Questões de Concurso
Sobre problemas da língua culta em português
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Texto 5
Nos bailes da vida
Foi nos bailes da vida ou num bar
Em troca de pão
Que muita gente boa pôs o pé na profissão
De tocar um instrumento e de cantar
Não importando se quem pagou quis ouvir
Foi assim
Cantar era buscar o caminho
Que vai dar no sol
Tenho comigo as lembranças do que eu era
Para cantar nada era longe tudo tão bom
Até a estrada de terra na boleia de caminhão
Era assim
Com a roupa encharcada e a alma
Repleta de chão
Todo artista tem de ir aonde o povo está
Se for assim, assim será
Cantando me disfarço e não me canso
De viver nem de cantar
NASCIMENTO, M. Disponível em: <https://www.letras.mus.br/milton-nascimento/47438/ Acesso em 12/11/2017.
Texto 5
Nos bailes da vida
Foi nos bailes da vida ou num bar
Em troca de pão
Que muita gente boa pôs o pé na profissão
De tocar um instrumento e de cantar
Não importando se quem pagou quis ouvir
Foi assim
Cantar era buscar o caminho
Que vai dar no sol
Tenho comigo as lembranças do que eu era
Para cantar nada era longe tudo tão bom
Até a estrada de terra na boleia de caminhão
Era assim
Com a roupa encharcada e a alma
Repleta de chão
Todo artista tem de ir aonde o povo está
Se for assim, assim será
Cantando me disfarço e não me canso
De viver nem de cantar
NASCIMENTO, M. Disponível em: <https://www.letras.mus.br/milton-nascimento/47438/ Acesso em 12/11/2017.
A respeito dos aspectos linguísticos do texto 7A3CCC, julgue o item a seguir.
A substituição da expressão “a fim” (ℓ.18) pelo vocábulo afim não prejudicaria a correção gramatical e o sentido original do texto.
Analise o texto abaixo e marque a alternativa correta quanto ao uso da norma culta.
Gabinetes inchados
O inchaço estrutural dos Legislativos oferece inúmeras oportunidades
para desperdício, acertos nada republicanos e até mesmo corrupção.
A Câmara Municipal de Curitiba se vê às voltas com denúncias contra vereadores que estariam embolsando parte dos salários de seus assessores: são pelo menos quatro parlamentares às voltas com investigações internas da Câmara ou inquéritos do Ministério Público. Independentemente da veracidade das denúncias específicas, a ocasião serve como um alerta para um aspecto que muitas vezes passa despercebido quando o tema é o funcionamento dos Legislativos.
Muita energia tem sido gasta para criticar – não sem razão – os salários dos vereadores, deputados e senadores; em 2015, a mobilização popular chegou a impedir aumentos absurdos, de até 100%, em cidades do interior do Paraná. Mas a estrutura montada em torno de cada parlamentar se mostra ainda mais custosa: auxílios dos mais diversos tipos, verbas postais, para combustível, para fotocópias, veículos de uso exclusivo (em Curitiba são 47, para 38 vereadores), sem falar nos cargos de assessores. Cada vereador curitibano pode contratar até sete pessoas, cujos salários, somados, não podem ultrapassar R$ 51,5 mil mensais – membros da Mesa Diretora têm direito a ainda mais assessores.
Esse inchaço estrutural oferece inúmeras oportunidades para desperdício, acertos nada republicanos e até mesmo corrupção. É preciso analisar até que ponto há justificativa para tantos gastos, especialmente com pessoal. Ainda que o setor público, em todo o país, não estivesse vivendo uma crise que clama pelo corte de despesas, o uso racional do dinheiro do contribuinte é uma obrigação básica.
Disponível em: http://www.gazetadopovo.com.br/opiniao/editoriais/gabinetes-inchados-assny8yylh8531n37lxch6pu5 Acesso em: 12 set. 2017
Atenção: A questão refere-se ao texto abaixo transcrito, extraído do relatório Ação afirmativa na pós-graduação: o Programa Internacional de Bolsas da Fundação Ford na Fundação Carlos Chagas, redigido por Fúlvia Rosemberg (São Paulo: FCC/SEP, 2013. p. 35).
Obs.: Ações afirmativas são medidas especiais e temporárias, tomadas pelo Estado ou por instituições da sociedade civil, com o objetivo de eliminar desigualdades historicamente acumuladas, decorrentes de motivos raciais, étnicos, religiosos, de gênero e outros.
Do autor para o leitor
Quando falo de pessoa a pessoa, quer dizer, da pessoa-autor que sou à pessoa-leitor que o leitor é, tudo o que faço é depositar nele a inquietação para definir as mudanças que ele imagine necessárias. Porque não estou nada seguro de que estejamos, leitor e autor, de acordo. Escrevo para compreender, e desejaria que o leitor fizesse o mesmo, que lesse para compreender. Compreender o quê? Não para compreender algo na linha em que estou pensando. Ele tem os seus próprios motivos e razões para compreender algo, mas esse algo é ele que determina. Quando alguém está em uma leitura e levanta o olhar como se estivesse a aprender, mostra que está envolvido com o que alguém escreveu: “Isto é meu, isto tem a ver comigo.”
(SARAMAGO, José. As palavras de Saramago. S. Paulo: Companhia das Letras, 2010, p. 327)
Eu me inteiro diariamente do que acontece nas principais rodovias do país, pois coleto material para pesquisa em andamento. Tenho observado que em véspera ou dia pós-feriado os acidentes aumentam, na medida em que as pessoas, fora de sua rotina, têm sua atenção dispersada.
Lamento a má interpretação que se deu a alguns dados que publiquei recentemente sobre esse assunto, mas a atribuo a fala equivocada de um policial rodoviário. Encontrando-o de novo – conheço o trecho sob sua vigilância –, farei questão de esclarecer meu ponto de vista. Se ainda vir necessidade de maiores explicações, republicarei a matéria, acrescida, porém, de informações técnicas.
Eu me inteiro diariamente do que acontece nas principais rodovias do país, pois coleto material para pesquisa em andamento. Tenho observado que em véspera ou dia pós-feriado os acidentes aumentam, na medida em que as pessoas, fora de sua rotina, têm sua atenção dispersada.
Lamento a má interpretação que se deu a alguns dados que publiquei recentemente sobre esse assunto, mas a atribuo a fala equivocada de um policial rodoviário. Encontrando-o de novo – conheço o trecho sob sua vigilância –, farei questão de esclarecer meu ponto de vista. Se ainda vir necessidade de maiores explicações, republicarei a matéria, acrescida, porém, de informações técnicas.
A carta-testamento deixada por Getúlio Vargas no dia de sua morte, a 24 de agosto de 1954, vem a ser a peça retórica mais contundente que o então denominado “Pai dos Pobres” terá produzido durante toda a sua vida política. Contrapartida dramática da sua morte, seria ela a arma pela qual o polêmico e contraditório político iria tentar revolver a encenação de seus últimos dias.
Postos assim, nesses termos, parecerá ao leitor que estou reduzindo os últimos dias de Vargas a uma simples manifestação histriônica. Em termos, sim. Mas não se trata de uma simplificação. A teatralidade a que esse fato remete tem um significado que transcende seu aparente artifício.
Pensada na função, digamos, psicológica que aquela missiva poderia vir a ter sobre seus destinatários, ela não difere muito do que são, em sua grande maioria, as cartas dos suicidas. Resultado aparente de um esforço de explicitação das causas que teriam levado o autor ao ato definitivo, na verdade, ela tenta fazer cair sobre os agentes da morte o peso de seus próprios atos. É uma peça que, valendo-se desse processo de culpabilização, tenta dar um sentido e uma fecundidade ao autoaniquilamento (via de regra, o indivíduo que comete, junto com a própria morte, uma carta “aos que ficam”, deve acreditar no poder transfigurador de seu próprio ato). Pensando dessa forma, é que dá para admitir a aproximação entre esse tipo de suicídio e a cena teatral. A morte para o seu “sujeito” não é o fim, mas sim, é parte decisiva de uma vida que continua, e sobre a qual fatalmente seu ato incidirá. A vida continuará, mas será outra.
(Haquira Osakabe, A carta-testamento ou a cena final de Getúlio Vargas. In: Prezado senhor, prezada senhora: estudos sobre cartas. Org. Walnice Galvão, Nádia Battella Gotlib. São Paulo: Companhia das Letras, 2000. p.373 e 374)
...... mobilização dos mais diversos profissionais que faziam ...... vezes de figurantes da ópera e dos estudantes que participavam do coro da Ufgrs, ...... que se acrescentar a dedicação do maestro Pablo Komlós, formado pela Academia Real da Hungria, sob a orientação de Kodály, então ...... frente da Ospa, em que se manteve até 1978.
Preenche correta e respectivamente as lacunas da frase acima:
Texto 2
Em relação ao Texto 2, julgue, como CERTO ou ERRADO, o item a seguir.
No segundo quadrinho, o “Por que” é utilizado sem acento circunflexo e separadamente por
introduzir uma frase interrogativa. Esse termo deve ser escrito dessa mesma maneira quando for
uma palavra substantivada.
Texto 1
A insana mania de economizar em coisas erradas
Existe uma grande diferença entre oportunidade e oportunismo. Uma é aquela em que as pessoas querem levar vantagem em tudo, serem espertas, ganhar a qualquer custo, sendo que a outra vai na contramão deste movimento cada vez mais presente e enraizado na cultura brasileira. [...]
A cultura do Brasil é riquíssima, linda e super diversificada. Porém, esse vício maldito acaba com a beleza. A necessidade de levar vantagem deixa as pessoas cegas e a feira de Acari, no Rio de Janeiro, é um belo exemplo deste contraste. O mercadão de produtos roubados é promovido às custas de inúmeras mortes e assaltos por conta de um comércio que não tem fim. [...]
Não há pagamento de impostos referente à mercadoria e recolhimento de tributos. Só por isso esse produto chegou até o seu consumidor final. Vidas acabam porque alguém tem a necessidade porca de comprar algo “baratinho”. E não é exagero.
Tenho um amigo que hoje reside nos Estados Unidos. A família dele, quando morava no Brasil, possuía uma transportadora com cinco caminhões. Sempre que se tratava de uma carga valiosa, quem fazia o transporte era o pai, o dono da empresa. Ele tinha esse cuidado para zelar pelo material do cliente e garantir que o produto caro chegaria ao seu destino conforme o esperado, sem danos. Até que um dia ele foi roubado e sequestrado. A quadrilha pediu R$50 mil reais, e a carga era de televisões. Ele ficou quatro dias em cativeiro e não havia possibilidade de pagar pelo valor exigido. Não avisaram a polícia e as negociações chegaram a R$10 mil. A quantia foi paga, mas o pai foi encontrado morto, sendo que ele havia falecido muito antes da entrega do dinheiro.
Ainda me questiono como que as pessoas têm coragem de comprar esses produtos. O detergente mais barato, o salame, sabão em pó que são vendidos na feira de Acari custaram a vida de alguém. Além disso, deixou o seguro para todo mundo mais caro, impactando na economia como um todo. Quantas vezes subiu o seguro do seu carro? Mas na hora de comprar uma peça, muitos não abrem a mão de ir até um desmanche. É essa consciência que precisa mudar. Quando isso acontecer, o país muda de patamar. [...]
Daniel Toledo. Adaptado de e disponível em: http://envolverde.cartacapital.com.br/insana-mania-de-economizar-em-coisas-erradas
Em relação ao Texto 1, julgue, como CERTO ou ERRADO, o item a seguir.
Se, no excerto “[...] não havia possibilidade
de pagar pelo valor exigido.”, o substantivo
“possibilidade” estivesse no plural, o verbo
“haver” também deveria estar no plural.
Preencha os espaços em branco do texto abaixo, fazendo uso de uma das palavras que estão entre parênteses.
João andava com muitas preocupações em sua mente. As duas maiores eram a saúde e a carreira. _____ (Essa / Esta) última causava-lhe certo incômodo,_____ (se não / senão) frustração, por não ter o título de doutor; _____ (àquela / aquela) o consumia ainda mais, ______ (portanto / porquanto) havia descoberto um aneurisma na artéria aorta.
A alternativa que preenche CORRETAMENTE as lacunas do texto é:
A esfinge, um monstro mitológico alado, com a cabeça de uma mulher e o corpo de um leão, assolava a cidade de Tebas na Grécia. Emboscava jovens em um lugar ermo e os desafiava (“Decifra-me ou devoro-te!”) com o enigma: “Que criatura pela manhã tem quatro pés, ao meio-dia tem dois e à tarde tem três?”
O único que decifrou a charada foi Édipo, ao responder “O homem, que na infância engatinha usando quatro membros, na vida adulta anda sobre dois pés, mas na velhice precisa de um cajado como apoio”. Por ter resolvido o enigma, Édipo acabou tornando-se rei de Tebas, casando-se, sem saber, com sua mãe, Jocasta, e sofrendo um fim infeliz, como bem descrito por Sófocles em sua tragédia Édipo Rei.
A resposta de Édipo bem descreve o arco de vida dos seres humanos, que se inicia na infância e termina na decadência da velhice e na morte. Tal trajetória é a inevitável consequência da impossibilidade de manter, indefinidamente, o estado de baixa entropia que caracteriza o organismo vivente. Tudo no universo está sujeito à segunda lei da termodinâmica, que determina o fluxo do tempo e traz a velhice.
O que sempre me impressionou na história do Édipo é o fato de tantos outros jovens antes dele terem morrido por serem incapazes de responder a uma pergunta tão elementar. Talvez eles não lembrassem mais da infância e não percebessem que um dia envelheceriam. De fato, a humanidade há séculos vive tentando negar a inexorabilidade da morte, fantasiando sobre como escapar dela.
Daí vem a busca incessante pela mítica “fonte da juventude”, cujas águas seriam capazes de rejuvenescer aqueles que as bebessem. Tal fonte certamente não existe, mas, independentemente disso, a humanidade tem conseguido aumentar consideravelmente a sua expectativa de vida, através de melhor nutrição, saneamento básico, antibióticos e outros progressos da medicina.
Disponível em: <http://www.cienciahoje.org.br/noticia/v/ler/id/4315/n/tempus_fugit>
Identifique as afirmativas (em parênteses) verdadeiras ( V ) e as falsas ( F ) em cada uma das frases abaixo:
( ) Vou colocar minha rúbrica neste documento para que não haja fraudes. (presença de vício de linguagem)
( ) O policial interviu rapidamente e o tumulto cessou. (frase escrita de acordo com a norma culta)
( ) Sempre me ponho à pensar para que servem as leis neste país; vou me reportar à Sua Excelência, o senhor juiz, para fazer meu protesto. (crase usada com correção)
( ) Enquanto não via, sofria; agora que sabe de tudo, sofre mais ainda, pois a consciência do erro o atormenta. (frase pontuada corretamente)
( ) Aos inimigos, não lhes daremos o prazer da vingança. (o termo sublinhado é um objeto indireto pleonástico)
Assinale a alternativa que indica a sequência correta, de cima para baixo.