Questões de Português - Pontuação para Concurso

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Q2267874 Português



Internet: : <www.cft.org.br> (com adaptações).
Em relação à estrutura linguística do texto, julgue o item.


A vírgula empregada após “No exercício legal da profissão” (linha 9) é facultativa.
Alternativas
Q2267767 Português

       Texto II





FERREIRA, M. J. Disponível em http://martinhodavila.com.br. Acesso em 04 abr. 2022. 

Dentre as alternativas a seguir, a que apresenta uma vírgula utilizada em função de um deslocamento sintático é 
Alternativas
Q2267477 Português
Em qual dos períodos a seguir a vírgula NÃO foi empregada adequadamente? 
Alternativas
Q2267420 Português
TEXTO 7


“[…] não notaram, por acaso qual é a verdadeira questão? É tudo uma alegoria... uma metáfora ampliada! Os senhores me compreendem! Sapienti sat!”.

Mas muitos dos veneráveis senhores não ficaram tranquilos; a história do autômato criara raízes em suas almas e acabou por instilar uma execrável desconfiança em relação a figuras humanas. Muitos enamorados, para se convencer de que a amada não era uma boneca de pau, exigiam que ela cantasse e dançasse fora do compasso, que quando eles lessem em voz alta ela tricotasse, bordasse, brincasse com o cãozinho etc., e sobretudo que ela não só ouvisse, mas também às vezes falasse de tal modo que se subentendesse que por trás das palavras há pensamento e sensibilidade. O relacionamento amoroso de muitos, ficou mais forte e também mais harmonioso; outros, no entanto, se separaram discretamente. “De fato não vale a pena”, diziam alguns. Nos chás, bocejava-se muito mais e jamais se espirrava para não levantar suspeita. Spalanzani teve como se sabe, de fugir da investigação criminal devido ao autômato que introduziu na sociedade, trapaceiramente. Coppola também desapareceu.


Adaptado de HOFFMAN, E. T. A. O homem da areia. Trad. José Feres Sabino; Marcella Marino M. Silva. Posfácio Márcio Suzuki; ilustr. Eduardo Berliner. São Paulo: Ubu Editora, 2023, p. 89.
No texto 7, algumas frases não estão escritas obedecendo às regras de pontuação, especificamente às regras de uso da vírgula, seja no ambiente interfrasal, seja no ambiente intrafrasal. Deste modo, assinale abaixo a alternativa que denota uso CORRETO da vírgula: 
Alternativas
Q2267222 Português
Observe a seguinte frase:

“Bernardo é muito pobre vive sozinho sendo um adolescente seu tio que era marinheiro o levou para ser grumete num pequeno navio”.

Se pontuarmos de forma adequada esse pensamento, a forma correta será: 
Alternativas
Q2267014 Português
Texto para o item. 



10_- 20 .png (372×565)



Internet: <www.ecycle.com.br> (com adaptações).



Com base nas ideias, no vocabulário e nas estruturas linguísticas do texto, julgue o item.
O emprego de vírgula logo após a palavra “internacional” (linha 2) manteria a correção gramatical e a coerência do texto, mas alteraria a relação sintática entre as orações.
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Q2266849 Português
A liberdade de expressão e a publicidade
enganosa

     Um dos grandes problemas do consumidor na sociedade capitalista é o de sua dificuldade em se defender publicamente contra tudo o que lhe fazem de mal. Se ele é enganado, sofre um dano etc., tem de recorrer aos órgãos de proteção ao consumidor ou contratar um advogado. É verdade que, com as redes sociais da internet e o surgimento de sites de reclamações, aos poucos, ele vai encontrando um caminho para expressar sua insatisfação com os produtos e serviços adquiridos e, também, contra toda forma de malandragem existente.
    Mas, ainda é pouco diante do poder de fogo de certos fornecedores que se utilizam de todas as maneiras de comunicação existentes no mercado, tais como publicidade massiva nas redes sociais, tevês, rádios, nos jornais e revistas ainda existentes etc., e que fazem promoções milionárias constantemente, que se servem de mídias integradas, se utilizam de artistas e esportistas famosos para divulgar seus produtos (em confessionais ou por meio de merchandising e participação em anúncios), enfim, é mesmo uma luta desproporcional.
    Muito bem. A liberdade de expressão é uma das mais importantes garantias constitucionais. Ela é um dos pilares da democracia. Falar, escrever, se expressar é um direito assegurado a todos.
   Mas, esse direito, entre nós, não só não é absoluto, como sua garantia está mais atrelada ao direito de opinião ou àquilo que para os gregos na antiguidade era crença ou opinião (“doxa”). Essa forma de expressão aparece como oposição ao conhecimento, que corresponde ao verdadeiro e comprovado. A opinião ou crença é mero elemento subjetivo. A democracia dá guarida ao direito de opinar, palpitar, lançar a público o pensamento que se tem em toda sua subjetividade. Garante também a liberdade de criação.
  Todavia, quando se trata de apontar fatos objetivos, descrever acontecimentos, prestar informações de serviços públicos ou oferecer produtos e serviços no mercado, há um limite que controla a liberdade de expressão. Esse limite é a verdade.
    Com efeito, por falar em Grécia antiga, repito o que diziam: “mentir é pensar uma coisa e dizer outra”. A mentira é, pois, simples assim.
    Examinando essa afirmação, vê-se que mentir é algo consciente; é, pois, diferente do erro, do engano, que pressupõe desconhecimento (da verdade), confusão subjetiva do que se expressa ou distorção inocente dos fatos.
   Em nosso sistema jurídico temos leis que controlam, em alguns setores, a liberdade de expressão na sua realidade objetiva. Veja-se, por exemplo, a imposição para que a testemunha, ao depor em Juízo, fale a verdade. Do mesmo modo, os advogados e as partes têm o dever de lealdade processual, proibindo-se que intencionalmente a verdade dos fatos seja alterada, adulterada, diminuída, aumentada etc. Esse dever de lealdade – em todas as esferas: administrativa, civil e criminal – é a ética fundamental da verdade imposta a todos.
    O mesmo se dá no regime de produção capitalista. Com base nos princípios éticos e normativos da Constituição Federal, o Código de Defesa do Consumidor (CDC) regulou expressamente a informação e a publicidade enganosa, proibindo-a e tipificando-a como crime.
    No que diz respeito, pois, às relações jurídicas de consumo, a informação e a apresentação dos produtos e serviços, assim como os anúncios publicitários não podem faltar com a verdade daquilo que oferecem ou anunciam, de forma alguma, quer seja por afirmação quer por omissão. Nem mesmo manipulando frases, sons e imagens para de maneira confusa ou ambígua iludir o destinatário do anúncio: o consumidor. A lei quer a verdade objetiva e comprovada e, por isso, determina que o fornecedor mantenha comprovação dos dados fáticos, técnicos e científicos que dão sustentação à mensagem.
    Aproveito esse ponto para eliminar uma confusão corrente quando se trata de criação e verdade em matéria de relações de consumo: não existe uma ampla garantia para a liberdade de criação e expressão em matéria de publicidade. O artista goza de uma garantia constitucional de criação para sua obra de arte, mas o publicitário não.
    Um anúncio publicitário é, em si, um produto realizado pelo publicitário ou coletivamente pelos trabalhadores da agência. Sua razão de existir se funda em algum produto ou serviço que se pretenda mostrar e/ou vender. Dessa maneira, se vê que a publicidade não é produção primária, mas instrumento de apresentação e/ou venda dessa produção. Ora, como a produção primária de produtos e serviços tem limites precisos na lei, por mais força de razão o anúncio que dela fala. Repito: a liberdade de criação e expressão da publicidade está limitada ao regramento legal. Por isso, não só não pode oferecer uma opinião (elemento subjetivo) como deve sempre falar e apresentar a verdade objetiva do produto e do serviço e suas maneiras de uso, consumo, suas limitações, seus riscos para o consumidor etc. Evidentemente, todas as frases, imagens, sons etc. do anúncio publicitário sofrem a mesma limitação.
    Além disso, é de considerar algo evidente: o anúncio será enganoso se o que foi afirmado não se concretizar. Se o fornecedor diz que o produto dura seis meses e em dois ele está estragado, a publicidade é enganosa. Se apresenta o serviço com alta eficiência, mas o consumidor só recebe um mínimo de eficácia, o anúncio é, também, enganoso etc. Enfim, será enganoso sempre que afirmar algo que não corresponda à realidade do produto ou serviço de acordo com todas as suas características.
    As táticas e técnicas variam muito e todo dia surgem novas, engendradas em caros escritórios modernos onde se pensa frequentemente em como impingir produtos e serviços iludindo o consumidor.


(Rizzatto Nunes. Disponível em:
https://www.migalhas.com.br/coluna/abc-do-cdc/387046/a-liberdade-de-expressao-e-a-publicidade-enganosa. Acesso em: 25/05/2023.) 
Pode-se afirmar, quanto à pontuação, que o período: “Todavia, quando se trata de apontar fatos objetivos, descrever acontecimentos, prestar informações de serviços públicos ou oferecer produtos e serviços no mercado, há um limite que controla a liberdade de expressão.” (5º§) apresenta um dos empregos da vírgula de acordo com a justificativa:
Alternativas
Q2265915 Português

O texto seguinte servirá de base para responder à questão. 



As habilidades profissionais que inteligência artificial ainda não consegue replicar



Um relatório do grupo financeiro Goldman Sachs, publicado em 2023, estima que a inteligência artificial capaz de gerar conteúdo realiza um quarto de todo o trabalho realizado por seres humanos. Segundo o relatório, trezentos milhões de empregos serão perdidos para a automação em toda a União Europeia e nos Estados Unidos. 


As consequências seriam desastrosas, de acordo com Martin Ford, autor do livro "A regra dos robôs: como a inteligência artificial transformará tudo". "Não é algo que acontecerá apenas individualmente, mas sim, de forma bastante sistêmica", diz ele. Isso traz consequências não só para alguns indivíduos, mas para toda a economia." 


Felizmente, nem tudo são más notícias. Os especialistas fazem uma ressalva: ainda existem coisas que a inteligência artificial não faz, tarefas que envolvem qualidades claramente humanas, como a inteligência emocional e o pensamento criativo.


Por isso, mudar para funções centralizadas nestas habilidades ajuda a redução das chances de substituição pela inteligência artificial.


"Existem três categorias gerais que estarão protegidas no futuro próximo", afirma Ford. 


"Primeiro, os empregos genuinamente criativos. Você não faz um trabalho previsível, nem simplesmente reorganiza as coisas. Você cria novas ideias e constrói algo novo."


Isso não significa, necessariamente, que todos os empregos considerados "criativos" estejam seguros. Na verdade, atividades como o design gráfico e relacionadas às artes visuais estão entre as primeiras a desaparecer. Algoritmos básicos podem orientar um robô a analisar milhões de imagens, permitindo que a inteligência artificial domine instantaneamente a estética.


Mas existe alguma segurança em outros tipos de criatividade, segundo Ford: "Na ciência, na medicina e no direito, pessoas geram novas estratégias legais ou comerciais, continuando em seus empregos." 


A segunda categoria protegida, de acordo com Ford, é a dos empregos que exigem relações interpessoais sofisticadas. Ele destaca enfermeiros, consultores comerciais e jornalistas investigativos.


A terceira zona segura, na opinião de Ford, é a dos "empregos que realmente exigem muita mobilidade, agilidade e capacidade de solução de problemas em ambientes imprevisíveis". Muitos empregos no setor de serviços - eletricistas, encanadores, soldadores etc. - se encaixam nesta classificação. "São tipos de trabalho em que você lida com uma nova situação o tempo todo", acrescenta ele. Para automatizar trabalhos como estes, você precisaria de um robô de ficção científica. Você precisaria do C-3PO de Star Wars."


Embora os empregos que se enquadram nestas categorias continuarão ocupados por seres humanos, isso não significa que essas profissões estejam protegidas contra a ascensão da inteligência artificial. Na verdade, segundo a professora de economia trabalhista Joanne Song McLaughlin, da Universidade de Buffalo, nos Estados Unidos, a maioria dos empregos, independentemente do setor, tem aspectos que serão automatizados pela tecnologia. 


Para ela, "em muitos casos, não existe ameaça imediata aos empregos, mas as tarefas mudarão". Os empregos humanos ficarão mais concentrados nas habilidades interpessoais, segundo McLaughlin.



https://www.bbc.com/portuguese/articles/c51pddezq0go. Adaptado.

Isso não significa, necessariamente, que todos os empregos considerados criativos estejam seguros.

Assinale a opção correta quanto à nova pontuação sem alteração do sentido da frase:
Alternativas
Q2265831 Português

   Leia a tira para responder à questão.

                                          

Assinale a alternativa que apresenta informações corretas a respeito dos elementos linguísticos da tira.
Alternativas
Ano: 2023 Banca: VUNESP Órgão: EPC Prova: VUNESP - 2023 - EPC - Locutor Apresentador |
Q2264789 Português

Leia o texto para responder à questão. 



A imprensa nos tempos de Balzac



   Releio “Os jornalistas”, de Honoré de Balzac, ele-mesmo um escritor jornalista a apontar desvios da ética na imprensa de seu tempo. Com estilete do sarcasmo, indicou a prevalência de “lados da notícia”, a duração dos fatos nas páginas e escondimentos propositais. Beliscou a venalidade de articulistas franceses de meados do século 19. As ambições particulares se sobrepunham às carências coletivas; as impressoras se alocavam às conveniências individuais, governos, corporações ideológicas. Mostrou o jesuitismo artificial de colunistas cercados de bajuladores a aplaudi-los. Encenando imparcialidade, curvavam-se aos influentes e poderosos. Altissonantes, fingiam defender grandes causas, mormente as acenadas como modernas, libertárias.

   Sobre editores-proprietários-gerentes, Balzac foi ainda mais incisivo. Alinhavam-se ao sistema dominante cujo triunfo lhes interessava. E eram respeitados por temor. Viam na imprensa uma aplicação de capitais cujos juros lhes eram pagos em favores econômicos e autoridade. Quando unida às oposições, tinha consciência de que elas eram aferradas em tomar para si os anseios e necessidades sociais, sem que o cidadão comum lhes desse crédito.

      No estilo escrutínio da escola realista, palavras do livro se articulam para escancarar hipocrisias, falsidades. Alegando que os franceses tinham inclinação por tudo que é tedioso, caçoava duma categoria de redatores a chamá-los de “nadólogos”. Eram notários que falavam, falavam e nada diziam. Alcoviteiros da política, negociantes de frases, mostravam-se superiores, promoviam gracejos para admiração de colunistas severos. Mas estes se calavam ao ingressarem no serviço público. Lá se domesticavam a gozarem do silêncio de colegas na espera de convites e cargos.

    Irritado com os críticos de arte a não lhe darem sossego, Balzac apontou-lhes o dedo. Pintou-os como vaidosos, incultos, falaciosos que, sem talento para a arte, erguiam muralhas de censura das ideias. Para o autor, a crítica tinha apenas uma serventia: a sobrevivência dos críticos.

    Ficção e agudo exame da sociedade se mesclaram na obstinada defesa do bom jornalismo. Escreveu: “Se a imprensa não existisse, seria preciso inventá-la”. São mensagens que instigam raciocínios, convidam à reflexão. Mormente dos que buscam notícias isentas, o jornalismo amigo dos fatos.


(Romildo Sant’Anna. Diário da Região, 05.02.2023. Adaptado)

Assinale a alternativa que reescreve o trecho destacado na passagem – Sobre editores-proprietários-gerentes, Balzac foi ainda mais incisivo. Alinhavam-se ao sistema dominante cujo triunfo lhes interessava. –, empregando corretamente os elementos de referenciação textual e os sinais de pontuação.
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Q2264322 Português
Férias da família


     Assim que as crianças entram no carro, ele sente-se em férias. Corre para a frente da televisão, tira os sapatos, embola as meias e atira no meio do tapete. Não há maior sensação de liberdade para um homem do que espalhar roupas pela casa sem o risco de ouvir reclamações. Comer e deixar os pratos empilhados é outra delícia. Todas as conquistas femininas dos últimos anos, que levaram o sexo masculino a dividir as tarefas da casa, vão por água abaixo. A invenção mais perfeita para um senhor em férias é o micro-ondas. Em poucos minutos, qualquer gororoba já começa a soltar fumaça.
     Nesse instante, ele pensa: Como é boa a vida de solteiro! E é invadido por uma nostalgia imensa do tempo em que não era casado, não tinha filhos e tantas responsabilidades. O dinheiro era, principalmente, para se divertir.
     Pressente que, de descanso, a esposa não tem nada. Na praia, passa os dias às voltas com as crianças, tratando das refeições, das roupas, das queimaduras e dos momentos em que os filhos estão entediados e querem arrancar um a orelha do outro.
     Mesmo assim, ele se acha um tanto injustiçado e resolve que tem o direito de aproveitar. Pede à empregada que faça bife à milanesa com arroz e batatas fritas para o jantar. É seu grito de liberdade. A esposa nunca faz nada à milanesa. Vive de regime e as frituras estão interditadas. Ele adora.
     À noite, lembra-se do bife à milanesa. Bota no micro. Retira uma sola de sapato com batatas molengas. Vai para a cama com o estômago reclamando.
     Dali a dois dias, vai fazer café, e o pó acabou. Não há uma camisa de colarinho sequer. No caminho do trabalho, deixa todas na lavanderia. Chega atrasado. Ao voltar, o apartamento está com cheiro de úmido por causa das chuvas. As meias sujas brotam do tapete como cogumelos. Faz uma maleta às pressas e, no dia seguinte, sai mais cedo do expediente para se refugiar na praia.
     De noite, ambos caem exaustos na cama. Ouve de longe o barulhinho das crianças cochichando no quarto. Respira fundo e descobre: mal passou uma semana e já está morrendo de saudade da boa vida de casado!

(Walcyr Carrasco. Veja SP, 30.01.2002. Adaptado) 
Na pontuação de um texto, os parênteses podem ser empregados para indicar informação de caráter acessório, isto é, cuja ausência não compromete o sentido do enunciado. É o que ocorre na frase da alternativa:
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Q2264240 Português
Tuim criado no dedo


    João-de-barro é um bicho bobo que ninguém pega, embora goste de ficar perto da gente, mas de dentro daquela casa de João-de-barro vinha uma espécie de choro, um chorinho fazendo tuim, tuim, tuim… 
 
    A casa estava num galho alto, mas um menino subiu até perto, depois com uma vara de bambu conseguiu tirar a casa sem quebrar e veio baixando até o outro menino apanhar. Dentro, naquele quartinho que fica bem escondido depois do corredor de entrada para o vento não incomodar, havia três filhotes, não de João-de-barro, mas de tuim.
 
    Você conhece, não? De todos esses periquitinhos que tem no Brasil, tuim é capaz de ser menor. Tem bico redondo e rabo curto e é todo verde, mas o macho tem umas penas azuis para enfeitar. Três filhotes, um mais feio que o outro, ainda sem penas, os três chorando.

    O menino levou-os para casa, inventou comidinhas para eles, um morreu, outro morreu, ficou um. Geralmente se cria em casa é casal de tuim, especialmente para se apreciar o namorinho deles.

    Mas aquele tuim macho foi criado sozinho e, como se diz na roça, criado no dedo. Passava o dia solto, esvoaçando em volta da casa da fazenda, comendo sementinhas de imbaúba.

     Mas o pai disse: “menino, você está criando muito amor a esse bicho, quero avisar: tuim é acostumado a viver em bando. Esse bichinho se acostuma assim, toda tarde vem procurar sua gaiola para dormir, mas no dia que passar pela fazenda um bando de tuins, adeus. Ou você prende o tuim ou ele vai embora com os outros, mesmo ele estando preso e ouvindo o bando passar, está arriscado ele morrer de tristeza”.

     Aquilo encheu de medo o coração do menino. Soltar um pouquinho no quintal não devia ser perigo, desde que ficasse perto, se ele quisesse voar para longe era só chamar, que voltava, mas uma vez não voltou.

    Teve uma ideia, foi ao armazém de “seu” Perrota: “tem gaiola para vender?” Disseram que tinha. “Venderam alguma gaiola hoje?” Tinham vendido uma para uma casa ali perto.

     Foi lá, chorando, disse ao dono da casa: “se não prenderam o meu tuim então por que o senhor comprou gaiola hoje?”

    O homem acabou confessando que tinha aparecido um periquitinho verde sim, de rabo curto, não sabia que chamava tuim. Ofereceu comprar, o filho dele gostara tanto, ia ficar desapontado quando voltasse da escola e não achasse mais o bichinho. “Não senhor, o tuim é meu, foi criado por mim.”

    Voltou para casa com o tuim no dedo.

    Pegou uma tesoura: era triste, era uma judiação, mas era preciso, cortou as asinhas, assim o bichinho poderia andar solto no quintal, e nunca mais fugiria.

    Depois foi dentro de casa para fazer uma coisa que estava precisando fazer, e, quando voltou para dar comida a seu tuim, viu só algumas penas verdes e as manchas de sangue no cimento. Subiu num caixote para olhar por cima do muro, e ainda viu o vulto de um gato ruivo que sumia.

     Acabou-se a triste história do tuim.


(BRAGA, Rubem. Livro “Ai de ti, Copacabana”. Rio de Janeiro: Record,
2010. Adaptado.)
Considere o início do 8º§: Teve uma ideia, foi ao armazém de “seu” Perrota: “tem gaiola para vender?”. No trecho, os usos de aspas se dão por razões distintas. É correto afirmar que elas são empregadas, respectivamente, para demarcar:
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Q2264014 Português
Além do túmulo de Menna, a equipe também analisou um retrato de Ramsés II encontrado no túmulo de Nactamon, tradicionalmente datado como sendo da 19ª dinastia. 
(Disponível: https://www.bbc.com/portuguese/articles/ c97vn4yl412o.adaptado.)

Assinale a opção correta quanto à nova pontuação sem alteração do sentido original da frase.
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Q2263836 Português
Leia um trecho do texto “Entre a orquídea e o presépio”, de Carlos Drummond de Andrade, para responder à questão.


     A moça ficou noiva do primo — foi há tanto tempo. Casamento, depois da festa de igreja, era a maior festa na cidade casmurra, de ferro e tédio. O noivo seguia para a casa da noiva, à frente de um cortejo. Cavalheiros e damas, aos pares, de braço dado, em fila, subindo e descendo, descendo e subindo ruas ladeirentas. Meninos na retaguarda, é claro, naquele tempo criança não tinha vez. Solenidade de procissão, sem padre e cantoria. Janelas ficavam mais abertas para espiar. Só uma casa se mantinha rigorosamente alheia, como vazia. É que morava lá a antiga namorada do noivo — o gênio dos dois não combinava, tinham chegado a compromisso, logo desfeito.
    Murmurava-se que, à passagem do cortejo em frente àquela casa, o noivo seria agravado. Não houve nada: silêncio, portas e janelas cerradas, apenas. E o cortejo seguia brilhante, levando o noivo filho de “coronel” fazendeiro, gente de muita circunstância, rumo à casa do doutor juiz, gente de igual altura. A casa era “o sobrado”, assim a chamavam por sua imponência de massa e requinte: escadaria de pedra, em dois lanços, amplo frontispício1 abrindo em sacadas, sob a cimalha2 a estatueta de louça-da-china3 — espetáculo.
     E houve o casamento e houve o jantar comemorativo e houve o baile, com a quadrilha fazendo ressoar no soalho de tábuas a música dos tacões dos homens, dos saltos das mulheres.
       A noiva era uma risonha morena saudável, o noivo um passional tímido, amavam-se. E lá se foram para a fazenda longe, fim do mundo ou quase, onde as notícias demoravam uma, duas semanas para chegar. Que dia sai o cargueiro4 ? Que dia ele volta? Voltava com revistas, cartas, moldes de roupas, açúcar, fósforos, ar da cidade, vento do mundo.
      Começaram a nascer as meninas. Dava muita menina naquele casal. Como educá-las? A dona de casa virou professora, virou uma escola inteira, se preciso virava universidade.

(Elenco de cronistas modernos. José Olympio Editora. Adaptado)

1. frontispício: fachada principal.
2. cimalha: parte mais alta das paredes.
3. louça-da-china: porcelana.
4. cargueiro: pessoa que conduz animais de carga.
Considere as passagens do texto.
•  É que morava lá a antiga namorada do noivo — o gênio dos dois não combinava… (1o parágrafo)
•  A casa era “o sobrado”, assim a chamavam por sua imponência de massa e requinte: escadaria de pedra, em dois lanços… (2o parágrafo)
É correto afirmar que o travessão e os dois-pontos introduzem respectivamente nos enunciados:
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Q2262425 Português
Em relação ao uso da vírgula, assinale a alternativa correta.
Alternativas
Q2261478 Português
TEXTO 3

DIAS DE GUERRA

Marina Manda Lembranças
Quinta-Feira, 3 de Março de 2022

     Escrevo na terça-feira, portanto impedida de saber qual será a evolução do ataque da Rússia contra a Ucrânia.
    Passei cinco anos na guerra. Mas não presenciei bombardeios como aqueles a que estão sendo submetidos os ucranianos. Somente uma vez assisti a um bombardeio, mas na varanda do nosso chalé e protegida pelos braços da minha mãe.
    Conto como isso aconteceu.
    Estava com minha prima na estação esperando o trenzinho que nos levaria para Como, que ficava a vinte minutos de distância, para tomarmos aulas de piano.
    Mas antes do trem chegar, apareceu um bando de bombardeiros em formação de ataque. Havia, perto da estação, uma base de treinamento para jovens oficiais da aeronáutica. Os camisas azuis debandaram, pensando que os bombardeiros estavam destinados a eles. Não estavam.
    Minha prima ordenou: “Você volta para casa!” Ela ficaria esperando o trem e seguiria para Como.
    Fui correndo. E comecei a chorar assim que senti o chão estremecer debaixo dos meus pés. Era muita distância e nosso chalé ficava numa encosta, o que me obrigou a subir a ladeira enquanto chorava. Lembro que apelava à minha mãe, que viesse me salvar, embora ela não soubesse que só minha prima tinha ido para Como e eu estava subindo o declive aos prantos.
    Depois, eu amparada no colo da minha mãe, nossa família ficou olhando estarrecida uma cidade próxima pegar fogo. A espionagem dos aliados tinha descoberto que, embaixo daquela cidade havia um depósito de combustível ou de munições. A maioria dos civis moradores da cidade, que a eles parecia calma e pacífica, morreu no incêndio. Aquele bombardeio foi uma carnificina.
    Olho as fotos dos ucranianos refugiados em bunkers e recordo que, quando ainda morávamos em Como, nosso pai nunca permitiu que nos refugiássemos em abrigos que, entretanto, pareciam seguros. Estava certo de que os bombardeios, quando acontecessem, romperiam as tubulações e libertariam as águas do lago de Como, cantado em prosa e verso pelos autores românticos. E nós morreríamos afogados. “A morrer como ratos – dizia – prefiro morrer de pé”.
    Cerca de um ano depois da guerra terminar, viajei de ônibus com minha mãe, meu irmão e nossa prima, tentando alcançar a costa adriática que havia sido nosso refúgio. Através das janelas empoeiradas vi muita destruição. Vi tanques e trens destroçados, lavouras com buracos enormes, provocados por obuses ou bombardeios. O mundo ao meu redor parecia ser uma ruína só.
    E finalmente atravessamos Milão. Quando morávamos no chalé, olhava o horizonte e sempre via uma coluna de fumaça. Era Milão, centro da indústria italiana, que estava sendo bombardeada. Este tipo de bombardeio constante se chamava “em tapete”, ignoro qual seja o nome disso em português.
    Atravessamos Milão quando já começava a escurecer. Vi edifícios desventrados, alguns com retratos pendurados nas paredes, outros com a marca de escadas agora inexistentes, outros ainda com ladrilhos onde ficava a cozinha e parte dos armários destroçados. Esses edifícios esvaziados de todos os seus andares, só as paredes em pé, foram os que mais impressionaram meus olhos de criança.
    Milão estava toda destruída.
    Dormimos num hotel sórdido, a cama cheia de percevejos.
    Na manhã seguinte voltamos ao ônibus, onde tínhamos nossos lugares e já nos sentíamos amparados.
    Que alívio!, quando vislumbrei pela janela entreaberta a primeira nesga de mar, espremida entre duas construções.
    Havia chegado ao meu lugar.

https://www.marinacolasanti.com/2022/03/dias-de-guerra.html Último acesso em 23/05/2022 
Em “Minha prima ordenou: “Você volta para casa!” Ela ficaria esperando o trem e seguiria para Como.”, o uso das aspas se justifica porque o termo em destaque representa um discurso:
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Q2259868 Português
No lugar do outro


      Estamos vivendo uma crise intensa: a das relações humanas. Todos os dias testemunhamos ou protagonizamos, tanto na vida presencial quanto na virtual, comportamentos e atitudes que vão do ódio declarado ou sutil ao desdém em relação ao outro. As relações humanas, sempre tão complexas, exigem, no entanto, delicadeza, atenção e compromisso social. Tem sido difícil manter a saúde mental e a qualidade de vida no contexto atual.

    Crianças e adolescentes já dão sinais claros de que têm aprendido muito com nossa dificuldade em conviver com as diferenças e de respeitá-las; de tentar colocar-se no lugar do outro para compreender suas posições e atitudes; de ter compaixão; de conflitar em vez de confrontar; de agir com doçura, por exemplo. Conseguir fazer isso é ter empatia com o outro.

   Pais e professores têm reclamado de comportamentos provocativos, desrespeitosos, desafiadores e desobedientes dos mais novos. Entretanto, se pudéssemos nos dedicar por alguns momentos à auto-observação, constataríamos essas características também em nós, adultos. 

   Mas são os mais novos que levam a pior nessa história: crianças e adolescentes que desobedecem, desafiam e têm comportamentos considerados agressivos, como os nossos, podem receber diagnósticos e orientação para tratamento. Conheço famílias com filhos diagnosticados com “Transtorno Desafiador Opositivo”, porque têm comportamentos típicos da idade.

     Há uma grande preocupação global com a nossa atual falta de empatia. Um sinal disso foi a inauguração, em Londres, do primeiro Museu da Empatia.

     Nele, os visitantes são convocados a experimentar/enxergar o mundo pelo olhar de um outro – não próximo ou conhecido, mas um outro com quem eles não têm qualquer relação. A expressão que deu sentido ao museu é a expressão inglesa in your shoes(em seus sapatos), que em língua portuguesa significa “em seu lugar”.

    Os visitantes se deparam, na entrada, com uma caixa com diferentes pares de sapatos usados. Escolhem um de seu número para calçar e recebem um áudio que conta uma parte da história da pessoa que foi dona daquele par.

   Desenvolver a empatia é uma condição absolutamente necessária para ensiná-la aos mais novos. Aliás, eles podem tê-la mais facilmente do que nós.

     Um pai me contou, comovido, que conversava com um amigo a respeito da situação de muitos refugiados de países em guerra e que comentou que não adiantava a busca por outro local, já que a crise de empregos era mundial. Seu filho, de sete anos, que estava por perto, perguntou de imediato: “Pai, se tivesse guerra aqui, você preferiria que eu morresse?”. Ele mudou de ideia.

     Estacionar o carro em vaga de idosos, grávidas e portadores de deficiência é mais do que contravenção: é falta de empatia. Reclamar da lentidão dos velhos é mais do que desrespeito: é falta de empatia. Agredir ostensivamente o outro por suas posições é mais do que dificuldade em lidar comas diferenças: é falta de empatia. O mesmo modo, reclamar do comportamento dos mais novos é falta de empatia.

     A empatia pode provocar uma grande mudança social, diz Roman Krznari, estudioso do tema. Vamos desenvolvê-la para ensiná-la?

(SAYÃO, Rosely. Disponível em: http://www.udemo.org.br/2015/ Leituras/Leituras15_0046-15_No%20lugar-do-outro.html. Acesso em: 05/06/2023.)
Em “Seu filho, de sete anos, que estava por perto, perguntou de imediato: ‘Pai,se tivesse guerra aqui, você preferiria que eu morresse?’” (9º§), a vírgula foi utilizada, no trecho sublinhado, para: 
Alternativas
Ano: 2023 Banca: OBJETIVA Órgão: Prefeitura de Itabuna - BA Provas: OBJETIVA - 2023 - Prefeitura de Itabuna - BA - Procurador | OBJETIVA - 2023 - Prefeitura de Itabuna - BA - Terapeuta Ocupacional | OBJETIVA - 2023 - Prefeitura de Itabuna - BA - Tradutor/Intérprete de Libras | OBJETIVA - 2023 - Prefeitura de Itabuna - BA - Psicólogo | OBJETIVA - 2023 - Prefeitura de Itabuna - BA - Odontólogo | OBJETIVA - 2023 - Prefeitura de Itabuna - BA - Médico Veterinário | OBJETIVA - 2023 - Prefeitura de Itabuna - BA - Nutricionista | OBJETIVA - 2023 - Prefeitura de Itabuna - BA - Geógrafo | OBJETIVA - 2023 - Prefeitura de Itabuna - BA - Fonoaudiólogo | OBJETIVA - 2023 - Prefeitura de Itabuna - BA - Fisioterapeuta | OBJETIVA - 2023 - Prefeitura de Itabuna - BA - Farmacêutico | OBJETIVA - 2023 - Prefeitura de Itabuna - BA - Engenheiro em Segurança no Trabalho | OBJETIVA - 2023 - Prefeitura de Itabuna - BA - Engenheiro Eletricista | OBJETIVA - 2023 - Prefeitura de Itabuna - BA - Engenheiro Civil | OBJETIVA - 2023 - Prefeitura de Itabuna - BA - Engenheiro Ambiental | OBJETIVA - 2023 - Prefeitura de Itabuna - BA - Enfermeiro | OBJETIVA - 2023 - Prefeitura de Itabuna - BA - Bioquímico | OBJETIVA - 2023 - Prefeitura de Itabuna - BA - Biomédico | OBJETIVA - 2023 - Prefeitura de Itabuna - BA - Assistente Social | OBJETIVA - 2023 - Prefeitura de Itabuna - BA - Contador | OBJETIVA - 2023 - Prefeitura de Itabuna - BA - Arquiteto | OBJETIVA - 2023 - Prefeitura de Itabuna - BA - Agente de Fiscalização | OBJETIVA - 2023 - Prefeitura de Itabuna - BA - Analista Administrativo | OBJETIVA - 2023 - Prefeitura de Itabuna - BA - Analista de Sistema/Infraestrutura | OBJETIVA - 2023 - Prefeitura de Itabuna - BA - Analista/Programador de Sistema | OBJETIVA - 2023 - Prefeitura de Itabuna - BA - Auditor Fiscal |
Q2259485 Português
Um dia de pai

Quando o despertador toca, e os sonhos fogem, aí começa: banho, barba, café, beijo e rua!
A vida tem essa mania de passar as obrigações na cara dele.
- Bom trabalho, pai!
- Vê se não se atrasa pro jantar.
- E não esque__e de deixar aqueles 50 que eu pedi ontem.
Quando era garoto, ele queria ser cantor de rock. Hoje trabalha muito, sai pouco, agrada médio,
raramente chora. Desistiu de ficar rico. Desistiu de ficar jovem. Desistiu de tocar guitarra. Desistiu de falar inglês fluentemente. Desistiu. Infelizmente.
Faz contas e mais contas.
Vê TV pra se distrair um pouco.
Bebe quando pode. Quando bebe, geralmente ele ama.
Parou de fumar várias vezes. Parou de dançar. Parou de pen__ar. Parou de insistir. Parou.
Tem colesterol alto. Fica meio preocupado. Depois passa.
Além do colesterol, ainda tem a tendinite.
Fora a vista cansada.
       Nunca mais foi ao cinema. Sexta que vem vai sem falta. Sábado tem jogo. Domingo tem pizza. Segunda tem mais. Terça tem mais ainda.
Dólar sobe. Salário fica. Restaurante tá pela hora da morte. Praia que é bom tá poluída.
Problema tem muito. Assim não há quem aguente. Depois passa.
      Já tentou promessa. Já tentou in__enso. Já tentou calmante. Já tentou de tudo, na verdade. Continua tentando.
       A mulher pede atenção. O filho ficou em recuperação. As filhas querem ora isso, ora aquilo. A mais velha arranjou um namorado. A mais nova é a cara da mãe.
De vez em quando, ele olha pra trás.
O garoto que queria ser cantor de rock até que não está tão longe assim, lembra?
Luz negra, calça de ne__ga, rum com coca, violão, passeata, LP, parece que foi outro dia.
Mas hoje não dá pra ter saudade. Cadê tempo? Olha a hora! Olha pra frente.
      Amanhã tem reunião importante. Tomara que dê tudo certo. Como é que se diminui ainda mais
esse orçamento? Só refazendo as contas. Promete para si mesmo que não vai beber muito hoje. Depois passa.
     Todo dia é isso: matar um leão, encarar chateação, cumprir obrigação, garantir o seu quinhão, e ainda manter o sorriso.
      Uma vez por ano tem Dia dos Pais. Ele guarda com carinho o peso de papel que o filho pintou quando ainda estava no jardim.
     O garoto que queria ser cantor de rock hoje é pai de família e às vezes fica especialmente emocionado.
Depois passa.
Amanhã é outro dia.

(Fonte: FALCÃO, Adriana — adaptado.)
No fragmento “Uma pesquisa coordenada pela Associação de Educação Financeira do Brasil mostrou que, em cinco anos, iniciativas de educação financeira aumentaram cerca de 72% no país.”, as vírgulas foram empregadas para:
Alternativas
Q2258859 Português
Leia o texto abaixo para responder à questão.

Repórter “atilado”, entrevistador temido!

Grande entrevistador que sabia entremear perguntas suaves como que para amaciar o entrevistado com questões contundentes e desconcertantes foi também um dos pioneiros da técnica da “entrevista surpresa” sem preparo ou agendamento e com ela costumava ser especialmente letal.
(www.observatoriodaimprensa.com.br).
De acordo com a norma-padrão da Língua Portuguesa e quanto ao uso da vírgula, assinale a alternativa correta.
Alternativas
Q2258801 Português
Leia o texto abaixo para responder à questão.

        Nestes dias em que a atualidade nos assusta, o desafio é encontrar uma maneira de não escrever sobre a atualidade, embora pensemos nela constantemente. Que assunto nos levaria o mais longe possível do catastrófico noticiário do dia? Já sei: a batata.
        A batata começou a existir no Peru, onde era tão importante que os incas a usavam como unidade básica de tempo, o tempo que levavam para cozinhá-la. Os franceses, a princípio, resistiram à batata, como resultado de uma crença de que ela causava lepra. Quem acabou com a crença foi Antoine-Augustin Parmentier, que adquiriu o gosto pela sopa da batata numa prisão da Prússia e, na volta à França, transformou o tubérculo num sucesso, tanto que flores da planta passaram a ser usadas na lapela, na corte de Luís XVI.
        A batata também tem uma história trágica. Na Irlanda do século 19, as várias virtudes da batata a transformaram numa virtual monocultura, cujas sucessivas colheitas fracassadas foram responsáveis pela fome que matou um milhão de pessoas.
         Batatas fritas são as batatas mais comuns e democráticas feitas no mundo desde que elas foram levadas do Peru. Nos Estados Unidos elas são chamadas de “francesas fritas”, porque lá gostam de pensar que o que é muito excitante não pode ser muito americano e, por exemplo, chamam beijo de língua de “beijos franceses”. Quando os franceses não quiseram apoiar a invasão do Iraque por tropas americanas, surgiu um movimento nos Estados Unidos para rebatizar as fritas de “batatas da liberdade”. Não pegou.
(VERÍSSIMO, Luis Fernando. Batata. O Estado de São Paulo, 08.03.2020. Adaptado).
As frases abaixo são transcrições livres do texto. De acordo com a norma-padrão da Língua Portuguesa e quanto à pontuação, assinale a alternativa correta.
Alternativas
Respostas
701: E
702: B
703: E
704: A
705: E
706: C
707: B
708: C
709: A
710: E
711: A
712: D
713: C
714: C
715: A
716: C
717: D
718: A
719: C
720: C