Questões de Português - Preposições para Concurso
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O futuro do trabalho
Foi lançado nesse mês, em meio às celebrações do centenário da Organização Internacional do Trabalho (OIT), o relatório da comissão global sobre o futuro do trabalho, que tive a honra de integrar. O que o texto revela é uma visão centrada em políticas públicas para enfrentar desafios que o século trouxe para a humanidade.
Frente à chamada revolução industrial 4.0, ao envelhecimento da população e à mudança climática, a resposta aparece na forma de programas para evitar o crescimento da desigualdade e melhorar a preparação das gerações futuras e o conceito de uma sociedade ativa ao longo da vida.
É importante lembrar que, segundo pesquisadores, haverá em poucos anos a extinção de profissões e de tarefas dentro de várias ocupações, diante da automação e da robotização aceleradas. Outras serão criadas, demandando, porém, competências distintas das que estavam em alta até pouco tempo. O cenário exige grande investimento nas pessoas. Por isso, o relatório clama por uma agenda econômica centrada em seres humanos, especialmente uma ampliação em suas capacidades.
Isso envolve trabalhar com o conceito de aprendizagem ao longo da vida, ou seja, desde a primeira infância, a fim de desenvolver competências basilares, necessárias para promover autonomia para que todos possam aprender a aprender.
Afinal, numa vida em que tarefas vão sendo extintas e assumidas por máquinas, teremos que nos reinventar continuamente, passando a desempenhar atividades que demandam capacidade de resolução criativa e colaborativa de problemas complexos, reflexão crítica e maior profundidade de análise.
Teremos também que contar com um ecossistema educacional que inclua modalidades ágeis de cursos para capacitação, recapacitação e requalificação. A certificação de conhecimentos previamente adquiridos ganha força e sentido de urgência, além de um investimento maior em escolas técnicas e profissionais que fomentem a aquisição das competências necessárias não só para exercer uma profissão específica, mas também para obter outra rapidamente, se necessário.
(Claudia Costin. Folha de S.Paulo, 25.01.2019. Adaptado)
E se no futuro o trabalho, tal como o
entendemos, não fizer parte de nossa vida?
Ter um trabalho nos proporciona estabilidade, ao mesmo tempo em que nos rouba liberdade na hora de administrar nosso tempo. Essa contradição abre o debate sobre se trabalhar é uma fonte de felicidade ou infelicidade. A instabilidade econômica e a chamada quarta revolução industrial, que substituirá o esforço humano por máquinas, podem nos obrigar a repensar nosso eu profissional. A filósofa, feminista e autora de repercussão internacional, a britânica Nina Power, analisa se, em tempos em que o futuro do trabalho é pouco promissor, deveríamos buscar alternativas.
A felicidade foi devorada pelo capitalismo, Power proclama em seus escritos, nos quais defende que nos fizeram entender a qualidade de vida como um acúmulo de posses materiais que obtemos a partir do trabalho. Por isso, em suas intervenções públicas, ela expõe a possibilidade de ser feliz com novas formas de emprego ou a ausência dele.
“As novas gerações são as que estão menos de acordo com uma existência laboral feita de horários impossíveis e salários miseráveis. O capitalismo nos vendeu que o contrário do trabalho é a vadiagem; mas os mais jovens já não compram essa ideia. Tampouco acreditam que devamos nos sentir felizes porque nossas longas jornadas de trabalho nos tornam mais produtivos”, diz Power.
Colaboradora habitual do jornal The Guardian, em um de seus artigos para o jornal, Power conta como a Loteria Nacional do Reino Unido acertou na hora de lançar um prêmio em forma de salário anual em vez de outorgar uma grande quantidade em espécie. É um sistema que também funciona na Espanha e que seus criadores explicam como “a forma de se libertar de todas as coisas irritantes do dia a dia”. Surge então a questão sobre se o trabalho é, talvez, não só uma dessas coisas irritantes, mas a maior de todas elas.
Com suas ideias, Power não está nos incentivando a abraçar uma vida ociosa, mas a buscar novas formas de ser autossuficientes no aspecto laboral. Uma das possibilidades que se apresentam para um futuro próximo é que as máquinas ocupem boa parte dos trabalhos que agora os humanos desempenham. “Nesse caso, seria uma oportunidade para prestar mais atenção a profissões próximas do cuidado humano, aquelas das quais a inteligência artificial não se pode encarregar. São trabalhos relacionados com o cuidado de bebês, idosos ou doentes, e que, na atualidade, são os mais mal pagos e os que permanecem mais ocultos em termos de reconhecimento social”, destaca.
(Héctor Llanos Martínez. https://brasil.elpais.com, 17.07.2017. Adaptado)
Com relação aos aspectos linguísticos e aos sentidos do texto CB3A1-I, julgue o item a seguir.
A correção gramatical do texto seria preservada caso
se inserisse a preposição a imediatamente após “atende” (ℓ.19)
— atende a.
1. A bela cidade de Praga é um monumento a Franz Kafka, o mais ilustre de seus escritores. Toma todo um dia visitar as esculturas a ele dedicadas, as casas onde viveu, os cafés que frequentava.
2. Comove-me ver, no Museu Franz Kafka, sua Carta ao Pai, que nunca enviou. Essa longa carta foi a primeira coisa que li dele. Eu me dava muito mal com meu pai, de quem tinha medo, e me identifiquei com o texto desde as primeiras linhas, sobretudo quando Kafka acusa seu progenitor de ter feito dele um homem inseguro, desconfiado da sua própria vocação.
3. Recém-formado, Kafka começa a trabalhar numa companhia de seguros, afirmando que esse trabalho matará sua vocação; como poderia chegar a ser um escritor alguém que dedica tantas horas a um afazer alimentício? Todos os escritores se fizeram perguntas parecidas. Mas este fez o que a maioria deles não faz: escrever em todos os momentos livres que tinha, e, embora tenha publicado pouco em vida, deixar uma obra de longuíssimo fôlego.
4. Nada me parece mais triste que alguém que, como Kafka, foi capaz de escrever tantos livros jamais tenha sido reconhecido enquanto vivia, e só postumamente se notasse que foi um dos grandes. O pedido a seu amigo Max Brod para que queimasse seus inéditos revela que acreditava ter fracassado como escritor, embora talvez restasse alguma expectativa otimista, porque, do contrário, ele mesmo os teria queimado.
5. A propósito de Max Brod, um dos poucos contemporâneos que acreditavam no talento de Kafka, há agora uma retomada dos ataques que já lhe fizeram no passado. Que injustiça! O mundo deveria estar grato a Max Brod, por ter, em vez de acatado a decisão do amigo a quem admirava, salvado para os leitores do futuro uma das obras mais originais da literatura.
6. Hermann Kafka, o destinatário da carta que seu filho nunca lhe enviou, não teve contato nenhum com a literatura. Dedicou-se ao comércio, abrindo lojas que tiveram certo êxito e elevaram os níveis de vida da família.
7. O melhor amigo de Kafta foi sem dúvida Max Brod, que, naqueles anos, já havia publicado alguns livros. Foi um dos primeiros a perceber o gênio do escritor e o estimulou sem trégua a acreditar em si mesmo, algo que efetivamente ocorreu, pois Kafka, quando escrevia, perdia a insegurança da qual sempre padeceu e se tornava um insólito inventor de pessoas e histórias.
(Adaptado de: LLOSA, Mario Vargas. 19/5/19. Disponível em: brasil.elpais.com)
Foi um dos primeiros a perceber o gênio do escritor e o estimulou sem trégua a acreditar em si mesmo (7° parágrafo)
Os termos sublinhados acima constituem, respectivamente:
Observe o uso de tais aspectos no TEXTO 1 e analise as afirmações a seguir, assinalando a que estiver CORRETA.
Emprego sem futuro
A relação entre tecnologia e emprego sempre foi conflituosa. Se, do ponto de vista do observador imparcial, a tecnologia enriquece a sociedade e apenas transforma o emprego, do ponto de vista do sujeito que recebia todo mês um contracheque e foi demitido porque suas funções passaram a ser executadas por um robô, ela mata mesmo.
Os primeiros prejudicados foram os trabalhadores menos qualificados, que desempenhavam tarefas pouco criativas, pesadas e repetitivas. Mas a coisa não parou por aí e máquinas, robôs e computadores continuaram a transformar a produção, tirando o emprego de muita gente.
Do alto de sua soberba, trabalhadores do topo da pirâmide social, que exerciam funções criativas e que exigiam o domínio de grande volume de conhecimento específico, achavam que estavam protegidos. “Minha profissão jamais poderá ser exercida por uma máquina que soma zeros e uns”, pensavam. Mas aí vieram a inteligência artificial e o “big data”.
Hoje, até a medicina está perdendo atribuições para algoritmos inteligentes. Computadores já diagnosticam cânceres melhor do que médicos de carne e osso. Também podem superá-los na prescrição do tratamento, como é o caso do braço oncológico do supercomputador Watson da IBM, que faz análises genéticas comparativas dos tumores como nenhum humano é capaz de fazer.
Algo parecido começa a ocorrer na cardiologia, na oftalmologia e até na psiquiatria, com o desenvolvimento de algoritmos que facilitam diagnósticos e dispositivos que alteram profundamente as práticas correntes.
Parece exagero afirmar que os médicos vão ficar sem emprego, porém eles decerto terão cada vez mais de dividir tarefas com os computadores.
(Hélio Schwartsman. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/ colunas/ Acesso em: 11.03.2018.)
Considere as frases do texto para responder à questão.
A relação entre tecnologia e emprego sempre foi conflituosa.
Parece exagero afirmar que os médicos vão ficar sem emprego.
... porém eles decerto terão cada vez mais de dividir tarefas com os computadores.
As preposições destacadas estabelecem entre as palavras, correta e respectivamente, as relações de:
O Enem e a surdez
Suscitou alguma celeuma o tema deste ano para a redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem): “Desafios para a formação educacional de surdos no Brasil”. Não se trata decerto de um assunto corriqueiro, mas tampouco se afigura impossível de desenvolver.
Aqueles que criticam o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) por alegado excesso de dificuldade deveriam ler com mais atenção o caderno de questões. Havia ali elementos suficientes para redigir um texto.
Eram quatro os itens oferecidos: norma legal sobre o dever de prover educação à pessoa com deficiência; gráfico de queda no número de matrículas de surdos; anúncio sobre preconceito no mercado profissional; e trecho sobre o reconhecimento oficial da Língua Brasileira de Sinais (Libras).
Com esse instrumental – e a capacidade indispensável de interpretação –, é possível elaborar ao menos uma exposição básica. Mostra-se frágil o argumento de que o examinado teria de possuir conhecimento prévio do assunto.
Além disso, a escolha do tema constituiu modo mais inteligente de abordar um debate relacionado a políticas inclusivas sem descambar para os exageros do politicamente correto.
Ninguém deve ser punido por manifestar opiniões ou esposar valores somente porque se desviam do pensamento dominante. Ouça-se a lição dos surdos em defesa da Libras: liberdade e respeito há em poder falar como se escolhe, não como outros mandam.
(Editorial. Folha de S.Paulo, 07.11.2017. Adaptado)
A escolha do tema constituiu modo mais inteligente de abordar um debate cuja referência _________ políticas inclusivas não chega _______ exageros do politicamente correto. Da mesma forma, não se deve impor punição ______ quem manifestar opiniões que vão de encontro _____ ideologia dominante.
De acordo com a norma-padrão, as lacunas do enunciado devem ser preenchidas, respectivamente, com:
O Enem e a surdez
Suscitou alguma celeuma o tema deste ano para a redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem): “Desafios para a formação educacional de surdos no Brasil”. Não se trata decerto de um assunto corriqueiro, mas tampouco se afigura impossível de desenvolver.
Aqueles que criticam o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) por alegado excesso de dificuldade deveriam ler com mais atenção o caderno de questões. Havia ali elementos suficientes para redigir um texto.
Eram quatro os itens oferecidos: norma legal sobre o dever de prover educação à pessoa com deficiência; gráfico de queda no número de matrículas de surdos; anúncio sobre preconceito no mercado profissional; e trecho sobre o reconhecimento oficial da Língua Brasileira de Sinais (Libras).
Com esse instrumental – e a capacidade indispensável de interpretação –, é possível elaborar ao menos uma exposição básica. Mostra-se frágil o argumento de que o examinado teria de possuir conhecimento prévio do assunto.
Além disso, a escolha do tema constituiu modo mais inteligente de abordar um debate relacionado a políticas inclusivas sem descambar para os exageros do politicamente correto.
Ninguém deve ser punido por manifestar opiniões ou esposar valores somente porque se desviam do pensamento dominante. Ouça-se a lição dos surdos em defesa da Libras: liberdade e respeito há em poder falar como se escolhe, não como outros mandam.
(Editorial. Folha de S.Paulo, 07.11.2017. Adaptado)
Diversos países estão propondo alternativas para enfrentar o problema da poluição oceânica, mas, até o momento, não tomaram quaisquer medidas concretas.A organização holandesa The Ocean Cleanup resolveu dar um passo à frente e assumir a missão de combater a poluição oceânica nos próximos anos.
A organização desenvolveu uma tecnologia para erradicar os plásticos que poluem os mares do planeta e pretende começar a limpar o Great Pacific Garbage Patch (a maior coleção de detritos marinhos do mundo), no Oceano Pacífico Norte, utilizando seu sistema de limpeza recentemente redesenhado.
Em resumo, a ideia principal do projeto é deixar as correntes oceânicas fazer todo o trabalho. Uma rede de telas em forma de “U” coletaria o plástico flutuante até um ponto central. O plástico concentrado poderia, então, ser extraído e enviado à costa marítima para fins de reciclagem.
(Texto adaptado. Disponível em: https://futuroexponencial.com)
A organização holandesa The Ocean Cleanup resolveu dar um passo à frente e assumir a missão de combater a poluição oceânica nos próximos anos. (1°parágrafo)
O segmento sublinhado estará substituído corretamente, sem prejuízo do sentido, por:
Diversos países estão propondo alternativas para enfrentar o problema da poluição oceânica, mas, até o momento, não tomaram quaisquer medidas concretas.A organização holandesa The Ocean Cleanup resolveu dar um passo à frente e assumir a missão de combater a poluição oceânica nos próximos anos.
A organização desenvolveu uma tecnologia para erradicar os plásticos que poluem os mares do planeta e pretende começar a limpar o Great Pacific Garbage Patch (a maior coleção de detritos marinhos do mundo), no Oceano Pacífico Norte, utilizando seu sistema de limpeza recentemente redesenhado.
Em resumo, a ideia principal do projeto é deixar as correntes oceânicas fazer todo o trabalho. Uma rede de telas em forma de “U” coletaria o plástico flutuante até um ponto central. O plástico concentrado poderia, então, ser extraído e enviado à costa marítima para fins de reciclagem.
(Texto adaptado. Disponível em: https://futuroexponencial.com)
Considere as seguintes passagens do texto:
... até o momento, não tomaram quaisquer medidas concretas. (1° parágrafo)
... coletaria o plástico flutuante até um ponto central. (3° parágrafo)
Nos dois contextos, o vocábulo “até” estabelece relação de
Víamos os nossos pés
Não sou uma pessoa tropical. Minha terra preferida é o outono em qualquer lugar. No outono as coisas se abrandam e absorvem a luz em vez de refleti-la. É como se a Natureza etc., etc. (O verão não é uma boa estação para literatura descritiva. Me peça o resto da frase no outono.)
Sempre digo que a praia seria um lugar ótimo se não fossem a areia, o sol e a água fria. É só uma frase. Gosto do mar. O diabo é que a gente sempre tem na cabeça um banho de mar perfeito que nunca se repete. O meu aconteceu em Torres, Rio Grande do Sul, em algum ano da década de 50. Sim, crianças, em 50 já existiam Torres, o oceano Atlântico e este cronista, todos bem mais jovens. O mar de Torres estava verde como nunca mais esteve. Via-se o fundo?
Via-se o fundo.
Víamos os nossos pés, embora a água estivesse pelo nosso pescoço, e como eram jovens os nossos pés. Havia algas no mar? Iodo, mães-d’água, siris, dejetos, náufragos, sereias? Não, a água estava límpida como nunca mais esteve. Os únicos objetos estranhos no mar eram os nossos pés, e como isso faz tempo. Até que horas ficamos na água? Alguns anoiteceram dentro d’água e estariam lá até agora se não tivessem que voltar para a cidade, se formar, fazer carreira, casar, envelhecer, essas coisas.
Como o cronista explica sua aversão ao verão depois de tais lembranças? É que eu não gostava do verão. Gostava de ser mais moço.
(Luis Fernado Verissimo. Em algum lugar do paraíso. Rio de Janeiro, Objetiva, 2011. Adaptado)
“... a voz no alto-falante do aeroporto dizendo que a aeronave já se encontra em solo e o embarque será feito dentro de poucos minutos. “Até a musiquinha que antecede a chamada a cobrar pode ser bem-vinda, se for grande a ansiedade para se falar com alguém distante.”
As preposições destacadas estabelecem entre as palavras, correta e respectivamente, relações de:
Leia o texto para responder a questão.
Na Finlândia, alunos agora ensinam tecnologia para professores e idosos
No pouco ortodoxo modelo de ensino que levou a Finlândia ao topo dos rankings globais de educação, uma inovadora inversão de papéis começa a tomar corpo: alunos estão dando aulas aos professores, para ensinar os mestres a otimizar o uso de tecnologias de informação e comunicação nas escolas.
O projeto OppilasAgentti (“Agentes Escolares”, em tradução livre) está sendo conduzido em cerca de cem escolas finlandesas, e a ideia é levar a nova experiência a um número cada vez maior do universo de 3.450 instituições de ensino do país.
Trata-se de um modelo para desenvolver as competências tecnológicas não apenas dos professores, mas de toda a comunidade escolar — e também do seu entorno: os alunos da escola Hämeenkylä, por exemplo, também estão dando aulas aos idosos de um asilo local sobre como usar redes sociais, iPads e outros dispositivos eletrônicos.
“Acreditamos que é importante ensinar nossas crianças a descobrir seus potenciais e a desenvolver seus valores, e mostrar a elas o impacto positivo que cada indivíduo pode exercer na sociedade”, observa Pasi Majasaari, diretor da escola Hämeenkylä, na cidade de Vantaa, próxima à capital Helsinki.
Os alunos do projeto têm entre 10 e 16 anos de idade. Pelo sistema, os estudantes interessados em participar se apresentam como voluntários e relatam suas competências e habilidades em determinadas áreas. As escolas também oferecem treinamento aos alunos, em aulas ministradas por especialistas de diferentes empresas finlandesas que revendem soluções tecnológicas para o sistema de ensino do país.
A partir daí, os estudantes produzem um mapeamento das necessidades digitais da escola, sob a orientação de um professor. Eles fazem então um planejamento das atividades necessárias e passam a atuar em três frentes. Na sala dos professores, os alunos dão aulas ocasionais sobre como usar diferentes dispositivos e aplicativos. Professores também podem contatar os estudantes para pedir assistência individual, a fim de solucionar pequenos problemas. E os alunos-mestres também atuam como professores assistentes nas salas de aula, para prestar ajuda tanto aos professores quanto a outros colegas de classe quando determinada lição envolve o uso de tecnologia.
Inverter o papel tradicional dos alunos nas escolas é mais um pensamento fora da caixa do celebrado sistema finlandês, que conquistou resultados invejáveis nos rankings mundiais de educação com um receituário que inclui menos horas de aulas, poucas lições de casa, férias mais longas e uma baixa frequência de provas.
(Claudia Wallin. www.bbc.com. Adaptado)
De acordo com o texto acima, julgue o item a seguir.
No verso 13, há duas preposições.
O time de futebol paraense Paysandu anunciou a criação do projeto Alegria do Povo, o qual, em parceria com o curso de serviço social da Universidade da Amazônia (Unama), selecionou torcedores para um programa de concessão de entradas gratuitas em jogos do clube.
Do outro lado, o também paraense Remo não ficou atrás. Em dezembro de 2018, a agremiação azulina reformulou seu plano de sócio-torcedor e incluiu a categoria Ouro Social, destinada a beneficiários de programas sociais como o Bolsa- -Família. Em apenas um mês, as 600 vagas da modalidade foram esgotadas. Nela, os torcedores pagam mensalidade de 30 reais e têm acesso garantido a todos os jogos. “Fizemos questão de não colocar nenhuma distinção na carteirinha de sócio”, conta o presidente Fábio Bentes. “Para cumprir nosso papel social é fundamental mostrar que todo torcedor tem importância.”
Na contramão dos clubes do eixo Sul-Sudeste, o preço do ingresso praticado pela dupla “Repa”, como é conhecido o clássico paraense, ainda se encaixa no orçamento de boa parcela de seus torcedores. Enquanto o Corinthians, terceira bilheteria mais cara do país, cobra em média 50 reais na Arena, Remo e Paysandu se mantêm estáveis na casa dos 20 reais.
“Quando jogamos contra times de outros estados, nosso trunfo é o apoio maciço do torcedor”, afirma Bentes. “Vamos provar que aproximá-lo do clube, não importa de onde venha, vale a pena.”
(Breiller Pires. A receita dos times do Pará para se reconectar ao povo e encher os estádios. https://brasil.elpais.com, 05.05.2019. Adaptado)
- TEXTO
Ao se referir às pessoas com limitações física, intelectual, auditiva, visual ou sensorial, é necessário utilizar termos adequados e atuais, para não corrermos o risco da escolha de expressões que, mesmo involuntariamente, possam denotar algum tipo de discriminação.
Até o início da década de 1980, quando se falava de diferenças físicas, se utilizavam os termos: “aleijado”, “incapacitado”, “inválido”. Desde o Ano internacional da Pessoa com Deficiência, em 1981, passamos a adotar a expressão “pessoa deficiente”, enfatizando-se, com isso, a pessoa com uma limitação. Passou-se então para “pessoa portadora de deficiência”, que logo caiu em desuso, por se entender que só se porta aquilo que se pode deixar de portar, fato que não costuma ocorrer com uma deficiência. Na década de 1990, a expressão “pessoa com deficiência” foi estabelecida como a mais adequada e permanece até hoje.
Formas de falar como “ceguinho”, “doente mental”, “ele sofre de paraplegia”, “doente de lepra” embutem sentido discriminatório, tornam a pessoa com deficiência uma vítima ou transformam a deficiência em doença. O mais apropriado é: “pessoa cega” ou “pessoa com deficiência visual”, “pessoa com deficiência mental”, “pessoa com deficiência física”. Deve-se dizer: “pessoa com hanseníase” – a Lei Federal n° 9.010, de 23.03.1995, proíbe a utilização do termo “lepra” e seus derivados.
(Renato D’Ávila. “Expressões não adequadas para tratar das pessoas com deficiência”. http://observatoriodaimprensa.com.br. 18.07.2017. Adaptado)
Julgue o item quanto às estruturas linguísticas do texto.
O vocábulo “com” que antecede “que” (linhas 13 e 24)
pode ser suprimido, em ambas as ocorrências, por ser
um elemento enfático.
“Onde, sob os olhos dos juízes, o direito é derrubado pela iniquidade e a verdade pela mentira, são derrubados os próprios juízes”.
Sobre a estrutura dessa frase, a única afirmação inadequada é: