Questões de Concurso Sobre pontuação em português

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Ano: 2023 Banca: LJ Assessoria e Planejamento Administrativo Limita Órgão: Prefeitura de Dom Eliseu - PA Provas: LJ Assessoria e Planejamento Administrativo Limita - 2023 - Prefeitura de Dom Eliseu - PA - Agente Ambiental | LJ Assessoria e Planejamento Administrativo Limita - 2023 - Prefeitura de Dom Eliseu - PA - Agente de Fiscalização | LJ Assessoria e Planejamento Administrativo Limita - 2023 - Prefeitura de Dom Eliseu - PA - Agente Municipal de Trânsito | LJ Assessoria e Planejamento Administrativo Limita - 2023 - Prefeitura de Dom Eliseu - PA - Assistente Administrativo | LJ Assessoria e Planejamento Administrativo Limita - 2023 - Prefeitura de Dom Eliseu - PA - Auxiliar De Sala De Aula Em Educação Especial - Inclusiva - Aee - Educação Infantil | LJ Assessoria e Planejamento Administrativo Limita - 2023 - Prefeitura de Dom Eliseu - PA - Cadastrador Imobiliário | LJ Assessoria e Planejamento Administrativo Limita - 2023 - Prefeitura de Dom Eliseu - PA - Fiscal de Obras e Posturas | LJ Assessoria e Planejamento Administrativo Limita - 2023 - Prefeitura de Dom Eliseu - PA - Secretário Escolar | LJ Assessoria e Planejamento Administrativo Limita - 2023 - Prefeitura de Dom Eliseu - PA - Técnico Agrícola | LJ Assessoria e Planejamento Administrativo Limita - 2023 - Prefeitura de Dom Eliseu - PA - Técnico Agropecuário | LJ Assessoria e Planejamento Administrativo Limita - 2023 - Prefeitura de Dom Eliseu - PA - Técnico de Enfermagem | LJ Assessoria e Planejamento Administrativo Limita - 2023 - Prefeitura de Dom Eliseu - PA - Técnico de Saúde Bucal | LJ Assessoria e Planejamento Administrativo Limita - 2023 - Prefeitura de Dom Eliseu - PA - Técnico em Laboratório | LJ Assessoria e Planejamento Administrativo Limita - 2023 - Prefeitura de Dom Eliseu - PA - Técnico em Radiologia |
Q2240593 Português
Assinale a alternativa que não contém um uso aceito para as reticências:
Alternativas
Q2239741 Português
A supressão da vírgula altera o sentido da seguinte frase:
Alternativas
Q2239705 Português
Assinale a alternativa que não contém um uso aceito das aspas:

Alternativas
Q2238778 Português
TEXTO I

Benefícios da leitura: por que ler faz bem para a saúde?

Ao abrir um livro, abrem-se, ademais, as portas da imaginação. Engana-se, porém, quem pensa que os benefícios da leitura param por aí. Saiba qual é a importância desse hábito!

Por Equipe de Atenção à Saúde Unimed-BH

         Aventurar-se nas páginas de um livro é um hábito extremamente prazeroso que estimula a imaginação e a criatividade, melhora o vocabulário, a escrita e o senso crítico. A lista de benefícios da leitura é extensa, e o cérebro é o órgão mais exercitado durante a prática. Por tudo isso, esse é um costume que faz bem para a saúde e vale a pena incorporar na rotina, ainda que por alguns minutos por dia.
[...]
          A população brasileira se divide quase que igualmente entre leitores e não leitores. É o que apontam os dados sobre leitura no Brasil, traçados na 5ª edição da pesquisa “Retratos da Leitura no Brasil”, realizada pelo Instituto Pró-Livro. De acordo com a análise, o percentual de leitores no país era de 52% em 2019 – 4% a menos do que em 2015. Diante da importância da leitura, por que esse número não é mais expressivo? Existem inúmeras respostas a essa pergunta: a falta de tempo, falta de paciência e acesso a livros, a dificuldade na leitura e a preferência em usufruir de tecnologias durante o tempo livre e outras.
[...]
        O índice de adeptos brasileiros revela outra informação importante: muitas pessoas não aproveitam os vários benefícios da leitura por não incorporarem esse hábito no dia a dia. Além do impacto na imaginação e na comunicação, ler com frequência exercita partes importantes do cérebro, e o resultado disso é a manutenção de diversas funções cruciais para uma vida saudável. Confira os principais motivos que reforçam a importância da leitura: ajuda a exercitar a imaginação e criatividade; amplia o vocabulário e melhora a escrita; contribui para a redução da ansiedade e do estresse; exercita a memória e ativa regiões do cérebro responsáveis por funções cognitivas, ajudando a prevenir doenças neurodegenerativas; promove o relaxamento e melhora a qualidade do sono.
[...] 
               A leitura é importante para a criatividade, a memória, a escrita e a imaginação. Mas você sabia que existem inúmeros benefícios da leitura diária para cada idade? Dentre os benefícios da leitura, também está o fato de que ela pode ser crucial no desenvolvimento infantil. O estímulo à leitura deve começar ainda na infância. Ao introduzir a leitura nessa fase, o cérebro da criança, em pleno desenvolvimento, faz conexões importantíssimas relacionadas à linguagem, à concentração, à memória e à atenção. Essa bagagem adquirida na infância a acompanhará durante toda a vida.
              Mas a importância da leitura na infância não se limita a isso: a criatividade e a imaginação, que já salientamos, começam a despertar nesse momento. Ter acesso a livros para incentivá-las é uma forma de proporcionar ao pequeno uma infância mais feliz e saudável. Vale a pena oferecer livros infantis mesmo antes da alfabetização, para que a criança comece a ter contato com novas histórias. Isso auxilia a criar um indivíduo com mais empatia e menos preconceitos.
[...]
Adaptado de: https://viverbem.unimedbh.com.br/qualidade-devida/beneficios-da-leitura/. Acesso em: 9 maio 2023.

TEXTO II

Armandinho 



Foto: Reprodução Blog Alexandre Beck/Armandinho. Extraído de: https://crb6.org.br/materias/charge-armandinho-4/. Acesso em: 9 maio 2023.
Considerando a função e o emprego, prescritos pela norma-padrão, dos termos em destaque a seguir (Textos I e II), assinale a alternativa correta.
Alternativas
Q2237837 Português
Texto 1:

Inteligência artificial pode acabar com 27% dos empregos em países da OCDE

Mais de um quarto dos empregos na OCDE dependem de habilidades que podem ser facilmente automatizadas na próxima revolução da inteligência artificial e os trabalhadores temem perder seus empregos para a IA, afirmou a OCDE em 11 de julho de 2023.

A Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) é um bloco de 38 membros, abrangendo principalmente nações ricas, mas também algumas economias emergentes, como México e Estônia.

Até agora, há poucas evidências de que o surgimento da IA tenha um impacto significativo nos empregos, mas isso pode ocorrer porque a revolução está em seus estágios iniciais, disse a OCDE.

Os empregos com maior risco de serem automatizados representam, em média, 27% da força de trabalho nos países da OCDE, com os países da Europa Oriental mais expostos, disse a organização sediada em Paris em suas Perspectivas de Emprego para 2023.

Os trabalhos de maior risco foram definidos como aqueles que usam mais de 25 das 100 habilidades e habilidades que os especialistas em IA consideram que podem ser facilmente automatizadas.

Enquanto isso, três em cada cinco trabalhadores temem perder o emprego para a IA nos próximos 10 anos, constatou a OCDE em uma pesquisa no ano passado. A pesquisa contemplou 5.300 trabalhadores em 2.000 empresas, abrangendo manufatura e finanças em sete países da OCDE. Essa pesquisa foi realizada antes do surgimento explosivo da IA generativa como o ChatGPT.

Apesar da ansiedade com o advento da IA, dois terços dos trabalhadores que já trabalham com ela disseram que a automação tornou seus trabalhos menos perigosos ou tediosos.

"Como a IA afetará os trabalhadores no local de trabalho e se os benefícios superarão os riscos dependerá das ações políticas que tomarmos", disse o secretário-geral da OCDE, Mathias Cormann, em entrevista coletiva.

"Os governos devem ajudar os trabalhadores a se prepararem para as mudanças e se beneficiarem das oportunidades que a IA trará", continuou ele.

Salários-mínimos e negociações coletivas podem ajudar a aliviar a pressão que a IA pode exercer sobre os salários, enquanto governos e reguladores precisam garantir que os direitos dos trabalhadores não sejam comprometidos, disse a OCDE.


REUTERS. Inteligência artificial pode acabar com 27% dos empregos em países da OCDE. CNN Brasil. Disponível em: ar-commm-2-dos-em mpeeegoseemm-pasesdda-oocdeee encia-artificial-pode-acabar-com-27-dos-empregos-em-paises-da-ocde/ Acesso em: 11 jul., 2023. 




Texto 2



Assinale a alternativa que apresenta a correta pontuação:
Alternativas
Q2237718 Português
Assinale a alternativa em que a vírgula foi empregada de forma CORRETA.
Alternativas
Q2237637 Português
Texto CG1A4-I

        A palavra “metaverso”, formada pelo acréscimo do prefixo grego meta (além) à forma abreviada do vocábulo “universo”, foi popularizada pelo escritor norte-americano Neal Stephenson, em seu livro de ficção científica Nevasca (2008) ou, no original, Snow Crash (1992).

      Inicialmente, o termo dizia respeito a uma rede de mundos virtuais tridimensionais que permitiriam interações sociais (livres de restrições físicas e biológicas) com outros mundos igualmente virtuais. Hoje, passou a ser associado frequentemente ao entretenimento.

       De fato, é possível transitar em um mundo virtual, que se torna quase real quando esse “passeio” é feito com a ajuda de óculos de realidade virtual, como aqueles desenvolvidos pelos gigantes mundiais da tecnologia, como Google, Microsoft, Apple e Facebook — por sinal, este último alterou seu nome para Meta.

      Mas o que ainda não foi profundamente analisado — e seria uma contribuição essencial para a humanidade — são as aplicações dos metaversos na melhoria da qualidade de vida, uma vez que podem ser usados tanto em áreas amplas, como saúde e educação, quanto em áreas específicas, como engenharia e medicina.



Matteo Moriconi et al. Metaverso: uma nova e poderosa ferramenta de pesquisa científica. Ciência Hoje, n.º 399, jun./2023 (com adaptações).
Assinale a opção em que a proposta de reescrita do trecho “A palavra ‘metaverso’, formada pelo acréscimo do prefixo grego meta (além) à forma abreviada do vocábulo ‘universo’, foi popularizada pelo escritor norte-americano Neal Stephenson” mantém os sentidos e a correção gramatical do texto CG1A4-I no que se refere à pontuação.
Alternativas
Q2237548 Português
O texto seguinte servirá de base para responder a questão.

Paraense de 18 anos cria tijolo de caroço de açaí

Aproximadamente 90% de todo o açaí consumido no mundo é produzido no Pará. No entanto, apenas 4% do fruto é aproveitado; o resto − principalmente o caroço − permanece sem uma utilidade definida. Isso acaba provocando a contaminação do meio ambiente regional, visto que não há uma estratégia eficiente de descarte.

Foi a partir dessa perspectiva que Francielly Rodrigues Barbosa, de 18 anos, resolveu desenvolver um projeto para amenizar o problema ambiental e ainda ajudar os moradores de sua cidade, Moju, a cerca de 120 km de Belém. "O caroço possui uma substância chamada lignina, que impede o ataque de fungos, demorando a decomposição", ela explica. "Isso causa mau cheiro, chorume e a liberação de gás metano."

Aluna da Escola Estadual Ernestina Pereira Maia, Barbosa começou o projeto no primeiro ano do Ensino Médio. A inspiração para a pesquisa veio de uma professora, que comentou com ela sobre os problemas de odor ruim e rachaduras nas casas de um bairro de Moju.

A jovem descobriu que muitas residências foram construídas em terrenos frequentemente usados como local de descarte de lixo. Como as construções foram levantadas sem regularização, a decomposição acabou afetando as estruturas − e a vida da população. "Comecei a pensar qual material de baixo custo e que não agride o meio ambiente eu poderia aproveitar para fazer a fundação de forma segura", conta Barbosa. "Não tinha como desenvolver algo que custasse muito dinheiro."

Para criar o tijolo de açaí, ela convidou jovens de Moju para ajudá-la. Eles colocaram os caroços para secar, depois carbonizaram e os trituraram em um pilão. A massa resultante foi misturada com argila e carvão para chegar ao produto final. "Foi um trabalho muito divertido", conta. "Brincar também é ciência. Foi legal para mostrar que a ciência inclui todo mundo, basta querer."

Enquanto cursa já o último ano do Ensino Médio, Barbosa continua sua pesquisa em paralelo. A jovem conseguiu parceria com um laboratório da Universidade de São Paulo (USP), onde estão sendo testadas diferentes fórmulas da mistura com o caroço. A ideia é descobrir em quais porcentagens é possível criar outras aplicações para alvenaria, como telhas, cimento e argamassa. "É para testar a resistência do material. Agora temos um ano para fazer os testes e abranger um pedido de patente", ela informa.

Barbosa começou a se interessar por ciência aos oito anos de idade, quando participou pela primeira vez de uma feira científica em sua escola e do Clube de Ciências de Moju. "Vi tantas coisas interessantes que me apaixonei e decidi que queria fazer aquilo", comenta.

Ela pretende cursar engenharia, mas ainda não sabe em qual das áreas irá se especializar. "Mas com certeza será em uma área de STEM [ciência, tecnologia, engenharia e matemática]", conta. Barbosa ainda afirma que a participação dela em palestras, congressos e viagens ampliaram seu campo de visão para o ensino superior. "Penso que posso entrar na USP ou estudar no exterior. É tão maravilhoso. Se é possível para mim, é possível para qualquer jovem."

Para ela, ser cientista significa poder ajudar as pessoas − mas também considera essencial que os jovens cientistas tenham suporte de familiares, amigos e professores. "Peço que as pessoas orientem os alunos a não deixar os sonhos deles morrerem", ela diz. "Eu tive sorte, pois a minha família sempre me apoiou. Se não fosse isso, eu nunca teria ido para fora do país e conhecido vários cantos do Brasil."


Retirado e adaptado de: FABRO, Nathalia. Paraense de 18 anos tem mais de 15 prêmios por criar tijolo de caroço de açaí. Galileu. Disponível em: -annos-teem--mmas-dde-115-pemmio-poo-ciarrtoooood decarocoodeeacaihhmm 18-anos-tem-mais-de-15-premios-por-criar-tijolo-de-caroco-de-acai.html Acesso em: 16 jul., 2023.
Associe a segunda coluna de acordo com a primeira, que relaciona funções da pontuação a exemplos de seu emprego no texto "Paraense de 18 anos cria tijolo de caroço de açaí":
Primeira coluna: função da pontuação:
(1)Enumeração. (2)Inserção de discurso direto. (3)Aposto.
Segunda coluna: emprego no texto
(__)"Foi um trabalho muito divertido", conta.
(__)Barbosa ainda afirma que a participação dela em palestras, congressos e viagens ampliaram seu campo de visão para o ensino superior.
(__)O resto − principalmente o caroço − permanece sem uma utilidade definida.

Assinale a alternativa que apresenta a correta associação entre as colunas:
Alternativas
Q2237313 Português
Medo é coisa boa
Paulo Pestana
Crônica


            Os criadores da inteligência artificial e alguns dos maiores cientistas do mundo dizem que o negócio é perigoso. E pedem para parar. Que se suspenda o curso da ciência por seis meses. Justo quando um estudo da Universidade da Califórnia mostra que o ChatGPT dá respostas melhores a consultas médicas do que os doutores.
              É bom ver esses ousados e intimoratos senhores com medo e com pudores que Oppenheimer – um dos criadores da bomba atômica – não teve, alegando que a ideia era “tecnicamente boa”.
          Isso evita até desfechos trágicos como o suicídio de Santos Dumont, causado, dizem, por uma depressão profunda iniciada quando ele viu aviões sendo usados como armas na primeira grande guerra. Ele se sentia culpado pela atuação de homens como o alemão Manfred von Richthofen, o Barão Vermelho, que teria abatido 80 inimigos no ar.
             Ao contrário do que muita gente pensa, medo é uma coisa boa. Impõe limites, sinaliza respeito – é o que nos impede de, por exemplo, enfiar a cabeça na boca de um leão (ainda que haja quem ganhe a vida fazendo isso ou coisa pior). Mas o medo não pode ser paralisante e por isso não faz nenhum sentido tentar para o mundo ou o avanço da ciência. Ou não?
           Os livros de Isaac Asimov definiram as leis da robótica; a mais importante delas é a primeira: um robô não pode ferir um ser humano ou, por inação, permitir que um ser humano sofra algum mal. Pelo jeito, e pelo que diz Geoffrey Hinton, um bambambã do assunto e que ajudou a desenvolver a ideia, a inteligência artificial pode ser usada para “coisas ruins”.
           Como tudo, poderíamos dizer. Como os aviões.
          Já se sabe que a IA já é capaz de criar algoritmos e novos softwares. Mas qual o perigo disso?
          Na dúvida, perguntei ao ChatGPT que mesmo sem ser essa inteligência toda – os cientistas acham que ainda é um embrião – respondeu:
          “Essa é uma questão controversa e debatida por diversos especialistas no campo da inteligência artificial. A maioria dos especialistas concorda que a inteligência artificial tem o potencial de superar a capacidade humana em tarefas específicas. Por exemplo, algumas tecnologias de IA já superam os humanos em jogos de estratégia, reconhecimento de padrões e processamento de grande quantidade de dados”.
        E continuou: “No entanto, alguns especialistas acreditam que a IA não será capaz de superar completamente a inteligência humana em todas as áreas, especialmente naquelas que requerem habilidades sociais e emocionais. Além disso, a maioria concorda que a IA não pode representar uma ameaça aos humanos, a menos que seja programada com intenções maliciosas”.
        E ainda esticou o assunto: “No geral, o desenvolvimento da IA e seus efeitos na sociedade é um tema complexo que deve ser cuidadosamente considerado em termos de ética e responsabilidade. É importante garantir que a tecnologia seja usada de maneira segura e benéfica para a humanidade”.
     Minha conclusão é que precisamos nos preocupar mesmo, porque a inteligência artificial está chegando lá; já aprendeu a enrolar, igual a uns políticos espertinhos.


PESTANA, Paulo. Medo é coisa boa. Correio Braziliense, 17 de maio de
2023. Disponível em: https://blogs.correiobraziliense.com.br/paulopestana/medo-e-coisaboa/. Acesso em: 22 jun. 2023. Adaptado. 

Nos parágrafos 9º, 10º e 11º, as aspas foram empregadas para indicar:
Alternativas
Q2237247 Português

Texto CG1A1-II


          Segundo o relatório-síntese do Sexto Ciclo de Avaliação do Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima (IPCC), a taxa de mortalidade decorrente de tempestades, inundações e secas, entre 2010 e 2020, foi quinze vezes mais alta nos países mais suscetíveis às mudanças climáticas. As populações mais vulneráveis são as que historicamente menos contribuíram para o aquecimento global.

          Nesse contexto, a conceituação de justiça climática vem do fato de que os impactos desse aquecimento atingem de maneira desigual os diferentes grupos sociais. Segundo o IPCC, a justiça climática pode permitir ações de mitigação ambiciosas e o desenvolvimento resiliente ao clima, com resultados de adaptação fundamentados nas áreas e nas pessoas com maior vulnerabilidade aos riscos climáticos. Apesar do crescimento dos níveis de emissão per capita de gases de efeito estufa (GEE) nos países do Sul global, ainda há grandes disparidades econômicas, históricas e sociais que distinguem tanto a contribuição para as mudanças climáticas quanto as respectivas estratégias de mitigação e adaptação adotadas.

              A implantação dessas estratégias implica práticas de prevenção e mitigação que vêm sendo conduzidas local e globalmente e que visam reduzir emissões de GEE e suas consequentes alterações climáticas. Em relação à prevenção, podem ser citados, por exemplo, o aumento da eficiência energética, o uso de combustíveis de baixo carbono e a implantação de energia renovável; já as práticas de mitigação podem ser soluções baseadas na captura e no armazenamento de CO2, na captura e utilização do CO2 e na carbonatação mineral.

         As técnicas para a captura de carbono são especialmente importantes para fontes estacionárias de emissão de GEE, tais como indústrias com queima de combustíveis fósseis. Isso porque, se limitarmos a emissão pontualmente, impedimos que os gases sejam disseminados na atmosfera. Em se tratando de justiça climática, isso pode ser ainda mais relevante: se os empreendedores possuem responsabilidades, recursos financeiros e técnicas disponíveis para o gerenciamento dos resíduos gerados por seus empreendimentos (nesse caso, o resíduo gasoso), a sociedade em geral não deveria ser corresponsável pela mitigação de tal impacto.   


Internet:<https://jornal.usp.br> (com adaptações)

No que se refere à pontuação e ao emprego de letra inicial maiúscula e minúscula, estaria mantida a correção do último período do texto CG1A1-II caso 
Alternativas
Q2236898 Português
Autismo: o que é, causas e sintomas 






(Disponível em: https://catracalivre.com.br/saude-bem-estar/autismo-o-que-e-causas-e-sintomas/ – texto adaptado especialmente para esta prova).
Assinale a alternativa que apresenta os sinais de pontuação que substituem, correta e respectivamente, as figuras na linha 09.
Alternativas
Q2236633 Português
“OMS declara fim da Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional referente à COVID-19
Brasília, 5 de maio de 2023


A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou nesta sexta-feira (5/05), em Genebra, na Suíça, o fim da Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII) referente à COVID-19. A decisão foi tomada pelo diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, após receber a recomendação do Comitê de Emergência encarregado de analisar periodicamente o cenário da doença. Durante a 15ª sessão deliberativa do Comitê, na quarta-feira (4/05), seus membros destacaram a tendência de queda nas mortes por COVID-19, o declínio nas hospitalizações e internações em unidades de terapia intensiva relacionadas à doença, bem como os altos níveis de imunidade da população ao SARS-CoV-2, coronavírus causador dessa enfermidade. O fim da Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional não significa que a COVID-19 tenha deixado de ser uma ameaça à saúde. A propagação mundial da doença continua caracterizada como uma pandemia, tendo tirado uma vida a cada três minutos apenas na semana passada. “O que essa notícia significa é que está na hora de os países fazerem a transição do modo de emergência para o de manejo da COVID-19 juntamente com outras doenças infecciosas”, destacou Tedros Adhanom. Jarbas Barbosa, diretor da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), saudou a decisão do diretor-geral da OMS de aceitar a recomendação do Comitê de Emergência. “Não devemos baixar a guarda, precisamos continuar vacinando os grupos vulneráveis e fortalecendo a vigilância. Também é hora de nos concentrarmos em nos preparar melhor para futuras emergências e reconstruir melhor para um futuro mais saudável e sustentável”, destacou Barbosa”.

(Disponível em: https://www.paho.org/pt/noticias/5-5-2023-oms-declara-fim-da-emergencia-saude-publica-importancia-internacional-referente).


O uso das aspas no quarto e quinto parágrafos justifica-se porque:
Alternativas
Q2236596 Português
Analise a seguinte frase do texto: Eduardo Kobra, um dos mais reconhecidos artistas visuais do país, finalizou recentemente um novo mural na cidade de Cotonou. Qual a função das vírgulas nessa frase?  
Alternativas
Q2236381 Português
A enorme extração de água subterrânea desloca o eixo da Terra

A extração e transporte de águas subterrâneas fizeram com que o eixo de rotação da Terra se inclinasse quase 80 centímetros para o leste entre 1993 e 2010.

A conclusão é de um estudo publicado na última edição do periódico Geophysical Research Letters, da União Americana de Geofísica.

Segundo os pesquisadores, o deslocamento de grandes massas de água devido à interferência humana nos aquíferos não só provoca essa mudança no eixo de rotação da Terra, como também, afeta o nível do mar.

"As águas subterrâneas bombeadas evaporam para a atmosfera ou correm para os rios. E elas acabam nos oceanos por meio da precipitação ou do deságue", explicou à BBC Mundo Ki-Weon Seo, professor de Ciências da Terra na Universidade Nacional de Seul, Coreia do Sul, e principal autor do estudo.

Desta forma, "a água se move da terra para os oceanos. É uma grande redistribuição de água."

A capacidade da água de alterar a rotação da Terra já havia sido descoberta em 2016.

Outro estudo de 2021 focou no impacto da perda de água nas regiões polares no eixo de inclinação da Terra, ou seja, no gelo que derreteu e escoou para os oceanos.

Até agora, no entanto, o efeito específico do deslocamento das águas subterrâneas nas mudanças rotacionais não era conhecido.

O eixo de rotação da Terra é o ponto em torno do qual o planeta gira. Esse eixo imaginário liga o Polo Norte ao Polo Sul e, ao fim de 24 horas, a Terra dá uma volta completa sobre si mesma.

A ideia de que os polos geográficos da Terra - ou seja, os pontos por onde o eixo de rotação passa - são ligeiramente móveis já é bastante conhecida. E esse é um processo natural, já que o campo gravitacional terrestre não é perfeitamente igual em todos os pontos da superfície e mudanças na distribuição da massa do planeta fazem com que o eixo se mova.

Mas o tipo de deslocamento que se observa desde os anos 1990 tem marcas profundas da ação humana.

A distribuição da água no planeta afeta ainda mais a forma como a massa é distribuída em nosso planeta. Segundo os cientistas, esse processo é como adicionar mais peso a um pião que não para de girar.

Da mesma forma que acontece com o instrumento, a Terra gira de forma um pouco diferente conforme a água se move.

"O polo de rotação da Terra realmente muda muito", observa Seo. "Nosso estudo mostra que, entre as causas relacionadas ao clima, a redistribuição das águas subterrâneas tem o maior impacto na deriva rotacional dos polos".

Os cientistas determinaram também que a redistribuição da água localizada originalmente nas latitudes médias tem um impacto maior no eixo de rotação.

Durante o período de estudo, a maior parte da água que foi redistribuída estava localizada no oeste da América do Norte e no noroeste da Índia, ambos em latitudes médias.

Os esforços dos países para reduzir a captação de águas subterrâneas, especialmente em regiões tão sensíveis, podem alterar as mudanças na movimentação dos polos geográficos da Terra. Mas isso só acontecerá se esses esforços forem mantidos por décadas, diz Seo.

https://www.bbc.com/portuguese/articles/cge18kxee82o. Adaptado.

Desta forma, a água se move da terra para os oceanos. É uma grande redistribuição de água.

Assinale a opção que contenha a nova pontuação sem alteração original da frase.

Alternativas
Q2236174 Português
Não vai dar tempo
Paulo Pestana
Crônica 

      O mundo anda com muita pressa. Não bastasse ouvir os recados deixados no telefone com rotação acelerada para ganhar parcos segundos, agora a onda é ouvir música em velocidade mais rápida. Isso mesmo: o pessoal está com urgência que a música acabe.
        O artista gasta fosfato e talento – alguns nem tanto – para fazer uma canção e o gaiato do ouvinte agora está alterando o andamento _______ tem o cérebro pedindo pé embaixo.
      Ritmos vêm sendo acelerados há tempo, mas pelos artistas, não pelos ouvintes. O blues virou rock, que virou uma massa sonora difícil de ser catalogada; o samba cadenciado dos desfiles das escolas foi tão apressado que virou uma marcha, com pouco espaço para a evolução dos passistas. São mudanças que o tempo trouxe.
       Mas o que ocorre agora com a tecnologia e a compressão é uma interferência direta na obra. Os serviços de streaming ainda não oferecem a opção de se ouvir música acelerada, mas não vai demorar.
      Ainda bem que tem gente que gosta de andar na contramão. Aos 82 anos de idade, o cantor e compositor Paul Simon está lançando um disco com uma suíte, faixa única de 33 minutos e dois segundos, dividida em sete partes. Chama-se Seven Psalms e é um convite à reflexão sobre mortalidade e espiritualidade que não combina com essa pressa toda.
       Autor de clássicos inescapáveis da música popular – The Sound of Silence, Bridge Over Troubled Waters, entre tantos – Simon obriga que o ouvinte atravesse toda a obra desde o início, já que não há separação de faixas. Há uma delicadeza que cobra tempo de quem ouve, como a lembrar Drummond, que a vida necessita de pausas.
      A pressa não é exclusiva dos ouvidos. Já faz algum tempo que versões reduzidas de grandes romances são oferecidas a quem tem preguiça de enfrentar[,] por exemplo[,] as 1.544 páginas da tradução brasileira de Guerra e Paz, de Tolstoi. Não são as famosas condensações de livros que as Seleções de Reader’s Digest publicam há 101 anos (81 no Brasil) com linguagem simplificada e narrativa resumida para facilitar a[,] digamos[,] digestão.
        Agora é radical: as 3.938 páginas de Em Busca do Tempo Perdido, de Proust, estão resumidas em apenas 30 linhas. E o sujeito sai achando que pegou tudo. O mesmo ocorre com Dom Quixote de La Mancha, de Cervantes (1.328 páginas), Os Miseráveis, de Vitor Hugo (1.912), O tempo e o Vento, de Érico Veríssimo (2.832) ou qualquer obra que exija disposição intelectual e bíceps bem preparados – tudo registrado em algumas linhas.
       Já estamos quase na metade do ano que começou ainda outro dia, o que dá uma sensação de urgência em tudo o que nos cerca. Viramos Lebre de Março, o coelho do País das Maravilhas, de Carroll, sempre com um enorme relógio das mãos, “dois dias” atrasado e para quem o eterno dura às vezes apenas um segundo.
      Não adianta, não vai dar tempo de fazer tudo. É melhor ler 49 resumos de livros do que um romance inteiro? Ouvir três músicas no espaço que teríamos para ouvir uma? Ou apertar a tecla FF (ainda existe?) para acelerar a reprodução de um filme?
         Mas se você chegou até aqui é bom saber que gastou sete minutos para ler esse texto.  

PESTANA, Paulo. Não vai dar tempo. Correio Braziliense, 21 de junho de
2023. Disponível em: https://blogs.correiobraziliense.com.br/paulopestana/nao-vai-dartempo/. Acesso em: 22 jun. 2023. Adaptado.
As vírgulas destacadas entre colchetes no 7º parágrafo da crônica foram empregadas para isolar:
Alternativas
Q2236097 Português
Cálice
Pai, afasta de mim esse cálice Pai, afasta de mim esse cálice Pai, afasta de mim esse cálice De vinho tinto de sangue (Cálice, de Gilberto Gil e Chico Buarque)
O uso da vírgula na canção está de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa e contribui para a compreensão de que há um(a)
Alternativas
Q2235943 Português
O BRASILEIRO E A LEITURA

(1º§) “O brasileiro não lê” – remete o leitor à história de uma frase feita, e uma sugestão para quem insiste em repeti-la.
(2º§) O brasileiro não lê. Ao menos é isso que eu tenho escutado. Por obrigação profissional e por obsessão nas horas vagas, costumo conversar muito sobre livros. Com uma frequência incômoda, não importa qual é a formação de quem fala comigo, essa frase se repete. Amigos, taxistas, colegas jornalistas, escritores e até executivos de editoras já me disseram que o brasileiro não lê.
(3º§) Quando temos dificuldade para entender uma frase, uma boa técnica de aprendizado é repeti-la várias vezes. Um dos meus primeiros professores de inglês me ensinou isso. Nunca pensei que fosse usar esse truque com uma frase em português. Mas, depois de ouvir tantas vezes que o brasileiro não lê, e de discordar tanto dos que dizem isso, resolvi tentar fazer esse exercício. Talvez, enfim, eu os entenda. Ou talvez eu me faça entender.
(4º§) O brasileiro não lê, mas a quantidade de livros produzidos no Brasil só cresceu nos últimos anos. Na pesquisa mais recente da Câmara Brasileira do Livro, a produção anual se aproximava dos 500 milhões de exemplares. Seriam aproximadamente 2,5 livros para cada brasileiro, se o brasileiro lesse.
(5º§) O brasileiro não lê, mas o país é o nono maior mercado editorial do mundo, com um faturamento de R$ 6,2 bilhões. Editoras estrangeiras têm desembarcado no país para investir na publicação de livros para os brasileiros que não leem. Uma das primeiras foi a gigante espanhola Planeta, em 2003. Naquela época, imagino, os brasileiros já não liam. Outras editoras vieram depois, no mesmo movimento incompreensível.
(6º§) O brasileiro não lê, mas desde 2004 o preço médio do livro caiu 40%, descontada a inflação. Entre os motivos para a queda estão o aumento nas tiragens, o lançamento de edições mais populares e a chegada dos livros a um novo público. Um mistério, já que o brasileiro não lê.
(7º§) O brasileiro não lê – e os poucos que leem, é claro, são os brasileiros ricos. Mas a coleção de livros de bolso da L&PM, conhecida por suas edições baratas de clássicos da literatura, vendeu mais de 30 milhões de exemplares desde 2002. Com seu sucesso, os livros conquistaram pontos de venda alternativos, como padarias, lojas de conveniência, farmácias e até açougues. As editoras têm feito um esforço irracional para levar seu acervo a mais brasileiros que não leem. Algumas já incluíram livros nos catálogos de venda porta-a-porta de grandes empresas de cosméticos. Não é preciso nem sair de casa para praticar o hábito de não ler.
(8º§) O brasileiro não lê, mas vez ou outra aparecem best-sellers por aqui. Esse é o nome dado aos autores cujos livros muitos brasileiros compram e, evidentemente, não leem. Uma delas, a carioca Thalita Rebouças, já vendeu mais de um milhão de exemplares. Seus textos são escritos para crianças e adolescentes – que, como todos sabemos, trocaram os livros pelos tablets e só querem saber de games. Outro exemplo é Eduardo Spohr, que se tornou um fenômeno editorial com seus romances de fantasia. Ele é o símbolo de uma geração de novos autores do gênero, que escrevem para centenas de milhares de jovens brasileiros que não leem.
(9º§) O brasileiro não lê – e, mesmo se lesse, só leria bobagens. Mas, há poucos meses, um poeta estava entre os mais vendidos do país. Em algumas livrarias, a antologia “Toda poesia”, de Paulo Leminski (1944-1989), chegou ao primeiro lugar. Ultrapassou a trilogia Cinquenta tons de cinza, até então a favorita dos brasileiros (e brasileiras) que não leem.
(10º§) Na semana passada, mais de 40 mil brasileiros (que não leem) eram esperados no Fórum das Letras de Ouro Preto. Eu estava lá. Nas mesas de debates, editores discutiam maneiras de tornar o livro mais barato e autores conversavam sobre a melhor forma de chamar a atenção dos leitores. Um debate inútil, já que o brasileiro não lê. A partir desta semana, entre 6 e 16 de junho, a Feira do Livro de Ribeirão Preto (SP) deve receber mais de 500 mil pessoas. Na próxima segunda-feira (10), começa a venda de ingressos para a cultuada Festa Literária Internacional de Paraty, que inspirou festivais semelhantes em várias outras cidades do país. Haja eventos literários para os brasileiros que não leem.
(11º§) Os brasileiros começaram a ler. Falta começar a mudar o discurso. Em vez de reclamar dos brasileiros que não leem, os brasileiros que leem deveriam se esforçar para espalhar o hábito da leitura. Espalhar clichês pessimistas não vai fazer ninguém abrir um livro. Eu poderia ter repetido tudo isso para cada pessoa de quem ouvi a mesma frase feita. Mas resolvi escrever, porque acredito que o brasileiro lê.

(Danilo Venticinque escreve às terças-feiras para a Revista EPOCA. 04.06.2021) – (Texto Adaptado)
Sobre a organização do (4º§), marque a alternativa com análise incorreta.
Alternativas
Q2235940 Português
O BRASILEIRO E A LEITURA

(1º§) “O brasileiro não lê” – remete o leitor à história de uma frase feita, e uma sugestão para quem insiste em repeti-la.
(2º§) O brasileiro não lê. Ao menos é isso que eu tenho escutado. Por obrigação profissional e por obsessão nas horas vagas, costumo conversar muito sobre livros. Com uma frequência incômoda, não importa qual é a formação de quem fala comigo, essa frase se repete. Amigos, taxistas, colegas jornalistas, escritores e até executivos de editoras já me disseram que o brasileiro não lê.
(3º§) Quando temos dificuldade para entender uma frase, uma boa técnica de aprendizado é repeti-la várias vezes. Um dos meus primeiros professores de inglês me ensinou isso. Nunca pensei que fosse usar esse truque com uma frase em português. Mas, depois de ouvir tantas vezes que o brasileiro não lê, e de discordar tanto dos que dizem isso, resolvi tentar fazer esse exercício. Talvez, enfim, eu os entenda. Ou talvez eu me faça entender.
(4º§) O brasileiro não lê, mas a quantidade de livros produzidos no Brasil só cresceu nos últimos anos. Na pesquisa mais recente da Câmara Brasileira do Livro, a produção anual se aproximava dos 500 milhões de exemplares. Seriam aproximadamente 2,5 livros para cada brasileiro, se o brasileiro lesse.
(5º§) O brasileiro não lê, mas o país é o nono maior mercado editorial do mundo, com um faturamento de R$ 6,2 bilhões. Editoras estrangeiras têm desembarcado no país para investir na publicação de livros para os brasileiros que não leem. Uma das primeiras foi a gigante espanhola Planeta, em 2003. Naquela época, imagino, os brasileiros já não liam. Outras editoras vieram depois, no mesmo movimento incompreensível.
(6º§) O brasileiro não lê, mas desde 2004 o preço médio do livro caiu 40%, descontada a inflação. Entre os motivos para a queda estão o aumento nas tiragens, o lançamento de edições mais populares e a chegada dos livros a um novo público. Um mistério, já que o brasileiro não lê.
(7º§) O brasileiro não lê – e os poucos que leem, é claro, são os brasileiros ricos. Mas a coleção de livros de bolso da L&PM, conhecida por suas edições baratas de clássicos da literatura, vendeu mais de 30 milhões de exemplares desde 2002. Com seu sucesso, os livros conquistaram pontos de venda alternativos, como padarias, lojas de conveniência, farmácias e até açougues. As editoras têm feito um esforço irracional para levar seu acervo a mais brasileiros que não leem. Algumas já incluíram livros nos catálogos de venda porta-a-porta de grandes empresas de cosméticos. Não é preciso nem sair de casa para praticar o hábito de não ler.
(8º§) O brasileiro não lê, mas vez ou outra aparecem best-sellers por aqui. Esse é o nome dado aos autores cujos livros muitos brasileiros compram e, evidentemente, não leem. Uma delas, a carioca Thalita Rebouças, já vendeu mais de um milhão de exemplares. Seus textos são escritos para crianças e adolescentes – que, como todos sabemos, trocaram os livros pelos tablets e só querem saber de games. Outro exemplo é Eduardo Spohr, que se tornou um fenômeno editorial com seus romances de fantasia. Ele é o símbolo de uma geração de novos autores do gênero, que escrevem para centenas de milhares de jovens brasileiros que não leem.
(9º§) O brasileiro não lê – e, mesmo se lesse, só leria bobagens. Mas, há poucos meses, um poeta estava entre os mais vendidos do país. Em algumas livrarias, a antologia “Toda poesia”, de Paulo Leminski (1944-1989), chegou ao primeiro lugar. Ultrapassou a trilogia Cinquenta tons de cinza, até então a favorita dos brasileiros (e brasileiras) que não leem.
(10º§) Na semana passada, mais de 40 mil brasileiros (que não leem) eram esperados no Fórum das Letras de Ouro Preto. Eu estava lá. Nas mesas de debates, editores discutiam maneiras de tornar o livro mais barato e autores conversavam sobre a melhor forma de chamar a atenção dos leitores. Um debate inútil, já que o brasileiro não lê. A partir desta semana, entre 6 e 16 de junho, a Feira do Livro de Ribeirão Preto (SP) deve receber mais de 500 mil pessoas. Na próxima segunda-feira (10), começa a venda de ingressos para a cultuada Festa Literária Internacional de Paraty, que inspirou festivais semelhantes em várias outras cidades do país. Haja eventos literários para os brasileiros que não leem.
(11º§) Os brasileiros começaram a ler. Falta começar a mudar o discurso. Em vez de reclamar dos brasileiros que não leem, os brasileiros que leem deveriam se esforçar para espalhar o hábito da leitura. Espalhar clichês pessimistas não vai fazer ninguém abrir um livro. Eu poderia ter repetido tudo isso para cada pessoa de quem ouvi a mesma frase feita. Mas resolvi escrever, porque acredito que o brasileiro lê.

(Danilo Venticinque escreve às terças-feiras para a Revista EPOCA. 04.06.2021) – (Texto Adaptado)
Sobre a composição textual, julgue as assertivas com V(Verdadeiro) ou F(Falso). Após julgamento, marque a alternativa correta.
I – Entre os termos da frase: “Ao menos é isso que eu tenho escutado” – temos combinação prepositiva, pronome demonstrativo, pronome relativo, pronome pessoal do caso reto.
II – A frase: “Talvez, enfim, eu os entenda” – inicia com advérbio que tem o mesmo sentido contextual de “quiçá”; as vírgulas separam termo com ideia de conclusão, pronome oblíquo exemplificando próclise
III – Os verbos usados em: “e, mesmo se lesse, só leria bobagens” – enunciam ideias hipotéticas, respectivamente do pretérito imperfeito do modo subjuntivo e do futuro do pretérito do modo indicativo.
IV – A frase: “Haja eventos literários para os brasileiros que não leem” – inicia com verbo impessoal de segunda conjugação.
Alternativas
Q2235858 Português
A TOMADA DA LIBERDADE EM TERMOS GRAMATICAIS

(1º§) Na correspondência dos jesuítas eram frequentes as referências à dificuldade que certos padres tinham com a gramática no seu trabalho de catequese, nas Missões. Frequentes e obscuras: não se sabia se a dificuldade tão citada era com a gramática que os próprios padres ensinavam ou se era com a gramática dos nativos. Até descobrirem que “gramática” era um código para castidade.
(2º) Todos sabemos que o problema de alguns padres era definitivamente manter seus votos de abstinência em meio aos índios. Ou no caso, às índias.
(3º§) Conscientemente ou não, o código foi bem escolhido. Pecar contra a castidade, se aceitar que a correção gramatical é uma norma de boa conduta e as regras da língua equivalem a parâmetros morais. Fala-se na “pureza” do vernáculo e na sua poluição, ou violentação, vinda de fora e de um jeito ou de outro todo o vocabulário da perdição da língua (seu abastardamento, sua vulgarização, sua entrega a estrangeirismos como prostitutas do cais) tem conotações sexuais.
 (4º§) Tomar liberdade com a língua é uma atividade tão mal vista pelos guardiões da sua virtude como seria tomar liberdade com suas filhas. Que o povo peque contra a linguagem é aceitável, para a moral gramatical, já que ele vive na promiscuidade mesmo.
(5º§) Mas pessoas educadas, que conhecem as regras, dedicarem-se a neologismos exibicionistas, à introdução de pronomes em lugares impróprios e ao uso de academicismos para fins antinaturais é visto como devassidão imperdoável. De escritores profissionais, principalmente, se espera que se mantenham carretos e castos a qualquer custo.
(6º§) Mas vivemos com relação à gramática como viviam os jesuítas com relação à “gramática”, esforçando-nos para cumprir nossa missão – que não deixa de ser uma catequese, mesmo que só se dê o exemplo de como botar uma palavra depois da outra e viver disso com alguma dignidade – sem sucumbir às tentações à nossa volta. Também não conseguimos. O ambiente nos domina, a libertinagem nos chama, e pecamos o tempo todo.
(7º§) Deve-se ter cuidado com o estudo da gramática normativa da língua portuguesa, pois seus preceitos são padronizados. Pense nisso!
(8º§) Estude, valorize sua língua pátria! Imponha-se pela correção dos seus atos comunicativos e vá tomando liberdade de usar corretamente os aspectos linguísticos gramaticais da língua oficial de sua pátria!

(...)
(VERÍSSIMO, Luís Fernando). - (Texto adaptado)
Julgue as assertivas com V(Verdadeiro) ou F(Falso). Após julgamento, marque a alternativa correta.
I – A vírgula da frase: “Deve-se ter cuidado com o estudo da gramática normativa da língua portuguesa, pois seus preceitos são padronizados” - separa uma oração coordenada explicativa.
II – Os verbos da oração: “Estude, valorize sua língua pátria!” – enunciam ordem ou conselho.
III – A palavra “que” do período: “Até descobrirem que “gramática” era um código para castidade” é uma conjunção subordinativa integrante.
IV – A numeração crescente em: “não se¹ sabia se a dificuldade² tão citada era com a gramática³...” – identifica: pronome oblíquo em posição de próclise; substantivo abstrato polissílabo paroxítono; substantivo concreto polissílabo proparoxítono.
Alternativas
Ano: 2023 Banca: IESES Órgão: IBHASES Prova: IESES - 2023 - IBHASES - Auxiliar de Limpeza |
Q2235771 Português
Responda a questão, de interpretação de texto, com base na notícia apresentada a seguir:

São vários os setores de um hospital engajados em levar à comunidade um serviço de excelência, priorizando saúde, acolhimento e bem-estar do paciente. O setor de higienização é um desses pilares necessários para o bom funcionamento de uma instituição. No Hospital São José de Criciúma, cerca de 120 colaboradores estão empenhados 24 horas por dia para dar atenção e entregar um ambiente sadio à comunidade.Os trabalhadores que fazem parte do setor de higienização atuam em todas as alas da instituição fazendo o recolhimento de resíduos, as limpezas do dia a dia e a chamada limpeza terminal, feita em todos os quartos quando o paciente desocupa o leito.Segundo a enfermeira do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH) do HSJosé, Rita Lindemann, a higienização é um dos serviços fundamentais para controlar a infecção hospitalar, além de manter o ambiente limpo e confortável.

Adaptado de: https://g1.globo.com/sc/santa-catarina/especialpublicitario/hospital-sao-jose/noticia/2021/07/02/higienizacaohospitalar-e-fundamental-para-entregar-servico-de-qualidade-aopaciente.ghtml
Analise o emprego da vírgula na seguinte frase: priorizando saúde, acolhimento e bem-estar do paciente. A vírgula foi empregada com a função de: 
Alternativas
Respostas
2281: C
2282: B
2283: A
2284: D
2285: D
2286: B
2287: A
2288: A
2289: B
2290: E
2291: C
2292: C
2293: B
2294: C
2295: B
2296: B
2297: E
2298: B
2299: E
2300: D