Questões de Português - Pronomes relativos para Concurso

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Q1140202 Português

      Estamos tão acostumados a ler e escrever na nossa vida diária, que não percebemos que nem todos leem e escrevem como nós, mesmo os que vivem bem próximo. Em muitas famílias de classe social baixa, escrever pode se restringir apenas a assinar o próprio nome ou, no máximo, a redigir listas de palavras e recados curtos. Para quem vive nesse mundo, escrever como a escola propõe pode ser estranhíssimo, indesejável, inútil. Porém, os que vivem num meio social onde se leem jornais, revistas, livros, onde os adultos escrevem frequentemente e as crianças, desde muito cedo, têm seu estojo cheio de lápis, canetas, borrachas, régua etc. acham muito natural o que a escola faz, porque, na verdade, representa uma continuação do que já faziam e esperavam que a escola fizesse. Portanto, alfabetizar grupos sociais que encaram a comunicação como uma simples garantia de sobrevivência na sociedade é diferente de alfabetizar grupos sociais que acham que a escrita e fala, além de necessária, é uma forma de expressão individual de arte, de passatempo. [...]

      Ninguém escreve ou lê sem motivo, sem motivação. É justamente por isso que, em certas culturas, o uso da escrita se apresenta como algo secundário e dispensável mesmo e, em outras, como absolutamente imprescindível. Essa atitude perante a escrita não se observa só comparando, por exemplo, a cultura europeia com a cultura de tribos indígenas. Atitudes conflitantes com relação à escrita se podem observar numa grande cidade. Entre seus habitantes, sem dúvida alguma, todos necessitam de um modo ou de outro saber ler certas coisas, mas o número cai enormemente quando se conta quem necessita produzir a escrita na proporção do que lê. Muitas pessoas podem até ler jornal todos os dias, mas escrevem raramente.  

      Não basta saber escrever, para escrever. É preciso ter uma motivação para isso. Grande parte da população das cidades trabalha em serviços que não exigem a escrita. Por isso, os programas de alfabetização – sobretudo de adultos – precisam ser elaborados não em função de uma cultura julgada ideal e excelente para todos, mas de acordo com as reais necessidades e anseios de cada um. A arte literária não é motivação para a escrita para todas as pessoas [...].

      A escrita se diferencia de outras formas de representação do mundo, não só porque induz à leitura, mas também porque essa leitura é motivada, isto é, quem escreve, diferentemente por exemplo de quem desenha, pede ao leitor que interprete o que está escrito, não pelo puro prazer de fazê‐lo, mas para realizar algo que a escrita indica. [...]

      A motivação da escrita é sua própria razão de ser; a decifração constitui apenas um aspecto mecânico de seu funcionamento. Assim, a leitura não pode ser só decifração; deve, através da decifração, chegar à motivação do que está escrito, ao seu conteúdo semântico e pragmático completo. Por isso é que a leitura não se reduz à somatória dos significados individuais dos símbolos (letras, palavras etc.), mas obriga o leitor a enquadrar todos esses elementos no universo cultural, social, histórico etc. em que o escritor se baseou para escrever.

(CAGLIARI, Luiz Carlos. Alfabetização e linguística. 11. Ed. São Paulo: Scipione, 2010.)

No texto, é necessário o emprego de alguns mecanismos coesivos em sua construção. Dentre eles destaca‐se como elemento de função anafórica o indicado em:
Alternativas
Q1139517 Português

1.       A World Wide Web, ou www, completou três décadas de existência. Sua invenção mudou a cara da internet. A ideia foi do físico britânico Tim Berners-Lee, quando tinha 33 anos. Naquela época, a internet já operava havia duas décadas, mas de forma bem diferente. Com recursos restritos, era usada principalmente para troca de informações entre pesquisadores da área acadêmica.

2.       “A www transformou-se em um componente fundamental da internet moderna”, afirma Fabio Kon, professor do Instituto de Matemática e Estatística da Universidade de São Paulo. “A rede trouxe muitas coisas boas e já não conseguimos mais viver sem as comodidades que ela proporciona. Mas, por outro lado, ela amplifica alguns fenômenos negativos e indesejados que já existiam na sociedade.”

3.       Nas comemorações dos 30 anos da web, Berners-Lee expressou preocupação com o rumo que vem tomando a internet. Em carta aberta, listou três áreas que, para ele, prejudicam a web: intenções maliciosas; projetos duvidosos, entre eles modelos de negócios que recompensam cliques; e consequências negativas não intencionais da rede, com destaque para discussões agressivas e polarizadas.

4.       “Precisamos de um novo contrato para a web”, declarou Berners-Lee em uma conferência sobre tecnologia da internet. “Algumas questões de regulamentação têm que envolver governos. Outras claramente incluem as empresas. Se você for provedor de acesso, precisa se comprometer a entregar neutralidade de rede. Se for uma companhia de rede social, precisa garantir que as pessoas tenham controle sobre seus dados.”

5.       “Desde sua origem, a internet se propôs a ser plural e de acesso amplo”, ressalta a advogada Cíntia Rosa Pereira de Lima, líder do grupo de pesquisa Observatório do Marco Civil da Internet no Brasil

6.       A pesquisadora assinala também alguns problemas decorrentes das mudanças geradas pela internet. “Percebo que, com a proliferação das redes sociais, as pessoas passaram a se preocupar mais com a quantidade de relacionamentos, desconsiderando a qualidade deles”.

7.       Um dos pioneiros da internet no país, o engenheiro Demi Getschko admite que a rede enfrenta problemas, mas defende que o que vemos nela, conforme já expresso pelo matemático Vint Cerf, um de seus fundadores, é a representação daquilo que existe no mundo real. “A maioria das pessoas envolvidas com ela é bem-intencionada, mas existe uma ânsia de participar, de falar sem pensar, que com o tempo, esperamos, vai assentar. Tenho dúvidas sobre a eficiência de normatizações para corrigir os excessos na rede. Como ela não tem fronteiras, qualquer legislação local tende a falhar.”

(Adaptado de: VASCONCELOS, Yuri. Disponível em: revistapesquisa.fapesp.br

Está correto o emprego do elemento sublinhado na frase:
Alternativas
Q1138480 Português

Leia os quadrinhos para responder à questão.



Em conformidade com a norma-padrão, as lacunas do segundo e do terceiro quadrinhos devem ser preenchidas, respectivamente, com:
Alternativas
Q1138427 Português

                           Cachorrinhos quase humanos

                                                                                                            Clara Braga


      Observei que ultimamente o termo “pais de pets” tem se popularizado e eu acho isso muito legal! Eu mesma me considero mãe de pet, tenho uma cadelinha linda, que é uma companheira da família, principalmente do meu filho.

      Mas, uma coisa me preocupou em relação a algumas pessoas com quem conversei nos últimos dias. Não foi uma ou duas, foram algumas várias pessoas que compartilharam do mesmo pensamento. Todas disseram que decidiram ter um cachorro ou um gato para ver se levavam jeito para serem pais e, então, decidirem se teriam ou não filhos humanos!

     Lembrei-me do dia que minha cadelinha chegou em casa: coloquei água, ração, deixei um brinquedinho à disposição e fui trabalhar. Então, lembrei-me de quando meu filho chegou: choro de 3 em 3 horas, peito rachado por causa da amamentação, pacotes e mais pacotes de fraldas e, para sair de casa, parecia que estávamos de mudança. Lembrei-me das cólicas que minha cadela nunca teve, das febres altas e viroses que ela nunca experimentou, dos quilos de roupas golfadas que nunca precisei lavar dela e dos banhos que são apenas semanais e não diários! 

      A gente ama os pets como se fossem filhos, eles são da família, aparecem nas fotos de natal, têm seu próprio book, dormem na nossa cama, estão sempre do nosso lado, se ficam doentes, a gente sofre, mas mesmo doentes não dão o trabalho que uma criança dá!

      Comparar as situações é injusto até com o pet, já que ele também não sabe se está preparado para a chegada de um mini humano. Só o pet sabe o que é ter seu rabo puxado constantemente, ver seu pote de água sendo virado, ver brinquedos espalhados no chão e não poder brincar, enfim, aposto que eles também têm suas dúvidas!

      E sabe quem mais tem dúvida? Quem já é pai e mãe, pois eles sabem que tudo que funcionou com um pode não funcionar com o segundo, então bate o pânico de novo! Ou seja, nada se compara a ter um filho, nem ter um filho!

      Verdade seja dita, nós nunca estamos preparados, contudo damos um jeito. Depois de um dia difícil, segurar seu filho no colo, ganhar um beijo e um sorriso, faz você entender todo o resto. Não te faz esquecer, não te deixa menos cansado, não faz você levantar e sair cantando e dançando como se estivesse em um musical, mas faz você entender, principalmente se junto você tiver seu pet pronto para também ganhar e dar carinho para todo mundo.


Adaptado de: http//www.cronicadodia.com.br/2019/12/cachorrinhos-quase-humanos-clara-braga.html. Acesso em: 10 dez. 2019.

Na frase “Lembrei-me das cólicas que minha cadela nunca teve”, o termo em destaque é
Alternativas
Q1138261 Português

Programa detecta 90% de precisão se a autoria de um texto é falsa


      Pense bem antes de considerar colar no seu próximo trabalho escrito. Pesquisadores da Universidade de Copenhague, na Dinamarca, combinaram uma grande base de dados com inteligência artificial para criar um sistema que determina se um texto é original ou foi copiado da internet.

     A pesquisa coletou 130 mil redações de estudantes de 10 mil escolas dinamarquesas, e o sistema adivinhou, com 90% de acerto, quais eram falsos. Já existem programas capazes de identificar se um texto foi plagiado de um artigo previamente publicado. Um exemplo é o Lectio, usado nas escolas da Dinamarca. As coisas complicaram quando os alunos começaram a contratar outras pessoas para fazer seus textos, os ghostwriters. A situação é muito expressiva principalmente no último ano do colegial, quando os alunos precisam entregar um trabalho final – como se fosse um TCC do Ensino Médio.

      No caso de a redação ter sido escrita por um ghostwriter, os programas utilizados atualmente não são tão eficientes. A técnica criada pelos cientistas identifica diferenças no estilo de escrita do aluno comparando seus textos anteriores. Alguns aspectos que o programa procura são tamanho das palavras, estrutura das frases e como as palavras são usadas. Um exemplo é a própria palavra “exemplo” — ela pode ser escrita inteira ou usando uma abreviação, como ex.

      Por enquanto, o novo programa, chamado Ghostwriter, ainda está em fase de pesquisa. Os autores do estudo acreditam que em breve ele poderá ser levado para dentro das escolas, mas antes disso é preciso existir um debate ético. O programa não deve ser o único recurso utilizado para identificar a falsidade do texto. Ele pode indicar ou suspeitar da legitimidade do autor, mas quem deve dar a palavra final são seres humanos.

        O Ghostwriter também pode ser útil em outras áreas. Ele pode analisar grandes quantidades de documentos e ajudar a polícia a identificar quais deles são falsificados. Ele também contribui para separar os tweets de usuários verdadeiros daqueles que foram pagos ou feitos por robôs. No Brasil – em que até receita de miojo recebe nota boa no Enem – a tecnologia será muito bem-vinda.


Maria Clara Rossini. Disponível em: https://super.abril.com.br. Acesso em 5/7/2019


Em: “Alguns aspectos que o programa procura...”, o pronome relativo foi empregado corretamente, obedecendo às regras de regência. Marque a opção em que o pronome relativo também foi corretamente empregado.
Alternativas
Respostas
926: B
927: C
928: D
929: A
930: E