Questões de Português - Preposições para Concurso
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Julgue o item, relativo à estruturação linguística do texto.
Sem prejuízo à correção gramatical, o elemento “de”
(linha 49) poderia ser substituído pelo vocábulo por.
Julgue o item, relativo à estruturação linguística do texto.
Na linha 5, a expressão “no homem e nos animais”, sem
prejuízo à correção gramatical e aos sentidos textuais,
poderia ser substituída por em homens e animais.
Leia o texto.
O governo russo vai instalar um telescópio em território brasileiro para monitorar____________ crescente ameaça do lixo espacial.
A ideia é que o telescópio trabalhe todos os dias____________ houver visibilidade, monitorando objetos que estejam em órbita da Terra. Com isso, será possível criar uma base de dados com a localização e trajetória de detritos que podem causar danos___________ superfície da Terra, em caso de reentrada atmosférica.
(Salvador Nogueira. Rússia vai instalar telescópio no Brasil para
monitorar lixo espacial. Folha de S.Paulo. 30.03.2016. Adaptado)
Leia o texto para responder à questão.
Igualdade X liberdade
“Igualdade” se tornou a palavra de ordem deste início do século 21. Para os países pobres, a bandeira não é nova. Eles sempre tiveram no horizonte a meta de reduzir tanto a desigualdade interna (entre milionários e miseráveis) como a externa (entre nações).
Não há dúvida de que sociedades menos desiguais funcionam melhor. Elas tendem a ser mais ricas, assim como mais educadas e menos violentas, e por aí vai. O que é causa e o que é efeito pode ser difícil de determinar, mas está claro que a redução das desigualdades é algo a perseguir.
É preciso, porém, resistir à tentação das interpretações unidimensionais*. Uma das contradições básicas da política, que raramente é mencionada, é que liberdade e igualdade são incompatíveis. Se a sociedade é livre, as pessoas que se esforçarem mais acumularão mais bens e os transmitirão a quem desejarem, tipicamente os filhos. Mas, neste caso, a sociedade deixa de ser igualitária, pois não só alguns terão mais do que outros como também herdarão riquezas pelas quais não trabalharam.
O paradoxo não tem solução. Cada sociedade precisa definir o “mix” de liberdade e igualdade que concederá a seus membros. Não podemos esquecer, porém, que a proporção escolhida tem implicações. Se a liberdade é total, cenários de concentração de renda tendendo ao infinito se tornam possíveis. Se a igualdade é plena, desaparecem os incentivos para produzir mais e, principalmente, para inovar.
Considerando que foi o desenvolvimento científico que tirou a humanidade do estado de penúria material em que viveu na maior parte da história, penso que a liberdade deve ter prioridade. Não se mata a galinha dos ovos de ouro.
(Hélio Schwartsman. Folha de S.Paulo. 02.01.2016. Adaptado)
Vocabulário:
* unidimensional: que tem apenas uma dimensão ou que é considerado
sob uma única dimensão
Considere o seguinte trecho do texto:
Uma das contradições básicas da política, que raramente é mencionada...
De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, ao se substituir o termo em destaque, o trecho apresenta sua reescrita correta e sem alteração do sentido original em:
Leia o texto para responder à questão.
Igualdade X liberdade
“Igualdade” se tornou a palavra de ordem deste início do século 21. Para os países pobres, a bandeira não é nova. Eles sempre tiveram no horizonte a meta de reduzir tanto a desigualdade interna (entre milionários e miseráveis) como a externa (entre nações).
Não há dúvida de que sociedades menos desiguais funcionam melhor. Elas tendem a ser mais ricas, assim como mais educadas e menos violentas, e por aí vai. O que é causa e o que é efeito pode ser difícil de determinar, mas está claro que a redução das desigualdades é algo a perseguir.
É preciso, porém, resistir à tentação das interpretações unidimensionais*. Uma das contradições básicas da política, que raramente é mencionada, é que liberdade e igualdade são incompatíveis. Se a sociedade é livre, as pessoas que se esforçarem mais acumularão mais bens e os transmitirão a quem desejarem, tipicamente os filhos. Mas, neste caso, a sociedade deixa de ser igualitária, pois não só alguns terão mais do que outros como também herdarão riquezas pelas quais não trabalharam.
O paradoxo não tem solução. Cada sociedade precisa definir o “mix” de liberdade e igualdade que concederá a seus membros. Não podemos esquecer, porém, que a proporção escolhida tem implicações. Se a liberdade é total, cenários de concentração de renda tendendo ao infinito se tornam possíveis. Se a igualdade é plena, desaparecem os incentivos para produzir mais e, principalmente, para inovar.
Considerando que foi o desenvolvimento científico que tirou a humanidade do estado de penúria material em que viveu na maior parte da história, penso que a liberdade deve ter prioridade. Não se mata a galinha dos ovos de ouro.
(Hélio Schwartsman. Folha de S.Paulo. 02.01.2016. Adaptado)
Vocabulário:
* unidimensional: que tem apenas uma dimensão ou que é considerado
sob uma única dimensão
(Disponível em: https://www.marinacolasanti.com – Texto especialmente adaptado para esta prova.)
“Os pesquisadores dizem que acompanhar as mudanças na altura e no peso das crianças em todo o mundo e ao longo do tempo é importante porque pode refletir a qualidade da nutrição disponível e o quão saudáveis os ambientes são para os jovens.” (linhas 9 a 14).
Assinale a alternativa que apresenta a função morfológica da partícula “que” destacada acima:
INSTRUÇÕES: A questão diz respeito ao Texto. Leia-o atentamente antes de respondê-la.
“‘[...], permitindo-nos compreender melhor os padrões de riqueza das abelhas e garantir que sejam conservadas de maneira efetiva no futuro.’” (linhas 26 a 29)
Assinale a alternativa que apresenta a função morfológica da partícula “que” destacada acima:
Instrução: A questão de número refere-se ao texto abaixo.
(Disponível em: https://www.contioutra.com/quando-a-cegueira-e-voluntaria/ – Texto adaptado
especialmente para esta prova.)
Se aquelas crianças____________ educadas para lidar com frustrações, não seriam hoje adultos tão problemáticos.___________ , devido à dificuldade dos pais em impor limites___________ eles, hoje são pessoas inconvenientes.
Finalmente chegou esta hora.
O termo sublinhado na frase acima exerce a função de:
Alexei Bueno. Uma história da poesia brasileira. Rio de Janeiro:
Germakoff Casa Editorial, 2007, p. 409 (com adaptações).
Leia o texto abaixo e responda ao que se pede.
De volta pra casa
Nos aeroportos, o cenário já me parecera realidade paralela de ficção científica. Estaria eu personagem de um filme ou de um livro? Todo mundo de máscara, alguns de luvas. Pessoas quietas, silenciosas, tentando manter espaço entre si. Cenário fantasmagórico. Estranhamento total.
Primeiro, paraliso-me concentrando apenas em estar ali, me dou uns momentos para sentir que estou em casa. Do ângulo em que me encontro observo a sala e a cozinha. Há algumas horas atrás saíra do hotel com o motorista da empresa, para o aeroporto. Álcool em gel, lavar as mãos com sabão.
Segundo, observo mala, mochila e bolsa na porta, levo para a área de serviço, esvazio e coloco quase tudo na máquina de lavar. Passo álcool em gel, água sanitária. Papéis, computador, na bancada de pedra na cozinha; descalço os tênis também na área. Limpo as solas. Estão lá até hoje, abertas, higienizadas e não tenho coragem de guardá-las. Idem os tênis. Não toquei mais, até parece trauma.
Terceiro, olho a geladeira, o freezer, bem abastecido. Na véspera, meu filho cozinhara, levara mantimentos e me dissera ao telefone: “quando chegares, tu não sais mais!” Frango ao catupiry, carne assada ao molho, arroz, lentilha, lasanha, vários potes. Frutas, legumes, ovos, leite, massa, mel. Produtos de limpeza. Filho de ouro! Começo a me conscientizar sobre o que poderia significar uma quarentena. E vou descansar, que o primeiro voo saíra às 3 da manhã e estou insone.
Começo a trabalhar online, o que já costumo fazer. Revisões e orientações, álcool em gel, lavar as mãos com sabão, relato do trabalho que realizara em março, álcool em gel, lavar as mãos com sabão. Telefonemas e mensagens de Whatzapp. Álcool em gel, lavar as mãos com sabão, noticiários na TV, séries e filmes na Netflix, sarau literário por google meet, como é bom rever o grupo! Mais disciplinado do que nunca por conta do encontro virtual, ninguém fala ao mesmo tempo. Que vírus danado!
Que mexida na ordem, que caos instalado! No 4º dia senti tontura, caminho meio torta pela casa, chequei se seria sintoma do corona, mas não. Qualquer arranhadinho na garganta lá ia eu para o termômetro. E vá gargarejo com água morna e sal. Litros de chá e água. Como tenho rinite alérgica e tosse de refluxo, às vezes pensava, “será o corona”? E dê-lhe desinfecção, álcool, água sanitária, desinfetante. E não deixar louça suja, meu pior pesadelo: o tempo de cozinha, de máquina de lavar, de limpar a casa, de lavar gêneros alimentícios. Essa higienização diária vai me deixar maluca!
Inicia uma reconstrução do dia a dia, novo cotidiano, álcool em gel, lavar as mãos com sabão. Enclausurada, sem liberdade de ir e vir, em contrapartida outras liberdades a serem exercidas. Não me abato. Mas reconheço que me sinto controlada, sem saber que novo mecanismo é esse. Gosto de estar em casa sozinha. Sempre tenho mil coisas para fazer: pensar, imaginar, arrumar, organizar, ler. Porém esse jeito compulsório e com esse vírus lá fora ameaçando, não é nada confortável.
O cara da fruteira se despediu após me entregar as sacolas no portão do edifício, e depois do ritual do pagamento com a maquininha envolta em papel filme (será que adianta?), ia saindo com meu cartão enfiado na máquina. Gritei, ei, meu cartão! Ele se voltou pedindo desculpas. Todo o mundo atrapalhado, álcool em gel, lavar as mãos com sabão. Uso máscara e luvas quando desço pra colocar o lixo e buscar a correspondência e o jornal. O novo mundo com Corona vírus. Álcool em gel, lavar as mãos com sabão. A vida em suspenso. A rua antes tão disputada para estacionamento, agora vazia, desfigurada.
Finalmente os 14 dias!! para ter certeza de que não retornei da viagem infectada. Mas não consigo me sentir aliviada. “O mundo, como o conhecemos, não existe mais”, ouço na TV. Frase forte. Meu sistema imunológico fraco.
Aglomerações, não uso de máscara, quebra do isolamento social. O ser humano se mostra mais onipotente, ignorante e alienado como nunca. Mecanismo maciço de negação. Mais do que medo! Um viruzinho que nem vivo é, uma proteína revestida, um microrganismo invisível, tão letal e perigoso, colocando o mundo de joelhos. Às vezes ainda perpassa uma sensação de irrealidade. Pandemia.
Zanzo pela casa durante o dia, passando por diversos estados de espírito: indignada, perplexa, compassiva, alarmada, vulnerável, repugnada, assustada, raivosa, envergonhada, fragilizada, impotente, raramente tranquila, álcool em gel, lavar as mãos com sabão. Respira a terra, gorjeiam as águas, limpa-se o ar. E morrem as pessoas.
Minhas mãos nunca estiveram tão cheirosas nas 24 horas do dia. Mesmo cortando cebola, elas rescendem a perfume. Mordo a cenoura crua, cansada de lavar panelas. Meus dentes hão de aguentar.
Berenice S. Lamas (Texto adaptado)
1. Do ângulo em que me encontro observo a sala e a cozinha. 2. E vou descansar, que o primeiro voo saíra às 3 da manhã e estou insone. 3. Mas reconheço que me sinto controlada.
Os termos destacados nas frases pertencem, respectivamente, à seguinte classe gramatical:
A questão se refere ao trecho da notícia abaixo:
Foi divulgado pelo Procon de Timbó o levantamento dos preços de combustíveis no município. A pesquisa foi realizada nos 10 estabelecimentos que oferecem esse serviço, tendo como objetivo confirmar se houve reajustes [...] As tabelas informam os valores para pagamento ____ vista e, também, parcelado, apresentando _____ margens de variação em cada posto. ____ pesquisa compõe um banco de dados que estará disponível nas redes sociais [...]
Disponível em: https://www.timbo.sc.gov.br/procon/2020/20135/
Acesso em: 06 mar. 2020. [modificado]
TEXTO IV
Conhecimento prévio
Entenda por que aquilo cada um já sabe é a ponte para saber mais
Elisângela Fernandes
Virou quase uma obrigação. Não há (ou pelo menos não deveria haver) professor que inicie a abordagem de um conteúdo sem antes identificar o que sua turma efetivamente conhece sobre o que será tratado. Apesar de corriqueira nos dias de hoje, a prática estava ausente da rotina escolar até o início do século passado. Foi Jean Piaget (1896-1980) quem primeiro chamou a atenção para a importância daquilo que, no atual jargão da área, convencionou chamar-se de conhecimento prévio.
As investigações do cientista suíço foram feitas sob a perspectiva do desenvolvimento intelectual. Para entender como a criança passa de um conhecimento mais simples a outro mais complexo, Piaget conduziu um trabalho que durou décadas no Instituto Jean-Jacques Rousseau e no Centro Internacional de Epistemologia Genética, ambos em Genebra, Suíça. Ao observar exaustivamente como os pequenos comparavam, classificavam, ordenavam e relacionavam diferentes objetos, ele compreendeu que a inteligência se desenvolve por um processo de sucessivas fases. Dependendo da qualidade das interações de cada sujeito com o meio, as estruturas mentais - condições prévias para o aprendizado, conforme descreve o suíço em sua obra - vão se tornando mais complexas até o fim da vida. Em cada fase do desenvolvimento, elas determinam os limites do que os indivíduos podem compreender.
Dessa perspectiva, fica claro que o cerne de sua investigação relaciona-se à capacidade de raciocínio. Por não estudar o processo do ponto de vista da Educação formal, Piaget não se interessava tanto pelo conhecimento como conteúdo de ensino. Na década de 1960, esse tema mereceu a atenção de outro célebre pensador da Psicologia da Educação, o americano David Ausubel (1918-2008). "Ele foi possivelmente um dos primeiros a usar a expressão conhecimento prévio, hoje consagrada entre os professores", diz Evelyse dos Santos Lemos, pesquisadora do ensino de Ciências e Biologia do Instituto Oswaldo Cruz.
De acordo com Ausubel, o que o aluno já sabe - a ideia-âncora, na sua denominação - é a ponte para a construção de um novo conhecimento por meio da reconfiguração das estruturas mentais existentes ou da elaboração de outras novas. Quando a criança reflete sobre um conteúdo novo, ele ganha significado e torna mais complexo o conhecimento prévio. Para o americano, o conjunto de saberes que a pessoa traz como contribuição ao aprendizado é tão essencial que mereceu uma citação contundente, no livro Psicologia Educacional: "O fator isolado mais importante influenciando a aprendizagem é aquilo que o aprendiz já sabe. Descubra isso e ensine-o de acordo".
Ao enfatizarem aspectos distintos do conhecimento prévio, as visões de Piaget e Ausubel se complementam. "Para aprender algo são necessárias estruturas mentais que deem conta de novas complexidades e também conteúdos anteriores que ajudam a assimilar saberes", diz Fernando Becker, professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). (...)
Disponível em https://novaescola.org.br/conteudo/1510/conhecimento-previo. Acesso em 12/09/2020. (com adaptações)
Das classes de palavras presentes no período retirado do Texto, NÃO há termo algum classificado como: