Questões de Concurso Sobre pronomes possessivos em português

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Q1679998 Português
TEXTO 
O texto abaixo servirá de base para responder a questão.

O BRASILEIRO E A LEITURA NA ATUALIDADE

(1º§) O brasileiro não lê. Ao menos é isso que eu tenho escutado hoje. Por obrigação profissional e por obsessão nas horas vagas, costumo conversar muito sobre livros. Atualmente, com uma frequência incômoda, não importa qual é a formação de quem fala comigo, essa frase se repete. Amigos, taxistas, colegas jornalistas, escritores e até executivos de editoras já me disseram que o brasileiro não lê.
(2º§) Quando temos dificuldade para entender uma frase, uma boa técnica de aprendizado é repeti-la várias vezes. Um dos meus primeiros professores de inglês me ensinou isso. Nunca pensei que fosse usar esse truque com uma frase em português. Mas, depois de ouvir tantas vezes que o brasileiro não lê, e de discordar tanto dos que dizem isso, resolvi tentar fazer esse exercício. Talvez enfim eu os entenda. Ou talvez eu me faça entender.
(3º§) O brasileiro não lê, mas a quantidade de livros produzidos no Brasil só cresceu nos últimos anos. Na pesquisa mais recente da Câmara Brasileira do Livro, a produção anual se aproximava dos 500 milhões de exemplares. Seriam aproximadamente 2,5 livros para cada brasileiro, se o brasileiro lesse.
(4º§) O brasileiro não lê, mas o país é o nono maior mercado editorial do mundo, com um faturamento de R$ 6,2 bilhões. Editoras estrangeiras têm desembarcado no país para investir na publicação de livros para os brasileiros que não leem. Uma das primeiras foi a gigante espanhola Planeta, em 2003. Naquela época, imagino, os brasileiros já não liam. Outras editoras vieram depois, no mesmo movimento incompreensível.
(5º§) O brasileiro não lê, mas desde 2004 o preço médio do livro caiu 40%, descontada a inflação. Entre os motivos para a queda estão o aumento nas tiragens, o lançamento de edições mais populares e a chegada dos livros a um novo público. Um mistério, já que o brasileiro não lê.
(6º§) O brasileiro não lê - e os poucos que leem, é claro, são os brasileiros ricos. Mas a coleção de livros de bolso da L&PM, conhecida por suas edições baratas de clássicos da literatura, vendeu mais de 30 milhões de exemplares desde 2002. Com seu sucesso, os livros conquistaram pontos de venda alternativos, como padarias, lojas de conveniência, farmácias e até açougues. As editoras têm feito um esforço irracional para levar seu acervo a mais brasileiros que não leem. Algumas já incluíram livros nos catálogos de venda porta-a-porta de grandes empresas de cosméticos. Não é preciso nem sair de casa para praticar o hábito de não ler.
(7º§) O brasileiro não lê, mas vez ou outra aparecem best-sellers por aqui. Esse é o nome dado aos autores cujos livros muitos brasileiros compram e, evidentemente, não leem. Uma delas, a carioca Thalita Rebouças, já vendeu mais de um milhão de exemplares. Seus textos são escritos para crianças e adolescentes - que, como todos sabemos, trocaram os livros pelos tablets e só querem saber de games. Outro exemplo é Eduardo Spohr, que se tornou um fenômeno editorial com seus romances de fantasia. Ele é o símbolo de uma geração de novos autores do gênero, que escrevem para centenas de milhares de jovens brasileiros que não leem.
(8º§) O brasileiro não lê - e, mesmo se lesse, só leria bobagens. Mas, há poucos meses, um poeta estava entre os mais vendidos do país. Em algumas livrarias, a antologia Toda poesia, de Paulo Leminski (1944-1989), chegou ao primeiro lugar. Ultrapassou a trilogia Cinquenta tons de cinza, até então a favorita dos brasileiros (e brasileiras) que não leem.
(...)

(Danilo Venticinque escreve às terças-feiras para a Revista EPOCA. 04.06.2014) - (Texto Adaptado)
(http://revistaepoca.globo.com/cultura/danilo-venticinque/noticia/2013/06/o-brasileiro-nao-le.html) - Disponível 05.01.2021ponível 05.01.2021
Marque a alternativa com enunciação CORRETA.
Alternativas
Q1679961 Português
TEXTO 01

O texto abaixo servirá de base para responder a questão.

 O BRASILEIRO E A LEITURA NA ATUALIDADE

(1º§) O brasileiro não lê. Ao menos é isso que eu tenho escutado hoje. Por obrigação profissional e por obsessão nas horas vagas, costumo conversar muito sobre livros. Atualmente, com uma frequência incômoda, não importa qual é a formação de quem fala comigo, essa frase se repete. Amigos, taxistas, colegas jornalistas, escritores e até executivos de editoras já me disseram que o brasileiro não lê.

(2º§) Quando temos dificuldade para entender uma frase, uma boa técnica de aprendizado é repeti-la várias vezes. Um dos meus primeiros professores de inglês me ensinou isso. Nunca pensei que fosse usar esse truque com uma frase em português. Mas, depois de ouvir tantas vezes que o brasileiro não lê, e de discordar tanto dos que dizem isso, resolvi tentar fazer esse exercício. Talvez enfim eu os entenda. Ou talvez eu me faça entender.

(3º§) O brasileiro não lê, mas a quantidade de livros produzidos no Brasil só cresceu nos últimos anos. Na pesquisa mais recente da Câmara Brasileira do Livro, a produção anual se aproximava dos 500 milhões de exemplares. Seriam aproximadamente 2,5 livros para cada brasileiro, se o brasileiro lesse.

(4º§) O brasileiro não lê, mas o país é o nono maior mercado editorial do mundo, com um faturamento de R$ 6,2 bilhões. Editoras estrangeiras têm desembarcado no país para investir na publicação de livros para os brasileiros que não leem. Uma das primeiras foi a gigante espanhola Planeta, em 2003. Naquela época, imagino, os brasileiros já não liam. Outras editoras vieram depois, no mesmo movimento incompreensível.

(5º§) O brasileiro não lê, mas desde 2004 o preço médio do livro caiu 40%, descontada a inflação. Entre os motivos para a queda estão o aumento nas tiragens, o lançamento de edições mais populares e a chegada dos livros a um novo público. Um mistério, já que o brasileiro não lê.

(6º§) O brasileiro não lê - e os poucos que leem, é claro, são os brasileiros ricos. Mas a coleção de livros de bolso da L&PM, conhecida por suas edições baratas de clássicos da literatura, vendeu mais de 30 milhões de exemplares desde 2002. Com seu sucesso, os livros conquistaram pontos de venda alternativos, como padarias, lojas de conveniência, farmácias e até açougues. As editoras têm feito um esforço irracional para levar seu acervo a mais brasileiros que não leem. Algumas já incluíram livros nos catálogos de venda porta-a-porta de grandes empresas de cosméticos. Não é preciso nem sair de casa para praticar o hábito de não ler.

(7º§) O brasileiro não lê, mas vez ou outra aparecem best-sellers por aqui. Esse é o nome dado aos autores cujos livros muitos brasileiros compram e, evidentemente, não leem. Uma delas, a carioca Thalita Rebouças, já vendeu mais de um milhão de exemplares. Seus textos são escritos para crianças e adolescentes - que, como todos sabemos, trocaram os livros pelos tablets e só querem saber de games. Outro exemplo é Eduardo Spohr, que se tornou um fenômeno editorial com seus romances de fantasia. Ele é o símbolo de uma geração de novos autores do gênero, que escrevem para centenas de milhares de jovens brasileiros que não leem.

(8º§) O brasileiro não lê - e, mesmo se lesse, só leria bobagens. Mas, há poucos meses, um poeta estava entre os mais vendidos do país. Em algumas livrarias, a antologia Toda poesia, de Paulo Leminski (1944-1989), chegou ao primeiro lugar. Ultrapassou a trilogia Cinquenta tons de cinza, até então a favorita dos brasileiros (e brasileiras) que não leem. (...)

(Danilo Venticinque escreve às terças-feiras para a Revista EPOCA. 04.06.2014) - (Texto Adaptado) (http://revistaepoca.globo.com/cultura/danilo-venticinque/noticia/2013/06/o-brasilei ro-nao-le.html) - Disponível 05.01.2021ponível 05.01.2021
Marque a alternativa com enunciação CORRETA.
Alternativas
Q1679039 Português

Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas do enunciado a seguir.


A indústria do fumo desenvolveu uma estratégia demoníaca __________ é __________ lucros imorais.

Alternativas
Q1679015 Português
Emissão de NF-e


A Receita Federal divulgou um levantamento que aponta que a média diária de vendas com nota fiscal eletrônica (NF-e) atingiu R$ 23,9 bilhões em junho de 2020. O percentual é o maior registrado até então no ano.

Uma nota fiscal eletrônica (NF-e) é um documento de existência apenas digital, originalmente. Ele é emitido e armazenado eletronicamente, com o intuito de documentar uma operação de circulação de mercadorias ou uma prestação de serviços, ocorrida entre as partes. Atualmente, ela é um dos mais importantes instrumentos de fiscalização tributária.

De acordo com os dados, as vendas em junho de 2020 aumentaram 15,6% em relação ao mês de maio de 2020 e 10,3% superior ao de junho de 2019, segundo o órgão. Entre abril e maio de 2020, por sua vez, houve um aumento de 9,1%.

De acordo com a Receita Federal, a alta emissão de NF-e reflete o movimento, principalmente, das vendas de empresas de médio e grande porte, bem como as vendas não presenciais de empresas para pessoas físicas.

As empresas de médio porte são aquelas cujo faturamento é maior que R$ 4,8 milhões e menor ou igual a R$ 300 milhões por ano. As empresas de grande porte, por sua vez, são aquelas que possuem um faturamento anual superior a R$ 300 milhões.

De acordo com a Receita Federal, os dados das vendas semanais permitem interpretar uma recuperação gradual da economia.

No total, após o pico de R$ 180 bilhões na última semana de maio de 2020, no mês de junho de 2020, as vendas semanais mostraram movimento superior a R$ 150 bilhões, exceto a semana do feriado de Corpus Christi (R$ 137 bilhões).

A última semana de junho de 2020 registrou vendas de R$ 177 bilhões.

O órgão também informou que, em 2020, o comércio eletrônico teve vendas crescentes em quantidade e em volume, com tendência de elevação intensificada a partir de março de 2020.

Em relação ao mesmo mês de 2019, a média diária de vendas apuradas com a NF-e cresceu 20,6% em março de 2020, 17,5% em abril de 2020, 37,4% em maio de 2020 e 73,0% em junho de 2020.

Por Ananda Santos, em 2020 (disponível em: https://bit.ly/2WmQieW). Com adaptações.
Leia o texto 'Emissão de NF-e' e, em seguida, analise as afirmativas abaixo:

I. No trecho "a última semana de junho de 2020 registrou vendas de R$ 207 bilhões", o pronome possessivo é utilizado para atribuir um destaque ou uma congruência ao argumento central da autora em favor da utilização da NF-e como um eficiente instrumento de fiscalização da atividade econômica.

II. As empresas do estado de Alagoas apresentaram um crescimento expressivo nas vendas com NF-e no primeiro trimestre de 2020, sendo 8,1% superior ao mesmo período do ano anterior, de acordo com as informações da Receita Federal do Brasil apresentadas no texto.

III. A Receita Federal informou que, em 2020, o comércio eletrônico teve vendas crescentes em quantidade e em volume, de acordo com a autora.

Marque a alternativa CORRETA:
Alternativas
Q1678699 Português
Referindo-se a pronomes, assinale a alternativa verdadeira, quanto aos itens:
I- Eu e tu exercem a função de sujeito, são pronomes pessoais do caso reto.
II- Mim e ti são pronomes do caso oblíquo, funcionam como complemento.
III- A forma Vossa (Excelência, Senhoria) é empregada quando se fala com a própria pessoa; a forma Sua (Excelência, Senhoria), quando se fala a respeito da pessoa.
IV- As formas seu(s), sua(s) podem, em certos contextos, gerar duplo sentido. Ex: Depois da festa, Pedro levou Daniela para sua casa. (Casa de Pedro ou de Daniela?).
V- Pronomes possessivos têm por função situar a posição de um ser no espaço, relativamente à 1ª pessoa do discurso (o falante); localizar no próprio texto, elementos já referidos, ou que serão referidos mais à frente; situar no tempo, um fato, ou uma informação.
Alternativas
Q1659326 Português

Leia o texto a seguir e responda à questão.


O piadista do Vaticano

Poggio Bracciolini redescobriu em documentos antigos a arte de contar piadas e virou o comediante da Renascença

Álvaro Oppermann


Um italiano chega a um mosteiro alemão e pergunta: "Vocês têm livro de humor grego?" Parece anedota, mas situações como essa eram comuns para Gian Francesco Poggio Bracciolini (1380-1459). Secretário de 8 papas, o funcionário graduado do Vaticano aproveitava as viagens de trabalho para praticar seu hobby: vasculhar bibliotecas. Entre pilhas de manuscritos em decomposição, Poggio localizou e copiou valiosas obras de gregos e romanos perdidas havia séculos. Mas seu grande achado foi uma coleção de piadas.

No século 15, elas eram mesmo item de colecionador. Abundantes e populares até o fim da Antiguidade - o autor romano Suetônio menciona 150 coletâneas à disposição de seus contemporâneos -, foram sendo banidas e esquecidas, vítimas da moral do cristianismo medieval.

Daí a alegria de Poggio quando encontrou, em um mosteiro no sul da Alemanha, o lendário Philogelos ("Amante do Riso"), uma antologia de humor grego do século 4. Seus contos de escatologia, adultério e burrice, que hoje eliminariam humoristas do Show do Tom, eram flashbacks hilariantes para a sombria Europa medieval. "Com a divulgação do Philogelos, a piada nasceu de novo, e Poggio foi o seu parteiro", escreveu seu biógrafo, William Sheperd, ele mesmo um precursor do humor involuntário. 

Em 1451, aos 70 anos, Poggio finalmente publicou sua própria obra humorística. O Liber Facetiarum ("Livro da Jocosidade"), ou apenas Facetiae, era uma coleção em latim de 273 anedotas, a primeira desde o Império Romano. Piadas hoje meio chochas ("Como eu quero que o barbeiro corte meu cabelo? Em silêncio!" ou "A esposa convidou o marido para jantar ou fazer amor... e não tinha comida em casa!") tornaram seu autor a sensação nas cortes italianas.

[ ...] 

O piadista do Vaticano morreu em Florença e virou estátua de Donatello. A imagem de Poggio ficou na frente do famoso Duomo até 1569, quando foi parar no topo da fachada da catedral, "reciclada" como um dos 12 apóstolos. Poggio, crítico dos pecados da Igreja, certamente acharia graça na canonização.


Revista SuperInteressante. Edição 263. Março de 2009. Disponível em:<http://super.abril.com.br/cultura/piadistavaticano-616655.shtml>. Acesso em: 19 de abril de 2012. (texto adaptado)

Leia as assertivas a seguir:
I. Em: ‘”Com a divulgação do Philogelos, a piada nasceu de novo, e Poggio foi o seu parteiro", escreveu seu biógrafo, William Sheperd [...]’”, o pronome ‘seu’, em negrito, estabelece uma relação de posse. II. Na variedade culta, a regência do verbo chegar, 1° parágrafo, implica o uso da preposição a. No entanto, na variedade coloquial, também ocorre o uso da proposição em. Neste caso, pode ser admitido: ‘Um italiano chega num mosteiro’. III. Em ‘A imagem de Poggio ficou na frente do famoso Duomo até 1569, quando foi parar no topo da fachada da catedral, [...]’, a conjunção ‘quando’ estabelece uma relação de temporalidade.
Assinale a alternativa CORRETA:
Alternativas
Q1647558 Português

Leia o texto a seguir para responder à questão.


    Como nosso modo de ser ainda é bastante romântico, temos uma tendência quase invencível para atribuir aos grandes escritores uma quota pesada e ostensiva de sofrimento e de drama, pois a vida normal parece incompatível com o gênio. Dickens desgovernado por uma paixão de maturidade, após ter sofrido em menino as humilhações com a prisão do pai; Dostoievsky quase fuzilado, atirado na sordidez do presídio siberiano, sacudido pela moléstia nervosa, jogando na roleta o dinheiro das despesas de casa; Proust enjaulado no seu quarto e no seu remorso, sufocado de asma, atolado nas paixões proibidas – são assim as imagens que prendem nossa imaginação.

    Por isso, os críticos que estudaram Machado de Assis nunca deixaram de inventariar e realçar as causas eventuais de tormento, social e individual: cor escura, origem humilde, carreira difícil, humilhações, doença nervosa. Mas depois dos estudos de JeanMichel Massa é difícil manter este ponto de vista. 

    Com efeito, os seus sofrimentos não parecem ter excedido aos de toda gente, nem a sua vida foi particularmente árdua. Mestiços de origem humilde foram alguns homens representativos no nosso Império liberal. Homens que, sendo da sua cor e tendo começado pobres, acabaram recebendo títulos de nobreza e carregando pastas ministeriais. Não exageremos, portanto, o tema do gênio versus destino. Antes, pelo contrário, conviria assinalar a normalidade exterior e a relativa facilidade da sua vida pública. Tipógrafo, repórter, funcionário modesto, finalmente alto funcionário, a sua carreira foi plácida. A cor parece não ter sido motivo de desprestígio, e talvez só tenha servido de contratempo num momento brevemente superado, quando casou com uma senhora portuguesa. E a sua condição social nunca impediu que fosse íntimo desde moço dos filhos do Conselheiro Nabuco, Sizenando e Joaquim, rapazes finos e cheios de talento.

    Se analisarmos a sua carreira intelectual, verificaremos que foi admirado e apoiado desde cedo, e que aos cinqüenta anos era considerado o maior escritor do país, objeto de uma reverência e admiração gerais, que nenhum outro romancista ou poeta brasileiro conheceu em vida, antes e depois dele. (...) Quando se cogitou fundar a Academia Brasileira de Letras, Machado de Assis foi escolhido para seu mentor e presidente, posto que ocupou até morrer. Já então era uma espécie de patriarca das letras, antes dos sessenta anos.  

    Patriarca (sejamos francos) no bom e no mau sentido. Muito convencional, muito apegado aos formalismos, era capaz, sob este aspecto, de ser tão ridículo e mesmo tão mesquinho quanto qualquer presidente de Academia. Talvez devido a certa timidez, foi desde moço inclinado ao espírito de grupo e, sem descuidar as boas relações com grande número, parece que se encontrava melhor no círculo fechado dos happy few. A Academia surgiu, na última parte de sua vida, como um desses grupos fechados onde a sua personalidade encontrava apoio; e como dependia dele em grande parte o beneplácito para os membros novos, ele atuou com uma singular mistura de conformismo social e sentimento de clique, admitindo entre os fundadores um moço ainda sem expressão, como Carlos Magalhães de Azeredo, só porque lhe era dedicado e ele o estimava –, motivos que o levaram a dar ingresso alguns anos depois a Mário de Alencar, ainda mais medíocre. No entanto, barrava outros de nível igual ou superior, como Emílio de Meneses, não por motivos de ordem intelectual, mas porque não se comportavam segundo os padrões convencionais, que ele respeitava na vida de relação.

    Sendo assim, parece não haver dúvida que a sua vida foi não apenas sem aventuras, mas relativamente plácida, embora marcada pelo raro privilégio de ser reconhecido e glorificado como escritor, com um carinho e um preito que foram crescendo até fazer dele um símbolo do que se considera mais alto na inteligência criadora.

CANDIDO, Antonio. Esquema de Machado de Assis. In: Vários escritos. 3ª ed. ver. e ampl. São Paulo: Duas Cidades, 1995.

Sobre o terceiro parágrafo do texto acima, levando-se em consideração as recomendações da gramática normativa tradicional, é correto afirmar que
Alternativas
Q1638933 Português
Assinale a alternativa em que se tem sublinhado CORRETAMENTE um pronome possessivo:
Alternativas
Q1637896 Português

Texto



OLIVEIRA, Regis Fernandes de & HORVATH, Estevão. Manual de direito financeiro. 6 ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2003, p. 83

Escreva (C) para certo e (E) para errado.


( ) O verbo inserir apresenta duas possibilidades de particípio: inserto (a) ou inserido (a).


( ) No segundo período do texto, os pronomes o (descreve-o) e seu (seu atendimento), devidamente sublinhados, referem-se a plano de ação".


( ) Em “previsão de despesas” (linhas 5 e 6), a expressão completada pode ser básica como objeto indireto.


( ) Em opera-se a despesa" (linhas 15 e 16), o se é partícula expletiva.


( ) A última oração do Texto está na voz passiva.



A sequência correta, de cima para baixo, é:

Alternativas
Q1636965 Português

Texto para a questão


Luiz Alberto Marinho. Sociedade descartável. In: Vida Simples, dez./2008, p. 80 (com adaptações).

Assinale a opção correta a respeito da associação entre as estruturas linguísticas e os argumentos do texto.
Alternativas
Q1636740 Português

Texto I



Texto II




Texto III



Considerando os textos I, II e III, julgue as idéias e a correção gramatical do item que se segue.


Nas linhas 2 e 3 do texto III, “Sua” refere-se, respectivamente, à ética capitalista e à moral capitalista hodiernas.

Alternativas
Ano: 2011 Banca: TJ-SC Órgão: TJ-SC Prova: TJ-SC - 2011 - TJ-SC - Engenheiro Civil |
Q1635844 Português

“Os governos não são apenas vorazes. Além de devorar uma fatia do bolo desproporcional ao valor dos seus serviços, o setor público ainda atrapalha a produção, mantendo impostos e contribuições de baixíssima qualidade: o Estado balofo e ineficiente se alimenta de tributos nocivos ao investimento, à criação de empregos, à inovação e à competitividade.” (O Estado de S. Paulo, 1.6.2010)


Analise a classe a que pertencem as palavras grifadas no texto e aponte a classificação ERRADA:

Alternativas
Q1635491 Português

Instrução: A questão refere-se ao texto abaixo. 


Considere a seguinte relação de pronomes do texto e de elementos por eles recuperados.


I - las (l. 06) – casas (l. 04)

II - sua (l. 10) – as opiniões (l. 08)

III - lo (l. 24) – esse direito (l. 22)

IV - eles – (l. 39) – os homens (l. 37)


Quais estão corretas?

Alternativas
Q1630137 Português

Eles não foram ao cinema.”


O pronome em destaque na oração a seguir é classificado como

Alternativas
Q1627506 Português

Até O Fim

Chico Buarque


Quando eu nasci veio um anjo safado

O chato "dum" querubim

E decretou que eu estava predestinado

A ser errado assim

Já de saída a minha estrada entortou

Mas vou até o fim


"Inda" garoto deixei de ir à escola

caçaram meu boletim

Não sou ladrão, eu não sou bom de bola

Nem posso ouvir clarim

Um bom futuro é o que jamais me esperou

Mas vou até o fim 


Eu bem que tenho ensaiado um progresso

Virei cantor de festim

Mamãe contou que eu faço um bruto sucesso

Em Quixeramobim

Não sei como o maracatu começou

Mas vou até o fim


Por conta de umas questões paralelas

Quebraram meu bandolim

Não querem mais ouvir as minhas mazelas

E a minha voz chinfrim

Criei barriga, a minha mula empacou

Mas vou até o fim 


Não tem cigarro acabou minha renda

Deu praga no meu capim

Minha mulher fugiu com o dono da venda

O que será de mim?

Eu já nem lembro "pronde" mesmo que vou

Mas vou até o fim  


Como já disse é um anjo safado

O chato "dum" Querubim

Que decretou que eu estava predestinado

A ser todo ruim

Já de saída a minha estrada entortou

Mas vou até o fim 

Fonte: Link: http://www.vagalume.com.br/chico-buarque/ate-o-fim-letras.html#ixzz40pxLnx3y 

Classifique morfossintaticamente a palavra grifada na oração “Minha mulher fugiu com o dono da venda”, retirada da canção de Chico Buarque, e assinale a alternativa correta.
Alternativas
Q1627232 Português
O suor e a lágrima
                                        (Carlos Heitor Cony)
Fazia calor no Rio, 40 graus e qualquer coisa, quase 41. No dia seguinte, os jornais diriam que fora o mais quente deste verão que inaugura o século e o milênio. Cheguei ao Santos Dumont, o voo estava atrasado, decidi engraxar os sapatos. Pelo menos aqui no Rio, são raros esses engraxates, só existem nos aeroportos e em poucos lugares avulsos.

Sentei-me naquela espécie de cadeira canônica, de coro de abadia pobre, que também pode parecer o trono de um rei desolado de um reino desolante.

O engraxate era gordo e estava com calor — o que me pareceu óbvio. Elogiou meus sapatos, cromo italiano, fabricante ilustre, os Rosseti. Uso-o pouco, em parte para poupá-lo, em parte porque quando posso estou sempre de tênis.

Ofereceu-me o jornal que eu já havia lido e começou seu ofício. Meio careca, o suor encharcou-lhe a testa e a calva. Pegou aquele paninho que dá brilho final nos sapatos e com ele enxugou o próprio suor, que era abundante.

Com o mesmo pano, executou com maestria aqueles movimentos rápidos em torno da biqueira, mas a todo instante o usava para enxugar-se — caso contrário, o suor inundaria o meu cromo italiano.

E foi assim que a testa e a calva do valente filho do povo ficaram manchadas de graxa e o meu sapato adquiriu um brilho de espelho à custa do suor alheio. Nunca tive sapatos tão brilhantes, tão dignamente suados.

Na hora de pagar, alegando não ter nota menor, deixei-lhe um troco generoso. Ele me olhou espantado, retribuiu a gorjeta me desejando em dobro tudo o que eu viesse a precisar nos restos dos meus dias.

Saí daquela cadeira com um baita sentimento de culpa. Que diabo, meus sapatos não estavam tão sujos assim, por míseros tostões, fizera um filho do povo suar para ganhar seu pão. Olhei meus sapatos e tive vergonha daquele brilho humano, salgado como lágrima.

(http://www.releituras.com/cony_menu.asp)
Na frase “Meio careca, o suor encharcou-lhe a testa e a calva”, o pronome pessoal oblíquo destacado assume o valor de pronome:
Alternativas
Q1626948 Português
Leia o texto.

Brasileiro, homem do amanhã

Há em nosso povo duas constantes que nos induzem a sustentar que o Brasil é o único país brasileiro de todo o mundo. Brasileiro até demais. Colunas de brasilidade, as duas colunas são: a capacidade de dar um jeito; a capacidade de adiar.
    A primeira é ainda escassamente conhecida, e nada compreendida, no exterior; a segunda, no entanto, já anda bastante divulgada lá fora, sem que, direta ou sistematicamente, o corpo diplomático contribua para isso.
    Aquilo que Oscar Wilde e Mark Twain diziam apenas por humorismo (nunca se fazer amanhã aquilo que se pode fazer depois de amanhã), não é no Brasil uma deliberada norma de conduta, uma diretriz fundamental. Não, é mais, bem mais forte do que qualquer princípio da vontade: é um instinto inelutável, uma força espontânea da estranha e surpreendente raça brasileira.
    Para o brasileiro, os atos fundamentais da existência são: nascimento, reprodução, procrastinação e morte (esta última, se possível, também adiada).

Adiamos em virtude dum verdadeiro e inevitável estímulo inibitório, do mesmo modo que protegemos os olhos com a mão ao surgir na nossa frente um foco luminoso intenso. A coisa deu em reflexo condicionado; proposto qualquer problema a um brasileiro, ele reage de pronto com as palavras: logo à tarde; só à noite; amanhã; segunda-feira; depois do Carnaval; no ano que vem. Adiamos tudo: o bem e o mal, o bom e o mau, que não se confundem, mas tantas vezes se desemparelham. Adiamos o trabalho, o encontro, o almoço, o telefonema, o dentista, o dentista nos adia, a conversa séria, o pagamento do imposto de renda, as férias, a reforma agrária, o seguro de vida, o exame médico, a visita de pêsames, o conserto do automóvel, o concerto de Beethoven, o túnel de Niterói, a festa de aniversário da criança, as relações com a China, tudo. Até o amor. Só a morte e a promissória são mais ou menos pontuais entre nós. Mesmo assim, há remédio para a promissória: o adiamento bi ou trimestral da reforma, uma instituição sacrossanta no Brasil.
    Quanto à morte, não devem ser esquecidos dois poemas típicos do Romantismo: na Canção do Exílio, Gonçalves Dias roga a Deus não permitir que ele morra sem que volte para lá, isto é, para cá. Já Álvares de Azevedo tem aquele poema famoso cujo refrão é sintomaticamente brasileiro: “Se eu morresse amanhã”. Como se vê, nem os românticos aceitavam morrer hoje, postulando a Deus prazos mais confortáveis.
    Sim, adiamos por força de um incoercível destino nacional, do mesmo modo que, por obra do fado, o francês poupa dinheiro, o inglês confia no Times, o português adora bacalhau, o alemão trabalha com furor disciplinado, o espanhol se excita com a morte, o japonês esconde o pensamento, o americano escolhe sempre a gravata mais colorida.
    O brasileiro adia; logo existe.
    A divulgação dessa nossa capacidade autóctone para a incessante delonga transpõe as fronteiras e o Atlântico. A verdade é que já está nos manuais. Ainda há pouco, lendo um livro francês sobre o Brasil, incluído numa coleção quase didática de viagens, encontrei no fim do volume algumas informações essenciais sobre nós e nossa terra. Entre endereços de embaixadores e consulados, estatísticas, indicações culinárias o autor intercalou o seguinte tópico:

DES MOST (*palavras)
  •  Hier: ontem
  •  Aujourd’hui: hoje
  •  Demain: amanhã

Le seul importante est le dernier (*a única palavra importante é a última)

A única palavra importante é amanhã. Ora, esse francês astuto agarrou-nos pela perna. O resto eu adio para a semana que vem.
Paulo Mendes Campos
Observe as frases.
A. Estes alunos, não os conheço.
B. As pessoas, sempre chegam depois do horário.
C. Encontrei-o no mesmo lugar, que duas horas antes, recebeu-me.
D. Vamos esperar que Vossa Senhoria manifeste vossa escolha.
E. Ele pára de falar para olhar a menina que passa, enquanto outros lêem despreocupadamente aquela notícia no mural do corredor.
Analise as afirmativas abaixo feitas sobre as frases.
1. Em A, a vírgula está correta, assim como em B e a justificativa de uso é a mesma para ambas as frases. 2. Em A, temos um exemplo de pleonasmo como figura de linguagem.
3. Em C, temos uma redação de acordo com a norma culta.
4. Em D, há impropriedade no uso de pronome possessivo.
5. Em E, a acentuação segue as regras do novo acordo ortográfico.
Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.
Alternativas
Q1623396 Português
Leia o Conto abaixo, intitulado “Para que ninguém a quisesse” e responda a questão. 

      Porque os homens olhavam demais para a sua mulher, mandou que descesse a bainha dos vestidos e parasse de se pintar. Apesar disso, sua beleza chamava a atenção, e ele foi obrigado a exigir que eliminasse os decotes, jogasse fora os sapatos de saltos altos. Dos armários tirou as roupas de seda, da gaveta tirou todas as jóias. E vendo que, ainda assim, um ou outro olhar viril se acendia à passagem dela, pegou a tesoura e tosquiou-lhe os longos cabelos.
    Agora podia viver descansado. Ninguém a olhava duas vezes, homem nenhum se interessava por ela. Esquiva como um gato, não mais atravessava praças. E evitava sair. Tão esquiva se fez, que ele foi deixando de ocupar-se dela, permitindo que fluísse em silêncio pelos cômodos, mimetizada com os móveis e as sombras.
    Uma fina saudade, porém, começou a alinhavar-se em seus dias. Não saudade da mulher. Mas do desejo inflamado que tivera por ela.
    Então lhe trouxe um batom. No outro dia um corte de seda. À noite tirou do bolso uma rosa de cetim para enfeitar-lhe o que restava dos cabelos.
    Mas ela tinha desaprendido a gostar dessas coisas, nem pensava mais em lhe agradar. Largou o tecido em uma gaveta, esqueceu o batom. E continuou andando pela casa de vestido de chita, enquanto a rosa desbotava sobre a cômoda.
(COLASANTI, Marina. “Para que ninguém a quisesse”. In: Contos de amor rasgados. Rio de Janeiro: Rocco, 1986. P. 111-2).
No fragmento textual “Ninguém a olhava duas vezes, homem nenhum se interessava por ela”, os vocábulos destacados são classificados, na sequência, de acordo com a classe gramatical em
Alternativas
Q1622978 Português
Arespeito dos vínculos de coesão textual estabelecidos por alguns pronomes, pode-se afirmar:

I- “O” (-lo) e “SEU” (linhas 2 e 4), referem-se, ambos, a um mesmo referente citado no início do trecho.

II- “...ela afirma no poder aqueles que têm o principado do berço,” (linhas 4 e 5). A palavra destacada é um pronome relativo e tem como referente “ela” (linha 5).

III- O pronome “AQUELES” (linha 5) tem como referente um elemento extratextual.

IV- “ESTA” (linha 6) está empregado em desacordo com a norma gramatical, para se adequar à norma deveria ter sido usado “ESSA”, pois refere-se a um elemento textual já citado no texto.

Está CORRETO o que se afirma em
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Q1618686 Português
"Mas advertem que são necessários mais estudos para verificar se os resultados..." (linhas 14 a 16).
Sobre a partícula “se” destacada, assinale a alternativa correta:
Alternativas
Respostas
301: B
302: E
303: D
304: B
305: A
306: E
307: C
308: B
309: E
310: E
311: C
312: D
313: E
314: A
315: D
316: D
317: B
318: C
319: A
320: D