Questões de Português - Pontuação para Concurso

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Q2252539 Português
Os desafios impostos pelo crescimento populacional em ritmo mais lento 

A situação revelada pelo novo Censo pode se converter em oportunidade.  

    Durante o século XX, o Brasil se consolidou como um país de famílias numerosas e gente jovem em profusão, com maternidades sempre cheias e abundância de braços para abastecer o mercado de trabalho, que floresceu de mãos dadas com um acelerado processo de urbanização. Mas a passagem do tempo vem chacoalhando os pilares demográficos e trazendo ao país um cenário de profundas transformações, tal qual ocorre nas nações mais desenvolvidas. A constante diminuição dos nascimentos, aliada ao avanço dos idosos, confere à sociedade uma nova face e planta complexos desafios no horizonte. O primeiro deles, impensável meio século atrás, é como perseguir a prosperidade quando a população cresce cada vez mais vagarosamente e caminha para o encolhimento no médio prazo, segundo mostra o recém-divulgado Censo, elaborado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

    O tão aguardado levantamento, que veio à luz com dois anos de atraso, indica que o país atingiu a marca de 203,1 milhões de habitantes, apenas 12 milhões a mais do que na última aferição, em 2010. O que mais chama a atenção é o lento ritmo de expansão do contingente — 0,52% ao ano em uma década, um recorde negativo. Desde 1872, data da pioneira pesquisa censitária no Brasil, ainda na era imperial, até os dias de hoje, nunca a velocidade de aumento populacional havia sido tão arrastada. Os números causaram espanto aos especialistas — projeções estimavam mais 10 milhões de pessoas além da atual contagem. “O país está envelhecendo mais rapidamente do que se sabia e, para embalar sua economia, precisará registrar ganhos de produtividade, destravando freios ao crescimento e investindo em educação”, diz o demógrafo José Eustáquio Alves. 

    Que uma transição demográfica está em curso acelerado não há dúvida. Mas os estudiosos lançam sobre as estatísticas saídas do forno do IBGE um ponto de interrogação quanto a sua precisão. Essa foi, de fato, uma rodada cercada de fatos atípicos, pelo menos 1 milhão se recusaram a receber os funcionários do instituto. Mesmo que esse conjunto de fatores tenha influenciado o resultado final (alguns demógrafos sérios calculam a população em 207 milhões, 2% a mais que o divulgado), há unanimidade sobre a direção para a qual o Brasil anda: é uma nação que, inevitavelmente, logo percorrerá a trilha da redução populacional. 

    Historicamente, a população só fazia engordar até chegar ao ápice, nos anos de 1950. A partir daí, foi gradativamente perdendo impulso. O movimento é, em parte, um retrato de mudanças relevantes na sociedade, como o adiamento dos casamentos e o maciço ingresso das mulheres no mercado de trabalho, o que se refletiu na queda do número de filhos. 

    Questões conjunturais também contribuíram para as transformações, entre elas o quadro de baixo crescimento econômico — outro desestímulo à maternidade e um empurrão à emigração. Na última década, pulou de 1,9 milhão para 4,2 milhões o número de brasileiros vivendo fora, mais uma marca inédita. “Também o zika vírus e a pandemia derrubaram a natalidade e fizeram a mortalidade subir”, observa José Eustáquio. 

    Com tudo isso, a bem-vinda janela do bônus demográfico, que se abre quando o número de pessoas em idade ativa supera o de crianças e idosos, deve se fechar por volta de 2035, uma década antes do esperado. Nenhum país conta para sempre com superavit de jovens, mas o problema no Brasil é que eles minguaram sem que a economia tenha se beneficiado como poderia. Nação mais envelhecida do planeta, o Japão, por exemplo, escalou a um patamar de renda alto antes de acumular cabeças brancas. “Aqui, estamos envelhecendo antes de ficarmos ricos, mas ainda temos pela frente uns dez anos de bônus demográfico, e eles precisam ser bem aproveitados”, afirma o economista Maílson da Nóbrega. 

    A equação para isso envolve a superação de velhos gargalos, como desemperrar a burocracia, desenrolar o sistema tributário, investir para valer em infraestrutura e dar graúdos estímulos à inovação. Em paralelo, é mandatório canalizar esforços para prover boa educação, trilha conhecida para alcançar os tais ganhos de produtividade, fazendo mais com menos gente — esse um mantra dos tempos atuais já vastamente abraçado pelos envelhecidos países da OCDE, o grupo dos mais desenvolvidos.

    O panorama agora traçado pelo Censo enfatiza o sentido de urgência de tais medidas. Pela primeira vez, oito entre os vinte municípios mais populosos retrocederam em habitantes. Ao todo, 864 cidades devem perder população — um tremendo vespeiro, uma vez que a distribuição de verbas federais é proporcional ao número de residentes. 

    Além do envelhecimento de suas pirâmides etárias, essas cidades vêm registrando pouco dinamismo na economia, com fuga de empresas para regiões mais efervescentes. “O que mantém a população em determinado lugar é a possibilidade de se inserir na cadeia produtiva. Do contrário, há migração”, afirma o demógrafo Roberto Carmo, da Unicamp. O levantamento do IBGE também sinaliza para transformações que repercutem no campo da sociologia: há 34% mais lares onde vive uma única pessoa, reflexo do adiamento nos casamentos e do aumento da longevidade “Preferi me dedicar à carreira a casar cedo”, relata a cabeleireira Paloma Malta, de São Paulo. 

    O quadro pintado pelo IBGE não destoa da parcela mais abastada do planeta. Entre os mais ricos, como os Estados Unidos e países da União Europeia, a fecundidade média é de 1,6 filho por mulher (versus 1,7 no Brasil) — menor, portanto, do que a taxa de reposição, de 2,1 filhos por casal, necessária para evitar o declínio populacional. O escasseamento de nascimentos em contraste ao volume de idosos já trazem consequências, entre elas o estrangulamento dos sistemas previdenciários e a falta de cérebros para exercer certas funções, o que nações como Canadá e também os Estados Unidos amenizam com a atração de estrangeiros. Outra estratégia é fornecer vantagens para que as pessoas sigam trabalhando. “Países que não estão se mexendo para conter a queda populacional já enfrentam estagnação, como é o caso do Japão”, lembra a economista Melissa Kearney, da Universidade de Maryland. 

    Em tempos não tão remotos assim, o que assombrava o universo da demografia era a superpopulação da Terra, que teve no reverendo e economista britânico Thomas Malthus (1776-1834) seu maior catastrofista. É dele a teoria de que seria impossível alimentar tantas bocas numa época em que a produção de comida não acompanhava a multiplicação de indivíduos. Mas aí entrou em cena a capacidade inovadora, proporcionando avanços tecnológicos notáveis e ganhos de produtividade, sobretudo dos celeiros alimentares — e assim a fome não grassou. Agora, debruçada sobre uma questão de sinal inverso, novamente a espécie precisa exercer sua extraordinária inteligência para saltar obstáculos, podendo até se beneficiar da situação. “Com menos pessoas, dá para investir mais na saúde e na educação de cada um, e o meio ambiente é naturalmente menos castigado”, diz José Eustáquio. É um bom caminho, que põe a engenhosidade humana à prova. 

(Ernesto Neves. Disponível em: https://veja.abril.com.br/brasil/osdesafios-impostos-pelo-crescimento-populacional-em-ritmo-maislento/. Acesso em: 03/06/2023. Fragmento. Adaptado.)


O travessão é um sinal de pontuação representado por um traço na horizontal maior do que o hífen. Assinale a justificativa correta do referido sinal de pontuação em “Os números causaram espanto aos especialistas — projeções estimavam mais 10 milhões de pessoas além da atual contagem.” (2º§) 
Alternativas
Q2252026 Português
Com base nas ideias, no vocabulário e nas estruturas linguísticas do texto, julgue o item.
É facultativo o emprego de vírgulas para isolar a expressão “por exemplo” (linha 28).

Alternativas
Q2252025 Português
Com base nas ideias, no vocabulário e nas estruturas linguísticas do texto, julgue o item.

A omissão da vírgula que se segue à oração “Sendo assim” (linha 24) manteria a correção gramatical do texto. 
Alternativas
Q2251813 Português
Leia o texto para responder à questão.

        Wesley Barbosa tem 33 anos. Escritor de periferia, preto, natural de Itapecerica da Serra, em São Paulo. Sozinho, já vendeu mais de 10 mil livros de um total de quatro obras publicadas.
        Vindo de uma família humilde, com a mãe solo faxineira, que criou os quatro filhos sozinha, sem muitos estudos, ninguém nunca o incentivou a ler, e essa paixão surgiu de forma natural.
        “Acho que o livro me tirou um pouco da realidade que eu vivia, de pobreza mesmo. E ali eu me sentia rico por intermédio da leitura. Rico no sentido de sair daquela realidade através da imaginação.”
        Geralmente, os autores primeiro escrevem os livros e deixam o título para o final, mas no livro Viela Ensanguentada Wesley quis fazer diferente. Após ter a ideia do título, ele escreveu em apenas dez dias o livro todo. Todas as noites ele colocava como meta escrever dez páginas e, assim, no final das contas, um livro de 100 páginas surgiu.
        A ideia inicial era produzir livros de bolso, que fossem pequenos e as pessoas pudessem levar para qualquer lugar. Wesley queria “ensaiar” para depois escrever um romance. “Eu trabalhei de 10 a 14 horas por dia para produzir esse livro. Aí eu percebi que estava escrevendo uma história maior.”
        Como todo autor, Wesley coloca características pessoais em seus trabalhos e foi assim também com o personagem Mariano, de Viela Ensanguentada, de 2022.

(Tamyres Sbrile, O Estado de S.Paulo, 2 de abril de 2023. Adaptado)
Na frase do 5º parágrafo – Wesley queria “ensaiar” para depois escrever um romance.” –, as aspas foram empregadas para
Alternativas
Q2251722 Português
Leia o texto para responder à questão.

Mulheres do cinema brasileiro

        A sétima arte nasceu e se desenvolveu tendo a figura masculina em primeiro plano. À mulher foi delegado o papel de coadjuvante à frente e atrás das câmeras, tampouco foi valorizada sua autoria nas narrativas audiovisuais. Ainda que avanços tenham ocorrido nas últimas décadas, as mulheres ainda apresentam baixa representatividade no cinema brasileiro, segundo dados da Agência Nacional do Cinema (Ancine): apenas 20% e 25% ocupam cargos de direção e roteiro, respectivamente. Documentários e ficções assinados por mulheres têm sido valorizados em câmera lenta tanto nas bilheterias quanto em indicações e premiações em festivais mundo afora. Apesar do vagaroso progresso de representatividade feminina, ainda é preciso haver uma revisão histórica para que o legado das pioneiras do cinema brasileiro seja reconhecido e preservado.
        “Nos anos 1930–1940, as mulheres finalmente tornaram- -se diretoras de cinema no Brasil. Cleo de Verberena, Gilda de Abreu e Carmen Santos integram a lista das primeiras cineastas, seguidas por Carla Civelli e Maria Basaglia. A trajetória do cinema feito por mulheres deste período é uma fagulha acesa em 1930, que reacende com força na metade dos anos 1940 e varia de intensidade nos anos 1950”, descreve a pesquisadora Margarida Maria Adamatti, professora da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).
        Enquanto essas e outras pioneiras do cinema brasileiro enfrentam o perigo do esquecimento, uma nova geração lida com outras dificuldades na produção cinematográfica. “Ainda hoje falta representatividade para as mulheres no cinema nacional, já que elas são minoria nos elencos e produções, desproporcionalmente à sua presença na sociedade brasileira. Para as mulheres negras, a falta de representatividade é ainda mais grave”, aponta a pesquisadora Carolinne Mendes da Silva, doutora em história social pela Universidade de São Paulo.

(Mulheres do cinema brasileiro. Revista E, junho de 2023) 
Assinale a alternativa em que a vírgula foi omitida em relação ao trecho original, sem prejuízo da norma-padrão.
Alternativas
Q2251556 Português
LÍNGUA PORTUGUESA

Texto para responder a questão. Leia-o atentamente.

Planeta Atitude

   A passagem do século XIX para o século XX foi marcada por um sentimento de enorme esperança, baseada nas conquistas tecnológicas sem precedentes da Revolução Industrial e nas maravilhosas invenções daquela época.
   Historiadores registram que o senso comumera o de que, no novo século, seria possível resolver os principais problemas da Humanidade apenas e tão somente com ciência e tecnologia.
   O “novo século” já terminou, e deixou como legado um espetacular avanço tecnológico sem que tenhamos resolvido alguns graves problemas civilizatórios, que antecedem a própria Revolução Industrial.
   Fome, miséria, pobreza, consumismo, destruição ambiental, corrida armamentista, entre outros problemas, nos desafiam a buscar soluções que vão além da tecnologia. Mais do que nunca, é tempo de trabalharmos para um projeto coletivo de civilização, que seja inspirado na cultura de paz, tolerância, igualdade, respeito à diversidade e no espírito comunitário. Um projeto onde não haverá mais espaço para uma relação predatória do homem com a natureza, como a que nos acostumamos a ter no mundo moderno.
   Essa mudança civilizatória já está acontecendo, ainda que em uma extensão e velocidade menor do que desejaríamos. [...]
(TRIGUEIRO, André. Cidades e soluções: como construir uma sociedade sustentável. Rio de Janeiro: LeYa, 2017. Fragmento.)

Pode-se afirmar que a expressão empregada entre aspas no terceiro parágrafo indica, de acordo com o contexto, que:
Alternativas
Q2250948 Português

Considere o fragmento abaixo, para responder ao que se pede.


“No século XVI, com a chegada dos portugueses, os indígenas que habitavam a região em que se localiza nosso Estado recuaram para a floresta, iniciando, a partir de então, uma luta de guerrilhas contra os portugueses, que se prolongaria até meados do século seguinte.” (Adapt de www.brasilrepublica.hpg.ig.com/espiritosanto.htm)


É INCORRETO afirmar que: 

Alternativas
Q2250718 Português
Leia o texto para responder à questão.

Como conciliar a rotina num século em que o tempo se tornou privilégio?

        Publicada em 1865, a obra Aventuras de Alice no País das Maravilhas, uma das mais importantes da literatura mundial, foi fruto da imaginação e das indagações sobre a relatividade temporal do escritor e matemático Lewis Carroll (1832- 1898). O personagem Coelho Branco pode simbolizar, por meio de sua obsessão pelo tempo, a angústia causada pela brevidade da experiência humana.
        Afinal, na época em que a história foi escrita, os dias passaram a ser contados pelos ponteiros do relógio, e não mais pelo nascer e pôr do sol. Foi a partir da Revolução Industrial, na segunda metade do século 18, que a vida foi compartimentada em horas, minutos e segundos, entre “tempo de trabalho” e “tempo livre”. Assim como Alice, a humanidade caiu na toca do Coelho Branco e começou a correr atrás do tempo.
         Desde então, a sociedade sonha com a dilatação das 24 horas do dia para conciliar o rendimento no trabalho com momentos de lazer com família e amigos, fazer atividade física, ler um livro ou simplesmente ficar de pernas para o ar. Num século em que gerenciar o tempo se tornou privilégio, a consequência dessa aceleração vem provocando quadros de ansiedade, depressão e outros sofrimentos psíquicos. De acordo com o mais recente mapeamento global de transtornos mentais, realizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil possui a população mais ansiosa do mundo.
         “Precisamos ter em mente que questões de saúde mental estão estreitamente relacionadas aos modos de vida, ao quadro cultural do país e como está organizada a vida social. Então, eu colocaria a questão do tempo na perspectiva desse arranjo social, político e econômico neoliberal, que leva a uma mobilização integral da nossa vida para o trabalho”, aponta o professor do Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) Ricardo Rodrigues Teixeira, que coordena a diretoria de Saúde Mental e Bem-Estar Social da pró-reitoria de Inclusão e Pertencimento da instituição.
        Autor do livro Sem tempo para nada, o cientista social Luís Mauro Sá Martino endossa esse diagnóstico. “Como sociedade, podemos nos perguntar o quanto esse ritmo acelerado está nos fazendo bem, sobretudo a longo prazo. Você pode tentar levar uma vida adequada à sua saúde e bem-estar, porém como fazer isso se tudo ao seu lado está em um ritmo rápido e contínuo?”, dispara.

(LLEDÓ, Maria Júlia. Como conciliar a rotina num século em que o tempo se tornou privilégio?. Revista E (Sesc Edições). 01.05.2023. Adaptado)
Assinale a alternativa em que, na frase alterada, a posição da vírgula está em conformidade com a norma-padrão de pontuação.
Alternativas
Q2250672 Português
Leia o poema para responder à questão.

                Ogiva
Armar um poema requer lógica.
Uma lógica secreta,
de seita, confraria,
e que apenas os poetas,
iniciados nas artes dessa alquimia,
conhecem e arriscam articular.

Armar um poema é sempre forma
de amar o poema
que o leitor, ao final,
amando-o também,
tentará eternamente,
e sem sucesso,
desarmar.

(Leonardo Almeida Filho. Tutano. São Paulo: Patuá, 2020).
As vírgulas intercalam uma expressão explicativa em: 
Alternativas
Q2249585 Português

Texto para a questão.




A vírgula empregada na linha 3 e as vírgulas empregadas na linha 5 têm a função de 
Alternativas
Q2249582 Português

Texto para a questão.




Sem prejuízos para o sentido original do texto, poder-se-ia suprimir a vírgula empregada logo após 
Alternativas
Q2249579 Português

Texto para a questão.




Acerca da correção gramatical e dos sentidos do texto, assinale a alternativa correta. 
Alternativas
Q2248997 Português

(Gente hospitaleira)


Alguns pensadores definiram a hospitalidade como um modo privilegiado de encontro interpessoal marcado pela atitude de acolhimento em relação ao outro. As praticas de hospitalidade deverão marcar todas as situações da vida, ou seja, a hospitalidade não deverá ficar circunscrita à disponibilidade para receber o turista, o visitante que chega de fora e está de passagem pela cidade; é necessário que esta atitude de acolhimento e cortesia se estenda ao próximo em geral, seja o vizinho, o colega de trabalho ou mesmo um desconhecido.


Outros acentuam que a hospitalidade não pode estar condicionada pelas condições da realidade. A hospitalidade seria antes de mais nada uma disposição da alma, aberta e irrestrita. Ela, como o amor incondicional, em princípio, não rejeita nem discrimina a ninguém. É simultaneamente uma utopia e uma prática. Como utopia representa um dos anseios mais caros da história humana: de ser sempre acolhido independente da condição social e moral e de ser tratado humanamente. Como prática cria as políticas que viabilizam e ordenam a acolhida. Mas, por ser concreta, sofre os desafios, os constrangimentos e as imitações das situações dadas.


A hospitalidade é, para outros ainda, uma maneira de se viver em conjunto regida de modo bem definido por certas regras, ritos e leis. Nesse sentido, a hospitalidade é concebida não apenas como uma forma essencial de interação social, mas também como uma rigorosa forma de humanização, uma das formas administráveis de uma socialização verdadeira.


(Disponível em: https://lbhe.com.br/o-que-e-hospltalldade. Adaptado)

A introdução de uma vírgula num segmento do texto é plenamente aceitável no seguinte caso:
Alternativas
Ano: 2006 Banca: FCC Órgão: BACEN Prova: FCC - 2006 - BACEN - Técnico |
Q2248642 Português
 A questão de números baseia-se no texto apresentado abaixo.

           Não é sem motivos que o comércio decidiu alongar os prazos de pagamento neste fim de ano para enfrentar a concorrência do comércio popular, que vende itens de baixo valor. Em novembro, a taxa de crescimento das consultas para vendas à vista superou a expansão do crediário, o que não ocorria desde abril.

            No mês passado, o número de consultas para vendas quitadas com cheque à vista e pré-datado cresceu 6,1% em relação ao mesmo período de 2004, segundo pesquisa da Associação Comercial de São Paulo (ACSP). Enquanto isso, o volume de consultas para negócios a prazo aumentou em ritmo menor: 3,9% em novembro, na comparação anual.

           Para o Presidente da ACSP, a mudança preocupa por indicar uma receita menor para as lojas, já que as vendas financiadas geralmente são as de maior valor. Na análise do Presidente, o forte movimento registrado nas ruas de comércio popular com grande presença de itens importados reflete com clareza duas variáveis que estão desajustadas na economia: o juro alto e o câmbio baixo.

(Adaptado de O Estado de S. Paulo, B4 Economia, 4 de dezembro de 2005)
... reflete com clareza duas variáveis que estão desajustadas na economia: o juro alto e o câmbio baixo. (final do texto)

O emprego dos dois pontos na frase acima assinala
Alternativas
Q2248595 Português
     O sofrimento psicológico advém de dimensões singulares como, por exemplo, a história pessoal e as condições de vida de cada sujeito, e também de fatores socioestruturais, coletivos e institucionais. Dada essa multidimensionalidade, o termo saúde mental não pode ser elucidado restringindo seu escopo à individualização do sofrimento, o que pode levar a uma abordagem do assunto pautada na patologização e na medicalização. A discussão da saúde mental precisa ser feita de forma ampliada, considerando as diversas relações dos indivíduos com as pessoas e os grupos com os quais convivem. A relação saúde-doença, assim como a sua produção, não pode ser compreendida fora de um contexto social, local em que a vida humana se concretiza. O processo saúde-doença está, portanto, vinculado aos condicionantes sociais, de modo que a constituição da saúde física e mental está inter-relacionada com os modos de organização social que definem uma dada cultura.

     As universidades são um lócus determinante do processo saúde-sofrimento devido às condições e às relações encontradas no ambiente universitário. Discussões atuais destacam que essas instituições têm contribuído mais para a produção de sofrimento e adoecimento do que para a promoção de saúde mental, devido a práticas de violência às quais os alunos e alunas têm sido expostos, inclusive a violência sexual, muitas vezes naturalizada. Exemplificando essa “naturalização”, uma pesquisa mostrou que, enquanto universitários estadunidenses consideram “cantadas” e olhares maliciosos como inadequados, os estudantes brasileiros entendem tais comportamentos como formas de sedução, constituindo-se como aspectos sociais sexualizados e permissivos, mesmo que geradores de sofrimento.

      No entanto, alguns estudos atuais vêm enfatizando que, mesmo com o processo de naturalização, o índice de reconhecimento de violência sexual, no contexto universitário, tem aumentado. No contexto brasileiro, uma pesquisa realizada por Souza e Rocha (2020) constatou que 40% das estudantes entrevistadas afirmaram já ter sido expostas a constrangimento ou ofensa, ao serem questionadas sobre a vida íntima/pessoal; 20% vivenciaram assédio nas relações sociais no contexto universitário; 28,6% receberam algum convite sexual inapropriado; e 36,6% afirmaram ter sido abordadas com cantadas de cunho sexual. Nessa mesma análise, 71,4% das alunas disseram que os autores da violência foram colegas e demais estudantes, e 62,9% afirmaram sofrer violência por parte dos professores. Além disso, uma pesquisa realizada pelo Instituto Avon e Data Popular (2015) apresentou que o ambiente universitário se constitui como um espaço que traz preocupação para as mulheres, visto que 36% das entrevistadas relataram deixar de fazer alguma atividade da universidade por medo de sofrer violência.

    Como consequência, pessoas que passaram por situações de violência sexual podem desenvolver transtornos de ansiedade, depressão, abuso de substâncias, e até suicídio. São também observados efeitos relacionados à saúde reprodutiva, como gravidez indesejada, complicações ginecológicas e infecções sexualmente transmissíveis.


(Fonte: BASSO, Mariana — adaptado.)
No texto, o emprego das vírgulas em “[...] alguns estudos atuais vêm enfatizando que, mesmo com o processo de naturalização, o índice de reconhecimento de violência sexual, no contexto universitário, tem aumentado.” separa, respectivamente:
Alternativas
Q2248591 Português
     O sofrimento psicológico advém de dimensões singulares como, por exemplo, a história pessoal e as condições de vida de cada sujeito, e também de fatores socioestruturais, coletivos e institucionais. Dada essa multidimensionalidade, o termo saúde mental não pode ser elucidado restringindo seu escopo à individualização do sofrimento, o que pode levar a uma abordagem do assunto pautada na patologização e na medicalização. A discussão da saúde mental precisa ser feita de forma ampliada, considerando as diversas relações dos indivíduos com as pessoas e os grupos com os quais convivem. A relação saúde-doença, assim como a sua produção, não pode ser compreendida fora de um contexto social, local em que a vida humana se concretiza. O processo saúde-doença está, portanto, vinculado aos condicionantes sociais, de modo que a constituição da saúde física e mental está inter-relacionada com os modos de organização social que definem uma dada cultura.

     As universidades são um lócus determinante do processo saúde-sofrimento devido às condições e às relações encontradas no ambiente universitário. Discussões atuais destacam que essas instituições têm contribuído mais para a produção de sofrimento e adoecimento do que para a promoção de saúde mental, devido a práticas de violência às quais os alunos e alunas têm sido expostos, inclusive a violência sexual, muitas vezes naturalizada. Exemplificando essa “naturalização”, uma pesquisa mostrou que, enquanto universitários estadunidenses consideram “cantadas” e olhares maliciosos como inadequados, os estudantes brasileiros entendem tais comportamentos como formas de sedução, constituindo-se como aspectos sociais sexualizados e permissivos, mesmo que geradores de sofrimento.

      No entanto, alguns estudos atuais vêm enfatizando que, mesmo com o processo de naturalização, o índice de reconhecimento de violência sexual, no contexto universitário, tem aumentado. No contexto brasileiro, uma pesquisa realizada por Souza e Rocha (2020) constatou que 40% das estudantes entrevistadas afirmaram já ter sido expostas a constrangimento ou ofensa, ao serem questionadas sobre a vida íntima/pessoal; 20% vivenciaram assédio nas relações sociais no contexto universitário; 28,6% receberam algum convite sexual inapropriado; e 36,6% afirmaram ter sido abordadas com cantadas de cunho sexual. Nessa mesma análise, 71,4% das alunas disseram que os autores da violência foram colegas e demais estudantes, e 62,9% afirmaram sofrer violência por parte dos professores. Além disso, uma pesquisa realizada pelo Instituto Avon e Data Popular (2015) apresentou que o ambiente universitário se constitui como um espaço que traz preocupação para as mulheres, visto que 36% das entrevistadas relataram deixar de fazer alguma atividade da universidade por medo de sofrer violência.

    Como consequência, pessoas que passaram por situações de violência sexual podem desenvolver transtornos de ansiedade, depressão, abuso de substâncias, e até suicídio. São também observados efeitos relacionados à saúde reprodutiva, como gravidez indesejada, complicações ginecológicas e infecções sexualmente transmissíveis.


(Fonte: BASSO, Mariana — adaptado.)
Sem prejuízo dos sentidos e da correção gramatical do trecho “O sofrimento psicológico advém de dimensões singulares como, por exemplo, a história pessoal e as condições de vida de cada sujeito, e também de fatores socioestruturais, coletivos e institucionais” (primeiro parágrafo),
Alternativas
Q2248022 Português

Imagem associada para resolução da questão



Quanto às ideias, à estrutura linguística e ao vocabulário empregados no texto, julgue o item.


É facultativo o emprego de vírgula logo após o pronome “isso” (linha 4).

Alternativas
Q2248018 Português

Imagem associada para resolução da questão


Com relação às ideias, à estrutura linguística e ao vocabulário empregados no texto, julgue o item.


A inserção de uma vírgula logo após a expressão “como também” (linha 32) prejudicaria a correção gramatical do texto.

Alternativas
Q2247486 Português

      O exame de corpo de delito deve ser realizado no local de crime, na vítima, no agressor, na arma do crime ou em vestígios e objetos que estejam relacionados a um desses fatores. O corpo de delito é amplo e, por vezes, atemporal, e não se restringe, portanto, ao local ou à vítima, mais se estende a quaisquer vestígios ou microvestígios que possam ter relação com o crime. Na realização da perícia, o método cientifico deve ser empregado para que algumas perguntas sejam respondidas.


Disponível em: <https://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/>.

Acesso em: 14 mar. 2023, com adaptações.


Em "O corpo de delito é amplo e, por vezes, atemporal, e não se restringe, portanto, ao local ou à vítima, mas se estende a quaisquer vestígios ou microvestígios que possam ter relação com o crime.", o uso da vírgula é

Alternativas
Q2246168 Português
Analise a frase abaixo para responder à questão.
“Quanto às temperaturas de forma geral será uma semana amena até com temperaturas próximas ao normal para este período”.
(www.climatempo.com.br. Adaptado).
De acordo com a norma-padrão da Língua Portuguesa e quanto à pontuação, assinale a alternativa correta. 
Alternativas
Respostas
1641: D
1642: E
1643: E
1644: A
1645: B
1646: D
1647: D
1648: D
1649: C
1650: C
1651: E
1652: D
1653: D
1654: E
1655: B
1656: A
1657: E
1658: C
1659: C
1660: D