Questões de Português - Pronomes demonstrativos para Concurso

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Q1700598 Português

No que se refere à estruturação linguístico-gramatical do texto, julgue o item.


No primeiro parágrafo, as duas sentenças interrogativas são retomadas pelo vocábulo “Esses” (linha 3) e estão diretamente vinculadas uma à outra, ou seja, os elementos da primeira sentença relacionam-se, respectivamente, aos elementos da segunda sentença.

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Q1699887 Português
Sobre o uso do pronome Quem no texto, é CORRETO afirmar:
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Ano: 2016 Banca: FGV Órgão: SEE-PE Prova: FGV - 2016 - SEE-PE - Professor Braillista |
Q1699325 Português
O fragmento a seguir refere-se à questão.

“Nisto erramos: em ver a morte à nossa frente, como um acontecimento futuro, enquanto grande parte dela já ficou para trás. Cada hora do nosso passado pertence à morte”.
(Sêneca
O emprego da forma “isto” em “Nisto erramos” se justifica porque
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Q1693934 Português
Privacidade das crianças na internet: quem deixou você postar isso? 



O bebê sentou sozinho. Click. Aprendeu a segurar o pé. Click. Se lambuzou inteiro de papinha. Click. Caiu um dente de leite. Click. Se antes os registros da infância eram guardados como preciosidades em empoeirados álbuns de família, no mundo frenético e digital da pósmodernidade eles encontraram uma nova plataforma: as redes sociais. E nem é preciso esperar por uma ocasião especial para publicar fotos e vídeos. O café da manhã, o caminho para a escola, a hora do almoço e até o banho... Tudo é pretexto para um novo post.

É fato que misturar a vida real com a digital é um caminho sem volta. “No passado, havia uma separação muito clara entre a vida presencial e a digital. Hoje, isso não existe mais”, explica a pesquisadora de tendências Clotilde Perez, pós-doutora em Design Thinking pela Stanford University (EUA). “Se as pessoas estão presentes nas redes sociais, é natural que as crianças também estejam. Afinal, elas são parte da sociedade”, completa.

Nem por isso é menos importante parar para refletir sobre o que a exposição precoce de crianças pode provocar. Elas ainda não têm discernimento para escolher como (e se) querem estar presentes no mundo virtual, mas sofrerão os efeitos do que está nas redes no futuro. Essa é uma situação à qual toda a sociedade está sujeita. “Tenho a impressão que virou um diário coletivo. O que fazíamos na intimidade, para guardar e mostrar aos filhos quando crescessem, agora é público”, explica a neuropsicóloga Deborah Moss, mestre em Psicologia do Desenvolvimento pela Universidade de São Paulo.

Mesmo que, hoje, as imagens que você posta do seu filho não reverberem de forma negativa, no futuro, dependendo do teor, elas podem se tornar fonte de mal-estar, embaraço ou matéria para bullying. Sim, aquela foto fofinha do seu filho com bumbum de fora na praia ou mostrando o sorriso banguela podem não ser interpretadas por estranhos do jeito que você gostaria. Por isso, para Rodrigo Nejim, diretor de educação da ONG SaferNet, os pais precisam ter em mente que a esfera pública da internet vai além do círculo de familiares e amigos. “Dizemos que expor na rede cenas comuns no contexto familiar, como um primeiro banho, acabam colocando seu filho na maior praça pública do planeta”, alerta.

Outro ponto fundamental é que a postagem dessas fotos pode ferir a autonomia das crianças. Muitas não são nem consultadas pelos pais. “É um equívoco menosprezar a opinião da criança. A partir dos 3 ou 4 anos, ela já pode dizer se gosta ou não de uma imagem e se quer que seja compartilhada”, completa Nejim.

Naíma Saleh. Disponibilizado em https://revistacrescer.globo.com/Criancas/Com portamento/noticia/2018/06/quem-deixou-voce-postar-isso.html. Acesso em: 24/05/2020 (fragmento adaptado)
Observe as falas a seguir de Clotilde Perez no segundo parágrafo e marque a alternativa correta:

I. “No passado, havia uma separação muito clara entre a vida presencial e a digital. Hoje, isso não existe mais.”
II. “Se as pessoas estão presentes nas redes sociais, é natural que as crianças também estejam. Afinal, elas são parte da sociedade” 
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Q1692158 Português
Toda pessoa deve responder pelos seus atos. ” A palavra destacada é:
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Q1690293 Português

Instrução: A questão refere-se ao texto abaixo. Os destaques ao longo do texto estão citados na questão.


Com o aumento do transporte individual, as cidades rumam em direção ao caos 





(Disponível em: https://www.cartacapital.com.br/blogs/br-cidades/com-transporte-individual-ascidades-rumam-em-direcao-ao-caos/ – texto adaptado especialmente para esta prova).

Considere o seguinte período do texto para responder a questão.
“Estas – longe de atender aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável propostos pela ONU – reduzem a qualidade de vida urbana e tornam as cidades menos competitivas do ponto de vista econômico.” (l. 27 a 29).
Acerca do período do texto, analise as assertivas abaixo e assinale V, se verdadeiras, ou F, se falsas.
( ) A substituição de “Estas” por “Essas” preservaria a correção do texto. ( ) A estrutura principal do período tem duas orações coordenadas ligadas por uma conjunção de adição. ( ) O segmento entre travessões poderia estar grafado entre duas vírgulas sem que isso alterasse qualquer aspecto do texto. ( ) “Estas” é um termo de sentido anafórico, ou seja, um termo que faz a retomada de algo já citado.
A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:
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Q1689669 Português

Texto para a questão.


Atendimento pediátrico por telemedicina é possível?


Segundo  Ana  Escobar,  o  atendimento  médico  é  essencialmente  presencial,  mas,  devido  à  pandemia,  o  atendimento  por  telemedicina  emergiu  como  uma  possibilidade,  com  caráter  de  exceção.  Agora,  cabe  aos  Conselhos de Medicina discutir a regulamentação da prática.



Internet: <https://jornal.usp.br> (com adaptações)

O pronome demonstrativo “Esse” (linha 25) participa de um processo coesivo de
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Q1688692 Português

TEXTO IV


Conhecimento prévio


Entenda por que aquilo cada um já sabe é a ponte para saber mais


Elisângela Fernandes


    Virou quase uma obrigação. Não há (ou pelo menos não deveria haver) professor que inicie a abordagem de um conteúdo sem antes identificar o que sua turma efetivamente conhece sobre o que será tratado. Apesar de corriqueira nos dias de hoje, a prática estava ausente da rotina escolar até o início do século passado. Foi Jean Piaget (1896-1980) quem primeiro chamou a atenção para a importância daquilo que, no atual jargão da área, convencionou chamar-se de conhecimento prévio.

    As investigações do cientista suíço foram feitas sob a perspectiva do desenvolvimento intelectual. Para entender como a criança passa de um conhecimento mais simples a outro mais complexo, Piaget conduziu um trabalho que durou décadas no Instituto Jean-Jacques Rousseau e no Centro Internacional de Epistemologia Genética, ambos em Genebra, Suíça. Ao observar exaustivamente como os pequenos comparavam, classificavam, ordenavam e relacionavam diferentes objetos, ele compreendeu que a inteligência se desenvolve por um processo de sucessivas fases. Dependendo da qualidade das interações de cada sujeito com o meio, as estruturas mentais - condições prévias para o aprendizado, conforme descreve o suíço em sua obra - vão se tornando mais complexas até o fim da vida. Em cada fase do desenvolvimento, elas determinam os limites do que os indivíduos podem compreender.

    Dessa perspectiva, fica claro que o cerne de sua investigação relaciona-se à capacidade de raciocínio. Por não estudar o processo do ponto de vista da Educação formal, Piaget não se interessava tanto pelo conhecimento como conteúdo de ensino. Na década de 1960, esse tema mereceu a atenção de outro célebre pensador da Psicologia da Educação, o americano David Ausubel (1918-2008). "Ele foi possivelmente um dos primeiros a usar a expressão conhecimento prévio, hoje consagrada entre os professores", diz Evelyse dos Santos Lemos, pesquisadora do ensino de Ciências e Biologia do Instituto Oswaldo Cruz.

    De acordo com Ausubel, o que o aluno já sabe - a ideia-âncora, na sua denominação - é a ponte para a construção de um novo conhecimento por meio da reconfiguração das estruturas mentais existentes ou da elaboração de outras novas. Quando a criança reflete sobre um conteúdo novo, ele ganha significado e torna mais complexo o conhecimento prévio. Para o americano, o conjunto de saberes que a pessoa traz como contribuição ao aprendizado é tão essencial que mereceu uma citação contundente, no livro Psicologia Educacional: "O fator isolado mais importante influenciando a aprendizagem é aquilo que o aprendiz já sabe. Descubra isso e ensine-o de acordo".

    Ao enfatizarem aspectos distintos do conhecimento prévio, as visões de Piaget e Ausubel se complementam. "Para aprender algo são necessárias estruturas mentais que deem conta de novas complexidades e também conteúdos anteriores que ajudam a assimilar saberes", diz Fernando Becker, professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). (...)


Disponível em https://novaescola.org.br/conteudo/1510/conhecimento-previo. Acesso em 12/09/2020. (com adaptações) 


Em “O fator isolado mais importante influenciando a aprendizagem é aquilo que o aprendiz já sabe. Descubra isso e ensine-o de acordo". (...), os termos destacados foram empregados no texto para realizar
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Q1688661 Português

TEXTO III


Disponível em https://br.pinterest.com/pin/474496510725744918/?nic_v2=1a40pilnE.

No período “Será que as suas¹ ideias não são um pouco² ingênuas, Filipe?”, os termos destacados podem ser classificados gramaticalmente como
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Q1688289 Português

No que concerne à estruturação linguístico-gramatical do texto, julgue o item.


No texto, o termo “esse” (linha 2) retoma “diversidade” (linha 1).

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Q1686645 Português
No trecho “Os pesquisadores criaram uma molécula de RNAm que contém instruções para produzir uma proteína chamada luciferase – que é bioluminescente (ou seja, que emite luz)” (linhas 16 e 17), há três ocorrências da palavra “que”, classificadas, respectivamente, como
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Q1686427 Português

Feita a leitura do fragmento textual abaixo exposto, responda à questão.


As novas engrenagens do trabalho

Processos industriais com máquinas cada vez mais inteligentes requerem qualificação da mão de obra que as opera


[Comparar a atual rotina de um cidadão comum com a de alguém que viveu há apenas 30 anos mostrará significativas diferenças. Percebe-se isso nas transações bancárias, cada vez mais eletrônicas. Nas opções de para alugar ou assistir a um filme, hoje a um clique de nossas mãos, assim como na forma de se comunicar com outras pessoas, intensamente mais instantânea. ]* [Esse cenário denota a profunda transformação pela qual o mundo vem passando e que não dá sinais de terminar, com reflexos diretos no mercado de trabalho, como a extinção de diversas profissões e o surgimento de novas, em processo que só tende a se acelerar.]*

    Um estudo da consultoria McKinsey chamado Jobs lost, Jobs gained: workforce transitions in a time of automation (“Empregos perdidos, empregos conquistados: transições da força de trabalho em um momento de automação”), de 2017, projeta que 60% das ocupações terão pelo menos 30% de suas atividades automatizadas até 2030. As tarefas recorrentes e repetitivas são as primeiras da fila. São consideradas atividades mais operacionais e que exigem menor qualificação do trabalhador.

    Segundo pesquisa do fórum Econômico Mundial denominada The future of Jobs (“O futuro dos empregos”), de 2018, a previsão é de que 75 milhões de ocupações podem desaparecer em decorrência do avanço tecnológico. Em compensação, 133 milhões de postos devem ser criados, ainda que com outras características, já adaptados à nova divisão de trabalho entre homens e máquinas. (Isto É, 05/02/20)

**O 1º parágrafo contempla dois tópicos, daí a demarcação dos blocos entre colchetes.

Nas frases abaixo transcritas, está em destaque o item gramatical “a”. Analise o contexto das três ocorrências, de modo a indicar sua classificação.


I- Comparar a atual rotina de um cidadão comum com a de alguém que viveu há apenas 30 anos mostrará significativas diferenças.

II- Percebe-se isso [...] Nas opções de para alugar ou assistir a um filme, hoje a um clique de nossas mãos, [...]

III- Esse cenário denota a profunda transformação pela qual o mundo vem passando [...]


A classificação CORRETA do elemento é, respectivamente,

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Q1686425 Português

Após a leitura dos dois textos que seguem (notas jornalísticas – Isto é, 05/02/20), analise as proposições relativas aos aspectos estruturais e as classifique como (V) para verdadeiras ou (F) para falsas:


TEXTO I: Mello deixa STF

O STF vai ficar um bom tempo só com dez ministros. É que Celso de Mello estará de licença médica até o próximo dia 19 de março, em função de uma cirurgia no quadril feita na semana passada no Hospital Sírio Libanês. Pode ser que nem volte mais. Em novembro, quando completará 75 anos, vai se aposentar e Bolsonaro indicará outro para seu lugar.


TEXTO II: Jorginho na vaga?

Os que querem Moro no STF podem se surpreender. Bolsonaro está disposto a indicar o nome de Jorge Oliveira, atual ministro da Secretaria-Geral da Presidência, para o lugar de Mello, “traindo” o compromisso assumido com o ministro da Justiça. Jorginho, como é chamado pelo presidente, tem OAB desde 2013 e só apresentou 7 processos à justiça.


( ) No texto I, a expressão “é que” introduz uma justificativa para a informação precedente, sobre a redução no número de ministros no STF.

( ) Na última frase do texto I, o pronome possessivo em: “Bolsonaro indicará outro para seu lugar” faz remissão ao termo “Bolsonaro”.

( ) Na primeira frase do texto II, o sujeito do verbo “podem” é “os que querem Moro no STF”, tendo como núcleo o pronome demonstrativo “os”, equivalente a “aqueles”.

( ) No texto II, há uma relação de sentido de explicação entre os dois períodos iniciais, de modo que admitiria o emprego do conectivo “pois” para estabelecer a coesão sequencial.

( ) O sufixo “inho” tanto pode se revestir de um valor afetivo como irônico. No último período do texto II, o emprego do diminutivo reflete afetividade, de ambas as partes - da perspectiva do presidente bem como da do redator da matéria.


A sequência CORRETA de avaliação é:

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Q1685836 Português
Leia o conto, de Heloísa Seixas, publicado na revista Domingo do Jornal do Brasil em 02/04/2006, para responder a questão.. 

Viajante

Lá está ela.
Vergada, sim – mas soberba. O cabelo branco preso num coque no alto da cabeça, o corpo muito magro apoiado na bengala. Parada junto ao meio-fio, do outro lado da rua, prepara-se para atravessar.
Eu a vejo de longe, mas sua presença se impõe. O vestido é simples, de algodão talvez, um corte reto, sem mangas, sem bolsos. Os sapatos, um mocassim preto, de gáspea alta, pesado mas firme, talvez pela necessidade de um bom apoio para pés tão incertos, tão cansados. Na mão direita, a bengala; na esquerda, uma sacola de plástico, de supermercado. Tudo muito prosaico, simples, e no entanto há uma aura de majestade ali.
Agora, o sinal abriu. E ela começa a atravessar. 
Da outra calçada, parada, observo. Ela desce o meio-fio com um passo leve, incerto, quase etéreo. Começo a me preocupar. Sei que aquele sinal é um sinal de pedestre e, como vivemos sob a tirania do automóvel, ele abre e fecha muito rápido. Os carros não podem esperar. Não vai dar tempo, penso. Mas a mulher não parece se importar.
Um passo depois do outro, lá vai ela, com todo o vagar do mundo, apoiando-se em sua bengala. E o sinal começa a piscar, anunciando que o tempo do ser humano se esgota, que este precisa abrir caminho para a máquina.
Estremeço, pensando: preciso fazer alguma coisa. Mas não faço. Continuo imóvel, pregada ao chão.
Pronto. O sinal fechou. E ela ainda está no meio da rua. Mas nenhum carro avança, parecem contidos pela realeza da mulher. E ela segue, sem apressar o passo, sem olhar para os lados, sem temor algum. Parece maior do que todos nós, do que o mundo inteiro, parece nos falar de uma outra maneira de viver, mais amena, mais gentil. Viajante do tempo, é como se caminhasse por uma Ipanema de setenta anos atrás. 
Só quando afinal sobe na calçada do outro lado, só então, os automóveis arrancam. E eu a vejo afastar-se, no mesmo e imperturbável passo.
Talvez eu devesse ter ido ao seu encontro, tentado ajudar. Mas não pude. Sua dignidade, tamanha, me intimidou. E fiquei ali, imóvel, esmagada pela imponência daquela mulher-navio que, impávida e majestosa, singrava o tempo.
Disponível em: https://heloisaseixas.com.br/contos-minimos/2006-2/ 
Considere o seguinte trecho do texto e assinale a alternativa correta.
“Sei que aquele sinal é um sinal de pedestre e, como vivemos sob a tirania do automóvel, ele abre e fecha muito rápido.”
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Q1684553 Português

Leia o texto I para responder à questão.


Bonecas negras representam apenas 6% dos modelos disponíveis no mercado


Bonecas negras representam apenas 6% dos modelos fabricados pelas principais marcas que comercializam esses brinquedos no Brasil, de acordo com o levantamento Cadê Nossa Boneca, feito pela organização Avante – Educação e Mobilização Social. O percentual é inferior aos 7% registrados no levantamento feito em 2018.


O levantamento foi feito em agosto deste ano, em sites de comércio virtual de 14 dos 22 fabricantes de brinquedos associados a Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos (Abrinq). Segundo a pesquisa, oito sites estavam em manutenção. Dentre as empresas analisadas, apenas oito possuíam bonecas negras nos respectivos inventários. Em todos eles, segundo o estudo, a proporção de modelos de bonecas negras em relação às bonecas brancas é inferior a 20%.


“Se sair na rua e olhar o comércio, você vai saber”, diz a psicóloga, consultora associada da Avante e uma das idealizadoras da campanha Ana Marcílio. “Você conta as bonecas na vitrine, conta as lojas com vitrine com bonecas pretas e depois conta o número de bonecas em cada loja, você vai ver que é irrisório”, acrescenta. 


O movimento Cadê Nossa Boneca nasceu do sonho de Ana Marcilio, Mylene Alves e Raquel Rocha, de verem vitrines mais diversas e brinquedos que de fato representassem a sociedade brasileira, que de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) tem 56,1% da população formada por pessoas negras. O levantamento foi feito em 2016, 2018 e agora, em 2020 e a porcentagem de modelos disponíveis no mercado pouco mudou. Em 2016 era 6,3, passando para 7% e, agora, para 6%.


Ana explica que é na infância que as crianças constroem o imaginário, daí a importância que, em uma sociedade majoritariamente negra, isso seja retratado como algo positivo. Ter apenas referenciais brancos, magros e loiros faz com que se entenda que esse é o referencial de beleza. “O impacto da boneca é esse. Da boneca preta também é esse. Imagina ter rastas, blacks, uma diversidade de cortes e penteados afro descendentes e africanos, diversos tipos de tranças, ter tudo isso em uma vitrine, uma vitrine toda diversificada. A criança vai querer ter aquele cabelo, vai achar aquele cabelo bonito”, diz.


O impacto de crianças, sejam elas brancas ou negras, terem acesso a bonecas de cores diversas pode chegar na fase adulta, ajudando a combater o racismo, de acordo com a psicóloga. “Se a gente não tiver esse imaginário simbólico, como é que a gente vai quebrar o racismo? O racismo se materializa nas mortes que a gente tem, nas inúmeras vidas ceifadas precocemente, seja pela inoperância do sistema público na saúde e educação, seja nas mortes através das polícias e milícias, que têm dizimado as periferias. A construção do imaginário tem tudo a ver com o número de mortes e violência que a gente vive nesse país e no mundo afora”, diz.

Fonte: https://www.brasil247.com

“Ter apenas referenciais brancos, magros e loiros faz com que se entenda que esse é o referencial de beleza.”
Sobre o pronome demonstrativo destacado, é CORRETO afirmar que é:
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Q1684050 Português

A respeito dos aspectos linguísticos e estruturais do texto, julgue o item.


O vocábulo “desse” (linha 10) faz referência, no texto, à situação em que os interesses financeiros coincidem com os interesses socioambientais.

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Q1681321 Português

O que existe ou não existe numa língua?

(Marcos Bagno)


Quando se trata de falar sobre a língua, o verbo existir pode ter dois sentidos muito diferentes. A pessoa que se guia pelo purismo linguístico (uma espécie de racismo gramatical, nada menos), quando topa, por exemplo, com uma construção do tipo “pra mim fazer”, exclama categoricamente: “‘Pra mim fazer’ não existe em português!”. Não importa que a imensa maioria da população brasileira use essa construção: o fato de não estar prevista na (limitadíssima e paupérrima) norma-padrão convencional é suficiente para decretar sua inexistência. Me divirto muito com isso. Se a coisa “não existe”, para que então afirmar essa não-existência? Tá lá no Freud, e se chama denegação. Se o Antigo Testamento precisou condenar a homossexualidade é porque ela existia, sim, alegre e saltitante, na sociedade hebraica daquela época. Afinal, ninguém precisa dizer que não existem elefantes na Amazônia: se fôssemos listar todas as espécies animais que não existem lá, estaríamos fazendo um trabalho inútil e, convenhamos, ridículo.

Por outro lado, quando uma linguista diz que determinada categoria gramatical (ou qualquer outro elemento) não existe numa língua, ela está enunciando aquilo que a pesquisa acumulada a respeito do fenômeno permite concluir. Não se trata de listar todas as categorias gramaticais que não existem numa língua, mas de procurar entender, num quadro mais amplo de comparação, sobretudo entre línguas aparentadas, porque aquela categoria específica, se algum dia existiu, desapareceu devido aos processos de mudança linguística. Além disso, quando a linguista diz que X não existe, ela está se referindo à língua falada espontânea, ao discurso menos monitorado possível, porque é nessa modalidade de uso que se pode realmente detectar com certeza a gramática internalizada das pessoas que falam, bem como os processos de mudança em andamento. E é precisamente disso que quero tratar aqui hoje: da inexistência, no PB (português brasileiro), de pronomes oblíquos de 3ª pessoa. Já se assustou? Não precisa.

As formas oblíquas de 3ª p. — o, a, os, as — não pertencem à gramática do PB (gramática entendida aqui como o conhecimento intuitivo que cada uma de nós tem da língua que fala). Essas formas só podem ser adquiridas por meio do acesso à cultura letrada, da instrução formal, do ensino consciente da língua. A esse ensino consciente podemos contrapor a aquisição inconsciente da língua, que é o misterioso processo pelo qual aprendemos a falar nossa língua materna (ou línguas no plural, no caso das pessoas sortudas que nascem e crescem em ambientes multilíngues).

Quem nos revela melhor do que ninguém a (in)existência de categorias gramaticais numa língua são as crianças, especialmente as que ainda não tiveram acesso à educação formal. Uma menina de mais ou menos 7 anos já é dotada de um conhecimento fabuloso de sua língua. Se formos coletar a fala espontânea de crianças brasileiras dessa idade, seja de que classe social for, não vamos encontrar absolutamente nenhuma ocorrência de o/a/os/as como pronomes oblíquos. Se, por outro lado, formos coletar a fala de crianças dessa idade que tenham como língua materna português europeu, galego, espanhol, catalão, provençal, francês e italiano (para ficar só nessas línguas do grupo românico), vamos encontrar uma farta ocorrência dos pronomes oblíquos de 3ª p. dessas línguas. A réplica daquela velha parlenda brasileira “— Cadê o docinho que tava aqui? — O gato comeu” seria traduzida em todas essas línguas pelo equivalente a “o gato o comeu”. Se as crianças brasileiras não produzem o/a/os/as é porque não adquiriram esses pronomes no ambiente familiar, e se não adquiriram é porque seus pais, tios, avós etc. não usam esses pronomes. Simples assim.

(Disponível em: https://bit.ly/372nb5v. Acesso em nov. 2020)

Leia o texto 'O que existe ou não existe numa língua?' e, em seguida, analise as afirmativas abaixo:


I. Uma forma de oferecer maior objetividade ao texto, modificando as formas verbais, sem alterar a função discursiva do trecho “Não importa que a imensa maioria da população brasileira use essa construção...”, seria reescrevê-lo da seguinte maneira: “Não importa a imensa população brasileira usar essa construção...”. O mesmo fenômeno pode ocorrer em enunciados como I. Joana quer que você faça aquela deliciosa torta; II. Joana quer fazer aquela deliciosa torta.

II. No trecho “Se a coisa ‘não existe’, para que então afirmar essa não-existência?”, o uso de pronome apassivador confere objetividade ao texto, pois evita-se a voz passiva analítica da forma verbal. Já o pronome demostrativo exerce papel importante na retomada das ideias, corroborando com a progressão sequencial.

III. No fragmento “se fôssemos listar todas as espécies animais que não existem lá, estaríamos fazendo um trabalho inútil e, convenhamos, ridículo”, o uso da primeira pessoa do plural, com destaque para o isolamento da forma verbal “convenhamos”, por vírgulas, convida o leitor a compartilhar do mesmo ponto de vista do autor. Fenômeno idêntico se dá com algumas expressões, gramaticalmente bem localizadas, como a do enunciado a seguir: “O aumento acentuado da pobreza pode levar o Brasil novamente para o Mapa da Fome. Isso é a meu ver, um grave retrocesso”.


Marque a alternativa CORRETA:

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Q1681051 Português

“O” Covid-19 ou “A” Covid-19? Fatos linguísticos em tempos de pandemia

Por Carlos E. Deoclecio.


A intuição linguística não é um recurso valioso somente para aqueles que lidam cientificamente com os fatos da língua, os linguistas, como também para os usuários em geral. Exemplo disso é o tratamento que damos, especialistas ou não, ao gênero gramatical dos substantivos da língua que crescemos falando ou mesmo de uma língua estrangeira. No português, impera a tendência geral de que palavras terminadas em -o são masculinas, e as terminadas em -a são femininas. 

Voltando à questão da intuição, na região de onde sou, no norte do estado do Espírito Santo, e acredito que em muitas outras partes do Brasil também, é muito comum ouvir “o alface de hoje tá murcho”, ou “o couve ficou muito bom”, quando nos dicionários, nas gramáticas e na escola aprendemos que essas palavras terminadas em -e são femininas. Depois dessa informação, muitos de nós adotamos o gênero dado como oficial, ou passamos a variar entre uma forma e outra, ou, ainda, podemos manter o uso anterior ao da escolarização.

Fiz essa breve introdução porque, dado o contexto de pandemia em que estamos vivendo, tem me deixado curioso o gênero gramatical atribuído à Covid-19, principalmente nos usos feitos por órgãos oficiais e imprensa, falada e escrita. No momento, estou na Espanha e, naturalmente, tenho ouvido e lido as notícias sobre o novo vírus e suas “peripécias” em galego e em espanhol, as duas línguas oficiais da Comunidade galega. Por isso, se tornaram comuns aos meus ouvidos e olhos as formas o Covid-19 (galego) e el Covid-19 (espanhol), ambas tratadas como masculinas, portanto.

Por outro lado, comecei a perceber nos usos vindos do Brasil, principalmente da imprensa, a forma sendo posta no feminino: a Covid-19. Antes mesmo de investigar o significado de Covid-19, minha intuição, com um quê de conhecimento especializado, me direcionou para um possível uso metonímico no Brasil, pois até então eu estava entendendo Covid-19 como o nome do vírus, não da doença que ele causa (percebo que muita gente ainda entende dessa forma).

Fato é que aqui na Espanha, a Real Academia de la Lengua (RAE), por tradição e poder, costuma se manifestar quando surgem novidades na língua como a que estou comentando. Num primeiro momento, a manifestação da instituição foi a de indicar que o emprego no feminino seria o correto. Entretanto, chegaram muitos comentários em discordância desse posicionamento. Em função disso, outra resposta veio: “O acrônimo Covid-19 que dá nome à doença causada pelo vírus Sars-CoV-2 é usado normalmente no masculino por influência do gênero de coronavírus e de outras doenças virais, que pegam por metonímia o nome do vírus que as causa”.

Interessante observar que nem a Real Academia Galega (RAG) nem a Academia Brasileira de Letras (ABL) se manifestaram a esse respeito — o que não é bom nem ruim, penso, mas apenas uma constatação. Acredito, inclusive, que no caso da ABL não há nenhuma expectativa sobre isso, tendo em vista seu histórico de pouca ou nenhuma ingerência na normatização linguística do português brasileiro. Notável, no entanto, é que numa visita à página da ABL, podemos encontrar o emprego no masculino: “ABL lança ações culturais de enfrentamento ao isolamento social provocado pelo COVID-19”.

Retorno, pois, à intuição linguística. Algo além do metonímico parece estar em jogo nesses usos. Parece haver uma tendência geral nas três línguas¹ para o masculino que pode estar atrelada à forma em si: a finalização em consoante (d) e, em seguida, a presença de um numeral (19). A pronúncia do português brasileiro, de forma geral, acrescenta a vogal [i] após o “d”. Mesmo assim, sua presença não pode ser considerada decisiva, já que não faz parte do grupo da tendência geral de -o para masculino e -a para feminino. Seria então a força do numeral que indica tal tendência? A isso só um aprofundamento na questão poderia responder.

(Disponível em: https://bit.ly/2JO4quy. Com adaptações.)

Observação 1: o autor refere-se às línguas Portuguesa (do Brasil), ao Galego e ao Espanhol. 

Leia o texto '“O” Covid-19 ou “A” Covid-19? Fatos linguísticos em tempos de pandemia' e, em seguida, analise as afirmativas a seguir:


I. No trecho “Exemplo disso é o tratamento que damos, especialistas ou não, ao gênero gramatical dos substantivos da língua que crescemos falando ou mesmo de uma língua estrangeira”, os pronomes realizam função anafórica a fim de evitar repetições e garantir progressão das ideias do texto.

II. O uso metonímico do vocábulo “Covid-19”, no Brasil, e a recomendação da Real Academia de la Lengua (RAE), na verdade, revelam, por convenção, tratar-se, a palavra, de um substantivo sobrecomum. Neste caso, em um exemplo como “o Covid-19 é terrível” (o qual não foi retirado do texto), o adjetivo estabelece relação de gênero com o artigo.


Marque a alternativa CORRETA:

Alternativas
Q1680729 Português
Analise as afirmativas a seguir:

I. Usam-se os pronomes “este, estes, esta, estas e isto” para indicar o tempo presente ou futuro bem distante em relação ao momento do discurso. Em geral, os empregos de cada pronome não possuem relação com a natureza gramatical ou semântica do substantivo representado, pois o gênero pronominal representativo de um nome indica sempre um verbo implícito. Por exemplo: “Lembro-me que este ano passará muito rápido”.

II. Usam-se os pronomes "este" e "isto" para indicar um verbo transitivo indireto flexionado na terceira pessoa ou para remeter a uma ideia temporal qualificada como imprecisa no momento do discurso. Em geral, esses pronomes contribuem para a realização de uma analogia ou de um discurso rico em referências externas não sintetizáveis.

III. Na língua portuguesa, os verbos formam uma classe rica em possibilidades flexionais, pois as oposições entre tempos e modos referem-se a uma ampla diversidade de tempos verbais, distribuídos nos modos indicativo e subjuntivo e formas nominais, e, entre categorias de número e pessoa, referem-se a três pessoas no singular e três pessoas no plural.

Marque a alternativa CORRETA:
Alternativas
Q1680728 Português
Analise as afirmativas a seguir:

I. Os pronomes são um conjunto fechado de palavras de uma língua que podem substituir, modificar ou retomar substantivos variados, ou frases derivadas deles, na formação de sentenças. Na língua portuguesa, os pronomes “esse, esses, essa, essas e isso” são sempre usados apenas para indicar um momento futuro relacionado a um verbo transitivo indireto ou a um advérbio de modo.

II. A derivação parassintética consiste na derivação através do uso de um prefixo e um sufixo, em uma mesma raiz. Ou seja, nesse tipo de derivação, ocorre a adjunção simultânea de prefixo e sufixo a um radical, de tal modo que a supressão de um ou de outro resulta necessariamente em uma forma existente na língua portuguesa. Em geral, esse modelo de derivação resulta em substantivos próprios ou em verbos irregulares.

III. A morfologia compreende o estudo de diversas classes gramaticais. Ao estudar morfologia, estuda-se a formação de palavras através de elementos morfológicos (ou mórficos), que são as unidades que formam uma palavra. Nesse contexto, o verbo, por exemplo, é a palavra que exprime uma quantidade, um número, uma ordem numérica, uma qualidade ou uma característica de um sujeito.

Marque a alternativa CORRETA:
Alternativas
Respostas
481: E
482: E
483: A
484: B
485: A
486: B
487: D
488: D
489: C
490: C
491: C
492: D
493: D
494: C
495: E
496: C
497: A
498: B
499: B
500: A