Questões de Concurso Comentadas sobre português
Foram encontradas 59.299 questões
Texto 2 para responder as questões de 6 a 10.
1 Um estudo divulgado pela Organização
Internacional do Trabalho (OIT) indica que mais de dois
milhões de pessoas morrem por ano, no mundo, em
4 consequência de doenças relacionadas ao trabalho.
De acordo com o estudo, 317 milhões de acidentes
laborais não mortais ocorrem a cada ano. Isso significa que,
7 a cada 15 segundos, um trabalhador morre de acidentes ou
doenças relacionadas ao trabalho, e também a cada 15
segundos, 115 trabalhadores sofrem um acidente laboral.
10 Entre os principais problemas, estão as doenças
pulmonares causadas pela inalação de partículas de silício,
carbono e amianto. Na China, essa enfermidade, segundo o
13 estudo, atinge 80% dos casos. Na Índia, cerca de 10 milhões
de trabalhadores em minas apresentaram problemas por
inalação de silício. No Brasil, o estudo aponta que 6,6
16 milhões de trabalhadores estão expostos a essas substâncias
tóxicas.
O estudo aponta ainda que os transtornos
19 musculoesqueléticos e mentais (TME) atingem
principalmente os trabalhadores da Europa. As empresas
enfrentam o assédio cada vez mais psicológico, assédio
22 moral, assédio sexual e outras formas de violência
psicológica. Para lidar com o estresse, os trabalhadores, às
vezes, adotam comportamentos pouco saudáveis, como o
25 abuso do álcool ou o uso de drogas, o que pode desenvolver
doenças psíquicas, tais como a depressão ou a dependência
química.
28 Para a OIT, a ausência de uma prevenção adequada
das enfermidades profissionais tem profundos efeitos
negativos não somente nos trabalhadores e suas famílias,
31 mas também na sociedade devido ao enorme custo gerado,
particularmente no que diz respeito à perda de produtividade
e à sobrecarga dos sistemas de seguridade social. A
34 prevenção é mais eficaz e tem menos custo que o tratamento
e a reabilitação. Todos os países podem tomar medidas
concretas para melhorar sua capacidade de prevenção das
37 enfermidades profissionais ou relacionadas ao trabalho.
Disponível em: < http://g1.globo.com>. com adaptações.
Texto 1 para responder as questões de 1 a 5.
1 O trabalho, no decorrer da história, foi ocupando a
maior parte do tempo do ser humano. O que, de início, era
para suprir suas necessidades básicas de subsistência passa
4 a ser, principalmente após a Revolução Industrial, o ponto
central da vida do homem.
O homem, dessa forma, passa maior parte de sua
7 vida em seus locais de trabalho, dedicando sua força, energia
e esforços para as organizações. Ou seja, disponibilizando
maior parte do seu tempo ao trabalho do que propriamente
10 com suas famílias e amigos.
Além disso, com o avanço tecnológico, o “local de
trabalho” pode ser em qualquer lugar: em viagens, casa,
13 hotéis etc; em todos os locais, pode-se “trabalhar” para a
organização.
Indo mais além, mesmo quando o homem tenta “se
16 desligar”, não estando no local de trabalho e nem mesmo
conectado utilizando os recursos tecnológicos, mesmo
assim, a vida do homem gira em função do trabalho. O nível
19 de pressão por resultados, a concorrência e a complexidade
por um espaço no mercado fazem com que o trabalho seja
uma constante na vida do homem moderno.
22 A organização, por outro lado, percebe, cada vez
mais, a importância do ser humano para o alcance de
resultados, pois a capacidade de raciocínio, de criatividade,
25 de solucionar problemas está presente nas pessoas, e não nas
máquinas. Dessa forma, a organização passa a se preocupar
em oferecer um ambiente que traga ao indivíduo conforto,
28 respeito, segurança e bem-estar, entre outros. Ou seja, a
organização deve oferecer um ambiente propício e que
favoreça o uso de suas capacidades.
31 ___Muitos fatores contribuem para uma não qualidade
de vida, por isso devem ser identificados e combatidos com
políticas e ações que visem minimizar, ou mesmo eliminar,
34 esses males que afetam, não somente o trabalho, mas
35 também a vida familiar e social dos colaboradores.
SIMPEP , XII. Anais. Bauru: Universidade Estadual Paulista, 2006, com adaptações
No período “O trabalho, no decorrer da história, foi ocupando a maior parte do tempo do ser humano.” (linhas 1 e 2), o uso das vírgulas justifica-se para
A pontuação está INCORRETAMENTE empregada em:
Texto para as questões de 1 a 7.
1 __ Na era da informação e de uma economia cada vez
mais global, as novas descobertas tecnológicas se superam
em uma velocidade sem precedentes na história. Nesse
4 cenário, os desafios e as exigências que o mercado apresenta
aos profissionais de radiologia e às instituições de saúde
requerem flexibilidade e capacidade de absorção rápida
7 das inovações do setor. Assim, o técnico em radiologia deve
investir no constante aprendizado para o manejo das novas
tecnologias, levando em consideração a evolução
10 permanente dos processos na medicina diagnóstica. Nesse
contexto, a aquisição de expertise na radiologia digital é
fundamental, já que a substituição do filme radiográfico pela
13 representação computadorizada facilita o trabalho do
profissional em diversas vertentes, tais como: a possibilidade
de ajustes (contrastes) ou ampliação de imagens; o
16 armazenamento das imagens em nuvem, que permite sua
visualização por meio de qualquer dispositivo com acesso à
Internet; e o compartilhamento das imagens digitalizadas
19 entre outros profissionais (mesmo que estejam fora das
instituições), que facilita o processo de tomada de decisão.
Além disso, os avanços tecnológicos na área da radiologia
22 favorecem a redução significativa da dose de exposição dos
pacientes à radiação, a diminuição de custos, devido à
eliminação de filmes radiográficos, a diminuição dos danos
25 socioambientais provocados pelo uso do filme e de
reveladores químicos e a redução do tempo de espera para a
emissão de laudos e para a realização de diagnósticos. A
28 tecnologia permite ainda a elaboração de laudos por
reconhecimento de voz e a organização automática na
distribuição de equipamentos e salas ociosas (benefícios dos
31 sistemas de gestão, geração de laudos, armazenamento e
compartilhamento de imagens).
Internet: <http://www.mv.com.br/>(com adaptações).
Assinale a alternativa em que a palavra destacada do texto está empregada como adjetivo.
Texto para as questões de 1 a 7.
1 __ Na era da informação e de uma economia cada vez
mais global, as novas descobertas tecnológicas se superam
em uma velocidade sem precedentes na história. Nesse
4 cenário, os desafios e as exigências que o mercado apresenta
aos profissionais de radiologia e às instituições de saúde
requerem flexibilidade e capacidade de absorção rápida
7 das inovações do setor. Assim, o técnico em radiologia deve
investir no constante aprendizado para o manejo das novas
tecnologias, levando em consideração a evolução
10 permanente dos processos na medicina diagnóstica. Nesse
contexto, a aquisição de expertise na radiologia digital é
fundamental, já que a substituição do filme radiográfico pela
13 representação computadorizada facilita o trabalho do
profissional em diversas vertentes, tais como: a possibilidade
de ajustes (contrastes) ou ampliação de imagens; o
16 armazenamento das imagens em nuvem, que permite sua
visualização por meio de qualquer dispositivo com acesso à
Internet; e o compartilhamento das imagens digitalizadas
19 entre outros profissionais (mesmo que estejam fora das
instituições), que facilita o processo de tomada de decisão.
Além disso, os avanços tecnológicos na área da radiologia
22 favorecem a redução significativa da dose de exposição dos
pacientes à radiação, a diminuição de custos, devido à
eliminação de filmes radiográficos, a diminuição dos danos
25 socioambientais provocados pelo uso do filme e de
reveladores químicos e a redução do tempo de espera para a
emissão de laudos e para a realização de diagnósticos. A
28 tecnologia permite ainda a elaboração de laudos por
reconhecimento de voz e a organização automática na
distribuição de equipamentos e salas ociosas (benefícios dos
31 sistemas de gestão, geração de laudos, armazenamento e
compartilhamento de imagens).
Internet: <http://www.mv.com.br/>(com adaptações).
Assinale a alternativa correta acerca da pontuação no texto.
Assinale a alternativa incorreta em relação à pontuação.
Assinale a alternativa CORRETA, para a acentuação gráfica, em que todas palavras sejam paroxítonas.
Texto para responder às questões de 01 a 15.
Uma vela para Dario
Dario vinha apressado, o guarda-chuva no braço esquerdo e, assim que dobrou a esquina, diminui o passo até parar, encostando-se à parede de uma casa. Foi escorregando por ela, de costas, sentou-se na calçada, ainda úmida de chuva e descansou na pedra o cachimbo.
Dois ou três passantes rodearam-no, indagando se ele não está se sentindo bem. Dario abriu a boca, moveu os lábios, mas não se ouviu resposta. Um senhor gordo, de branco, sugeriu que ele devia sofrer de ataque.
Estendeu-se mais um pouco, deitado agora na calçada, e o cachimbo a seu lado tinha apagado. Um rapaz de bigode pediu ao grupo que se afastasse, deixando-o respirar. E abriu-lhe o paletó, o colarinho, a gravata e a cinta. Quando lhe tiram os sapatos, Dario roncou pela garganta e um fio de espuma saiu no canto da boca.
Cada pessoa que chegava se punha na ponta dos pés, embora não o pudesse ver. Os moradores da rua conversavam de uma porta à outra, as crianças foram acordadas e vieram de pijama às janelas. O senhor gordo repetia que Dario sentara-se na calçada, soprando ainda a fumaça do cachimbo e encostando o guarda-chuva na parede. Mas não se via guarda-chuva ou cachimbo ao lado dele.
Uma velhinha de cabeça grisalha gritou que Dario estava morrendo. Um grupo transportou-o na direção do táxi estacionado na esquina. Já tinham introduzido no carro a metade do corpo, quando o motorista protestou: se ele morresse na viagem? A turba concordou em chamar a ambulância. Dario foi conduzido de volta e encostado à parede - não tinha os sapatos nem o alfinete de pérola na gravata.
Alguém afirmou que na outra rua havia uma farmácia. Carregaram Dario até a esquina; a farmácia era no fim do quarteirão e, além do mais, ele estava muito pesado. Foi largado ali na porta de uma peixaria. Imediatamente um enxame de moscas lhe cobriu o rosto, sem que fizesse o menor gesto para espantá-las.
As mesas de um café próximo foram ocupadas pelas pessoas que tinham vindo apreciar o incidente e, agora, comendo e bebendo, gozavam as delícias da noite. Dario ficara torto como o deixaram, no degrau da peixaria, sem o relógio de pulso.
Um terceiro sugeriu que lhe examinassem os documentos. Vários objetos foram retirados de seus bolsos e alinhados sobre a camisa branca. Ficaram sabendo do seu nome, idade, cor dos olhos, sinais de nascença, mas o endereço na carteira era de outra cidade.
Registrou-se tumulto na multidão de mais de duzentos curiosos que, a essa hora ocupava toda a rua e as calçadas: era a polícia. O carro negro investiu contra o povo e várias pessoas tropeçaram no corpo de Dario, que foi pisoteado dezessete vezes.
O guarda aproximou-se do cadáver e não pôde identificá-lo – os bolsos vazios. Restava apenas a aliança de ouro na mão esquerda, que ele próprio – quando vivo – não podia retirar do dedo senão umedecendo-o com o sabonete. Ficou decidido que o caso era com o rabecão.
A última boca repetiu – “Ele morreu, ele morreu”, e então a gente começou a se dispersar. Dario havia levado quase duas horas para morrer e ninguém acreditara que estivesse no fim. Agora, os que podiam olhá-lo, viam que tinha todo o ar de um defunto.
Um senhor piedoso despiu o paletó de Dario para lhe sustentar a cabeça. Cruzou as suas mãos no peito. Não lhe pôde fechar os olhos ou a boca, onde as bolhas de espuma haviam desaparecido. Era apenas um homem morto e a multidão se espalhou rapidamente, as mesas do café voltaram a ficar vazias. Demoravam-se nas janelas alguns moradores, que haviam trazido almofadas para descansar os cotovelos.
Um menino de cor e descalço veio com uma vela, que acendeu ao lado do cadáver. Parecia morto há muitos anos, quase o retrato de um morto desbotado pela chuva.
Fecharam-se uma a uma as janelas e, três horas depois, lá estava Dario esperando o rabecão. A cabeça agora na pedra, sem o paletó, e o dedo sem a aliança. A vela tinha queimado até a metade, apagando-se às primeiras gotas da chuva, que voltava a cair.
TREVISAN, Dalton. . Rio de Janeiro: Civilização brasileira, 1964, p.33-35.
O termo destacado em “Dois ou três passantes rodearam-no, indagando SE ele não está se sentindo bem.”, no contexto, é:
Texto para responder às questões de 01 a 15.
Uma vela para Dario
Dario vinha apressado, o guarda-chuva no braço esquerdo e, assim que dobrou a esquina, diminui o passo até parar, encostando-se à parede de uma casa. Foi escorregando por ela, de costas, sentou-se na calçada, ainda úmida de chuva e descansou na pedra o cachimbo.
Dois ou três passantes rodearam-no, indagando se ele não está se sentindo bem. Dario abriu a boca, moveu os lábios, mas não se ouviu resposta. Um senhor gordo, de branco, sugeriu que ele devia sofrer de ataque.
Estendeu-se mais um pouco, deitado agora na calçada, e o cachimbo a seu lado tinha apagado. Um rapaz de bigode pediu ao grupo que se afastasse, deixando-o respirar. E abriu-lhe o paletó, o colarinho, a gravata e a cinta. Quando lhe tiram os sapatos, Dario roncou pela garganta e um fio de espuma saiu no canto da boca.
Cada pessoa que chegava se punha na ponta dos pés, embora não o pudesse ver. Os moradores da rua conversavam de uma porta à outra, as crianças foram acordadas e vieram de pijama às janelas. O senhor gordo repetia que Dario sentara-se na calçada, soprando ainda a fumaça do cachimbo e encostando o guarda-chuva na parede. Mas não se via guarda-chuva ou cachimbo ao lado dele.
Uma velhinha de cabeça grisalha gritou que Dario estava morrendo. Um grupo transportou-o na direção do táxi estacionado na esquina. Já tinham introduzido no carro a metade do corpo, quando o motorista protestou: se ele morresse na viagem? A turba concordou em chamar a ambulância. Dario foi conduzido de volta e encostado à parede - não tinha os sapatos nem o alfinete de pérola na gravata.
Alguém afirmou que na outra rua havia uma farmácia. Carregaram Dario até a esquina; a farmácia era no fim do quarteirão e, além do mais, ele estava muito pesado. Foi largado ali na porta de uma peixaria. Imediatamente um enxame de moscas lhe cobriu o rosto, sem que fizesse o menor gesto para espantá-las.
As mesas de um café próximo foram ocupadas pelas pessoas que tinham vindo apreciar o incidente e, agora, comendo e bebendo, gozavam as delícias da noite. Dario ficara torto como o deixaram, no degrau da peixaria, sem o relógio de pulso.
Um terceiro sugeriu que lhe examinassem os documentos. Vários objetos foram retirados de seus bolsos e alinhados sobre a camisa branca. Ficaram sabendo do seu nome, idade, cor dos olhos, sinais de nascença, mas o endereço na carteira era de outra cidade.
Registrou-se tumulto na multidão de mais de duzentos curiosos que, a essa hora ocupava toda a rua e as calçadas: era a polícia. O carro negro investiu contra o povo e várias pessoas tropeçaram no corpo de Dario, que foi pisoteado dezessete vezes.
O guarda aproximou-se do cadáver e não pôde identificá-lo – os bolsos vazios. Restava apenas a aliança de ouro na mão esquerda, que ele próprio – quando vivo – não podia retirar do dedo senão umedecendo-o com o sabonete. Ficou decidido que o caso era com o rabecão.
A última boca repetiu – “Ele morreu, ele morreu”, e então a gente começou a se dispersar. Dario havia levado quase duas horas para morrer e ninguém acreditara que estivesse no fim. Agora, os que podiam olhá-lo, viam que tinha todo o ar de um defunto.
Um senhor piedoso despiu o paletó de Dario para lhe sustentar a cabeça. Cruzou as suas mãos no peito. Não lhe pôde fechar os olhos ou a boca, onde as bolhas de espuma haviam desaparecido. Era apenas um homem morto e a multidão se espalhou rapidamente, as mesas do café voltaram a ficar vazias. Demoravam-se nas janelas alguns moradores, que haviam trazido almofadas para descansar os cotovelos.
Um menino de cor e descalço veio com uma vela, que acendeu ao lado do cadáver. Parecia morto há muitos anos, quase o retrato de um morto desbotado pela chuva.
Fecharam-se uma a uma as janelas e, três horas depois, lá estava Dario esperando o rabecão. A cabeça agora na pedra, sem o paletó, e o dedo sem a aliança. A vela tinha queimado até a metade, apagando-se às primeiras gotas da chuva, que voltava a cair.
TREVISAN, Dalton. . Rio de Janeiro: Civilização brasileira, 1964, p.33-35.
Embora Dario seja apenas uma pessoa qualquer, ao ser nomeado toma-se real no enunciado textual. Da mesma forma, o que no nível das estruturas narrativas é definido como Povo (sujeito do fazer), no texto concretiza-se, linguisticamente, na(s) seguinte(s) categoria(s):
1. os indiferentes (cada pessoa, várias pessoas, mais de duzentos, alguns moradores): constância do plural e de pronomes definidos.
2. os solidários (dois ou três passantes, o senhor gordo, o rapaz de bigode, a velhinha de cabelo grisalho: alguém, um grupo, um terceiro, um senhor piedoso, um menino de cor e descalço): uso do numeral e do artigo definido, além da adjetivação.
3. a indeterminação para generalizar a indiferença e a espoliação que permite pressuposições sobre a ação que domina o texto. Nesta categoria, o uso do discurso indireto predomina sobre o direto.
Está correto apenas o que apresenta em:
O adjetivo divide-se em dois graus: o comparativo e o superlativo. O superlativo absoluto pode ser sintético, ou seja, expresso por uma palavra somente (adjetivo +sufixo). Assim sendo, assinale a alternativa que apresenta os adjetivos superlativos sintéticos corretamente:
São coletivos de caranguejos, de soldados, de pessoas e de examinadores respectivamente:
São locuções conjuntivas:
Leia o texto de Eugênio Mussak para responder às questões de números 01 a 07.
...
Em tempos difíceis como o que estamos vivendo, uma boa dose de otimismo pode nos ajudar a enfrentar as dificuldades do dia a dia. Os otimistas costumam ser mais positivos mesmo diante das adversidades, e, com isso, têm mais chance não só de encontrar meios para sobreviver à crise como de criar alternativas para sair dela.
Reconhecemos os otimistas de algumas maneiras. Uma delas é pelo tempo verbal de seu discurso. Enquanto os pessimistas falam no pretérito, os otimistas preferem falar no futuro. Os pessimistas insistem em ponderar sobre como deveria ter sido. Os otimistas ocupam-se em discorrer sobre como poderá vir a ser.
Outra maneira de diferenciar um pessimista de um otimista é pelo uso do “mas”, palavrinha de três letras muito usada quando dois pensamentos se complementam e parecem ser opostos. Cada vez que você diz “agora faz sol, mas mais tarde vai chover”, ou “minha cabeça dói, mas já vai passar”, está usando uma conjunção, que tem a finalidade de estabelecer ligações.
Voltando ao tema do otimismo e do pessimismo, sabemos que esses dois estados, que demonstram a visão que as pessoas têm da situação em que se encontram, bem como das perspectivas futuras, se refletem no uso dos recursos linguísticos. Ou melhor, na ordem em que se colocam os termos da oração em torno deles. Explico. Uma coisa é dizer: “Eu sei que está ruim, mas vai melhorar”. Outra é afirmar: “Eu sei que vai melhorar, mas que está ruim, está”. As duas frases envolvem exatamente os mesmos elementos em sua construção, a diferença entre elas está no foco.
Há “mas” para todos os gostos. Depende de nós usá-lo para criar um bom ambiente ou para jogar um balde de água fria no ânimo de qualquer um. Quando algo não está bem, como o atual momento econômico, surgem dois pensamentos: o de que tudo vai piorar e o de que, daqui pra frente, só é possível melhorar.
E, já que é assim, proponho o otimismo consciente. Aquele que não nega a realidade, mas que acredita na solução, no recomeço, na recuperação, na melhoria, no crescimento. Nosso país está como está porque fizeram com ele o que fizeram. Mas ele será o que será porque faremos o que faremos. E, neste caso, como diz o ditado, “não tem ‘mas’ nem meio ‘mas’”. Só depende de nós.
.....
(Eugênio Mussak. Entre o otimismo e o pessimismo. Disponível em:
http://vidasimples.uol.com.br/noticias/pensar/entre-o-otimismo-e-o
pessimismo.phtml#.Vp_EK5orKig, 16.11.2015. Adaptado
Assinale a alternativa em que a conjunção “mas” tenha sido empregada em um contexto que aponta para uma perspectiva positiva e otimista.
Instrução: As questões de números 01 a 10 referem-se ao texto abaixo. Os destaques ao longo do texto estão citados nas questões.
Plástico: nós o criamos, dependemos dele, mas ele nos ameaça.
Por Laura Parker
- ____Se o Mayflower, o barco dos pioneiros colonos ingleses – os chamados Peregrinos, que
- saíram de Plymouth, na Inglaterra, rumo à América do Norte –, estivesse cheio de garrafinhas
- plásticas de água, esse lixo ainda restaria entre nós, quatro séculos depois. Se os Peregrinos
- tivessem feito o que muita gente costuma fazer, jogado ao mar garrafas e embalagens, as
- ondas e a radiação solar no Atlântico teriam desgastado todos esses objetos de plástico,
- reduzindo-os a fragmentos minúsculos. Esses fragmentos poderiam estar flutuando até agora
- nos oceanos do planeta, absorvendo toxinas que iriam aderir ______ já presentes neles, e
- acabariam sendo ingeridos por algum peixe ou ostra. E talvez terminassem no prato de um de
- nós.
- ____“Temos de ser gratos aos pioneiros por não usarem nada de plástico”, pensei pouco
- tempo atrás, no trem que me levava até Plymouth, na costa sul da Inglaterra. O motivo da
- viagem era entrevistar uma pessoa que me ajudaria a entender a confusão em que estamos
- metidos graças aos resíduos plásticos, sobretudo nos mares. Como o plástico só foi inventado
- no final do século 19, e a sua produção tornou-se de fato relevante por volta de 1950, temos
- de lidar com meros 8,3 bilhões de toneladas do material. Desse total, mais de 6,3 bilhões já
- viraram resíduos, _______ a quantidade assombrosa de 5,7 bilhões de toneladas jamais
- ______ por nenhum tipo de reciclagem – resultado que chocou os cientistas que calcularam
- tais números em 2017.
- ____Ninguém faz ideia da efetiva proporção desse lixo plástico não reciclado que acaba nos
- oceanos. Em 2015, uma professora que leciona engenharia ambiental na Universidade da
- Geórgia, nos Estados Unidos, atraiu a atenção geral com uma estimativa: a cada ano, entre
- 4,8 milhões e 12,7 milhões de toneladas de resíduos chegam ao mar. A maior parte do lixo
- não vem dos navios, como explicam ela e os seus colegas, mas é descartada em terra e nas
- margens dos rios, sobretudo na Ásia. Só depois tais resíduos são carregados, pelo vento e pela
- água, até o oceano. Basta imaginarmos 15 sacolinhas repletas de tralha plástica boiando a
- cada metro de toda a linha da costa ao redor do mundo: isso corresponderia ______ de 8
- milhões de toneladas, a sua estimativa média da quantidade de lixo que os oceanos recebem
- a cada ano. E não está claro quanto tempo leva para esse plástico se desintegrar por completo
- em suas moléculas constituintes. As estimativas variam de 450 anos a nunca.
- ____Por outro lado, é bem provável que todo esse plástico venha causando a morte de
- milhões de animais marinhos a cada ano. Já se comprovou que quase 700 espécies, incluindo
- algumas em risco de extinção, foram afetadas por resíduos plásticos. Em algumas delas, o
- dano é evidente, como os animais estrangulados por itens descartados: sacolas, redes de
- pesca etc.. Em muitos outros casos, porém, os prejuízos são invisíveis ......... espécies de
- todos os tamanhos, de plâncton a baleias, agora ingerem micropartículas de plástico,
- fragmentos ínfimos que medem menos de 5 milímetros. No Havaí, em uma praia que
- aparentemente deveria estar intocada (pois não há acesso por estrada pavimentada), senti os
- meus pés afundando em crepitantes micropartículas de plástico. Depois dessa experiência,
- entendi .......... há pessoas que veem no acúmulo de resíduos plásticos nos oceanos um sinal
- de catástrofe iminente, algo tão alarmante quanto as mudanças climáticas.
(Fonte: https://www.nationalgeographicbrasil.com/2018/05/lixo-plastico-planeta-poluicao-lixaoconsumo - Texto adaptado especialmente para esta prova.)
Quanto à relação entre grafias e fonemas de palavras do texto, assinale a alternativa correta.
(Texto)
1 O atentado no Paquistão no domingo de Páscoa, que deixou
pelo menos 72 mortos e mais de 340 feridos — a maioria
crianças e mulheres —, se soma à série recente de atos de
terrorismo e violência extrema. O ataque foi executado por um
5 homem-bomba num parque de Lahore, capital da província de
Punjab, e tinha como alvo não só a minoria cristã, mas
igualmente o projeto de abertura democrática do premier
Nawaz Sharif, defensor de um Paquistão mais "educado,
progressista e voltado para o futuro", incluindo mulheres e
10 minorias religiosas – hindus, cristãos e muçulmanos xiitas —
alvos frequentes do sectarismo étnico-religioso.
E, como os extremos se atraem, no domingo, a "Marcha contra
o medo" em Bruxelas, foi invadida por mais de 200 hooligans,
vestidos de preto, com cartazes anti-imigração e slogans
15 xenófobos, exigindo a atuação da polícia para dispersar os
mais violentos.
Esses manifestantes expressam um ódio cego, que tem forte
ressonância em governos conservadores e ultranacionalistas
europeus. Estes defendem o fechamento de fronteiras a
20 imigrantes e refugiados. Os radicalismos colidem, mas
também se alimentam mutuamente, estimulando uma espiral
de violência sem fim. Nos dois extremos estão exemplos das
forças que ameaçam as distintas expressões de civilização –
não apenas a Ocidental, mas todas aquelas com vocação
25 para a paz e a prosperidade.
(Adaptado de O Globo, 29/03/2016)
Assinale a alternativa em que a conjunção sublinhada possui o mesmo valor semântico que a conjunção “mas também” (linhas 20 e 21) do Texto:
Assinale a alternativa cujas formas completam corretamente, obedecendo à ordem, os espaços das proposições a seguir.
I – Fui ____ Holanda conhecer os famosos moinhos de vento.
II – A aluna começou _____ falar desesperadamente.
III – Todos saíram ____ 20 horas.
IV – Esta prova não pode ser feita _____ lápis.
V – O técnico fez referência _____ jogadoras do time profissional.
Assinale a alternativa em que todas as palavras são acentuadas pela mesma regra que nos permite acentuar a palavra “saída”.
Assinale a alternativa INCORRETA em relação à classificação sintática dos termos destacados.
Leia o texto a seguir para responder às questões de 01 a 07.
MUITA INFORMAÇÃO E POUCA ELABORAÇÃO DE PENSAMENTO
Pode a escola ajudar a criança a fazer a mágica combinatória de coisas que a leve a se tornar um ser singular, capaz de fazer suas próprias escolhas?
“Para viajar basta existir. Vou de dia para dia, como de estação para estação, no comboio do meu corpo, ou do meu destino, debruçado sobre as ruas e as praças, sobre os gestos e os rostos, sempre iguais e sempre diferentes, como afinal, as paisagens são. A vida é o que fazemos dela. As viagens são os viajantes. O que vemos, não é o que vemos, senão o que somos.”
O parágrafo acima tem dono. Leia-o, de novo, com as aspas devidas. Foi escrito pelo poeta português Fernando Pessoa. Se o que vemos é o que somos, o que somos é aquilo que nos forma, estrutura nossa vida: a escola, a família, os laços afetivos e sociais.
O que fazemos dela, a nossa vida? Como se ensina a olhar para ela? No Nepal, ensina-se a pintar repetindo mil vezes o mesmo gesto, como se o papel não existisse, mas sim o espaço. O aprendizado exige, portanto, concentração e disciplina. Uma mente dispersa não aprende. Como ela vai olhar se o olhar não está estruturado?
O papel da escola é bem mais amplo do que ensinar apenas aquilo que está restrito à atual Lei de Diretrizes e Bases: Português, Matemática, História e Geografia… tudo estanque, como se em plena era intergaláctica, interconectada, as ciências do saber fossem escaninhos.
O Nobel de Economia, James Heckman, que está em São Paulo para o encontro “Educar para as competências do Século 21”, aponta que os instrumentos utilizados para aferir a qualidade do ensino medem apenas estas dimensões estanques, mas não os traços da personalidade, os laços afetivos ou “competências socioemocionais”. Em estudos que conduziu nos Estados Unidos, Heckman provou que, quando a escola fornece suporte para desenvolver outras habilidades, principalmente junto a pais de baixa renda, as crianças, no futuro, apresentam melhores resultados de conclusão de ensino e menores taxas de desemprego, gravidez precoce ou envolvimento em crime.
Aqui, salvo exceções, continuamos num modelo de escola distanciada da realidade. As matérias estanques não ensinam a absorver saberes múltiplos. Não conduzem à capacidade de escolha, dentro das infinitas possibilidades do aprendizado, do que melhor se encaixa à personalidade emocional de cada aluno. Na era da Internet temos muita informação e pouca elaboração de pensamento.
João Maurício de Araújo Pinho, dublê de advogado e mestre do olhar, citou-me, certa feita, Napoleão: “No tempo dele, era necessário roubar tudo para que outros pudessem ver. Hoje, Napoleão iria ao Egito e levaria um pendrive. A criança não pode inventar sozinha; depois da internet, a criança só aceita o diálogo. É preciso alguém, que estruture este diálogo. Que a ensine olhar o mundo para fora e para dentro de si; ver só por ver não tem mais interesse. Não adianta Napoleão carrear mais peças do Egito.”
A criança não pode estruturar-se sozinha, mas quando se proporciona caminhos, ela faz a mágica combinatória das coisas, que conduz a escolhas pessoais, singulares. Ajuda a construir uma vida que tenha a ver com a sua individualidade, com sua inquietude de estar-no-mundo e não com padrões impostos. Uma vida que seja, de fato, o que fazemos dela.
KAZ, Leonel. Revista Veja. Disponível em http://veja.abril.com.br/blog/leonel-kaz/. Acesso em 13 mai 2014.
“O Nobel de Economia, James Heckman, que está em São Paulo para o encontro [...] Assinale a alternativa que contém a correta classificação morfológica das palavras grifadas, respectivamente.
Leia o texto a seguir para responder às questões de 01 a 07.
MUITA INFORMAÇÃO E POUCA ELABORAÇÃO DE PENSAMENTO
Pode a escola ajudar a criança a fazer a mágica combinatória de coisas que a leve a se tornar um ser singular, capaz de fazer suas próprias escolhas?
“Para viajar basta existir. Vou de dia para dia, como de estação para estação, no comboio do meu corpo, ou do meu destino, debruçado sobre as ruas e as praças, sobre os gestos e os rostos, sempre iguais e sempre diferentes, como afinal, as paisagens são. A vida é o que fazemos dela. As viagens são os viajantes. O que vemos, não é o que vemos, senão o que somos.”
O parágrafo acima tem dono. Leia-o, de novo, com as aspas devidas. Foi escrito pelo poeta português Fernando Pessoa. Se o que vemos é o que somos, o que somos é aquilo que nos forma, estrutura nossa vida: a escola, a família, os laços afetivos e sociais.
O que fazemos dela, a nossa vida? Como se ensina a olhar para ela? No Nepal, ensina-se a pintar repetindo mil vezes o mesmo gesto, como se o papel não existisse, mas sim o espaço. O aprendizado exige, portanto, concentração e disciplina. Uma mente dispersa não aprende. Como ela vai olhar se o olhar não está estruturado?
O papel da escola é bem mais amplo do que ensinar apenas aquilo que está restrito à atual Lei de Diretrizes e Bases: Português, Matemática, História e Geografia… tudo estanque, como se em plena era intergaláctica, interconectada, as ciências do saber fossem escaninhos.
O Nobel de Economia, James Heckman, que está em São Paulo para o encontro “Educar para as competências do Século 21”, aponta que os instrumentos utilizados para aferir a qualidade do ensino medem apenas estas dimensões estanques, mas não os traços da personalidade, os laços afetivos ou “competências socioemocionais”. Em estudos que conduziu nos Estados Unidos, Heckman provou que, quando a escola fornece suporte para desenvolver outras habilidades, principalmente junto a pais de baixa renda, as crianças, no futuro, apresentam melhores resultados de conclusão de ensino e menores taxas de desemprego, gravidez precoce ou envolvimento em crime.
Aqui, salvo exceções, continuamos num modelo de escola distanciada da realidade. As matérias estanques não ensinam a absorver saberes múltiplos. Não conduzem à capacidade de escolha, dentro das infinitas possibilidades do aprendizado, do que melhor se encaixa à personalidade emocional de cada aluno. Na era da Internet temos muita informação e pouca elaboração de pensamento.
João Maurício de Araújo Pinho, dublê de advogado e mestre do olhar, citou-me, certa feita, Napoleão: “No tempo dele, era necessário roubar tudo para que outros pudessem ver. Hoje, Napoleão iria ao Egito e levaria um pendrive. A criança não pode inventar sozinha; depois da internet, a criança só aceita o diálogo. É preciso alguém, que estruture este diálogo. Que a ensine olhar o mundo para fora e para dentro de si; ver só por ver não tem mais interesse. Não adianta Napoleão carrear mais peças do Egito.”
A criança não pode estruturar-se sozinha, mas quando se proporciona caminhos, ela faz a mágica combinatória das coisas, que conduz a escolhas pessoais, singulares. Ajuda a construir uma vida que tenha a ver com a sua individualidade, com sua inquietude de estar-no-mundo e não com padrões impostos. Uma vida que seja, de fato, o que fazemos dela.
KAZ, Leonel. Revista Veja. Disponível em http://veja.abril.com.br/blog/leonel-kaz/. Acesso em 13 mai 2014.
“No tempo dele, era necessário roubar tudo para que outros pudessem ver. Hoje, Napoleão iria ao Egito e levaria um pendrive.” Nesse excerto, o que está implícito sobre a atitude de Napoleão?