Questões de Concurso Sobre pontuação em português

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Q2355613 Português
Um pé de milho 

    Os americanos, através do radar, entraram em contato com a Lua, o que não deixa de ser emocionante. Mas o fato mais importante da semana aconteceu com o meu pé de milho.
       Aconteceu que no meu quintal, em um monte de terra trazido pelo jardineiro, nasceu alguma coisa que podia ser um pé de capim – mas descobri que era um pé de milho. Transplantei-o para o exíguo canteiro na frente da casa. Secaram as pequenas folhas, pensei que fosse morrer. Mas ele reagiu. Quando estava do tamanho de um palmo veio um amigo e declarou desdenhosamente que na verdade aquilo era capim. Quando estava com dois palmos veio outro amigo e afirmou que era cana.
      Sou um ignorante, um pobre homem de cidade. Mas eu tinha razão. Ele cresceu, está com dois metros, lança as suas folhas além do muro – e é um esplêndido pé de milho. Já viu o leitor um pé de milho? Eu nunca tinha visto. Tinha visto centenas de milharais – mas é diferente. 
        Um pé de milho sozinho, em um canteiro, espremido, junto do portão, numa esquina de rua – não é um número numa lavoura, é um ser vivo e independente. Suas raízes roxas se agarram no chão e suas folhas longas e verdes nunca estão imóveis. Detesto comparações surrealistas – mas na glória de seu crescimento, tal como o vi em uma noite de luar, o pé de milho parecia um cavalo empinado, as crinas ao vento – e em outra madrugada parecia um galo cantando. 
        Anteontem aconteceu o que era inevitável, mas que nos encantou como se fosse inesperado: meu pé de milho pendoou. Há muitas flores belas no mundo, e a flor de milho não será a mais linda. Mas aquele pendão firme, vertical, beijado pelo vento do mar, veio enriquecer nosso canteirinho vulgar com uma força e uma alegria que fazem bem. É alguma coisa de vivo que se afirma com ímpeto e certeza. Meu pé de milho é um belo gesto da terra. E eu não sou mais um medíocre homem que vive atrás de uma chata máquina de escrever: sou um rico lavrador da Rua Júlio de Castilhos.


(Crônica extraída da obra 200 crônicas escolhidas. Rio de Janeiro: Record, 2014.) 
No trecho “Anteontem aconteceu o que era inevitável, mas que nos encantou como se fosse inesperado: meu pé de milho pendoou.” (5º§), os dois-pontos foram empregados para: 
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Q2355085 Português

Texto para o item.


Black Friday e animal não é legal



Internet: <www.crmv‑ce.org.br> (com adaptações).


Acerca dos aspectos linguísticos e dos sentidos do texto, julgue o item.


A utilização de vírgula após “Por isso” (linha 16) está incorreta, porque, sendo a conjunção de tamanho mínimo, a vírgula é desnecessária.

Alternativas
Q2355077 Português

Texto para o item.


Relatório de gestão 2022 – 1.8. Ambiente Externo 



Internet: ˂www.crmv‑ce.org.br> (com adaptações). 

Considerando‑se a tipologia, os sentidos do texto e seus aspectos linguísticos, julgue o item.


O trecho “CRMV‑CE, por inexistência da relação jurídica, e devido a recurso, foi razoável” (linhas 37 e 38) apresenta um erro no emprego da vírgula após “jurídica”, pois não se trata de uma exceção gramatical de uso de vírgula antes de “e”, já que ambos os termos possuem o mesmo sujeito.

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Q2355076 Português

Texto para o item.


Relatório de gestão 2022 – 1.8. Ambiente Externo 



Internet: ˂www.crmv‑ce.org.br> (com adaptações). 

Considerando‑se a tipologia, os sentidos do texto e seus aspectos linguísticos, julgue o item.


O uso da vírgula após “vista” (linha 35) e após “jurisprudencial” (linha 36) está correto e justifica‑se por tratar‑se de aposto, em virtude de haver um caso de vírgula obrigatória, conforme o qual deve ocorrer o isolamento dos termos na oração.

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Q2355075 Português

Texto para o item.


Relatório de gestão 2022 – 1.8. Ambiente Externo 



Internet: ˂www.crmv‑ce.org.br> (com adaptações). 

Considerando‑se a tipologia, os sentidos do texto e seus aspectos linguísticos, julgue o item.


No quarto item da lista de fatores, o emprego da vírgula logo após CRMV‑CE (linha 34) está correto e justifica‑se pelo deslocamento do complemento da oração para o início do período.

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Ano: 2024 Banca: FUNDEP (Gestão de Concursos) Órgão: Prefeitura de Campanha - MG Provas: FUNDEP (Gestão de Concursos) - 2024 - Prefeitura de Campanha - MG - Professor PEB III - Educação Física | FUNDEP (Gestão de Concursos) - 2024 - Prefeitura de Campanha - MG - Professor PEB II | FUNDEP (Gestão de Concursos) - 2024 - Prefeitura de Campanha - MG - Professor de Creche | FUNDEP (Gestão de Concursos) - 2024 - Prefeitura de Campanha - MG - Especialista - Supervisor Escolar | FUNDEP (Gestão de Concursos) - 2024 - Prefeitura de Campanha - MG - Bibliotecário | FUNDEP (Gestão de Concursos) - 2024 - Prefeitura de Campanha - MG - Educador Físico | FUNDEP (Gestão de Concursos) - 2024 - Prefeitura de Campanha - MG - Veterinário | FUNDEP (Gestão de Concursos) - 2024 - Prefeitura de Campanha - MG - Terapeuta Ocupacional | FUNDEP (Gestão de Concursos) - 2024 - Prefeitura de Campanha - MG - Psicólogo - Secretaria de Educação | FUNDEP (Gestão de Concursos) - 2024 - Prefeitura de Campanha - MG - Nutricionista - Secretaria de Educação | FUNDEP (Gestão de Concursos) - 2024 - Prefeitura de Campanha - MG - Fonoaudiólogo | FUNDEP (Gestão de Concursos) - 2024 - Prefeitura de Campanha - MG - Fisioterapeuta | FUNDEP (Gestão de Concursos) - 2024 - Prefeitura de Campanha - MG - Farmacêutico | FUNDEP (Gestão de Concursos) - 2024 - Prefeitura de Campanha - MG - Enfermeiro | FUNDEP (Gestão de Concursos) - 2024 - Prefeitura de Campanha - MG - Dentista | FUNDEP (Gestão de Concursos) - 2024 - Prefeitura de Campanha - MG - Engenheiro Civil | FUNDEP (Gestão de Concursos) - 2024 - Prefeitura de Campanha - MG - Engenheiro Agrônomo | FUNDEP (Gestão de Concursos) - 2024 - Prefeitura de Campanha - MG - Assistente Social - Administração | FUNDEP (Gestão de Concursos) - 2024 - Prefeitura de Campanha - MG - Psicólogo - Administração |
Q2354610 Português
Tempo e vida


Fernando Brant


Andei pensando em um poema de Carlos Drummond de Andrade chamado “Apelo aos meus dessemelhantes em favor da paz”. É que me assusta, como sei que deve atemorizar muita gente, a sensação de não dominar o meu tempo, de ser conduzido pelo desejo dos outros.

Coincidência ou não, numa noite em que me vi sozinho andando pelas ruas do Leblon, no Rio, resolvi parar em um bar onde poderiam estar amigos. Não conhecia ninguém, logo me dei conta. Mas eu queria fazer uma hora antes de me dirigir ao hotel para o descanso noturno. Não estava a fim de assistir, na televisão, aos massacres novelescos e noticiosos.

Resolvi comprar algum livro ou revista na banca da esquina. E me deparei com o tratado de Sêneca, Sobre a brevidade da vida. Pequeno, pouco mais de oitenta páginas, encontrei nele o parceiro ideal para uma rodada de chope. “Nenhum homem sábio deixará de se espantar com a cegueira do espírito humano. Ninguém permite que sua propriedade seja invadida e, havendo discórdia quanto aos limites, por menor que seja, os homens pegam em pedras e armas. No entanto, permitem que outros invadam suas vidas de tal modo que eles próprios conduzem seus invasores a isso. Não se encontra ninguém que queira dividir sua riqueza, mas a vida é distribuída entre muitos. São econômicos na preservação de seu patrimônio, mas desperdiçam o tempo, a única coisa que justifica a avareza.”

Enquanto o chope percorria lentamente o seu caminho – do garçom para o copo, do copo para a garganta –, antigas ideias me chegavam. O tempo que temos para viver é um período bom, se não nos atolarmos em necessidades que não temos. Tempo não é dinheiro, como dizem os capitalistas. Tempo é muito mais e melhor. Somos levados a aceitar um redemoinho de compromissos, de vícios, de ativismo e velocidade desnecessária. Uns pensam em trabalhar como animal agora, para aproveitar, no amanhã, a aposentadoria. Mas e se não houver esse amanhã? A tecnologia criou possibilidades imperdíveis de se trabalhar menos e produzir melhor, mas o sistema aumenta cada vez mais a carga de ocupação das pessoas. Qual o motivo de se perder tempo com tanta coisa inútil? Não se tem tempo para cuspir, é o que se costuma dizer. Mas o que não se tem, mesmo, é tempo de amar, se divertir sadiamente, curtir os filhos e seu desenvolvimento, os amigos, conhecer as belezas que a sabedoria e a cultura nos oferecem. [...]


BRANT, Fernando. Casa aberta.
Sabará: Edições Dubolsinho, 2011.
Na crônica, os sinais de aspas são empregados, respectivamente, para
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Q2354323 Português

Observe o emprego das vírgulas na seguinte frase: 


“Deus fez o campo, e o homem, a cidade.” 


A afirmação correta sobre o emprego de vírgulas nessa frase é:

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Q2354161 Português

Texto para o item.

Internet: <www.crmv‑mt.org.br˃ (com adaptações).

Quanto aos aspectos linguísticos do texto, julgue os item. 


A vírgula após o termo “ligados” (linha 15) é facultativa, portanto, sua retirada não prejudicaria a correção gramatical do texto.

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Q2354159 Português

Texto para o item.

Internet: <www.crmv‑mt.org.br˃ (com adaptações).

Quanto aos aspectos linguísticos do texto, julgue os item. 


A utilização da vírgula antes do conectivo “e” (linha 13) justifica‑se por apresentar mais uma oração, entre as várias presentes no trecho, mas que foi antecedida por uma ideia intercalada, sendo a vírgula obrigatória nesse caso.

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Q2353837 Português
LETRAMENTO ALGORÍTMICO: ENFRENTANDO A SOCIEDADE DA CAIXA PRETA


Mariana Ochs


         Nos últimos anos, avançamos bastante no entendimento da necessidade urgente de construir a autonomia dos jovens para que atuem nos ambientes informacionais da sociedade com segurança, ética e responsabilidade. Cada vez mais presente nas normas educacionais, na legislação e em diversos esforços da sociedade civil, a educação midiática apresenta-se como forma mais eficaz e sustentável de lidarmos com desinformação, boatos, discursos de ódio, propaganda e outros fenômenos que podem violar direitos e até desestabilizar a democracia.
       Mas, além dos conteúdos que circulam nas mídias, há, também, a parte mais opaca dos ecossistemas de comunicação: os algoritmos que, sujeitos a lógicas e interesses comerciais, personalizam o que vemos a ponto de nos expor a recortes seletivos da realidade, direcionando comportamentos, moldando nossas opiniões de maneira sutil e, por vezes, prejudicial. Esses algoritmos muitas vezes priorizam e reforçam engajamento com conteúdo enviesados, ofensivos ou violentos, podendo, inclusive, empurrar determinados indivíduos mais suscetíveis para ambientes  — e ações —  extremistas.
       Com os ambientes digitais mediando cada vez mais a nossa visão de mundo, enfrentar esses desafios exige olharmos não só para as habilidades de acessar e avaliar mensagens mas também, e cada vez mais, educar os jovens para perceber o funcionamento e os efeitos do próprio ambiente tecnológico. Em tempos de inteligência artificial, em que perguntas humanas podem encontrar respostas incorretas ou enviesadas criadas por sistemas preditivos, a computação precisa urgentemente entrar na pauta da educação midiática.
     No entanto, deve ser explorada de forma crítica, para entendermos os seus impactos sobre a justiça social e a democracia — e não apenas como ferramenta de trabalho em uma sociedade digital. A esse novo campo, que expande os limites da educação para a informação e oferece uma ponte entre a computação e a educação midiática, chamamos de "letramento algorítmico crítico".
       Hoje vivemos o crescimento exponencial da automação baseada em dados — tecnologias chamadas de algorítmicas ou de inteligência artificial capazes de fazer previsões e tomar decisões a partir dos dados que as alimentam. Esses sistemas operam de forma silenciosa e quase onipresente na vida contemporânea, impactando desde a escolha do vídeo que vai ser apresentado a uma criança no YouTube até o sistema que vai regular sua oferta de emprego ou de crédito quando crescer. É o que vem sendo chamado de "sociedade da caixa preta”. Segundo o pesquisador australiano Neil Selwin, nesse modelo, decisões automatizadas, geralmente invisíveis para o usuário comum, moldam seu acesso a direitos, serviços e informação.
        Na prática, a educação midiática pode desenvolver as habilidades necessárias para que os jovens sejam capazes de perceber, questionar e influenciar o comportamento dos sistemas tecnológicos. Crianças e jovens devem ser levados a explorar as formas de funcionamento dos algoritmos que moldam os resultados de nossas buscas na internet; podem questionar a ética dos sistemas de previsão e recomendação, ou ainda o design por trás das interfaces das redes sociais que utilizam, incluindo os chamados "dark patterns", que manipulam nossas decisões. Devem estar atentos a dinâmicas que promovem imagens inalcançáveis ou vulnerabilizam determinados grupos. Precisam perceber e questionar exclusões ou vieses refletidos na produção das IAs generativas. Sobretudo, devem entender os mecanismos de engajamento e de atenção que favorecem conteúdos que segregam, ofendem e desestabilizam as comunidades.
       Em suma, educar para as novas dinâmicas sociotécnicas implica reconhecer que as tecnologias não são neutras e incorporam valores daqueles que as criam ou programam; que seus efeitos são ecológicos, impactando e redefinindo relações sociais e econômicas; e que, agindo sobre sociedades desiguais, podem amplificar exponencialmente as injustiças sociais e a exclusão.
     Nesse novo ambiente, a educação midiática deve ir além de construir as habilidades de acessar, avaliar e criar mensagens, examinando autoria, propósito e contexto; deve abranger também uma compreensão mais profunda da dinâmica complexa, e muitas vezes oculta, entre os indivíduos, as mídias e os sistemas tecnológicos que moldam nosso mundo. Sem a capacidade de identificar e agir sobre esses sistemas, nos tornamos vulneráveis aos efeitos desestabilizadores da desinformação e da polarização, que ameaçam as instituições e a própria paz social, e ao potencial excludente das IAs. É preciso abrir a caixa preta.


Disponível em: <https://www1.folha.uol.com.br/>. Acesso em: 09 nov. 2023. (texto adaptado)
Sobre os usos das aspas, no texto, é correto afirmar: 
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Q2353460 Português
Entenda o que realmente é a Síndrome de Burnout

        Herbert J. Freudenberger nasceu em 1926, em Frankfurt, Alemanha. Quando os nazistas ascenderam ao poder, em 1933, sua família conseguiu enviá-lo aos Estados Unidos com um passaporte falso. Por um tempo, o garoto teve que se virar sozinho, nas ruas de Nova York, até encontrar abrigo na casa de um primo mais velho. Suas ótimas notas na escola lhe garantiram uma vaga na Faculdade do Brooklyn, onde cursou psicologia.
        Fascinado pelo conceito, e relembrando a época em que ele mesmo dormia na rua, o psicólogo abriu sua própria free clinic em Nova York, com foco em atender dependentes químicos. Freudenberger conciliava o trabalho voluntário com os atendimentos em seu consultório, que lhe tomavam 10 horas por dia. Mesmo assim, fazia a dupla jornada todas as noites, de segunda a sexta.
        Não demorou para ficar claro que essa rotina não era nada saudável. “Os outros voluntários da clínica apresentavam os mesmos problemas. Os próprios funcionários procuravam Freudenberger com quadros de “depressão, apatia e agitação”. Quem era cuidador acabava virando paciente.
        Nos anos seguintes, Freudenberger se dedicou a estudar o fenômeno. Mas, antes de tudo, precisava de um nome para esse padrão de sintomas. A solução foi emprestar uma gíria que era usada por seus próprios pacientes para descrever a sensação devastadora que o abuso de drogas deixa: “burnout”, do verbo to burn, “queimar”. Em português, significa “esgotamento”. Assim como um fósforo que queimou até o final, os dependentes químicos se sentiam exauridos, sem energia alguma, na ressaca dos narcóticos. Como era mais ou menos assim que os profissionais exaustos se descreviam, o psicólogo importou a gíria de rua para o meio acadêmico.
        Freudenberger então começou a procurar pelo que chamava de “burnout ocupacional”. E onde olhava, encontrava. Médicos, enfermeiros, policiais, professores, bibliotecários – o burnout parecia absolutamente generalizado. Há 40 anos, o termo ainda era acadêmico. E permaneceu assim por décadas. Falava-se o tempo todo em “estresse”, mas não em algo tão específico quanto o burnout, o esgotamento causado exclusivamente pelo trabalho.
        O termo cunhado por ele está na ponta da língua de todo mundo. Uma pesquisa da Deloitte descobriu que 77% dos trabalhadores americanos afirmam já ter passado por um quadro de burnout, considerando apenas o emprego atual. No começo do ano, a Organização Mundial da Saúde incluiu oficialmente a Síndrome de Burnout na Classificação Internacional de Doenças (CID- -11), chamando atenção global para o tema.
        Se em 1980 o incêndio parecia “estar se espalhando”, hoje, pelo jeito, já tomou a floresta inteira. Mesmo assim, a pergunta que Freudenberger fez sobre o porquê do fenômeno segue sem respostas claras.
        A ideia de que trabalhar demais causa esgotamento não tem nada de nova. Muito antes de Freudenberger teorizar o burnout, a medicina já tinha o termo “neurastenia” para descrever quadros de exaustão emocional, muitas vezes ligados a jornadas de trabalho excessivas. Acontece que a neurastenia era um termo guarda-chuva, usado para diagnosticar qualquer quadro de cansaço ou tristeza, independentemente da origem do problema.
        Mas o que sabemos hoje sobre o assunto é em grande parte fruto do trabalho de outra profissional, a psicóloga Christina Maslach, da Universidade da Califórnia. “Burnout é uma síndrome conceituada como resultante do estresse crônico no local de trabalho que não foi gerenciado com sucesso”, define a CID-11. A descrição é curta e grossa, mas só dela já dá para tirar conclusões importantes.
        A primeira: burnout não é uma doença ou condição médica. É diferente, por exemplo, de um quadro de depressão, que pode ser tratado via medicação e terapia. Trata-se de uma “síndrome”, ou seja, de um conjunto de sintomas.
        A segunda: o burnout é um “fenômeno ocupacional”. Significa que o termo só se aplica a cenários ligados ao trabalho. Não existe burnout, ao menos com essa denominação, em outras áreas da vida. Ele está sempre ligado ao ambiente de trabalho. É uma condição ambiental. Para solucioná-la, não basta terapia e medicação.
        A terceira: o burnout nada mais é do que um quadro de estresse, que, sem resolução por um longo período de tempo, tornou-se crônico. Para entender o que é burnout, então, é preciso compreender primeiro o que é estresse.
        “O estresse é qualquer situação que requer uma adaptação, seja ela positiva ou negativa. Uma promoção no trabalho ou o nascimento de um filho são situações que causam estresse, mas, em geral, são positivas. Uma demissão requer adaptação, e é negativa”, explica Ana Maria Rossi, presidente da International Stress Management Association no Brasil (ISMA-BR). Ou seja: o estresse requer esforço para nos adaptarmos a novas condições do ambiente, sejam elas boas ou ruins.
        Por isso o burnout não pode ser considerado uma doença. Trata-se de um quadro de estresse permanente. Se o ambiente sempre exige que tenhamos que abrir mão de algo ou gastar energia para resolver algum impasse, ficamos inevitavelmente esgotados. Repita isso diariamente por seis meses, mais ou menos, e você terá um quadro crônico – o burnout.

(Disponível em: https://vocesa.abril.com.br/carreira/. Fragmento.)
O uso das vírgulas em “[...] o garoto teve que se virar sozinho, nas ruas de Nova York, até encontrar abrigo na casa de um primo mais velho” (1º§), se justifica pelo mesmo motivo que em:
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Q2353257 Português
Leia o texto a seguir:

Crianças com deficiência visitam a Casa do Papai Noel em Volta Redonda

Cinquenta e três crianças com atraso no desenvolvimento, Transtorno do Espectro Autista e transtornos conectados visitaram atração

A Casa do Papai Noel, localizada na Vila Santa Cecília, em Volta Redonda, recebeu visitantes especiais na tarde desta quarta-feira (13). Cinquenta e três crianças com deficiência assistidas pelo espaço Evoluir – Habilitação e Reabilitação ganharam presente das mãos do Papai Noel, com prioridade no atendimento. Depois da foto com o Bom Velhinho, as crianças apresentaram uma coreografia da música “Vem que está chegando o Natal”, de Aline Barros.

O prefeito Antonio Francisco Neto, que se recupera de uma cirurgia durante as férias, afirmou que o “Natal da Cidadania” da Prefeitura de Volta Redonda está cada vez mais inclusivo. “A prefeitura está desenvolvendo diversos projetos voltados para a inclusão das Pessoas com Deficiência (PCD), e a Casa do Papai Noel não podia ficar de fora. Tenho certeza de que nossa equipe está bem treinada para receber esse público com o carinho de sempre”, afirmou.

De acordo com o gestor do Banco da Cidadania, Ricardo Ballarini, um dos organizadores do “Natal da Cidadania”, a visita foi agendada previamente, facilitando o trabalho da equipe na hora de garantir a prioridade na fila.

“Antes das 14h, horário de abertura da Casa do Papai Noel, as crianças já estavam na fila e entraram, uma a uma, com os responsáveis. Para a Pessoa com Deficiência (PCD), é fundamental o acolhimento e a agilidade no atendimento”, falou, lembrando que, caso alguma instituição queira agendar uma visita, deve entrar em contato pelo telefone (24) 3339-2449, do Banco da Cidadania, de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h.

Fabiana Campos Ferreira estava com os filhos Bernardo, de nove anos, e Pedro, de dois anos e meio, que é autista. “Os meninos adoraram o passeio. A organização da fila foi perfeita, quase não esperamos, o que é muito importante quando se trata de crianças com deficiência. Além disso, o Papai Noel foi muito atencioso com as crianças. Pensei que o Pedro fosse ficar receoso, mas logo se distraiu com a roupa e os acessórios natalinos”, contou.

Sabrina Frias é mãe do Nícolas, de três anos, e também aprovou a iniciativa. “Esse tipo de atividade, que promove interação social, é importante para as PCD. E o ambiente aqui é organizado e tranquilo. Ficamos muito felizes”, falou.


Fonte: https://odia.ig.com.br/volta-redonda/2023/12/6758219-criancascom-deficiencia-visitam-a-casa-do-papai-noel-em-volta-redonda.html. Excerto adaptado. Acesso em: 14 dez. 2023.
Em “’Tenho certeza de que nossa equipe está bem treinada para receber esse público com o carinho de sempre’, afirmou” (2º parágrafo), a vírgula foi utilizada para indicar:
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Q2353194 Português
Leia o texto a seguir:

Presidentes da Venezuela e Guiana se reúnem para discutir sobre Essequibo

Países disputam direito à posse do território

Os presidentes da Venezuela, Nicolás Maduro, e da Guiana, Irfaan Ali, se reunirão nesta quinta-feira (14), um encontro que, segundo analistas, ajudará a reduzir as tensões, mas que terá pouco impacto para a resolução da antiga controvérsia territorial entre os dois países.

O encontro em São Vicente e Granadinas é promovido pela Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC) e pela Comunidade do Caribe (CARICOM), que expressaram preocupação com as declarações cada vez mais duras entre os dois governantes sobre Essequibo, uma área de 160.000 quilômetros quadrados rica em petróleo e em recursos naturais que é administrada por Georgetown e reivindicada por Caracas.


Fonte: https://odia.ig.com.br/mundo-e-ciencia/2023/12/6758234-presidentes-davenezuela-e-guiana-se-reunem-para-discutir-sobre-essequibo.html. Acesso em: 14  dez. 2023.
No trecho “O encontro em São Vicente e Granadinas é promovido pela Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC) e pela Comunidade do Caribe (CARICOM), que expressaram preocupação com as declarações cada vez mais duras entre os dois governantes sobre Essequibo” (2º parágrafo), a vírgula foi utilizada para:
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Q2352711 Português
Instrução: Leia o texto as seguir e responda à questão.

Alunos espertos

Dizem que o fato narrado abaixo é real e aconteceu em um curso de Engenharia da USJT (Universidade São Judas Tadeu), tornando-se logo uma das “lendas” da faculdade…
Na véspera de uma prova, quatro alunos resolveram chutar o balde: iriam viajar. Faltaram à prova e resolveram dar um “jeitinho”: voltaram à USJT na terça, sendo que a prova havia ocorrido na segunda.
Então dirigiram-se ao professor:
– Professor, fomos viajar, o pneu furou, não conseguimos consertá-lo, tivemos mil problemas, e por conta disso tudo nos atrasamos, mas gostaríamos de fazer a prova.
O professor, sempre compreensivo:
– Claro, vocês podem fazer a prova hoje à tarde, após o almoço.
E assim foi feito. Os rapazes correram para casa e racharam de tanto estudar, na medida do possível. Na hora da prova, o professor colocou cada aluno em uma sala diferente e entregou a prova.
Primeira pergunta, valendo 1 ponto:
“Escreva sobre a ‘Lei de Ohm’.”
Os quatro ficaram contentes, pois haviam visto algo sobre o assunto. Pensaram que a prova seria muito fácil e que haviam conseguido se dar bem.
Segunda pergunta, valendo 9 pontos:
“Qual pneu furou?”
(Autor desconhecido. Disponível em: www.refletirpararefletir.com.br/textos de humor. Acesso em: 20/01/23.)
Tome os trechos a seguir.


1. Os quatro ficaram contentes, pois haviam visto algo sobre o assunto.
2. Na véspera de uma prova, quatro alunos resolveram chutar o balde: iriam viajar.
Sobre o uso da vírgula nos trechos, analise as afirmativas.

I.  A vírgula isola a expressão adverbial quando usada no início ou no meio de uma oração, como ocorre no trecho 2.
II. No trecho 2, a vírgula separa orações intercaladas.
III. A vírgula separa orações reduzidas quando equivalem a orações adverbiais, como no trecho 1.
IV. No trecho 1, a vírgula separa orações coordenadas ligadas por conjunção.


Estão corretas as afirmativas 
Alternativas
Ano: 2024 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: Prefeitura de Camaçari - BA Provas: CESPE / CEBRASPE - 2024 - Prefeitura de Camaçari - BA - Médico - Especialidade: Acupuntura | CESPE / CEBRASPE - 2024 - Prefeitura de Camaçari - BA - Médico - Especialidade: Clínico do Posto de Saúde da Família (PSF) | CESPE / CEBRASPE - 2024 - Prefeitura de Camaçari - BA - Médico - Especialidade: Hematologista | CESPE / CEBRASPE - 2024 - Prefeitura de Camaçari - BA - Médico - Especialidade: Médico Nefropediatra | CESPE / CEBRASPE - 2024 - Prefeitura de Camaçari - BA - Médico - Especialidade: Neurologista | CESPE / CEBRASPE - 2024 - Prefeitura de Camaçari - BA - Médico - Especialidade: Oftalmologista | CESPE / CEBRASPE - 2024 - Prefeitura de Camaçari - BA - Médico - Especialidade: Ortopedista | CESPE / CEBRASPE - 2024 - Prefeitura de Camaçari - BA - Médico - Especialidade: Pediatra | CESPE / CEBRASPE - 2024 - Prefeitura de Camaçari - BA - Médico - Especialidade: Pneumologista | CESPE / CEBRASPE - 2024 - Prefeitura de Camaçari - BA - Médico - Especialidade: Proctologista | CESPE / CEBRASPE - 2024 - Prefeitura de Camaçari - BA - Médico - Especialidade: Psiquiatra | CESPE / CEBRASPE - 2024 - Prefeitura de Camaçari - BA - Médico - Especialidade: Regulador | CESPE / CEBRASPE - 2024 - Prefeitura de Camaçari - BA - Médico - Especialidade: Urologista | CESPE / CEBRASPE - 2024 - Prefeitura de Camaçari - BA - Médico - Especialidade: Cardiologista | CESPE / CEBRASPE - 2024 - Prefeitura de Camaçari - BA - Médico - Especialidade: Angiologista | CESPE / CEBRASPE - 2024 - Prefeitura de Camaçari - BA - Médico - Especialidade: Dermatologista | CESPE / CEBRASPE - 2024 - Prefeitura de Camaçari - BA - Médico - Especialidade: Endocrinologista | CESPE / CEBRASPE - 2024 - Prefeitura de Camaçari - BA - Médico - Especialidade: Geriatra | CESPE / CEBRASPE - 2024 - Prefeitura de Camaçari - BA - Médico - Especialidade: Gastroenterologista Infantil | CESPE / CEBRASPE - 2024 - Prefeitura de Camaçari - BA - Médico - Especialidade: Gastroenterologista | CESPE / CEBRASPE - 2024 - Prefeitura de Camaçari - BA - Médico - Especialidade: Infectologista | CESPE / CEBRASPE - 2024 - Prefeitura de Camaçari - BA - Médico - Especialidade: Mastologista | CESPE / CEBRASPE - 2024 - Prefeitura de Camaçari - BA - Médico - Especialidade: Neuropediatra |
Q2352506 Português
Texto CG2A1

        Há pelo menos 80 anos, existe um movimento que busca simplificar o linguajar jurídico, tentativa que se estende ao serviço público para diminuir a burocracia estatal. As iniciativas pelo país são inúmeras. Na capital paulista, por exemplo, há uma lei municipal que determina que todos os órgãos públicos da cidade busquem esse objetivo.
        “Quando a gente está há muito tempo na área pública, tem a mania de falar por siglas, falar por termos técnicos. Muitas vezes, explica-se algo, e as pessoas simplesmente não entendem. Daí vem a importância de haver, na área pública, uma lei que deixe muito clara a forma de se comunicar com a população”, explica o autor da lei.
         Já ficou clara a importância de reduzir a distância entre os órgãos públicos e a população por meio da linguagem. Entretanto, é preciso que os servidores assimilem esse conceito. Por isso, há ainda necessidade de que todos sejam conscientizados e capacitados para fazer isso na prática.
         A educadora Heloisa Fischer enfatiza que sempre houve desconexão entre a linguagem técnica, administrativa e burocrática e a linguagem compreendida pelo cidadão, mas a transformação digital tornou a questão ainda mais urgente, já que a “plataformização” dos governos está baseada em autosserviços, sem que o cidadão tenha de passar antes por uma pessoa, ir a um balcão ou telefonar para buscar informações.
         Por isso, Fischer afirma que os textos que informam as pessoas nos ambientes digitais devem reduzir as dúvidas, haja vista o alto índice de analfabetismo funcional. “Temos 29% de analfabetos na população brasileira, ou pessoas que têm um alfabetismo tão rudimentar que não conseguem participar na sociedade, não conseguem dar conta do que precisam ler. Nós só temos 12% de pessoas com proficiência em leitura e 88% com grau de dificuldade para lidar com texto longo, complexo, com informações não tão explícitas, o que já justifica a necessidade de que os textos sejam mais fáceis”, conclui.

Internet:<https://agenciabrasil.ebc.com.br>  (com adaptações).
No segundo parágrafo do texto CG2A1, é dispensável o emprego da vírgula imediatamente após
Alternativas
Q2351892 Português
Todas as frases abaixo mostram o emprego de uma vírgula. Assinale a frase em que esse emprego está corretamente justificado.
Alternativas
Q2351853 Português
Leia o trecho a seguir: "Após longos anos de estudo, finalmente, Maria alcançou seu objetivo: a aprovação no concurso público. Agora, ela está pronta para enfrentar novos desafios profissionais."

Qual é a pontuação correta para separar as orações coordenadas presentes no trecho?
Alternativas
Q2351808 Português

Qual é a função da vírgula na seguinte frase?


"O motorista, cansado de dirigir, decidiu fazer uma pausa."


Assinale a alternativa correta.

Alternativas
Q2351731 Português
Instrução: Leia o texto a seguir e responda à questão.

A galinha do vizinho

Bota ovo amarelinho? Bota um, bota dois, bota cem, bota mil!!! A musiquinha da minha infância fala de um Brasil rural há muito soterrado por um país urbano, envergonhado de suas origens.
Esta vergonha de tudo que vem da roça me entristece. Quem somos nós se não a soma de nossa raiz, caule, flores e frutos? Que futuro teremos como nação se dermos as costas às nossas origens caboclas, ao nosso passado indígena, negro, imigrante europeu?
No entanto, é isso que fazemos, que fazem as mídias, estes tentáculos de um capitalismo mais que selvagem, pós tudo, este escravo/ do capital internacional, das megaempresas fundidas e refundidas, o verdadeiro centro do poder!
Quem vive no campo está louco pra se mudar pra cidade, esquecer num segundo as cantigas, as lendas, os mitos, os laços de sangue e amizade, as festas religiosas e pagãs, a vizinhança, a avó desdentada e enrugada. Pra trás ficam as cantigas, os pores de sol, o duro trabalho no campo. As frutas maduras no pé, os galos correndo atrás das galinhas, o burro de carga, as flores silvestres.
Pela frente, a periferia de uma grande cidade. Vizinhos craqueiros, encrenqueiros, escolas violentas, ruas violentas. Quatro horas sacudindo nas conduções. A medida diária de ilusão da TV e o sono intranquilo do progresso. Progresso?

(MUCCI, R. Disponível em: viveragora.com.br/crônicas-rápidas. Acesso em: 08/09/23.) 
Qual regra gramatical da escrita culta justifica o uso das vírgulas em esquecer num segundo as cantigas, as lendas, os mitos, os laços de sangue e amizade, as festas religiosas e pagãs, a vizinhança, a avó desdentada e enrugada.?
Alternativas
Q2351550 Português
Acerca do uso da vírgula, julgue as frases abaixo.

I. Letícia, seja bem-vinda à nossa casa.
II. Durante a audiência, os advogados não se falaram.
III. A aluna não estudou, ou seja, tirou zero.

Está(ão) correta(s) a(s) seguinte(s) proposição(ões).
Alternativas
Respostas
2281: A
2282: E
2283: C
2284: E
2285: E
2286: C
2287: E
2288: E
2289: E
2290: B
2291: D
2292: B
2293: A
2294: A
2295: E
2296: C
2297: C
2298: A
2299: A
2300: A