Mito. Segundo Mutti, o leite faz bem para saúde do bezerro. O leite para o ser humano é inflamatório e não faz bem pois ele é a secreção da vaca. Ele esclarece que o leite tem a caseína, que chega a ser pior que a lactose. O nutrólogo recomenda dar leite a criança até os 8 anos, após isso não mais. Ele recomenda os derivados que também são ruins, mas não tanto quanto o leite.
O adoçante é melhor que o açúcar?
Mito. Ambos são ruins, porém o adoçante é péssimo pois cada vez que consumimos o adoçante aumentamos a insulina do nosso corpo, a insulina é o hormônio mais inflamatório que temos e doenças como infarto, derrame, Alzheimer e Parkinson são causadas por inflamação. Então, ambos são ruins para a saúde. O aconselhável é diminuir a quantidade até o corpo se acostumar a ficar sem.
O ovo é o vilão do colesterol alto?
Mito, pois o próprio corpo produz o próprio colesterol. Mutti deixa claro que obviamente tudo que consumimos em grande quantidade é muito ruim. Quando se tem um aumento do colesterol no corpo, significa que seus hormônios não estão funcionando bem. Segundo o nutrólogo, o colesterol não é o vilão da história e o ovo também não. O ovo é considerado o segundo melhor alimento do mundo e o consumo dele sem exageros é aceitável.
Consumir ou não consumir legumes por causa dos agrotóxicos?
Segundo o nutrólogo, se você tiver condições de consumir os legumes orgânicos, consuma, mas caso não seja possível é melhor consumir legumes que usam agrotóxicos do que consumir alimentos industrializados. Ele aconselha a fazer “mais feira” e “menos mercado”.
Suco de fruta faz bem?
Segundo ele, suco é ruim. As frutas tem de ser consumidas com a casca para obtermos as fibras. O suco natural de laranja irá se transformar em frutose e depois irá se tornar gordura, então o suco nunca é bom. Caso tenha que beber, escolha o natural. Ao invés de mandar suco de caixinha para escola com seu filho substitua por água de coco.
Melhor gordura de porco ou óleo de soja?
Óleo de soja jamais, utilize óleo de coco. A gordura de porco é boa, mas é preciso saber a procedência dessa gordura e desse porco. A gordura boa é daquele porco que é criado sem o consumo de hormônios, então por via das dúvidas utilize o óleo de coco.
Alimentos integrais são realmente mais nutritivos que os considerados “normais”?
Os integrais são bem melhores, pois têm mais fibras e ajudam o nosso intestino. Os produtos com poucas fibras são mais inflamatórios.
Manteiga ou margarina? Qual melhor opção?
A margarina, segundo o nutrólogo, é um veneno para o nosso corpo e aumenta chances de desenvolver doenças. A manteiga é boa para flora intestinal, então ela é a melhor opção.
Leite de soja gera disfunção sexual nos homens?
Isso é uma verdade. Segundo Mutti, o leite de soja não deve ser consumido por homens, principalmente os meninos. O leite diminui a velocidade do desenvolvimento dos homens e para as meninas também podem ter uma menstruação precoce. A soja não é boa pois é um alimento transgênico, mudou a genética da soja então foi contra a natureza. Para o nutrólogo, o alimento é péssimo.
Disponível em https://www.band.uol.com.br/entretenimento/especialista-esclarece-mitos-e-verdades-sobre-a-alimentacao-saudavel-16318002
Leia o texto para responder a questão.
Google lança página para defender suas iniciativas contra a desinformação
Empresa tenta responder a cinco "mitos" relacionados com as fake news nas buscas on-line e anúncios digitais.
Por G1
O Google colocou no ar nesta quinta-feira (7) uma página sobre como sua plataforma de buscas e anúncios digitais lidam com a desinformação. O material é parecido com uma iniciativa do YouTube, publicada em outubro passado.
O site possui "5 mitos e fatos" e tenta responder a questões como "o algoritmo da busca favorece sites que disseminam fake news" ou "as plataformas do Google não são transparentes".
A empresa defende que os resultados da busca são determinados por uma série de algoritmos que analisam fatores como os termos da pesquisa, relevância e usabilidade das páginas, localização, entre outros.
Ao fim de cada "mito", a página tem um link para um "saiba mais", que amplia a resposta e leva os leitores a mais links sobre suas políticas.
Identificação de conteúdo falso
O primeiro deles responde a uma questão que diz que "o Google pode identificar e remover toda a desinformação da internet".
A empresa diz que "a desinformação é um desafio complexo para o qual não existe uma resposta simples e única". Na versão estendida, a companhia afirma que "não está em posição de avaliar, de modo objetivo e em grande escala, a veracidade de um conteúdo ou a intenção dos criadores".
Há ainda trechos que dizem que a companhia toma "outras medidas para aprimorar a qualidade dos nossos resultados para contextos e tópicos" e que fornece aos usuários "ferramentas para acessar o contexto e a diversidade de perspectivas de que precisam para formar as próprias opiniões", sem detalhar nos tópicos quais medidas e ferramentas são essas.
Publicidade digital
Outro "mito", segundo o Google, seria que a "publicidade digital financia disseminadores de desinformação".
A defesa da empresa é que existem políticas que "estabelecem regras claras para limitar o conteúdo permitido nos anúncios em nossas plataformas ou nos sites que recebem publicidade por meio delas".
A empresa diz ainda que em 2019 encerrou 1,2 milhão de contas, removeu anúncios de mais de 21 milhões de páginas da web por violar essas políticas e que os anunciantes podem escolher barrar determinados sites ou tópicos.
Relação com veículos jornalísticos
O Google também se defende da crítica que diz que suas plataformas usam o conteúdo de veículos jornalísticos sem que eles ganhem algo com isso.
A empresa diz que são direcionados 24 bilhões de cliques por mês para sites de notícia em todo o mundo e que muitos deles utilizam suas ferramentas de publicidade digital para arrecadar receita.
O fato de o Google direcionar tráfego para sites que utilizam suas próprias ferramentas de publicidade digital faz parte das acusações de condutas anticompetitivas em processos nos Estados Unidos.
Na ação liderada pelo procurador-geral do Texas, Ken Paxton, a atuação da empresa é comparada à de todos os jogadores de uma partida de beisebol. Segundo o procurador, o Google faz uso de informações privilegiadas para negociar anúncios porque atua em todas as posições, arremessando e recebendo a bola, por exemplo.
A relação entre a companhia e os veículos jornalísticos é alvo de discussão regulatória em alguns países como França e Austrália.
Em outubro passado, a Justiça francesa ordenou que o Google negociasse com editoras o pagamento pelo uso do conteúdo em seus produtos – um mês depois, a empresa assinou acordos de direitos autorais com seis jornais e revistas do país.
A Austrália anunciou em julho que empresas como Google e Facebook terão que pagar aos meios de comunicação pelo uso de seu conteúdo, mas o buscador se colocou contra a medida.
Disponível em
https://g1.globo.com/economia/tecnologia/noticia/2021/01/07/google-lanca-pagina-para-defender-suas-iniciativas-contra-a-desinformacao.ghtml
Havia em Palmeira dos Índios inúmeros prefeitos: os cobradores de impostos, o Comandante do Destacamento, os soldados, (ℓ. 8-9)
Dos funcionários que encontrei em janeiro do ano passado restam poucos: saíram os que faziam política e os que não faziam coisa nenhuma. (ℓ. 16-17)
Em relação à declaração feita antes dos dois-pontos, o fragmento sublinhado em cada um dos trechos possui, respectivamente, valor de:
TEXTO I
Cheio de gargalhadas. Coisa de um ano atrás. Impossível não notar. Ele estava no jardim do clube, os antebraços fincados na grama bem tratada, e as pernas atléticas, eretas, apontando para o céu azul, sem nenhuma nuvem, “uma posição invertida de ioga”, conforme explicou quando se juntou a mim na piscina. “O sangue faz uma espécie de roto-rooter nos nossos vasos sanguíneos”, disse ele, entre dois breves mergulhos, “... bota fora um montão de coisas podres”.
Meu trabalho era lidar com afiadas lanças de ódio e imensos volumes de ignorância. Se eu me virasse de cabeça para baixo, pensei, vomitaria arsenais nucleares e arame farpado.
– Do que você está rindo? – perguntou ele.
Eu não estava rindo. Minha fotofobia, aumentada pela falta de óculos de sol, me deixava com aquele simulacro de sorriso pregado no rosto.
Ele se chamava Amir e vivia no meu mundo, era advogado como eu, mais velho que eu, divorciado, e agora eu descobria que éramos sócios do mesmo clube recreativo do bairro de Pinheiros.
No fórum, muitas vezes eu assistira ao seu desempenho na acusação de criminosos anônimos, com uma oratória sólida, impactante. Notável.
Ali na água, sem o terno nem os assassinos que destruía e apesar dos dentes que poderiam ser melhores, ele me pareceu ainda mais sedutor. Na verdade sob aquela luz radiante, o que eu via era um tipo bem insólito: promotor iogue, com tese de doutorado em Wittgenstein, e capacidade para plantar bananeira semelhante à de um acrobata de circo.
Meia hora de conversa, e eu já me sentia à vontade.
Depois de nadarmos, continuamos nosso papo, falamos sobre seus criminosos, e a filosofia que o interessava especialmente. Contei sobre minha tentativa de ler Investigações lógicas.
– Desisti bem rápido – expliquei –, logo depois de topar com uma divagação sobre o que seria a representação de um não-gato sobre a mesa. Ou de um gato que esteve na mesa.
– Isso deve ser Husserl – afirmou ele, rindo.
Logo fomos envolvidos por uma atmosfera bem-humorada. Rir juntos é um afrodisíaco poderoso. Eu disse:
– Fico pensando se essa sua paixão por esse tipo de filósofo não foi o que acabou enfiando a promotoria pública na sua vida. Você parece gostar de coisas complicadas.
– Tenho que tomar cuidado com você – respondeu ele. – Mulher inteligente não é fácil.
O que ele estava me dizendo, naquele momento, é que de forma geral as mulheres são burras. Mas claro que, sob o efeito da sedução e envenenada pelos meus próprios hormônios, não me dei conta disso. Pior: inverti os sinais, transformei o negativo em positivo. Ele tinha uma tática eficiente de se transformar em protagonista, que consistia em usar a própria língua como um martelo para botar abaixo tudo ao redor.
Patrícia Melo
(Adaptado de Mulheres empilhadas. São Paulo: LeYa, 2019.)
TEXTO I
Cheio de gargalhadas. Coisa de um ano atrás. Impossível não notar. Ele estava no jardim do clube, os antebraços fincados na grama bem tratada, e as pernas atléticas, eretas, apontando para o céu azul, sem nenhuma nuvem, “uma posição invertida de ioga”, conforme explicou quando se juntou a mim na piscina. “O sangue faz uma espécie de roto-rooter nos nossos vasos sanguíneos”, disse ele, entre dois breves mergulhos, “... bota fora um montão de coisas podres”.
Meu trabalho era lidar com afiadas lanças de ódio e imensos volumes de ignorância. Se eu me virasse de cabeça para baixo, pensei, vomitaria arsenais nucleares e arame farpado.
– Do que você está rindo? – perguntou ele.
Eu não estava rindo. Minha fotofobia, aumentada pela falta de óculos de sol, me deixava com aquele simulacro de sorriso pregado no rosto.
Ele se chamava Amir e vivia no meu mundo, era advogado como eu, mais velho que eu, divorciado, e agora eu descobria que éramos sócios do mesmo clube recreativo do bairro de Pinheiros.
No fórum, muitas vezes eu assistira ao seu desempenho na acusação de criminosos anônimos, com uma oratória sólida, impactante. Notável.
Ali na água, sem o terno nem os assassinos que destruía e apesar dos dentes que poderiam ser melhores, ele me pareceu ainda mais sedutor. Na verdade sob aquela luz radiante, o que eu via era um tipo bem insólito: promotor iogue, com tese de doutorado em Wittgenstein, e capacidade para plantar bananeira semelhante à de um acrobata de circo.
Meia hora de conversa, e eu já me sentia à vontade.
Depois de nadarmos, continuamos nosso papo, falamos sobre seus criminosos, e a filosofia que o interessava especialmente. Contei sobre minha tentativa de ler Investigações lógicas.
– Desisti bem rápido – expliquei –, logo depois de topar com uma divagação sobre o que seria a representação de um não-gato sobre a mesa. Ou de um gato que esteve na mesa.
– Isso deve ser Husserl – afirmou ele, rindo.
Logo fomos envolvidos por uma atmosfera bem-humorada. Rir juntos é um afrodisíaco poderoso. Eu disse:
– Fico pensando se essa sua paixão por esse tipo de filósofo não foi o que acabou enfiando a promotoria pública na sua vida. Você parece gostar de coisas complicadas.
– Tenho que tomar cuidado com você – respondeu ele. – Mulher inteligente não é fácil.
O que ele estava me dizendo, naquele momento, é que de forma geral as mulheres são burras. Mas claro que, sob o efeito da sedução e envenenada pelos meus próprios hormônios, não me dei conta disso. Pior: inverti os sinais, transformei o negativo em positivo. Ele tinha uma tática eficiente de se transformar em protagonista, que consistia em usar a própria língua como um martelo para botar abaixo tudo ao redor.
Patrícia Melo
(Adaptado de Mulheres empilhadas. São Paulo: LeYa, 2019.)
Pacote americano
Avança, no Congresso dos Estados Unidos, um monumental pacote de gastos públicos no esforço da guerra, à falta de melhor expressão, contra a epidemia de Covid-19.
O texto final do plano ainda não é conhecido, mas trata-se de gastos ou oferta de gastos na casa dos US$ 2 trilhões – o equivalente a mais de 40% do gasto anual do governo federal dos EUA, ou cerca de 9% do Produto Interno Bruto da maior economia global.
O programa complementa a renda de americanos mais pobres, desempregados e sem renda. Serão transferidos US$ 1.200 para cada cidadão que recebe menos de US$ 75 mil por ano, o dobro para casais, mais US$ 500 por criança.
O plano eleva ainda o valor do seguro-desemprego em US$ 600 por semana, quase o dobro do salário-mínimo nacional, o que provocou ameaça de obstrução por parte de senadores republicanos. O auxílio será concedido inclusive para trabalhadores em empregos precários. Para esses dois programas, haverá mais de US$ 500 bilhões.
Serão ofertados empréstimos para pequenas empresas, por meio de um fundo bancado pelo governo com mais de US$ 350 bilhões. Caso as beneficiadas não demitam pessoal, a dívida será perdoada.
Grandes empresas em dificuldades financeiras contarão com outro fundo, de cerca de US$ 500 bilhões, voltado especialmente para setores de início mais afetados pela crise do novo coronavírus, como o das companhias aéreas.
Haverá dinheiro para serviços de saúde (mais de US$ 100 bilhões), ventiladores respiratórios e outros equipamentos hospitalares, remédios e vigilância sanitária. Estados e cidades terão US$ 150 bilhões.
O programa, portanto, tenta proteger os empregos em pequenas empresas, oferece renda mínima para os mais pobres e a classe média, providencia crédito corporativo, verbas para a saúde e governos regionais. Parcela significativa dos recursos será concedida a fundo perdido – em princípio, pouco mais da metade.
Trata-se de alento que, dada a dimensão do PIB americano, tem repercussão mundial. Como outros líderes populistas, Donald Trump relutou em aceitar a necessidade de providências drásticas contra a pandemia, mas, ainda que tardiamente, rendeu-se à realidade.
(Editorial. Folha de S.Paulo, 27.03.2020. Adaptado)
Em relação ao texto e a seus aspectos linguísticos, julgue o item.
Não haveria prejuízo para o sentido original do texto
nem para a correção gramatical caso a expressão “desde
2003” (linha 17), seguida da vírgula que a sucede, fosse
deslocada para o início do período, feitos os devidos
ajustes de letras iniciais minúscula e maiúscula.